Fanfics Brasil - Uma terceira quebra de juramento O manto de Hécate

Fanfic: O manto de Hécate | Tema: Percy Jackson e os Olimpianos


Capítulo: Uma terceira quebra de juramento

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    Era quase inicio das férias de verão a lua cheia brilhava intensamente, Nico estava entrando em um beco escuro em Nova York, voltando para sua casa no mundo inferior, mas antes que ele pudesse desaparecer na escuridão algo lhe chamou a atenção, uma menina correndo assustada e uma benevolente atrás dela, ele logo percebeu: Ela era umasemideusa!


–-- Não adianta correr e nem se esconder querida... Essa não é a atitude que vocês heróis tem de tomar... --- Disse a benevolente.


–-- Eu não sei do que está falando! Deixe-me em paz --- Gritava a Menina, que corria, até que se escondeu atrás de um carro parando para respirar um pouco.


Nico foi em direção a benevolente, sacou sua espada, uma lâmina curta feita de metal preto sólido e gritou:


–-- Ei! Você não devia estar no submundo?!


–-- Filho de Hades! Não se intrometa!


–-- Volte para lá, agora...


Nico falou a última palavra com bastante concentração e uma fenda se abriu no meio da rua e puxou a benevolente para dentro dela, ela tentava com todas as suas forças não ser sugada, mas acabou não adiantando, ela foi direto para o mundo inferior. Logo após ele caiu de joelhos no chão, não era fácil sugar um benevolente para o submundo. A menina saiu detrás do carro, sua expressão era de pavor, espanto, confusa...


–-- Como você...? Eu devo estar ficando louca!


Nico se levantou e olhou para a garota, ela tinha olhos azuis bem claros, seu cabelo era preto e amarrado a um coque todo bagunçado e, sua pele era branca, embora ela estivesse muito suja, idade... Acho que 14 anos, usava short jeans na altura dos joelhos, uma camiseta calçava allstar e estava completamente suja, ela parecia estar fugindo de monstros a semanas e não parecia ter uma casa, muitos semideuses fugiam, esse deveria ser o caso dela.


–-- Não, acredite... Todos acham isso.


–-- Mas... Aquela coisa tentando me matar e você... Você com essa parada tipo... Muito estranha! --- Disse ela encarando a fenda no chão.


–-- Parece que não te mandaram um sátiro ainda, então acho melhor eu começar a lhe explicar logo... Sei, vai parecer confuso a princípio, você conhece as histórias sobre deuses gregos não é?


–-- Sim --- Concordou ela ainda muito confusa.


–-- Eles vem a terra e tipo... Tem filhos com humanos, eles são chamados de_.


–-- Meio-sangues... --- Disse a menina antes que Nico terminasse.


–-- Acho que você já deve saber do resto...


A menina ficou em uma espécie de transe, como se fossem informações demais. Nico ficou surpreso por ela aceitar o fato tão rapidamente, mas também, depois do que se passara não duvidaria de muita coisa. 


–-- Mas de quem eu sou filha? --- Perguntou ela.


–-- Só saberemos quando chegarmos ao acampamento.


–-- Que acampamento?


–-- Acampamento meio-sangue, o único lugar seguro para semideuses, lá existe uma proteção contra monstros tipo... Esse que acabamos de enfrentar.


–-- E como se chega lá? Aonde é?


–-- Ele fica em Montauk, Long Island.


–-- Mas... eu não tenho como ir!


–-- Sobre isso... Bom acho que eu posso nos transportar pra lá, só não agora, preciso de ao menos 30 minutos para descansar e reter minhas energias.


–-- E... Como você vai fazer isso?


–-- Sou semideus, filho de... Hades... Eu posso “viajar pelas sombras”.


–-- Não tem monstros nem coisas horríveis?


–-- Não, só o escuro, vazio é provavelmente o meio mais rápido de se chegar lá


–-- Bem... Sendo assim eu posso esperar... Há, meu nome é Hannya.


–-- E o meu é Nico.


Eles se sentaram na calçada e houve um momento de silencio.


–-- Então... Como é a sua história? Pelo visto... Você deve ter fugido... --- Perguntou Nico.


    Hannya ficou em silêncio, fez um expressão de quem não entendia nem mesmo os seus próprios pensamentos.


–-- É tudo muito confuso... Quando eu tinha 14 anos eu perdi a minha mãe... Ela era minha única família, morreu em um acidente de carro... Então apareceu uma mulher e me levou para um Hotel, em Las Vegas, eu não entendia aquilo, eu passei apenas dias ou semanas e quando sai... Haviam se passado três anos! A mesma mulher foi me buscar e eu tive medo, eu estava confusa, assustada e fugi! Mas hora ou outra tinha que fugir de criaturas estranhas, eu achava que estava ficando louca! Quando sai do Hotel, encontrei um maço de dinheiros em meu bolso, eu resolvi sair de Las Vegas e voltar para Nova York, a casa foi vendida e eu só visitei o túmulo da minha mãe... Eu estou vagando por três dias...


–-- Isso tudo é recente?!


–-- Eu sai do hotel faz cinco dias...


–-- Espera um pouco... Você só podia estar no... Hotel e cassino lótus!


–-- Esse era o nome! Você conhece?


–-- Sim... Eu já fiquei lá... É como se o tempo não passa lá dentro, mas do lado de fora sim... Eu fiquei lá antes mesmo da segunda guerra mundial!


–-- Mas... --- Hannya engasgou. --- Você não parece...


–-- Nem você, não se envelhece quando está lá dentro...


–-- Não entendo porque fui pra lá... E você? O que aconteceu?


–-- Bem... Longa história, não quero falar agora...


–-- Ok... --- Ela resolveu não insistir, ao que parecia as lembranças dele eram piores de que as dela --- Então... Como é esse acampamento?


–-- Bom... É um lugar de treinamento, alguns ficam o verão, outros ficam o ano todo.


Nico continuou a falar do acampamento, dos chalés e de seus amigos, um filho de Poseidon chamado Percy Jackson, e uma filha de Athena chamada Annabeth eram os mais próximos dele. Até que ele disse que já havia descansado.


–-- Melhor nós irmos, daqui a pouco tem novos monstros nos caçando... --- Disse ele.


–-- Como é isso?...


–-- Venha me dê sua mão.


Hannya segurou em sua mão, era um pouco gelada... e então Nico olhou para os lados e fechou os olhos, uma enorme escuridão apareceu na parede e os dois entraram nela, Hannya sentiu medo e chegou a apertar a mão de Nico, era tudo escuro, vazio... Como se não houvesse nada a não ser seus pensamentos e isso não era muito bom, uma solidão! Durou cerca de 10 minutos e de repente eles caíram da parede para o chão de uma sala enorme, com um enorme sofá, uma mesa de centro e uma máquina de jogos. Nico levantou cansado, e Hannya o ajudou a levantar e o levou até o sofá.


–-- Onde estamos? --- Perguntou Hannya.


–-- Suponho que estamos na Casa Grande do acampamento.


De repente escutaram trotes, e uma figura estranha vestida de pijama com metade do corpo de um cavalo apareceu na porta. Era um centauro.


–-- Nico?! --- Disse o Centauro. --- E quem é essa garota? E o que estão fazendo aqui? Oh deuses! Olhe a hora 00h12min!


–-- Acalme-se Quíron! Essa é Hannya, eu a encontrei em Nova York quando ia me voltar para o mundo inferior.


–-- Uma meio-sangue suponho...


–-- Sim, e estava sem sátiro e sendo perseguida por uma benevolente.


–-- Deuses! --- Falou Quíron pasmo --- Isso é ruim, muito ruim... Sem sátiro e ainda deve sendo perseguida por uma benevolente!


–-- Ele... Me salvou! E me explicou sobre essa história de meio-sangue... --- Disse Hannya.


–-- Oh minha querida, acho melhor você ir dormir, amanhã iremos resolver tudo isso. Você hoje dormirá aqui na casa grande em um quarto de hóspedes, amanhã irá para o chalé! Nico vá dormir também, você parece muito cansado, Hannya terá... Vejamos... Roupas novas, e irá dormir tranquilamente.


–-- Tudo bem, eu vou indo para o meu chalé... Boa Noite Hannya, Boa Noite Quíron!


–-- Boa Noite. --- Responderam os dois.


–-- Nico --- Disse Quíron. --- Você foi corajoso!


–-- Só fiz o que qualquer um faria...


Nico saiu e ficou apenas Quíron e Hannya.


–-- Venha lhe levarei até seu quarto, lá terá algumas roupas no armário, pode usa-las.


–-- Ok...


Quíron a levou para um quarto de hóspedes, simples, uma cama, uma penteadeira, armário e um banheiro. Hannya logo pegou roupas e foi tomar banho. Depois de finalmente estar limpa foi dormir, uma noite sem sonhos o que para um semideus era muito bom, pois geralmente os sonhos sempre eram sobre algo ruim acontecendo! Nunca eram “só sonhos”, mas aquela foi uma noite muito boa para Hannya, ter uma cama confortável e dormir limpa em algum lugar que se sentiu segura tinha sido a melhor coisa que havia feito desde que saíra do hotel. Foi uma noite tranquila e no outro dia pela manhã ouviu uma concha tocar e acordou, ficou feliz em saber que não era um sonho, olhou para a porta e viu um par de botas, seu allstar estava imundo e então resolveu calçar as botas, arrumou sua cama, se penteou e foi para fora, indo para a mesma sala na qual tinha estado na noite anterior. Estavam nela o centauro Quíron e um homem baixo, aparentemente acima do peso, com um pescoço roliço, cabelos negros e usando uma camiseta com tigre de pelos alaranjados, bermudão e sandálias.


–-- Hunf... --- Resmungou o homem. --- Mais um!


–-- Parece que você está melhor Hannya. --- Disse Quíron. --- Esse é o senhor D. Diretor do acampamento. Agora conte-nos o que aconteceu com você.


Hannya então contou sobre tudo o que havia acontecido desde a morte de sua mãe.


–-- Não duvido nada que algum dos três tenha pulado a cerca mais vezes! --- Disse o homem.


–-- Muito obrigada Hannya, você pode ir tomar café, Annabeth está te esperando lá fora, ela vai mostrar onde fica o refeitório e depois lhe mostrará o resto do acampamento.


Hannya foi para fora e uma menina loira de olhos cinzentos com uma ótima aparência e um sorriso brilhante a esperava.


–-- Você deve ser Hannya! --- Disse Annabeth.


–-- Sim... E você Annabeth. Nico me falou sobre você.


–-- Falou?! Foi muito corajoso da parte dele te trazer aqui, enfrentar uma fúria não é para qualquer um.


–-- Verdade...


–-- Vamos, vou lhe levar ao refeitório.


As duas saíram e Hannya observava o acampamento, o clima era super agradável, a grama bem verde, ela nunca havia visto um lago tão limpo! Tudo magnífico. Ela logo pensou se teria que pagar se ficasse ali, “Bom, qualquer deus que seja meu pai tem a obrigação de pagar, não tenho mais minha mãe, nem lugar onde morar, não pedi pra nascer, muito menos filha de um deus olimpiano!”. Enfim as duas chegaram ao refeitório, vários semideuses comendo e rindo, para eles devia ser o lugar mais normal.


–-- Pode pegar sua comida ali, e bom... Sua mesa é aquela. --- Disse Annabeth meio desconfortável, apontando para uma mesa vazia. --- É a mesa para os semideuses ainda não reclamados.


“Os esquecidos” pensou Hannya.


–-- Tudo bem.


Então um garoto de olhos verdes vestido com a roupa do acampamento chegou, seu cabelo era preto bagunçado, sua pele era meio bronzeada... Hannya teve a sensação de que ele a lembrava o mar.


–-- Então essa é a nova campista? Bem vinda! --- Disse o menino.


–-- Obrigada.


–-- Meu nome é Percy.


–-- Percy Jackson?


–-- Sim, nos conhecemos? --- Perguntou ele meio confuso.


–-- Não, Nico me falou sobre você... Namorado de Annabeth, filho de Poseidon, herói... Meu nome é Hannya.


–-- Er... Ele contou... Mas sou só um campista normal.


–-- Vocês se parecem... --- Disse Annabeth, os analisando --- De alguma forma, são parecidos.


–-- Bom... Eu vou tomar café, muito obrigada Annabeth, foi um prazer conhecer vocês dois.


Hannya se afastou, pegou seu café e foi sentar em sua mesa.


–-- Parecidos? --- Perguntou Percy.


–-- Esqueça... Venha cabeça de alga, vamos tomar café.


Muitos olhavam para Hannya, primeiro: Ter chegado ao meio da noite sem sátiro, resgatada por um meio-sangue, segundo, porque Hannya era muito bonita, qualquer um desconfiaria que ela fosse filha de Afrodite. Sua pele era branco-rosada, seu cabelo era preto levemente ondulado e batia na cintura, seus olhos eram azuis-claros, extremamente azuis, (imagine um azul tão claro como o gelo) usava a camiseta laranja do acampamento meio-sangue, calça jeans e botas pretas, que a visse na noite anterior não seria capaz de reconhecê-la agora. Ela ficou observando as mesas, quase todas cheias, exceto pela dela, a de Percy e uma que um menino acabava de sentar, era a de Nico. Ele olhou para ela ficou surpreso, ela era muito linda. Ela abriu um meio sorriso que significava “Obrigada”, e ele assentiu com a cabeça, devia ter entendido. Quíron chegou ao refeitório e pediu a atenção de todos.


–-- Bom dia campistas! Temos uma nova campista! Hannya levante-se, por favor.


Meio sem jeito ela se levantou e tentou dar um sorriso amigável, mas estava com muito vergonha pra isso, Hannya era tímida.


–-- Sejam bons anfitriões! Logo logo iremos descobrir de qual chalé ela fará parte.


Hannya pensou “Pai, bem que podia me reclamar, acho que as pessoas parariam de me olhar como se eu fosse estranha”. Hannya percebeu então que na mesma hora que teve esse pensamento todos olharam pra ela com espanto, talvez surpresa, então ela olhou para si e viu que estava brilhando! Brilhando azul, e um tridente pairava sobre sua cabeça.


–-- Meu pai é...


–-- Poseidon. --- Completou Quíron. --- Mas, isso é impossível!


E não era só isso, algo mais brilhou em si, uma aura roxa e mechas roxas apareceram em seu cabelo.


–-- Uma filha de Poseidon com a benção de Hécate!


“Hécate... Deusa da magia” Hannya lembrou.


–-- Bom... Percy parece que você tem uma meia-irmã... --- Disse Quíron tentando amenizar a tensão. O que era muito difícil.


 


Hannya se arrependeu de ter pedido aquilo ao pai dela, agora mesmo que todos estavam olhando para ela!



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Autor(a): Natacha

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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