Fanfic: Meu INSUPORTÁVEL Colega temporada 1,2,3 e 4 | Tema: Hot, Amizade,Romance.

Ficamos todos em pé, de mãos dadas e rezamos um pai nosso. Depois a doutora passou pelo corredor e eu fui atrás o pessoal veio atrás de mim também.
Matt: doutora! - chamei, ela estava indo pra sala de espera.
A doutora virou-se e me encarou.
médica: Matheus, eu... eu estou sem alternativas. - ela virou-se para a moça da recepção. - alguma resposta dos outros hospitais?
xx: responderam que não tem disponibilidade, estou esperando contato de mais um, das clinicas, mas até agora nada também. 
Matt: o que está acontecendo? - perguntei aflito.
médica: a Bruna já teve uma parada cardíaca, conseguimos reanimá-la, mas... Matheus... você precisa ser forte. 
Matt: Não! - gritei. - você não pode deixar ela morrer! Não pode!

médica: Matheus, é muito grave. Eu estou sem recursos, o coração dela não responde direito, está tendo seguidas paradas... eu... os hospitais também não tem disponibilidade... eu disse que era um risco muito grande...
Matt: está dizendo que não pode fazer nada? Que ela vai morrer? Que eu estou perdendo a Bruna? Está dizendo isso? - encarei a mulher com lágrimas correndo.
médica: estou dizendo que ela precisa de um coração, Matheus. Eu posso salvá-la, se eu tiver um coração, mas eu não tenho, nenhum hospital tem um coração neste momento.
A mãe da Bruna se desesperou, todos na sala choravam baixo, eu estava mudo, congelado.
``Eu posso salvá-la``, ``Eu posso salvá-la``, eram as únicas palavras que ecoavam dentro da minha cabeça. ``se eu tiver um coração``, `` Eu posso salvá-la``. 
Matt: Me mate. - falei encarando a doutora.

médica: o quê? - ela disse confusa.
Matt: eu vou doar. Ela precisa de um coração, eu vou doar o meu. Anda, me de alguma coisa. 
médica: você está louco? 
Matt: Eu posso doar, não posso? 
médica: sim... mas... 
Matt: então eu vou doar. Você pode me dar alguma coisa ou vai preferir que eu suba até o ultimo andar e me jogue?
Erick: Matheus, cara, você tá louco?
Cadu: Matt, calma cara!
Luiza: Matheus, você não vai fazer isso! Você não pode meu filho!

Matt: eu vou. - falei cerrando os punhos. - de um jeito ou de outro, eu vou. 
médica: Matheus, eu sei que é um momento de desespero, que você não quer ver ela morrer, mas me escute, essa decisão é precitada, você não pode fazer isso por adrenalina.
Matt: eu estou fazendo isso por amor. Escute a senhora, ou me ajuda a doar este coração de uma maneira fácil, ou vai ter que fazer isso vendo minha cabeça ensanguentada, entendeu? 
médica: Matheus...
Matt: eu estou dizendo que vou doar o meu coração e que aquela mulher, deitada naquela cama de UTI vai sobreviver, custe o que custar, ouviu? Vai fazer do jeito fácil ou não?
Luiza: Matheus! Meu filho, por favor! - ela me abraçou por trás.
Matt: Mãe – virei e segurei seu rosto. - eu amo a senhora, você foi a melhor mãe do mundo, e eu fui o filho mais sortudo também. Mas eu amo aquela mulher e eu jurei que daria a minha vida por ela, porque sem ela não há vida para mim. A senhora me entende?

Luiza: entendo. - minha mãe disse surpreendendo a todos. - faça o que acha que deve fazer. - lágrimas escorreram pelos olhos dela com essas palavras.
Matt: eu tenho algum tempo ainda? -perguntei a doutora.
médica: tem, eu preciso terminar de preparar a sala, e os enfermeiros, dez minutos são suficientes? Ela pode ter outra parada final a qualquer momento e não sei se conseguiremos reanimá-la outra vez.
Matt: ok.
médica: você está certo disso?
Matt: sim. Assim que estiver pronto me chame.
A médica saiu e eu encarei o pessoal, as meninas estavam chorando, todos estavam chorando, Luana veio até mim e me abraçou, a mãe da Bruna havia sido levada a enfermaria pois desmaiara com a noticia. 
Luana: Matheus, eu prometo que direi a Bruna, prometo que ela vai saber do seu amor por ela. 
Matt: brigada Lu. - passei a mão nos cabelos dela. - prometa mais uma coisa?
Luana: claro.

Matt: Não deixe ela fazer nada depois, quer dizer, faça ela seguir em frente, faça ela continuar a vida dela. 
Luana: eu prometo. 
Abracei a Luana forte. Pedi uma folha de papel na recepção e uma caneta. Fui até a sala onde estávamos rezando antes. Sentei em uma cadeira e escrevi uma carta para a Bruna. Fiz uma ultima oração.
médica: Está pronto? - a médica chegou.
Matt: Sim. 
Passei pelos meus amigos, abracei forte o Erick, ele era como irmão, meu pai também estava lá, não contestou minha decisão, ele me entendia bem. Abracei forte minha mãe também e depois dei adeus a eles.
Entramos na sala branca da UTI. Coloquei a carta na bolsa da Bruna que estava ali no chão mesmo e deitei sobre a cama ao lado da dela. 
médica: Matt, eu vou te dar uma grande dose de tranquilizante para garantir que você não sentirá absolutamente nada. A reação será imediata agora. 
Matt: tudo bem. Pode dizer a ela que eu a amo?

Nossas camas estavam perto o suficiente para eu conseguir alcançar a mão da Bruna, apertei forte e depois senti a médica me dando a anestesia. Então, tudo ficou escuro, tudo se perdeu. Talvez essa fosse a morte perfeita, ao contrário do que eu achava. Talvez minha morte perfeita fosse exatamente essa, morrer no lugar de alguém que eu amasse mais do que a mim mesmo. Heroísmo? Não... é amor mesmo. É amar mais a outra pessoa, amar tanto a ponto de dar sua vida por ela, porque afinal, sem ela você morreria de qualquer jeito. Porque aquela pessoa é a razão, motivo e lei da sua vida. Aquela pessoa é o seu coração e morrer por ela talvez seja a maior prova do tanto que a ama. E eu sabia, que por mais separados que estivéssemos, sempre seriamos nós dois. E eu olharei por ela, todos os dias, seja lá o que aconteça a partir de agora.