Fanfic: Peça do Destino-AyA [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso

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Alfonso: Grávida Anahí? – perguntou surpreso – Como isso?
Anahí continuava parada no mesmo lugar o olhando assustada, não queria que Alfonso tivesse descoberto sobre a gravidez dessa forma.
Alfonso: Fala Anahí! – aumentando o tom de voz em um misto de preocupação e raiva, nem ele mesmo sabia o que estava sentindo.
Anahí: Para de gritar Alfonso!
Alfonso: Mais como que você foi ficar grávida? Agente sempre se cuidou! Esse filho não é meu não é?
Anahí riu irônica: Agente sempre se cuidou? – agora era ela que falava alto – Você tem certeza disso? Olha o que você fala! É claro que esse filho é seu, eu não sou igual a você que transa com uma mulher diferente a cada dia!
Alfonso: Não é assim.. – assustado com a sua reação
Anahí: Não é assim? Você esquece que eu sou sua vizinha? Da pra ver a movimentação aqui de casa Alfonso. De boba eu não tenho nada.
Alfonso: Há quanto tempo você sabe disso?
Anahí: Pouco mais de uma semana.
Alfonso: Por isso sumiu? Estava fugindo de mim? – falando mais em tom de afirmação do que de interrogação, agora sim o sumiço repentino de Anahí fazia sentido. Ela apenas afirmou com um aceno de cabeça. – Quando ia me contar?
Anahí: Eu não sei. – admitiu.
Alfonso: Mais que droga! Eu tinha o direito de saber.
Anahí: Pra que? Pra reagir da forma como reagiu agora? Pra eu ouvir que esse filho não é seu e confirmar o que eu mais temia? – ela sentia seus olhos queimarem, porém as lagrimas não saiam.
Alfonso: Desculpa, eu sei que fui grosso.
Anahí: Agora você pede desculpas e acha que tudo vai ficar bem. Eu sabia que no final das contas ia ficar sozinha nessa, sabia!
Alfonso: Agora você que me ofende Anahí. Eu não sou nenhum adolescente inconsequente que só marca presença na hora de fazer a criança. Tenho 35 anos e sou homem o suficiente para assumir os meus atos.

Anahí: Eu preciso ficar sozinha.
Alfonso: Está me expulsando? – surpreso.
Anahí: Eu apenas preciso ficar sozinha Alfonso. – indo em direção a porta e a abrindo pra ele.
Alfonso: Tudo bem, eu vou. – passando por ela – Mais não pense que você vai fugir de mim de novo. – saindo da casa de Anahí.
　
Ela foi direto para seu quarto, as lagrimas agora escorriam livremente pelo seu rosto, deitou em sua cama se cobrindo e olhando a janela fechada, pouco tempo depois Luke se juntou a ela deitando em seus pés e adormecendo profundamente enquanto Anahí continuava pensando no rumo que sua vida ia tomar a partir de agora.

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Alfonso ficou o dia todo em casa pensando no que tinha acontecido, ele teria um filho! Claro que ele e Anahí não tinham um relacionamento sério e nem uma família estruturada para poderem criar uma criança, mais ele sempre quis ser pai. Quando sua ex-mulher tinha ficado grávida se sentiu o homem mais feliz do mundo, mais tudo dera errado e ele se refugiou em uma vida onde a única coisa concreta que tinha era seu trabalho. Não queria passar por tudo aquilo novamente e por isso nunca procurou ter um relacionamento sério com outra mulher. Mais agora tudo era diferente, seu filho já estava a caminho e não havia nada que ele pudesse fazer a não ser amar aquela criança.
　
Já era noite quando resolveu ir a casa de Anahí, os dois precisavam conversar com calma. Vestiu uma calça jeans escura, tênis e blusa verde. Chegou a porta da casa dela e tocou a campainha, ouviu ela gritando lá de dentro um “Já vai” e cerca de dois minutos depois ela apareceu.
　
Anahí: Alfonso!
Alfonso: Posso entrar? – perguntou com certa insegurança.
Anahí: Claro. – dando espaço para ele passar.
Alfonso: Se arruma, quero que você saia comigo.
Anahí: Poncho não tem clima.
Alfonso: Por favor, agente precisa conversar melhor sobre isso tudo.
Anahí: Ta certo. – sem ter como recusar – Espera eu me arrumar?
Alfonso: Claro, leva o Luke também.
Anahí: Coloca a coleira nele pra mim? Fica lá na cozinha.
Alfonso: Pode deixar. – indo pegar a coleira do cachorro enquanto ela ia se arrumar.
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Os dois caminhavam em silêncio, Anahí segurava Luke pela coleira e Alfonso mantinha as mãos nos bolsos da calça. Chegaram a um parque e ele a guiou para uma parte mais afastada, como era noite o lugar estava vazio e os únicos barulhos que se podiam ouvir eram o da água do chafariz e do farfalhar das folhas que se agitavam com o vento. Alfonso sentou encostado em uma árvore e ela se acomodou ao lado dele soltando o cachorro que logo começou a correr.
　
Anahí: E então? – perguntou sem graça e insegura, não sabia o que iria acontecer agora.
Alfonso se virou para ela: Um filho Any! – sussurrou – Eu sempre quis ser pai, mais nunca imaginei que teria meu sonho realizado dessa maneira.
Anahí: É estranho, eu nunca tive esse sonho de “família feliz”, não ficava planejando o dia do meu casamento ou escolhendo o nome dos meus filhos. – ela olhava para sua mão que mexia distraidamente em um graveto no chão – Sempre fui muito contraditória, não quero uma família mais também não quero viver em função do trabalho.
Alfonso: Você ainda é nova Any, é normal se sentir assim. – colocando a mão por cima da dela.
Anahí: É esse o problema, eu sou muito nova para assumir uma responsabilidade dessas, principalmente da forma como veio. Justo agora que eu ia começar a faculdade e quem sabe dar um rumo na minha vida.
Alfonso: Não há mais nada que agente possa fazer quanto a isso.
Anahí: Eu pensei que se ele não existisse tudo seria mais fácil. Mas agora sei que foi um momento de desespero, nunca teria coragem de tirar a vida de um bebê dessa forma.
Alfonso: Você não deveria nem ter cogitado essa idéia! – a recriminado.
Anahí: Me desculpa? – finalmente o encarando – Eu deveria ter te contado tudo desde o começo, mais fiquei tão chocada que não conseguia fazer nada além de chorar.
Alfonso: Não precisava chorar minha pequena – falou enquanto passava um dos braços por seus ombros.
Anahí: Você não disse se me desculpa. – se aconchegando em seu peito.