Fanfic: Sedução e Vingança-AyA [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso
— Assim como também não deveria me dar esta espécie de poder.
— Só por curiosidade: você o usaria para me magoar? — Ela não conseguiu evitar a pergunta, assim como o seu interesse pela resposta.
— É melhor eu não descobrir. — Ele se abaixou e pegou o chapéu com um ar decidido.
— Vou levá-la até Darius. Talvez ele possa lhe dar um pouco de sensatez. No míni-mo, ele poderá lhe dar uma ideia de por que acha que o seu pai está por trás dos incêndios criminosos.
— Não se trata de uma vingança sua contra o meu pai, não é? — ela indagou, desanimada. — Você realmente acha que ele é culpado?
— Nem por um momento eu duvidei que ele fosse culpado — Alfonso respondeu sem hesitar.
Depois de dar instruções a Hank e de telefonar para Darius, perguntando se ele es-taria no clube, Alfonso indicou o carro de Anahí e perguntou:
— Vamos juntos, ou separados?
— Juntos — Anahí decidiu.
Desta forma ela teria tempo de discutir a situação, ou melhor, de argumentar. Além do mais, para ser honesta, precisava admitir que seria muito mais fácil suportar os olhares e eventuais comentários dos outros sócios se os dois chegassem juntos. A conclusão desagradável provocou outra, ainda mais desconfortável.
— Quando o meu pai pedir demissão do clube, o conselho vai querer que eu saia também, não vai?
Alfonso hesitou, antes de responder:
— Não vejo por quê.
— Você sabe por quê — ela sussurrou, evitando olhar para ele.
— Vamos nos preocupar com isto quando chegar a hora.
Ao se aproximarem da entrada do clube, Anahí foi ficando mais nervosa.
— O que Darius vai me dizer? — ela quis saber, com tanta calma quanto lhe foi pos-sível.
— Que o seu pai é culpado.
— Falo sério, Alfonso. Darius conseguiu alguma prova incontestável?
— Ele não vai lhe dizer, Annie.
— Por que não? — ela perguntou.
— Porque poderia prejudicar o processo que o promotor pretende abrir contra o seu pai. — Ele se virou no banco para encará-la. — Preciso lhe avisar. Você não vai conseguir negociar nada deste lado. Quando tivermos todas as provas que precisamos, o culpado vai para a cadeia. Ponto final.
Anahí entendia racionalmente por que Alfonso se sentia daquele jeito. Mas se tratava de seu pai, o homem que a amara e protegera, e que a consolara quando sua mãe morrera. O homem que a educara e que a ensinara a distinguir o certo do errado. Ela sentiu os olhos se encherem de lágrimas: devia reconhecer que ele tinha falhas e que cruzara o limite entre a honra e a desonestidade, uma linha que ele lhe ensinara ser inflexível, mas se recusava a acreditar que ele caíra tanto a ponto de arriscar a vida de outros, de homens e de animais, que poderiam ter saído feridos dos incêndios em El Diablo e na refinaria.
Enquanto estacionava à sombra de uma árvore, Anahí soltou um profundo suspiro e tentou encontrar alguma estabilidade dentro do turbilhão por que passara nas últimas 48 horas. Fazia apenas dois dias que ela viera ali para almoçar com Maite? Parecia uma eternidade.
— Está preparada? — Alfonso perguntou gentilmente.
A gentileza do tom quase fez com que Anahí desmoronasse. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas ela se controlou, resolvendo que precisava deixar suas emoções de lado e se concentrar nos seus objetivos. Do contrário, iria desabar, e ninguém iria mover um dedo para evitar que seu pai fosse para a cadeia. Ela deu outro suspiro, e foi então que sentiu: o carinho mais suave que já recebera, como um sopro sobre a curva do seu rosto. O gesto fez despertar uma série de lembranças. Quantas vezes Alfonso a consolara e animara daquele jeito, durante alguma dificuldade, com um simples afago? O fato de que ele o fizesse agora, quando estavam em campos contrários, significava mais para Anahí do que ela pode¬ria expressar. Ela se sentiu cheia de energia e obstinação, recuperando a força de que tanto precisava. Endureceu o queixo e voltou-se para Alfonso.
— Estou pronta — ela disse. — Quero saber exatamente o que estamos enfrentando.
Ela notou que ele ficava indeciso: por um lado, deveria querer lhe dar confiança, mas, por outro, deveria desejar que ela entendesse a inutilidade de suas esperanças.
— Creio que você está caminhando na direção da decepção. — Alfonso suspirou.
— Vamos descobrir — ela disse.
Para desespero de Anahí, as palavras de Alfonso haviam sido proféticas. Darius nada tinha a esconder e foi muito direto no que afirmou. Que evidência ele descobrira e a que conclusões ela o levara? Ele respondeu com uma sinceridade simples, uma atitude profissional e racional, mas com um ar de compaixão. Isto levou Anahí a concluir que Summer Martindale tivera razão ao fugir com ele. A prova que ele conseguira contra Cornelius Gentry era inquestionável e evidente, mas não constituía evidência, mesmo que circunstancial, contra Henrique Portilla, conforme Anahí apontou rapidamente.
Gentry poderia ter agido sozinho.
— É possível — admitiu Darius. — Mas não é provável, tendo em vista o caráter do homem. Até que ele seja encontrado, não saberemos com certeza.
— Ele desapareceu? — Anahí perguntou, preocupada. Alfonso não escondeu seu cinismo.
— E provável que ele tenha sido pago para desaparecer.
— Você acha que teria sido o meu pai?
— Seria do interesse dele — disse Alfonso.
— Isto não faz sentido. — Ela percebeu que conseguira a atenção dos dois homens com esta afirmativa e sentiu uma mistura de esperança e de alívio. Quanto mais ela pensava, mais tinha certeza. — Falo sério. Pensem um pouco. O meu pai realmente desviou dinheiro do CMT para investir com Paulo Rodriguez, certo? Se ele tivesse algum dinheiro a mais, teria devolvido ao clube antes que alguém descobrisse ou o acusasse de desfalque. De onde ele tirou dinheiro para fazer com que Gentry desaparecesse? Eu conheço o homem... — Ela não pôde evitar um arrepio de nojo. — Ele iria exigir uma boa soma para sumir.
— O que você quer dizer com "conheço o homem"? — Alfonso indagou, seco.
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Anahí hesitou, antes de admitir:— Eu esbarrei com ele algumas vezes. — Ela viu que os dois homens a olhavam do mesmo jeito e se encolheu. — Ele era muito abusado, confiante, arrogante. Quando lhe dei um basta, Gentry riu de mim e disse que o meu pai jamais iria despedi-lo.— Isto não ajuda a estabelecer a inocência do seu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 253
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lyu Postado em 11/03/2013 - 02:27:06
Ain, infelizmente acabou. Amei a web.
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lyu Postado em 06/03/2013 - 14:05:06
Como assim fase final? Naaaaao
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lyu Postado em 25/02/2013 - 21:39:50
Mais
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:07
cada dia mais legal essa web, adoro
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:05
cada dia mais legal essa web, adoro
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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