Fanfic: What Once Was Love... | Tema: One Direction

POV’S PAULA

Era domingo de manha, fui para casa da Clara. Queria saber como tinha sido a minha maravilhosa ideia. Cheguei rapidamente à cobertura tocando a campainha logo em seguida, uns segundo depois Louis aparece na porta com um enorme sorriso. Não havíamos nos visto desde quando ele estava bêbado, na manha seguinte antes de ir embora me certifiquei que ele não havia se lembrado de nada do ocorrido no quarto, mas por incrível que parece Harry e Louis estavam tão bêbados que não se lembram de absolutamente nada, o que foi um alivio:

- Oi Paula – Louis diz com um largo e lindo sorriso no rosto - Pode entrar – Ele me da passagem e eu me jogo no sofá.

- A Clara já chegou? – Pergunto enquanto ele se senta ao meu lado.

- Eles chegaram umas dez horas da manha hoje, mas ainda estão dormindo – Ele respondeu sem tirar os olhos da televisão que passava Friends – Acho que a noite foi agitada e eles estão cansados. Quer?

O olhei e vi ele estendendo um pote com pipoca peguei um pouco e voltei os olhos para a televisão:

- Hum – Respondo enquanto mastigo a pipoca – Pelo pouco que eu conheço o casal meloso eles não fariam isso em lugares “impróprios”, provavelmente só dormiram – Fiz aspas com as mãos nos impróprios, Louis me olhou e fez um expressão de que aquilo era provável.

Voltamos a assistir o seriado por uns minutos, quando fui pegar pipoca novamente Louis fez o mesmo movimento que eu para dentro do pote onde nossas mãos se encostaram por um pequeno período de tempo. Um choque percorreu minha espinha me fazendo tirar a mão rapidamente, ficamos nos encarando por um momento, acho que ele sentiu o mesmo que eu. Quando percebi que já o olhava por muito tempo desviei o rosto novamente para a televisão sem falar nada. Senti minha bochecha esquentar quando percebi pela visão periférica que Louis ainda me encarava. Que estranho, eu não coro por nada e essa simples situação vai me fazer. Realmente estranho.

Ficamos em absoluto silencio ate o segundo episodio da serie quando Louis falou:

- Paula? – Ele falou e parecia... Receoso? Me virei e o olhei.

- Oi Lou? – Perguntei doce. Vixi eu doce? Alguma coisa esta errada.

- Lembra que uns dias atrás você falou que sairia comigo um dia desses? – Sua fala era cautelosa e cada palavra que sai ele se encolhia mais no sofá. Parecia com medo que eu fosse bater nele.

- Lembro. Por quê? 

- Poderia ser tipo, hoje? – Ele me olhava com uma carinha fofa e um sorriso irresistível. Não consegui desviar os olhos dele, mesmo que quisesse. Meu coração acelerou e minha mão da minha começou a suar. Devia ser crime ele ser tão perfeito e causar tais efeitos em mim. Respondi ainda meio paralisada;

- Claro – Detectei animação em minha vos. Oi? Eu animada para sair com Louis?

- Ótimo! – Ele exclamou sorrindo de orelha a orelha – Vou pegar o casaco – E lá se foi ele correndo escada à cima.

Estava no sofá esperando ainda meio paralisada. Gostaria de entender de onde veio tantas reações estupidas, nunca fiquei assim. Acho que devia estar ficando com alguma doença ou ate enlouquecendo. Minutos depois Louis desce todo arrumado.

- Vamos? – Ele pergunta fazendo um floreio para abrir as portas.

- Obrigada senhor – Digo abrindo uma saia invisível e fazendo uma pequena menção. Rimos e fomos ate o elevador. Eu ate estava me divertindo nessa situação. Quando entramos resolvi quebrar o silencia que se instalou:

- E os outros. Onde eles estão?

- Zayn estava dormindo...

- Mas já é meio dia – O interrompi incrédula, no dia anterior eu e ele estávamos trocando mensagem e ele falou que ia dormir às onze da noite.

- Ele dorme bastante. Harry saiu ontem e não voltou ainda e o Niall foi para o Nando’s desde que a Clara o levou para lá ele vai direto.

-Ah – Respondo brevemente. – E aonde agente vai?

- Primeiramente vamos à cafetaria aqui perto, ainda não comi nada. Só pipoca.

- Certo. E depois?

- Não pensei nessa parte ainda. Então vai ser surpresa – Ele disse com um sorriso sapeca.

- Tudo bem – Digo indiferente enquanto entramos na cafeteria. Me sentei numa mesa encostada na parede de vidro da entrada.

- Vai querer oque?

- Um croissant e um suco de laranja – Digo olhando o cardápio rapidamente.

- Ok. Já volto – Meus olhos o acompanharam enquanto ele se dirigia ao caixa fazer o pedido, depois de um momento ele se vira percebendo meu olhar e da um sorriso. Desvio os olhos envergonha por ter sido flagrada e corando novamente. Serio minha reações estavam me assustando, nunca corei nem por a maior vergonha no mundo e nunca fui de demostrar meus sentimentos, me sentia fraca ao faze-lo. Sempre preferi guardar o que sentia para mim, e as minhas reações estavam dificultando minha intenção de esconder meus pensamentos. Toda vez que ele me olhava um arrepio percorria minha espinha, nunca me senti assim. Talvez com Jake, mas não era tão forte assim. Louis era diferente. De um jeito bom.

Logo Louis chegou com os pedidos me tirando dos meus pensamentos:

-Valeu Louis – Eu disse pegando meu suco e o pãozinho da bandeja.

- Imagina – Respondeu educadamente se sentando ao meu lado, logo depois fixou seus olhos em mim.

- O que foi? – Pergunto já incomodada pelo seu olhar.

- Nada – Ele passa a olhar para seu copo de café, depois levanta a cabeça novamente determinado – Posso te fazer uma pergunta?

- Claro – Respondo olhando diretamente para seus incríveis olhos azuis que brilhavam levemente.

- Estava me perguntando... – Ele parou um momento e parecia escolher as palavras certas antes de pronunciá-la – Se você já teve namorado – Fiz uma leve careta, não era um bom assunto para um primeiro encontro – Se você não quiser não precisa falar – Ele acrescentou rapidamente ao ver minha expressão – Quer saber, não precisa falar, foi só uma pergunta involuntária, não fale nada. – Parecia que ele estava arrependido de ter tocado no assunto.

- Não, tudo bem. Acho que somos amigos o suficiente para eu falar – Minha voz estava meio incerta no amigo, será que éramos amigo? – Só tive um namorado a vida toda – Comecei – seu nome era Jake, nos estávamos na mesma escola. Na época tinha 14 anos e ele 15 éramos felizes, eu o amava. Tínhamos acabado de fazer seis meses de namoro quando o peguei beijando minha melhor amiga. Fiquei arrasada e a partir daquele dia prometi que nunca mais iria me apaixonar. Mudei meu modo de viver e estou feliz ate hoje – Digo um pouco triste, um no se formou em minha garganta, já havia superado, mas a historia ainda era dolorosa.

- Que idiota – Ele falou com uma voz reconfortante e passando seu braço em meus ombros com cautela. Não o afastei, estava gostando de tê-lo por perto

- Quem? Eu ou ele?

- Ele, é logico. Se eu tivesse uma namorada como você eu nunca faria nada para te magoar – Meu coração se acelerou com sua afirmação.

- Serio? – Pergunto com um sorriso mínimo.

- Claro.

- Obrigada Lou – Digo tombando a cabeça para o lado deitando em seu ombro. Seu cheiro era maravilhoso e viciante, meu coração ainda estava agitado pela aproximação achei estranho nunca agi tão naturalmente ao lado de um garoto como hoje, mas tudo que Louis falava ou fazia meu corpo correspondia com alguma sensação exagerada e desnecessária coisa que nunca aconteceu.

Ficamos setenta e três respirações em silencio (sim eu contei) só desfrutando da presença um do outro no silencio:

- Já sei aonde vamos agora – Ele diz repentinamente animado.

- Aonde? – Pergunto levantando o rosto para olha-lo.

- Você é nova em Londres certo?

- Sim.

- Então ainda não viu nada da cidade ne?

- É – Digo indiferente, quando cheguei em Londres não tive vontade de sair de casa então nem tinha visitado nada.

- Ótimo, vou te levar em alguns lugares favoritos meus – Ele se levantou quase pulando de animação.

- Tudo bem. Não ia fazer nada mesmo hoje – Dou de ombros me levantando e caminhando ate a porta com ele ao meu lado.

- Você vai gostar tem o...

E ele começou a falar um monte de lugar estranho. Pelo jeito aquele dia ser bem interessante

(...)

Pegamos um daqueles ônibus vermelhos ate o Tower Bridge uma enorme ponte entre duas grandes torres, a vista era linda e era realmente impressionante ver Londres daquela altura. Depois de muitas fotos e de varias piadas da parte de Louis fomos para o próximo ponto turístico a Piccadylli, uma das esquinas mais famosa de Londres, principalmente por suas butiques e shoppings que fiz questão de entrar e fazer varias compras. Acabamos almoçando por lá mesmo.

Depois de sairmos da Piccadylli fomos para a famosa rua dos Beatles, onde eles tiraram a foto na facha de pedestre para um álbum da banda. Louis ficou posando lá enquanto eu muito animada pela visão tirava milhões de fotos rindo muito:

- Agora o melhor lugar de todos – Louis diz quando se cansou de fazer palhaçadas e já íamos para o próximo lugar.

- Qual?

- Surpresa – Ele faz uma voz de suspense.

Depois de pegar o metro e outro ônibus chagamos ao “melhor lugar do mundo” para o Louis:

- Uma loja de brinquedos? – Pergunto incrédula, pelo jeito ele tem que rever seu conceito de melhor lugar do mundo.

- Não é só uma loja de brinquedo – Ele parecia ofendido – É A loja de brinquedos, ela é uma das maiores do mundo com 7 andares. Muito conhecido por aqui. É divertido, você vai ver.

- Se você diz – Dou de ombro o seguindo para dentro da loja.

No final das contas ficamos quase a tarde toda lá dentro, e nem assim conseguimos ver tudo. Aquilo era enorme. E foi muito divertido ver todos aqueles brinquedos com Louis do meu lado fazendo piadinhas.

Quando finalmente saímos já estava quase escurecendo, Louis falou que para terminar o dia iriamos em um lugar especial para vermos o por do sol.

O tão famoso London Eye era enorme e totalmente perfeito, pegamos a fila praticamente vazia e fomos em uma cabide só para nos. Começamos a subir e eu me assustei um pouco com a altura, por isso me aproximei mais de Lou pegando em sua mão para me sentir mais segura. Seu sorriso parecia rasgar o rosto a cada momento que se alargava.

A cabine parou lá em cima e eu contemplei a linda visão de Londres sobre o por do sol alaranjado oque dava a cidade cor e um ar de felicidade:

- Perfeito – Digo sem consegui me conter.

- Não mais que você – Olhei espantada para o lado, me arrependi logo que eu fiz, Louis estava a centímetros de mim e eu podia sentir sua respiração em meu rosto, seus olhos deslocaram dos meus para minha boca sem qualquer discrição. E eu fiz o mesmo, sua boca estava tão convidativa  que me aproximei instintivamente. Mas no meio do caminho me liguei do que iria fazer, virei o rosto recebendo um beijo na bochecha.

Louis se afastou e eu dei um sorriso de desculpa, não estava preparada para isso. Seu olhar era de tristeza quando ele deu um sorriso de tudo bem, ele não ia insistir. Eu ainda o olhava quando a cabine se movimentando para descer chacoalhou me desiquilibrar caindo em cima de Louis ao meu lado, minha boca foi de encontro a sua acidentalmente. No começo ficamos sem reação, mas logo ele aproveitou a situação fechando os olhos e me beijando delicadamente, fiz o mesmo retribuindo o beijo.

Aquilo era a melhor coisa do mundo, me sentia no céu ao estar em seus braços e uma felicidade descomunal encher meu peito a cada segundo. O beijo começou a se aprofundar e minhas mãos brincavam em seus cabelos enquanto suas mãos subiam e desciam em minha cintura. Logo o ar se fez necessário e nos afastamos com pequeno selinhos, dei um sorriso sem graça ao abrir os olhos  e o encontrar com um largo sorriso satisfeito. Logo a porta se abriu e saímos de lá calmamente sem falar nada e com as mãos dadas. Logo chegamos a Praça do London Eye e ele se pronunciou:

- Sabe, o dia foi ótimo – Louis diz animado porem suave, entrelaçado nossas mãos me fazendo acordar para realidade. Parei abruptamente e olhei espantada para ele soltando minha mão como se a tivesse queimado. O que eu estava fazendo? Iria me magoar novamente se deixasse isso continuar. Olhei espantada para seus olhos que refletia confusão, eu não podia fazer isso:

- Desculpe – Sussurrei ainda assustada, olhei em seus olhos tentando passar minha sinceridade e sai correndo de lá entrando rapidamente em um taxi parado no meio fio, ignorando os gritos de Louis.

Logo o carro estava em movimento e eu pude relaxar no banco do passageiro. Deixei a cabeça pender para atrás enquanto me martirizava por ter feito aquilo. Não podia estar acontecendo de novo, todos estes anos tentando evitar que esses sentimentos viesse a tona novamente, todo este tempo me limitando de amar alguém com medo de sair magoada novamente. E logo entra um garoto qualquer em minha vida a colocando de pernas para o ar, me fazendo ter reações diferentes do cotidiano e principalmente me fazendo me apaixonar.

Mesmo não querendo eu tinha que admitir Louis mexia comigo, me fazia me sentir outra pessoa novamente e eu só estava assim por que estava completamente apaixonada por ele.

POV’S LOUIS

Eu a chamei varias vezes, mas ela não se virou e continuou correndo ate o taxi. Desisti quando ela se afastava no taxi, não entendi o que eu tinha feito de errado pensei que ela gostava de mim e não que ao beija-la iria sair correndo.

O dia todo tive que me controlar para não tomar uma decisão precipitada e agarra-la e no momento certo eu tentei só que ela desviou, me senti péssimo e rejeitado. Mas quando finalmente nos beijamos um sentimento de felicidade e desejo cresceu dentro de mim e ao vê-la correspondendo minhas esperanças aumentaram. Ela me queria.

Tudo nela era convidativo seus olhos levemente puxados de um castanho quase preto, seu sorriso deslumbrante seus lábios tão convidativos. Mesmo ela não gostando de mim teu tinha que admitir. Eu estava completamente apaixonada pela Paula.