Fanfic: The story of us- Laliter (TERMINADA) | Tema: Laliter

XXX: oi menina da caneta. – fui recebida na porta pelo mesmo cara que tava dando em cima de mim no primeiro dia. Fiquei de braços dados com Alyssa e respondi.

Bella: oi. – sorri ligeiramente pra ele.

XXX: eu nunca te devolvi sua caneta no outro dia.

Bella: tudo bem, eu tenho mais. – ele nos acompanhava até nossos assentos.

XXX: tem certeza? Eu não sou ladrão. – ele sorriu, mostrando-me todos os seus dentes. Esse pobre rapaz estava realmente interessado em mim. – olá. – acenou com a mao no meu rosto e pisquei sacudindo a cabeça.

Bella: oh desculpe... Seus olhos são lindos. – envergonhada.

XXX: lindos? –riu.

Bella: eles são... Bacanas.

XXX: bem obrigado acho que nem sequer sei seu nome.

Bella: Bella. – sorri e Alyssa pigarreou, ignorei-a.

 XXX: Bella, uau, combina com voce.

Bella: culpa da minha mãe. – ele riu de mim e nos sentamos. – voce vai me dizer seu nome?

XXX: Pedro. – engoli em seco e me mexi em minha cadeira, colocando a mesa entre nós. Meu corpo tremia enquanto o rosto de Pedro o irmão da Paula enchia em meus pensamentos. Suas mãos raivosas deixando marcas de socos em meus tios. – hey voce está bem? – não percebi que agora eu estava no chão. – eu disse algo errado? – ele estendeu a mão pra mim e me encolher.

Bella: eu tenho que ir. – chiei e desajeitadamente me coloquei de pé.

Lyss: onde voce vai? – chamou atrás de mim.

Bella: para casa, não me sinto bem. – sai correndo. Deixei tudo sobre a mesa, mas sabia que Alyssa ia cuidar disso pra mim.

Meu coração estava batendo em minha garganta enquanto eu corria direto para as portas do edifício que me libertariam. Eu sabia que esse Pedro e o Pedro capanga eram duas pessoas diferentes, mas o nome mandou uma onda de terro através de meu corpo. Não por ele em si, mas pela irmã psicopata que ele tinha. Eu não conseguia fazer meu corpo parar de tremer, mas eu poderia segurar as lagrimas em meus olhos até que eu estivesse do lado de fora.

Atirei-me para frente, correndo o mais rápido que eu podia. Eu precisava sair daqui. As paredes pareciam estar de aproximando de mim. a voz da Paula encheu minha cabeça. Eu não poderia apagar as memorias que eu tinha. Atravessei a porta e tropecei em direção à parede para me apoiar. Como eu prometi a mim mesma, segurei as lagrimas até que chegasse lá fora.

Pedro: maldição Bella! – gritou e me voltei na direção da voz ofegante. – voce é rápida! – olhou pra mim, com olhos preocupados.

Bella: pare de me seguir! – gritei.

Pedro: voce está com medo. Por quê? – deu um passo na minha direção estendendo uma mão para me ajudar.

Bella: por favor. - sussurrei, apertando minhas costas contra a parede de tijolos. Senti que ela arranhou minha pele através da minha camisa. – me deixe em paz. – implorei, me virando e correndo.

Não olhei pra trás e continuei a correr, não parei até chegar em casa. Eu precisava de uma pessoa agora, eu sabia que isso ia machuca-la tanto quanto a mim, mas só ele poderia me proteger e me manter segura. Eu podia ver minha casa enquanto me apressava pela rua. O carro da minha mae estava na garagem, esqueci que ela não foi trabalhar hoje.

Adentrei pela porta da frente, ofegante de tanto correr e chorar.

Lali: quem está aí? – gritou.

Bella: Felipe! – chamei minha voz se quebrando em um soluço. Ele subiu as escadas voando, vindo do porão onde estavam meus videogames. Minha mãe seguindo seus calcanhares.

Felipe: o que aconteceu? – me puxando para seus braços- Bella voce está tremendo.

Eu não conseguia falar, meu corpo estava tremendo.

Lali: Bella, alguem te machucou? – foi atrás de mim, levantando minha camisa. – de onde veio isso?

Felipe: o que? – sibilou, correndo os dedos ao longo dos arranhões.

Bella: da parede de tijolos. – disse através de soluços, a voz abafada pela camisa de Felipe.

Lali/Felipe: por quê?

Lali: estou chamando Peter. – com o celular no ouvido.

Bella: não é nada. Eu estou bem.

Felipe: não, voce não está! Por favor, me diga o que está acontecendo! – me apertou mais e eu comecei a chorar de novo.

Bella: Pedro. – dizendo seu nome, me levou a um novo nível de histeria.

Lali: filha ele não esta aqui mais, ele e sua irmã estão na cadeia. – Felipe apertou os braços em torno de mim, fazendo que ficasse difícil de respirar.

Bella: eu sei, mas é que estou conversando com um cara na aula e ele chama Pedro. Estou exagerando me desculpe.

Felipe: voce está conversando com um cara na aula? – tentou me empurrar para que pudesse ver meu rosto, mas eu estava tão agarrada a ele que ele desistiu.

Lali: querida, não é o mesmo garoto. – esfregou minhas costas.

Bella: sei que não é, mas ouvi seu nome... e ele é tão doce. Eu não sei. Me desculpe, eu só... – minha voz sumiu enquanto eu controlava meu choro.

Lali: é compreensível, mas é apenas o nome. Ele não é o mesmo cara, e não vai se transformar no mesmo cara, Bella. – ouvi sua voz e logo os tremores pararam.

Felipe: ela está bem. – suspirou, soltando seu braço de mim. – voce pode me falar sobre seu novo amigo?

Pela primeira vez olhei em seus olhos e tive que sorrir.

Bella: ele perdeu sua caneta, eu lhe dei uma das minhas. Nós conversamos. Isso é tudo. Ele tem mais de 21 anos de qualquer forma. – parei de falar enquanto pensava sobre isso. – ou 21, eu não sei.

Felipe: de qualquer forma? O que isso quer dizer?

Bella: pare de ser ciumento. Ele é apenas um cara na minha sala. Eu provavelmente o assustei para ele nunca mais vir falar comigo. – olhei em seus olhos, eu não tinha o convencido. Suspirei. – acho que voce poderia chama-lo de minha Emma. – ri.

Felipe revirou os olhos e beijou minha testa. Eu me senti horrível por reagi da maneira que agi. Ele entenderia, se eu pudesse me controlar para explicar para ele.

Peter: Lali? Bella? – disse alto enquanto corria para a sala.

Lali: ela está bem. Ela descobriu que seu novo amigo na sala se chama Pedro. – o corpo do meu pai reagiu da mesma forma que o do Felipe.

Peter: ah, o que é isso? Como aconteceu? – apontou para minha blusa com sangue agora.

Bella: eu exagerando. – murmurei- fiquei com medo quando ele me disse seu nome, sai da sala correndo e ele me seguiu, apoiei-me sobre a parede de tijolos. Isso é tudo.

Peter: mas voce está bem, certo? – tirou os braços de Felipe e me puxou contra ele me abraçando, outra onda de segurança passou por mim.

Bella: sim, pai estou bem.

Peter: não importa se esse Pedro te lembrou daquele... e de Paula. Mas, eu não vou deixar nunca ninguém encostar um dedo em voce.

Felipe: nem eu. – sorriu amarelado.

Bella: eu sei.

Levei uma hora para convencer meu pai para voltar ao trabalho, em seguida levou outra meia hora, para convencer minha mãe que eu não queria voltar para minhas aulas. Eu não poderia enfrenta-lo ainda, eu não saberia como explicar minha reação. Felizmente, minha mãe concordou em me deixar em casa pelo resto do dia.

Felipe puxou-me para o sofá e me colocou em seu colo. Eu me enrolei lá, aproveitando seus braços em volta de mim.

Felipe: isso realmente te assustou né? – disse suavemente.

Bella: sim. – virei meu rosto em seu pescoço.

Felipe: voce sabe que eu nunca deixaria ninguém colocar as mãos em voce.

Bella: eu sei, mas tenho as lembranças.

Felipe respirou desigual e soltou o ar lentamente.

Felipe: podíamos ter algo para apagar lembranças não acha? – eu ri dele e ele relaxou seu ombro. – aí está o som que eu queria ouvir.

Bella: me desculpe por trazer isso tudo de volta hoje, eu precisava voltar para casa para voce. Eu não queria te trazer minhas lembranças também. – seus braços me seguraram contra ele e ele me beijou.

Felipe: qualquer coisa que voce sinta, eu sinto também. Eu quero que voce me diga quando está assustada, ou magoada.

Bella: eu direi.

Felipe: não posso protegê-la ao menos que voce me diga do que preciso protegê-la. – ouvi a tensão em sua voz. Sabia que ele estava falando do passado.

Bella: Lipe naquela época voce não protegia nem seu peixinho. – ri e ele também.

Felipe: é, mas, agora é diferente.

Lyss: oi tia Lali. – entrou em casa com meus livros e minha bolsa.

Lali: oi querida. – desviou os olhos do computador e olhou pra ela. Eu estava encolhida com Felipe assistindo TV, ela me olhou assustada. Suspirei e me sentei.

Bella: eu estou bem, me desculpe. – murmurei abraçando minha bolsa. – obrigada.

Lyss: eu copiei as tarefas para voce. Há um bilhete... Do Pedro em seu caderno. Eu sinto muito, eu disse pra ele tudo que aconteceu. – sentou no sofá tomando minha mão na dela, dei um aperto ligeiro para saber que estava tudo bem.

Felipe: ele escreveu um bilhete para ela? – se inclinou para olhar para Alyssa.

Lyss: ele se sentiu muito mal. – encolheu os ombros.

Bella: me sinto como uma total idiota. – murmurei.

Lali: voce não é. – falou sem tirar os olhos da tela do computador.

Lyss: ele não pensa assim também. – me assegurou- ele se sente horrível. Eu disse pra ele que não é como ele soubesse que seu nome era igual do outro. Ele espera que voce esteja na aula amanha.

Bella: eu estarei. – concordei virando a folha de papel dobrada em meus dedos. Por alguma razão eu queria ler a nota sozinha. – com licença. – eu disse e caminhei até o banheiro.

Desdobrei o bilhete e sentei em cima da pia para ler.

Querida Bella,

Como faço para sequer começar pedir desculpas por algo assim? Acho que não é minha culpa, eu não sabia. Eu te garanto que nunca perdi minha paciência com uma menina antes, nem com minha irmãzinha. E não vou começar com voce. Voce é linda demais para sequer pensar em alguem te ferindo. Se fossemos amigos quando tudo isso aconteceu, eu seria (ou tentaria, pela idade né) o primeiro a dar a ele um gosto do seu próprio remédio. Eu gostaria de ser seu amigo, mas vou entender se for difícil. Espero que eu não me pareça com ele e com nenhum dos idiotas. Podemos até pensar em um apelido para voce me chamar... se quiser. Estou aqui para conversar se quiser, sei que isso foi há muito tempo, mas entendo que voce não superou isso totalmente. Pode confiar em mim, nem todos os Pedros do mundo são perigosos. Alguns são realmente bacanas, como eu.

Pedro (o bom garoto)

Tive que sorrir para a sua despedida, ele realmente era um bom rapaz.

Felipe: Bella? – bateu na porta do banheiro. Enfiei a nota no meu bolso e corri para fora.

Bella: estou bem. – sorri, ficando na ponta dos pés para beija-lo- te amo.

Felipe: te amo. – repetiu e fomos para sala novamente.

Lyss: bom, tenho que ir pra casa. Papai fica nervoso quando não vou imediatamente.

Bella: fala pro Nico que mal posso esperar para derrota-lo no vídeo game. – ri.

Lyss: falarei sim. – disse e saiu.

ooi gente, bom dedico a:

debora: postaado gata! obrigada por comentar!

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