Fanfic: What Once Was Love... | Tema: One Direction

Atualmente- 2010- Londres- Sábado

POV`S CLARA

-Ai Liam, to com medo, acho que vou desistir – Falei enquanto alisava minha roupa e mexia no cabelo, nervosa. Estávamos na frente do estúdio do X-Factor e eu iria fazer uma entrevista para entrar como produtora do programa.

- Não, Não! Esse é o seu sonho, você não vai desistir depois de todo o estudo e esforço que você fez para chegar aqui.- Olhei para o garoto do meu lado que me abraçava pela cintura. Se não fosse por ele provavelmente eu não estaria aqui. Ele que me apoiou na faculdade para realizar meu sonho, eu o devia muito.

Não consegui reprimir um sorriso ao ouvir aquilo, sem pensar dei um selinho demorado nele.

- Te amo Liam, sem você eu não estaria aqui – Falei com as mãos em seu pescoço e olhando profundamente em seus olhos.

- Também te amo princesa. Agora vai, se não ira chagar atrasada. Não se preocupe, vai dar tudo certo. Eu e o Louis estaremos aqui torcendo por você.

Dei um forte abraço nele e me afastei indo em direção ao prédio enorme. Não me contive e antes de entrar olhei para trás, e recebi um aceno encorajador do Liam. Respirei fundo e entrei.

O hall era maravilhoso. Fui tomada pela emoção de estar ali. Finalmente depois de um ano e meio de estudos estava ali, realizando o meu sonho. Segui ate a secretaria e me identifiquei. Logo me mandaram seguir ate uma porta branca. A sala estava com três meninas um pouco mais velhas que eu. Me sentei e esperei a minha vez.

De dez em dez minutos uma porta que ficava da parede oposta, a de entrada, se abria e uma mulher de cabelos verde chamava uma por uma. Quando a ultima saiu da porta a mulher me chamou:

- A próxima é Clara Grace.

Me levantei e a segui. Dentro da sala havia uma mesa e duas cadeiras, uma de frente para a outra. Ela se sentou em uma e indicou a outra para eu sentar.

Ela pegou meu currículo da minha mão e ficou uns três minutos lendo. Depois me encarou.

- Quantos anos?- Ela perguntou meio grossa. Achei estranha a pergunta, já que no currículo está escrito tudo.

- 19.

-Fez faculdade de que?

- Multimídias na Cambridge

- Ótimo. Por que você é melhor do que as outras e merece entrar aqui?

- Primeiramente eu gostaria de entrar porque é meu sonho participar do X-Factor como produtora, e eu estudei muito para entrar na Cambridge e ser a melhor da turma, para me preparar para entrar em um programa tão especial como esse – A mulher não mudou a cara grossa dela em nenhum momento. Mas quando acabei de falar ela abriu um sorriso.

- Bom, acho que já decidi. Você foi ótima, querida. – ela se levantou e eu também. – Bem vindo a bordo! – A moça me estendeu a mão e eu a apertei com um sorriso de orelha a orelha. – Vou ser sincera. De todas as entrevista de hoje você foi a única que me surpreendeu. As outras eram meio tontas. – Ela falou enquanto pegava uma caixa.

Fiquei os outros quinze minutos ouvindo as explicações de Marieta (a moça do cabelo verde) sobre como ia funcionar os shows. Ela me deu uma camiseta da produção do x-factor e o crachá vip.

Saí do prédio e vi o Liam e o Louis conversando mais a frente. Saí correndo em direção a eles gritando como uma louca.

- CONSEGUI! CONSEGUI! MENINOS, EU CONSEGUI, AAAAAAAAH!!!

No começo eles me olharam confusos, mas logo depois saíram correndo em minha direção e nos abraçamos e pulamos no meio da calçada. Louis me pegou no colo e me girou fazendo minha sacola com a camiseta e o crachá cair no chão. Todos os três riam muito enquanto as pessoas a minha volta nos olhavam estranho. Louis me colocou no chão e eu corri para abraçar o Liam e o beijar.

Eu amava muito ele. Desde que me mudei da Irlanda somos amigos. Éramos vizinhos e ficamos amigos por causa da morte da minha mãe.

FLASHBACK ON

Estava sentada no sofá assistindo Bob Esponja, esperando meu pai voltar do hospital com noticias de minha mãe. De repente a porta se abre e meu pai aparece pálido e com os olhos vermelho. Ele se sentou do meu lado e eu só o olhava assustada. Nunca o tinha visto assim.

-Filha, tenho uma péssima noticia. Sua mãe não resistiu a cirurgia e morreu.

Quando ele falou isso perdi meu chão, o ar já não me vinha facilmente e o mundo parecia ter perdido a cor. Sem falar nada saí correndo de casa ignorando os gritos do meu pai. Corri ate meus pulmões protestarem, olhei em volta e vi que me encontrava em um parque não muito longe de casa. Me sentei em uma árvore mais afastada e chorei.

Depois de uma hora o silncio foi quebrado por um galho que se mexia ao meu lado. Levantei a cabeça e vi um menino que tinha provavelmente dez anos com profundos olhos cor de mel e cabelos castanho, meio jogado para o lado, me observando de longe. Lembrei-me que ele era o meu vizinho que nunca falava por parecer bem tímido. Quando levantei a cabeça para observá-lo ele se aproximou:

- Olá, por que chora menina bonita?- ele disse com sua voz infantil.

- Não me chame de menina, meu nome é Clara, e não te interessa o porque de eu estar chorando. – Respondi com uma voz rouca e tremula por causa do choro.

Ele se sentou do meu lado e me abraçou. No começo eu não retribui por estar muito surpresa com o ato, eu era a irlandesa estranha da escola, a que ninguém se aproximava e que sempre zoavam por causa do sotaque. Depois que o susto passou o abracei forte e chorei novamente. Era isso que eu precisava, de um ombro amigo. Depois de uns vinte minutos consegui parar de chorar. Me afastei dele e o olhei.

-Não precisa chorar- ele disse com uma voz calma. - Pra tudo tem solução.

- Você não sabe o que está falando - eu disse ameaçando chorar novamente. - Não é você que perdeu a mãe e... - não consegui terminar por que já estava soluçando novamente. Ele me abraçou de novo.

- Me desculpa, não sabia que era isso que tinha acontecido.

- Tu-tudo bem - disse soluçando.

Ficamos lá no parque conversando por mais uma hora. Ele havia prometido que não me deixaria sofrer novamente e que seríamos amigos para sempre. E daquele dia em diante ficamos inseparáveis.

FLASHBACK OFF

Essa lembrança passou pela minha cabeça enquanto o beijava. Mas é claro que alguém tinha que atrapalhar esse momento perfeito. Louis pigarreou e disse:

- Vão para um quarto.

- Ok – Liam respondeu enquanto ríamos. – Vamos para soverteria comemorar.

- É, sorvete. – Lou disse.

- Mas nada de brigar com a vendedora de novo.

- Nem vem Liam, ela que não queria inventar sorvete de cenoura, eu dei a dica e ela foi logo para ignorância.

Liam ia protestar, mas eu o interrompi:

- Deixa o bebezão ser feliz, Liam.

- É, deixa eu ser feliz... Ei! – ele disse quando percebeu o que eu falei. – Não me chame de bebezão!

- Chamo sim – falei apertando sua bochecha – Meu bebezão.

- Você fala isso só por que é cinco dias mais velha – Lou falou com um bico fofo. – Saiba que você continua uma nanica, então a bebezona aqui é você.

- Você...

- Ok, ok – Liam interrompeu. – Vamos logo, antes que eu me arrependa.

Seguimos o caminho para a sorveteria em silencio. Chegamos, fizemos nossos pedidos e fomos comendo e andando para casa. Estávamos tendo uma conversa muito produtiva sobre travesseiro quando o celular de Louis toca:

- Alo... sim já vou falar... acho que terei a resposta hoje... ela vai deixar, não esquenta cara... ok... eu te ligo quando souber, tchau.

Aquela altura já estávamos no prédio. Apertei o botão da cobertura e subimos em silencio. Meu pai havia me dado o apartamento de presente de formatura, ela era enorme e totalmente desnecessária discutimos diversas vezes sobre o assunto e mesmo o argumento dele que eu deveria ter tudo do bom e do melhor não me convenceu acabei aceitando para acabar logo as brigas. Do primeiro andar tinha a sala a cozinha estilo americana e uma linda sacada, quando subíamos a escada encontramos um corredor com 9 portas um de cada lado, 6 delas eram quartos com suítes idênticas, tinha uma porta pesada que dava para minha sala de musicas la tinha meu lindo e maravilhoso piano de cauda que eu o amava de paixão e um violão que era da minha mae. Em frente a porta tinha outra que dava para uma escada que subindo nela chagava ao terraço onde tinha a piscina aquecida e um lindo jardim.. No primeiro ano eu morava sozinha na companhia da empregada Frida. Já no segundo ano meu pai finalmente aceitou o Liam e o louis vir morar comigo, e hoje somo felizes.