Fanfic: Sedução e Vingança-AyA [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso
O silêncio se estendeu. Tudo que se ouvia era o ruído da respiração dos dois. Ela inspirou profundamente e sentiu o seu perfume seco e apimentado. Exótico. Ele apertou os seus braços, e ela reviveu a sensação de sentir as suas mãos sobre a pele, no passado: fortes quando a agarravam e carregavam para a cama; macias quando a despiam e a acariciavam em lugares do corpo que nenhum outro homem vira ou tocara; gentis quando a apertavam e lhe provocavam sensações com as quais ela jamais sonhara.
O espaço ao redor deles pareceu se dissolver. Tudo que Anahí conseguia perceber era Alfonso. Ele se tornava o seu mundo.
Ele se aproximou de um jeito que não lhe deixava dúvidas: devagar, como se lhe desse tempo para recuar se quisesse, mas ela não queria recuar. Anahí queria poder dizer que era apenas curiosidade, mas era muito mais que isto. Precisava saber, de uma vez por todas, se a atração entre os dois era real, ou se era apenas uma sombra do que haviam sentido no passado.
— Dulzura... — ele murmurou.
E então, o calor de Alfonso a consumiu. Como pudera ela esquecer o que havia entre os dois? Talvez não tivesse esquecido. Viver sem ele e sem o que ele lhe dava fora penoso demais para suportar. Para se proteger, ela resolvera esconder as lembranças que agora voltavam, dilacerando-a como se fossem cacos de vidro. Ele a beijou com mais segurança que nunca. Se no passado ele a provocava para abrir os lábios, agora ele parecia exigir. Anahí não queria resistir: sabia que não iria, conseguir. Ela abriu a boca e estremeceu ao sentir o gosto da sua língua, o seu hálito adocicado, e afundou nas almofadas do sofá. Alfonso a seguiu, pressionando-a com o corpo, que se tornara mais firme e definido com a passagem dos anos, passando a mão pela sua cintura e puxando-lhe a blusa para cima. Anahí abriu-lhe a camisa e passou as mãos sobre o seu peito musculoso. Ele fez o mesmo com ela. Ela estremeceu ao sentir suas mãos ásperas sobre a pele. Embora fosse um dos homens mais ricos da cidade, no fundo ele ainda era e sempre seria um trabalhador do campo. El Diablo não era apenas um brinquedo nas mãos de um homem rico, era um rancho trabalhoso, e, pelos calos que havia em suas mãos e pelo seu corpo musculoso, Alfonso ainda fazia o trabalho pessoalmente. Ele lhe acariciou os seios.
— Eu nunca pude esquecer a suavidade da sua pele. É como veludo, mas quando eu olho para ela... Juro que é mais clara que o luar. — Ele passou os dedos sobre os seus mamilos e ela gemeu fracamente, sem conseguir se conter.
Ela lhe acariciou o rosto, seguindo os seus traços com o dedo: maçãs altas, uma boca que pedia para ser beijada, cercada pelas rugas do sofrimento; um queixo quadrado, onde aparecia uma discreta covinha que ela tantas vezes acariciara. Anahí enfiou as mãos nos cabelos de Alfonso e assumiu o controle da situação, mordiscando-lhe o lábio, provocando-o até que ele gemeu e se colocou sobre ela. Ela o envolveu com as pernas e lhe acariciou a coxa com o pé descalço, admirando as pregas que provocava em sua calça impecável. Queria tirar a última camada de sofisticação do homem de negócios civilizado, reduzindo-o ao elemento fundamental que o tornava único, e reencontrar a pura essência masculina do homem por quem se apaixonara. Aquele era um momento fora do tempo, um momento de indulgência. Um momento que acabou bruscamente quando a porta da biblioteca se abriu violentamente.
— O que diabos está acontecendo?! — perguntou Henrique Portilla.
A chegada do pai arrancou Anahí do seu devaneio sensual, como se despertasse de um transe hipnótico. De nada adiantaria empurrar Alfonso para longe: ele seria pesado e forte demais, principalmente se não tivesse a intenção de se afastar, como suspeitava ela. Além disso, o estrago estava feito. Alfonso olhou para o pai dela e deu um sorriso feroz.
— Você está invadindo a nossa privacidade. Da próxima vez, pense em bater antes de entrar.
Henrique ficou perplexo.
— Eu estou na minha casa — ele protestou. — Não preciso bater antes de entrar em algum lugar da minha própria casa.
— Se quiser evitar cenas como esta, precisa. — Alfonso se levantou e passou a mão nos cabelos, que ela tivera imenso prazer de despentear. Depois, estendeu a mão para Anahí e ajudou-a a se levantar das almofadas, abotoou a camisa e enfiou-a na calça. Não se deu ao trabalho de colocar a gravata, deixando-a pendurada. — Vejo que não perdeu a arrogância, Portilla. Vamos ver quanto isto vai durar.
— Alfonso... — Anahí tentou interceder, mas ele sacudiu a cabeça.
— Isto não envolve você, Annie.
— Mas...
Bastou que ele olhasse para ela, e Anahí se calou. Infelizmente, ele tinha razão. Não era da sua conta, a não ser pelo fato de seu pai estar envolvido. Ela não tinha acesso a nenhuma informação sobre o dinheiro desaparecido, ou sobre os erros que poderiam ter ocorrido e que haviam levado Alfonso a acreditar que seu pai tivesse cometido um crime, mas ficaria ao lado de seu pai, enquanto ele explicasse o engano.
— O que faz aqui? — Henrique perguntou, olhando para Anahí com ar de reprovação.
— Além de atacar a minha filha...
— Foi isto que lhe pareceu? — Alfonso sorriu. — Bem, se isso o faz dormir sossegado...
Henrique ficou sem cor.
— Repito: o que está fazendo aqui?
— Pediram-me que eu viesse. O conselho do CMT pediu.
Para horror de Anahí, ela viu o pai empalidecer ainda mais, e o seu queixo tremeu.
— Não acredito em você — ele disse.
— Foram descobertas algumas diferenças nas contas do clube. Alguns cheques foram emitidos em favor de pelo menos uma empresa fantasma. — Alfonso retorceu a boca com desprezo. — Cheques que você endossou.
Henrique cerrou os punhos.
— Os únicos cheques que emiti se referiam a faturamentos legítimos.
Alfonso cruzou os braços.
— Como os destinados ao Helping Hearts?
Anahí franziu a testa.
— Você não quis dizer Helping Hands? — ela perguntou. — É o abrigo onde Summer trabalha, mantido por senhoras do clube. Ele não faz parte de um programa mais amplo de assistência do CMT?
Awnt Gracias pelo Comentarios Dorothy e Lyu :D Fico feliz em saber que gostaram da web,
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— Helping Hands é a obra que nós ajudamos. Não sei lhe dizer o que é Helping Hearts — Embora falasse com Anahí, Alfonso não tirava os olhos de Henrique. — Mas, já que o seu pai emitiu vários cheques generosos em seu favor, espero que ele possa me dizer. Ainda mais considerando que todos eles ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 253
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lyu Postado em 11/03/2013 - 02:27:06
Ain, infelizmente acabou. Amei a web.
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lyu Postado em 06/03/2013 - 14:05:06
Como assim fase final? Naaaaao
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lyu Postado em 25/02/2013 - 21:39:50
Mais
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:07
cada dia mais legal essa web, adoro
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:05
cada dia mais legal essa web, adoro
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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elizacwb Postado em 25/02/2013 - 18:44:04
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