Fanfic: Amar Novamente [PORTIÑON] | Tema: RBD

Primeiro dia de aula numa cidade estranha. Divertido. – pensou Dulce, cutucando a tigela de Fruit Loop com a colher de cereal, sem a menor fome.

– Posso fazer panquecas, se quiser. – Disse Belle, levantando os olhos do romance que lia e sorrindo. “Orgulho e Preconceito”. Dulce gostava disso nela, gostava da quantidade de livros espalhados pela casa. Belle era bibliotecária, material de leitura era o que não faltava.

– Não, não Belle, não precisa, eu vou acabar me atrasando de qualquer forma. – Era uma mentira, tinha tempo de sobra pra chegar. Não era nada pessoal, só queria um tempo longe de “casa”.

Dulce levantou-se da mesa, jogando a jaqueta de couro acinturada por acima da regata branca detonada que dizia; No F*ck to give. O longo cabelo ruivo estava solto e ondulava até a metade das costas. Vestia uma calça jeans apertada de lavagem escura e ankle boots vermelhas de couro batido com rebite.

Eram suas antigas roupas, de uma loja alternativa nas partes baixas de Nova Iorque. Ela gostava desse estilo. Rocker, meio Indie. Todas as sua roupas diziam; To cool to care.

Não aceitou praticamente nada do seu novo guarda-roupa luxuoso. Não queria nada que viesse do dinheiro de Espinosa.

Pegou a mochila. Na sua bolsa não caberia metade dos livros que ela tinha de levar. Aceitou o carro também, Dulce era teimosa, não burra. A mansão era afastada da cidade. Não existia linha de Ônibus vazio dentro de Manhattan, só para Boston. Era aceitar o carro do papai, ou caminhar uma hora e meia para a escola todos os dias.

– Você tem seus horários, material, quer dinheiro pro almoço?

– Belle, eu to legal, é sério. – Falou suavemente, para não ofender a nova madrasta.

– Eu estou fazendo de novo, não estou? Te deixando desconfortável. – Acrescentou com um sorrisinho constrangido.

Dulce teve de sorrir também com isso. Não demorou para Belle perceber, ela não lidava bem com afeto - Um pouquinho. – Dulce admitiu, relaxando, aliviada que Belle entendesse, e não quisesse forçar a barra.

– Tudo bem. Eu não vou ficar te prendendo aqui. Qualquer coisa, você tem meu número, estarei na biblioteca.

Dulce acenou com a cabeça. – Bael, você quer carona? – Disse olhando para o garoto completamente hipnotizado no canto da mesa. Ele matava ogros zumbis no Ds 3, ignorando a tigela de cereal.

– Valeu, Dul, a minha aula só começam daqui a duas horas. – Respondeu Bael, fazendo careta para a tela do jogo, contorcendo-se na cadeira, saltando a pilha de corpos sobre o abismo de lava flamejante enquanto decepava a cabeça do rei ogro morto-vivo.

– Ok, até mais tarde, pirralho. – Ela disse, bagunçando o cabelo de Bael.

– Até, Dul.

– Ah, e Dulce... – Belle sorriu, olhos brilhando de excitação. – Tenha um bom primeiro dia.

[...]

Any chegou à escola minutos antes do primeiro sinal bater. Estudos sociais. Se havia estudado para a prova? Ela não fazia ideia nem da matéria que ia cair.

Ela entrou praticamente tropeçando dentro da sala de aula. Maite acenou para ela no fundo da sala, sentada ao lado do Poncho. Escolheram estudos sociais porque era um A fácil e as vagas para economia doméstica (o A mais fácil da história dos As) estavam todas ocupadas.

Acabou que “Estudos Sociais” não era tão fácil assim, principalmente quando você falta praticamente todas as aulas durante o ano letivo.

O professor /Orientador /psicólogo da escola, professor Archibald, ou Archie para os mais íntimos, rabiscava o quadro negro, Any sentou-se na única mesa vaga, tirando o casaco de Christopher e colocando atrás da cadeira.

As palavras foram aparecendo conforme sua letra caprichosa preenchia a lousa em letras grande, bem desenhadas.

Você conhece seu colega de classe?

Ele virou-se para a turma. – Muito bem, queridos monstrinhos. – A classe caiu na gargalhada. – Vocês conhecem seus colegas de classe? Antes de responder essa questão, pensem com cuidado. Vocês REALMENTE os conhecem?

A sala ficou em silencio, ele olhou ao redor. – Quantos de vocês são amigos? Quantos de você são próximos? Sempre tem aquela pessoa que nós não conhecemos muito bem, por falta de afinidade. Por falta de oportunidade.

Ele pausou, lambendo os lábios secos por causa de contato com o giz. – Hoje não teremos prova. – e quando os gritos de alegria e alivio começaram a se instilar. – Teremos uma atividade.

Um coro de; Ahhhhhhhhh.

– Ah? Não fiquem assim, seu preguiçosos, essa vai ser fácil. Proponho então um estudo social a vocês, afinal, a matéria é essa, não é?

Mais risadas.

– Então esqueçam seus cadernos por hoje. Vamos estudar o colega ao lado. Que forma melhor de conhecer o homem e seu comportamento que observando de perto a pessoa que vemos quase todo o dia? Vocês vão passar uma semana acompanhando a vida um do outro. É um trabalho de um mês inteiro.

“Cada semana é a vez de um, vocês não poderão escolher parceiros. Seria muito fácil fazer isso com um amigo. Vocês farão um relatório sobre a vida e comportamento do seu colega, mas eu não lerei esse relatório. Não, o relatório é entre você e seu parceiro. O que eu vou querer é um resumo da semana, para saber que ninguém está trapaceando, terei um acompanhamento nesse novo relacionamento desenvolvido entre vocês. E no final do mês, um trabalho com o que você concluiu sobre o comportamento humano e o contexto do indivíduo na sociedade.”

Ele sorriu, satisfeito com a aparente aprovação da sala. – Viu, não dava para ser mais fácil que isso.

Houve uma batida na porta.

– Visita? Pra mim? – A sala riu. O professor se dirigiu em direção à porta.

– Estudos Sociais, sala 107?

Aquela voz rouca, suave a acertou em cheio. Apesar de nunca tê-la escutado na vida, Any sabia exatamente a quem ela pertencia.

– Esses somos nós. E você deve ser Dulce. Seja Bem-vinda.

Maite disse que ela era gata, mas, wow. Any não esperava que fosse tão bonita. O cabelo ruivo caia casualmente em ondas, jogado para o lado, era alta, pernas longas, cintura fina, lábios vermelhos, tão vermelhos, que ela mordia por mania, Any imaginou. Ela gelou quando seus olhos castanhos encontram os dela. Seu coração pulou uma batida, depois acelerou, o sangue subindo para o rosto mais rápido que a tequila da noite passada.

Ela sorriu, percebendo que a loira da fileira da frente não tirava os olhos dela. Todos na escola a encaravam. Foi assim a dia inteiro. Mas, alguma coisa na forma como aquela garota olhava para ela, fez Dulce tremer. Era intenso.

– Desculpa o atraso, eu acabei me perdendo. – Ela disse, escorregando de volta para o mundo real.

– Não tem problema, querida, eu trabalho aqui e ainda me perco. – Archie sorriu, sempre empenhado em fazer todos seus alunos se sentirem em casa. - Pode se sentar na cadeira vaga ao lado da senhorita Portilla.

Do meu lado? – Any pensou desesperadamente, sem saber o que dizer, se sorria para ela, se começava uma conversa.

A ruiva sentou-se ao seu lado, pendurando a mochila nas costas da cadeira, como ela fazia feito com a jaqueta do Chris.

– E já que você é nova aqui, acho que a senhorita Portilla não teria problemas em te mostrar a escola. Na verdade, é muito conveniente, nosso trabalho é sobre conhecer as pessoas, duvido que exista alguém nessa escola que Any não conheça.

Any sorriu constrangida. Ela conversava com todos. Era uma cidade pequena, todos se conheciam.

– Acho que vocês fariam um par perfeito para o trabalho. Você pode explicar para a senhorita Espinosa o tema mais tarde, Any?

Antes que Any pudesse gaguejar uma resposta, Dulce cortou. – Senhorita Saviñón. Eu mantenho o nome da minha mãe.

– Senhorita Saviñón. Tudo bem, é mais uma coisa para você colocar no seu trabalho, Any. Senhorita Saviñón, não senhorita Espinosa.

Any balançou a cabeça, constrangida.

Archie continuou a balbuciar sobre o comportamento das pessoas, e começou a organizar as duplas, o que deixou ela e Dulce num silencio estranho por alguns minutos.

– Então, você é nova? – Forma brilhante de começar uma conversa, Any, sua idiota.

– É, eu cheguei faz dois dias. – Acrescentar ao trabalho; Dulce gosta de olhar nos olhos quando fala com as pessoas. Any sentiu a pele queimar sob o olhar da nova colega de classe.

– E você está gostando da cidade? – Mas um clichê de conversa desinteressante.

– É cedo pra dizer, eu não conheço nada por aqui. – Os lábios dela eram tão grandes, enquanto Dulce falava, tudo que Any foi capaz de fazer era olhar para a boca de Dulce. – Qual era o problema dela hoje?!

– Se não houver problema, e já que o professor nos intimou a ficar juntas, eu posso mesmo te mostrar a cidade, se você quiser. – Graças a Deus, algo semi-inteligente saiu da sua boca.

– Legal.

– Depois da escola? – Tente manter a calma, Any.

– Parece bom pra mim.

Por hoje é só. Espero que estejam gostado.

Talvez eu demore um pouquinho para postar o próximo capítulo pois estou escrevendo outra web, se quiserem posso postar aqui [é portiñon], só me avisar por comentários.

Estou com alguns compromissos também pois minhas aulas jajá irão voltar e tenho algumas coisas para resolver.

Não deixem de comentar. Any Kisses :*