Fanfic: Peça do Destino-AyA [Finalizada] | Tema: Anahí e Alfonso

Já havia se passado uma semana desde o dia do assalto e ela não via Alfonso desde a manhã que seguiu aquela noite, ele havia saído com duas malas e ainda não tinha voltado. Resolveu não contar o acontecido para Mai o que fez com que com que ouvisse um sermão por ter lhe dado um bolo. Agora estava sentada no chão da sala, encostada no sofá com o laptop na mesinha de centro navegando na internet, Luke assim que a viu deitou a cabeça em seu colo e adormeceu. Até que o interfone tocou e ela teve que se levantar, Luke passou a sua frente correndo e latindo como sempre fazia, era do correio, Anahí desceu e pegou as cartas, entrando em casa enquanto olhava uma por uma.
　　　　　　　
Anahí: Conta, conta, conta.. – nada interessante para variar, começou a abrir os envelopes quando algo lhe chamou atenção, a não ser que agora se chamasse “Alfonso Herrera” aquilo não era para ela, olhou o endereço – Rua Gomes Gorga, número 20 – problema resolvido, morava no 22, então a correspondência só podia ser dele. Ora, ora. Então seu vizinho se chamava Alfonso Herrera. Bom, ela podia simplesmente ir até lá e colocar a carta na caixa de correio mais como boa vizinha que era iria esperar ele voltar e entregá-la pessoalmente. Quem sabe dessa vez conseguia agradecer direito.

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Duas semanas depois Anahí estava na varanda tomando seu café da manhã e pensando na vida quando o viu descendo de um taxi com as duas malas nas mãos. Até que enfim, achava que não fosse mais voltar pra casa. Talvez estivesse de férias, pelo o que andou investigando ele era um dentista famoso, foi só jogar o nome dele no Google que a página de seu consultório apareceu. Não que tivesse algum interesse, era apenas curiosidade.
Ficou ali por mais um tempo e resolveu que iria logo entregar a carta para ele, provavelmente daqui a pouco alguma mulher apareceria e não sua intenção atrapalhar. Tomou um banho e se vestiu, estava quente, então colocou uma camiseta vinho, short jeans e rasteirinhas, deixou os cabelos soltos e molhados, afinal só iria até a casa do vizinho. Pensou em levar Luke também mais logo desistiu ao pensar na possibilidade de entrar naquela casa, não queria que o cachorro a atrapalhasse.
Pegou a carta e saiu, quando chegou em frente à porta perdeu a coragem de tocar a campainha “Mais que besteira!” Era só um cara e ela só ia desfazer um engano, nada demais. Respirou fundo e bateu uma vez, nada.. “Ok só mais uma tentativa” falou consigo mesmo, de novo, ouviu passos vindos lá de dentro e ele apareceu só de sunga preta, secando os cabelos com uma toalha, varias gotas escorriam pelo seu peitoral, provavelmente havia saído da piscina.

Alfonso: Pois não? – ele a olhou dos pés a cabeça – Eu não te conheço?
Anahí ficou um pouco sem graça com aquela “secada”, mais ela não fazia o tipo dele, não mesmo, todas as mulheres que frequentavam sua cama pareciam modelos e ela apesar de bonita não tinha nenhuma beleza extraordinária. Magra, cabelos longos e loiros e olhos azuis. Não era muito alta também. O encarou por alguns segundos e finalmente respondeu.
Anahí: Sim, você me salvou de um assalto à duas semanas. – disse como quem explicava à uma criança que 2 e 2 são 4.


Alfonso: Claro! Como está? – ele perguntou mais por educação do que por curiosidade.
Anahí: Muito bem, mais uma vez obrigada por tudo.
Alfonso: E veio aqui apenas para me agradecer? – ele pareceu um tanto confuso – Aliás, como descobriu onde eu moro? – perguntava arqueando uma sobrancelha
Anahí: Na verdade eu sou sua vizinha – ela apontou para sua casa – e me entregaram isso por engano – falou lhe estendendo a carta.
Alfonso: Mais esses carteiros parecem que nunca vão aprender – vociferou em voz baixa – Sabe que mesmo divorciado eles continuam mandando algumas de minhas correspondências para minha ex-mulher?
Anahí: Isso acontece – ela o olhou sem entender muito bem porque estava lhe contando aquilo mais deixou passar, nem ele mesmo parecia perceber que falava da sua vida para uma estranha.
Alfonso: Sim, acontece. – ele afirmou e os dois ficaram em silêncio.
Anahí: Bom, era só isso. Eu vou indo – ela falava e se afastava aos poucos – Obrigada mais uma vez.
Alfonso: Eu que agradeço – lhe mostrando a correspondência.
Anahí: Não foi nada – sorriu e foi para casa.