Fanfic: Meu INSUPORTÁVEL Colega temporada 1,2,3 e 4 | Tema: Hot, Amizade,Romance.

Narrado por Math:

Evitei a Bruna de todas as formas possíveis, mas mesmo assim tive que falar com ela, ela nunca esqueceu ele, da pra ver isso, ela beijou aquele cara, era ele, o ex, o que tanto machucou ela, mas ele voltou, pegou seu lugar de volta. Que se foda, cansei de lutar, ela não me ama, ela ama ele, beijou ele.
Foi tudo... uma mentira.
E eu achando que... que... 
Saí da escola com esses pensamentos, minha cabeça estava cheia e eu precisava esfriar ela de algum jeito. Fui pra praia, deixei minhas coisas num lugar e peguei uma prancha emprestada do cara do quiosque que já era conhecido. 
Fui pro mar. Fui esquecer o mundo. Aquilo era a única coisa que iria me tranquilizar e eu precisava daquilo. Fiquei afastado da praia, dentro da água, sozinho com meus pensamentos, eu precisava daquilo, precisava de silêncio, precisava de paz.

Depois de tanto ficar pensando e me machucando por dentro, decidi que não valia a pena, saí da água e fui embora.
Já em casa tomei um banho e deixei a água correndo sobre a minha cabeça, cada vez que eu estava de olhos fechados eu via eles... era pior do que quando a Tainara... Meu Deus, como isso dói. 
Porque você fez isso Bruna?
Sai do banho, coloquei um calção e me joguei na cama, parecia um idiota, mas eu não tinha força pra nada. Dormi até o outro dia, acordei uma vez de madrugada, mas dormi logo de novo, o mar ajudou a me deixar cansado também.
No outro dia fui pra escola e evitei todos, principalmente a Bruna e o pessoal, me senti mal por não falar com o Erick, ele até tentou, mas eu não dei bola e fiquei afastado deles, aquela semana passou desse jeito, ela tentava chegar em mim e eu me afastava, me afastava de todos, queria ficar sozinho.
Sábado de tarde eu fui pra praia, subi a pedra grande e fui para outro lado, lá eu poderia surfar em paz e fazer o que quisesse.

Fiquei lá a tarde toda, já eram quase seis horas e o Erick apareceu ali.
Erick: ei... -ele disse sentando do meu lado. - tá fazendo o que aqui?
Matt: pensando. -falei.
Erick: Como tu tá parceiro?
Matt: Como acha que eu to?
Erick: sei lá, me evitou a semana toda...
Matt: eu só não queria ficar perto dela.
Erick: Cara, eu acho que tu tem que ouvir a Bruna...
Matt: não tem nada pra ouvir.
Erick: é sério, Matt... deixa de ser cabeça... -cortei ele.
Matt: se veio pra falar dela, eu prefiro fica sozinho. -encarei ele.
Erick: tá, tá, tudo bem...
Matt: e você e a Lu, como andam?

Erick: ah, entre nós tudo bem...
Matt: que bom.
Erick: Matt...
Matt: Erick, cala boca, de verdade. -falei um pouco já irritado, será que é difícil entender que ouvir falar nela só me machuca mais?
Erick: foi mal... - ele passou a mão na cabeça – então, como tá o mar?
Matt: tá bom, ondas boas, mas nem tanto...
Erick: Vai fazer o que hoje?
Matt: to vendo se arrumo alguma boate com o Diego e o Dani... 
Erick: ah, excluindo o irmão aqui?
Matt: tá casado agora e fica se fazendo de coitado? -Erick acabou tirando um sorriso leve de mim, era bom ter um amigo nessas horas.
Erick: é, mas não to morto né!

Matt: ah, tá bom que tu vai deixar a tua mulher em casa pra sair comigo...
Erick: é, isso é verdade, ela é mais gostosa que tu, foi mal velho..
Matt: viado... -falei rindo baixo.
Erick: ei, por onde tu andou esses dias quando... te procuramos feito loco por ai...
Matt: ah, fui numa boate ai. -falei sem dar importância.
Erick: pegou muitas?
Matt: pior que não. -lembrei da Jô- peguei uma só.
Erick: que puto. -ele riu.
Matt: eu não, ela que era. 
Erick: hã? Comeu uma prostituta? -ele me encarou.

Matt: nem comi, mas ela é mais que isso cara, não tem outra escolha...
Erick: sempre tem outra escolha... tá certo que eu já peguei pu.ta, mas elas fazem isso porque querem mesmo...
Matt: no caso dela não... e ela é uma mulher e tanto...
Erick: explica isso ai...
Contei pra ele sobre a Jô e o que rolou na casa dela.
Erick: e tu vai ajudar a mulher como?
Matt: sei lá, queria saber por onde o irmão dela anda, talvez ela pudesse fugir com ele e começar uma vida nova..
Erick: seria uma boa, mas como tu vai achar o moleque?
Matt: to pensando ainda, mas eu queria ajudar ela...
Erick: hum... e tem algum outro sentimento ai?

Matt: de jeito nenhum, não quero mais mulher na minha vida.
Erick: viro puto agora? 
Matt: não é pra tanto também, disso que não quero mais mulher na minha vida, não que não quero mulher... -ri.
Erick: aff, achei que ia virar puto pra ficar comigo... -ele fez voz de gay e me fez dar risada.
Matt: eu to desconfiado de um certo amigo meu que era metido a machão, não sei o que aconteceu.. - cantei uma música zoando ele.
Erick: é, vai sonhando, sou homem, cara. -ele riu.
Erick ficou ali comigo e por algum tempo eu consegui esquecer algumas coisas, mais tarde fomos embora, acebei nem saindo, fui dormir cedo.
Domingo. Acordei, fui tomar um banho, desci e tomei café com minha mãe.

Luiza: filho, você tá bem? -ela me encarou.
Matt: to. -falei.
A semana toda eu quase não abri a boca pra falar nada, não estava a afim de conversar com ninguém.
Luiza: Matt, vem aqui. -ela me chamou pro colo dela.
Matt: tá tudo bem mãe.
Luiza: anda, vem cá.
Fui até ela e ela me fez sentar em seu colo, lembrei de quando eu tinha cinco anos e caí de bicicleta, ela me pegou no colo do mesmo jeito e fez encostar a cabeça em seu peito, todas as vezes que eu chorava ela fazia isso. Como o colo de mãe é bom, não tem idade, eu posso estar com cinquenta anos e se eu puder ainda vou ter orgulho de sentar no colo dela.
Me aconcheguei na minha mãe, minha proteção, e ela fez carinho nos meus cabelos, daquele jeito que passa conforto e segurança, daquele jeito que eu lembrava desde quando era menininho ainda.
Luiza: você a ama né Matheus?