Fanfic: C`est jamais assez | Tema: Hunger Games
Joseph POV
O tempo estava correndo absurdamente rápido, um favor para mim que ainda estava me acostumando com essa sobriedade repentina. Saiba você que é muito difícil se acostumar a ficar limpo e mais difícil ainda controlar emoções e vontades quando não se tem aquilo que te segurava no mundo digamos, “paradão”. Os treinos do time de vôlei ocorriam na parte da tarde quase todos os dias, mas eu não precisava comparecer á todos, embora fosse muito bom ficar na praia gastando toda a energia possível. Estava no banheiro da suíte quando escutei batidas na porta.
“Aberta!” gritei enquanto colocava a pasta de dentes na escova. Hayley entrou no quarto como se investigasse território inimigo. Olhou na cabeceira da cama, pegou um livro que eu estava lendo – Por isso a gente acabou- e folheou as páginas, demorando-se em uma delas. Desviei os olhos dela para voltar a observar o espelho.
“Você acha a Melanie atraente Joe?” quase engoli a pasta de dente, mas por sorte Hayley não percebera. Cuspi a pasta na pia antes de responder.
“Por que essa pergunta?” vi através do espelho que ela me olhou desconfiada enquanto se sentada na beirada de minha cama.
“Sei lá, ela é bem bonita, não parece ter a idade que tem, é bem estilosa também, e vocês parecem se dar bem” ela desafiou erguendo as sobrancelhas, eu a ignorei revirando os olhos, embora ela realmente tenha me assustado.
“Mais uma vez, porque a pergunta?” disse voltando para o quarto, ela me olhou dos pés á cabeça e meneou com um gesto negativo.
“Curiosidade” ela sorriu torto. “Mas você ainda não respondeu a pergunta, e como quem cala consente...” aquela menina estava tentando fazer com que eu ficasse roxo de vergonha? Então ela já estava conseguindo.
“Ela é muito bonita sim, com certeza muitas pessoas devem acha-la atraente” falei tentando não transparecer absolutamente nada, mas creio que falhei nisso pois ela riu mais uma vez.
“Desculpa, é que eu fiquei intrigada sabe. As cheerleaders, aquelas meninas no campo do vôlei, todas dando encima de você e bem, você não pareceu muito empolgado com a situação, o que pareceu no mínimo estranho para um garoto, algum motivo tinha que ter então...” ela continuaria a tese se eu não a tivesse interrompido:
“Você é uma cheerleader, então também estava dando encima de mim?” perguntei arqueando as sobrancelhas e Hayley esbugalhou os olhos, corando até a raiz dos cabelos ruivos.
“O que? Eu, como?” ela balbuciou e eu ri indo até onde ela estava sentada, segurando o livro aberto no meio, marcado por uma foto.
“Eu tô brincando, relaxa” falei dando-lhe um beijo na testa e puxando o livro de suas mãos.
“É por causa dela?” falou apontando a foto que marcava a página, Annabeth.
“Talvez seja” falei dando de ombros embora tenha a convicção que sim, ela era o problema, ela me estragou e me viciou nela de todas as formas possíveis, ela me fez querer apenas ela e mais ninguém, não aceitando uma substituta que não fosse alguém que me recordasse da mesma. Porra Annabeth, como eu sentia sua falta.
Flash back: Três meses atrás
“Boas-vindas a todos.” Minerva cumprimentou o grupo de terapia de adolescentes da sexta à tarde da Pieces. “É um prazer receber de volta nossa velha amiga Annabeth Smith.” Inclinei minha cadeira para trás e depois a ajeitei novamente. Do outro lado do círculo, Annabeth estava sentada com as pernas cruzadas, usando um short curto de cetim laranja e sandálias de couro laranja, uma blusa de botões branca com um nozinho preso no meio da barriga, seu luxuriante cabelo claro caía sobre o rosto de bonequinha enquanto me olhava com um sorriso malvado nos lábios vermelho-escuros, ela estava simplesmente perfeita, ofuscando qualquer um naquele recinto. Esfreguei as mãos em minha calça de linho verde-oliva.
Meu Deus, eu queria muito beijá-la. Ri de meus próprios pensamentos, como eu podia pensar nisso? Ela ainda estava mal, e eu sabia que ela quem me estragava, mas era tão irresistível. Eu havia parado de ingerir erva ou qualquer tipo de droga havia exatos dois meses, desde que ela fora embora com sua vó, depois do incidente dos remédios de cavalo no porão. Ela provavelmente deve estar puta da vida comigo por tê-la dedurado, mas eu não poderia simplesmente ter corrido o risco de vê-la morrendo e não fazer nada.
“Podemos começar Sparks?” Minerva sugeriu tirando-me de meus pensamentos e eu assenti.
“Sou Joseph e eu costumava fumar maconha todo dia. Mas tenho de dizer, ultimamente não tenho vontade nenhuma disso. Eu substitui o vício que tinha por açúcar, posso morrer diabético e tal, mas, não me drogo mais.” Admiti, o que era estranho de fazer uma vez que Annabeth estava de volta e provavelmente traria o pior de mim novamente. Minerva fez um gesto de concordância com a cabeça, mas Annabeth ergueu a mão no ar, pedindo para ser a próxima.
“Meu nome é Annabeth e eu já fiz de tudo. Gosto principalmente de remédios avulsos mas, ultimamente tive medo de adormecer e nunca mais poder despertar novamente, graças ao meu Thor” ela complementou piscando exageradamente para mim, desencadeando uma série de murmúrios entre o grupo e Minerva pigarreou alto para prosseguir.
Nem prestei atenção á nada, assim que a sessão terminou e assinamos nossos nomes na lista, Annabeth segurou minha mão firmemente e foi me arrastando até o pátio aberto. Um carvalho velho, de casco grosso e retorcido ocupava grande parte do jardim e foi exatamente para lá que nós fomos. Minha Branca de Neve prensou contra o tronco e atacou meus lábios, puxando meus cabelos com tanta força que senti o couro cabeludo pinicar. Mas nem me incomodei, não importava. Eu não tinha mais noção de tempo ou lugar, eu nem se quer lembrava meu nome, tudo que eu sentia era meu coração descompassado, e aquela corrente elétrica percorrendo meu corpo.
“Por onde você andou esse tempo todo Annabeth?” sussurrei em seu ouvido, sentindo o cheiro de jasmim que provinha de seus cabelos loiros.
“Em algum lugar da fodida Amsterdã” respondeu sorrindo. “Então você não fuma mais?” perguntou fazendo biquinho e aproveitei a oportunidade para puxar seu lábio inferior com os dentes.
“Não” admiti dando de ombros enquanto suspendia seu corpo no ar, ela prendendo as pernas ao redor de minha cintura. Era tão leve que mal fazia peso para mim. Eu estava prestes á enfiar minha mão dentro daquele shortinho minúsculo quando um apito agudo me fez virar.
“Vocês dois! Sabem quais são as regras desta reabilitação!” um fiscal com um aparelho de cambio e um apito vociferou apontando para nós.
“Desculpe senhor.” Falei constrangido e desgrudei de Clove, permitindo que seus pés tocassem o chão novamente. Demos as costas para o fiscal e Annie apontou o dedo do meio para ele quando o mesmo já estava de costas.
“Andei pensando numa forma de agradecer a você por ter me salvado” disse enquanto caminhávamos de mãos dadas para longe dali.
“Tem algo em mente?” perguntei virando-me para encara-la e ela sorriu, correndo em disparada para a casa principal da reabilitação. Os corredores marmorizados de teto alto ecoavam nossos passos e Annabeth só parou de me arrastar ao chegar ao extremo do hall, no banheiro mais isolado dessa ala.
Flash back off
“Joe? Joseph, você escutou alguma coisa?”
“Ahn?” balbuciei meio grogue, vislumbrei por um momento os olhos verdes e graciosos de Annabeth, mas eram os de Hayley que me encaravam.
“Ok, você não escutou”.
“Fala de novo, juro que escuto dessa vez” pedi fazendo bico e ela sorriu.
“Eu disse, que a Nikki também está investindo pesado, já parou pra olhar?” parei por um momento tentando lembrar de algo mas realmente acho que não prestei atenção na loira até agora, só em sua tia.
“Ah mas, ela é novinha, não?”
“Ó senhor idoso, a garota vai fazer 16 anos!” Hayley protestou zombando.
“Ok desculpa, mas pergunto novamente, por que o interesse em minha vida sexual?” perguntei rindo e ela ficou de queixo caído.
“Sexual? Eu só falo de pessoas interessantes e você já pula pra essa parte?”
“Como diria a música amor sem sexo é amizade minha cara Hales” respondi fazendo ela corar novamente
“Você é terrível” bradou levantando da cama e eu ri soprando um beijo no ar em sua direção.
(Hayley POV)
Na quarta-feira os uniformes feitos sob medida chegaram, eu não estava muito empolgada com a ideia de ficar andando pelo campus com aquela roupa que não esconde quase nada de ninguém, mas era o dia de prova então era meio normal que quase todas do time estivessem desfilando por aí com o uniforme em vários tons de azul.
Eu não sei se eu era apenas uma das pessoas -leia-se mulheres- que sentia emanar dele o instinto sexual. O jeito que ele se portava, a forma que ele falava, o olhar penetrante. Joseph não era o mais bonito, nem era o mais musculoso, nem o mais alto, mas parecia destacar-se no meio da multidão do corredor, e de alguma forma, ele sabia muito bem disso. Eu nunca havia reparado nesse tipo de coisa em alguém, mas dizem que na faculdade tudo acontece certo? Espero que seja realmente isso, pois quase suspirei quando o vi caminhando em minha direção, mas qualquer contato visual que pudesse ter sido estabelecido foi cortado quando um grandalhão do time de polo aquático basicamente me prendeu entre os armários, com um braço do lado do meu corpo.
“Uau, não é que a caloura é gostosa?” ele assoviou e eu corei furiosamente, odiava isso. “Vai ter uma festa, sexta-feira, tá a fim de ir?” ele sugeriu estalando a língua e eu me senti muito desconfortável.
“Não sei se é uma boa ideia” falei sem realmente encara-lo, apesar de realmente ser muito convencido e brutalmente falando convencido, ele era lindo e talvez eu pudesse falar bobagem se o analisasse atentamente. Ele sorriu e se esticou, fazendo menção de sair dali
“Pense no caso gatinha, suas companheiras de time vão, não vai querer perder toda a diversão não é?” disse, aproximando-se perigosamente de meu rosto e se eu conseguisse, juro que teria entrado no armário de tanto que me pressionei de costas.
“Eu vou pensar sim” falei balançando a cabeça positivamente
“Adoraria ver você sem esse uniforme”
“E eu adoraria socar sua cara se você não deixar ela em paz” escutei a voz de Joseph bem próxima e quando me virei confirmei que ele já estava bem aqui perto da ceninha.
“Joe...”
“Hm, então o caipira arranjou outra vadia pra levar pro manicômio e fazer um vídeo? Legal!” o loiro grandalhão debochou e no próximo segundo tudo que vi foi Joseph esmurrando a face do mesmo. Eles rolaram no chão até que algumas pessoas apartassem a briga e o diretor Abernathy chegasse, levando-os para longe.
Não entendi o que Kyle falou para Joseph e o porque dele ter ficado tão irritado, mas de qualquer modo, guardei meus livros no armário e sai correndo para a quadra onde as outras cheerleaders provavelmente já estavam para fazer os ajustes finais nos uniformes e treinar. Entrei no banheiro da quadra levando minha bolsa com a troca de roupa e quando tranquei a cabine individual, escutei os passos e cochichos que indicavam a chegada de outras garotas no banheiro, apurei meus ouvidos curiosa, ávida por alguma informação interessante que sempre escapava no meio das fofocas das veteranas.
“Vocês souberam da briga do calouro com o Kyle?” alguém falou, mas não consegui identificar a voz, me espremi espiando pela brechinha da porta da cabine e vi que quem falava era Megan, a morena co-capitã.
“Nem me fale! Daria tudo pra ter visto, o que seu primo tem na cabeça hein Bridget? Machucar aquele rostinho lindo do Sparks? Tenha dó!” Brittany, a flyer substituta quase gemeu as palavras ao invés de pronuncia-las e Bridget sorriu enquanto ajeitava o rabo de cavalo loiro no topo da cabeça. Ela era a capitã do time e pelo que ouvi agora, prima do Kyle.
“Eu realmente espero que ele não se dê mal, meu tio faz sempre questão de favorecer o lado do Kyle, mas, estou pensando em chama-lo para a festa de sexta, não me importaria de me trancar acidentalmente no banheiro com ele” ela falou fazendo aspas, fazendo as amigas rirem. Já havia terminado de me vestir mesmo observando a cena e resolvi sair da cabine, o que atraiu o olhar delas.
“Hayley, estou certa?” Brittany perguntou e eu assenti “Vem cá, você e o Joseph tão tipo, ficando?” fiz que não com a cabeça e Megan ergueu as sobrancelhas em descrença.
“Nós estamos morando juntos já que somos intercambistas, ele só estava tentando me defender” falei e sei que causei uma pontada de inveja quando vi o olhar de Bridgit em minha direção, mas ela apenas sorriu docemente e falou:
“Bem, já que é assim, vocês dois podiam passar na minha casa na sexta, o Kyle não será um problema, eu juro que cuidamos de você!” infelizmente, eu acreditei nela e sorri, concordando com a proposta.
Melanie POV
Simplesmente não me sentia bem. Passei a manhã toda irritada sem nem ter motivo e o fato de ainda ter de dar uma de conselheira me irritava mais ainda. Pelo meu cronograma não havia nada preparado com interação pela manhã, mas como não havia ninguém para jogar papo na sala do conselho docente, cruzei o hall em direção á minha sala, quando na ala 1 me prendi a conversa de duas garotas encostadas na soleira.
Elas não haviam percebido minha presença –provavelmente pelo fato de eu não usar uniforme ou qualquer coisa que realmente me fizesse notar como reitora- e continuavam falando em alto e bom tom, suficiente para que eu escutasse com clareza.
“Porque o Sparks é simplesmente gato... Mas parece que ele não nota ninguém.” Dizia a garota loira que usava uns óculos de grau.
“Ele é um neném, mas aquele vídeo –a garota fez um sinal de abano com as mãos- vamos combinar amiga! Fiquei sabendo que uma veterana das cheerleaders, a Madison eu acho, tentou chegar nele para conversar e quando investiu, você sabe, o garoto simplesmente pediu licença e saiu. Afinal de contas, a garota do vídeo nem era gostosa, será que ele dispensaria veteranas como nós?” girei nos calcanhares para olhar a ruiva que sentava ao lado da loira com olhos furiosos que por sorte não foram percebidos.
Entrei como um furacão em minha sala e me joguei na poltrona, eu tinha que tirar essa vontade absurda de espiar o tal do vídeo, tirar esse moleque da minha cabeça, mas tudo parecia conspirar para que isso não acontecesse, pois um segundo depois que me sentei, escutei uma batida na porta que foi aberta logo em seguida e revelara Derek segurando o dito cujo pelo braço e Kyle Hoult pelo outro, como se tivesse acabado de apartar uma briga.
“Melanie, será que você por gentileza, poderia ter uma conversinha com o sr. Sparks enquanto eu levo o Kyle para a sala a minha sala?” Derek suplicou com uma fúria nos olhos. Eu geralmente não ficaria incomodada, mas tive de fazer um imenso esforço para concordar com a cabeça. Apesar de ser uma universidade enorme, parecia que as circunstancias estavam contra meu favor. Derek fechou a porta levando um protestante Kyle corredor afora, deixando a mim e Joseph sozinhos. O andar dele era tão cafajeste quanto o sorriso que ostentava. Ele parou na minha frente, mas manteve certa distância para eu poder olhá-lo nos olhos sem ter de esticar o pescoço.
“O que você fez Sparks?” perguntei sem enrolações apontando a poltrona na frente da minha mesa e ele ergueu as sobrancelhas em surpresa enquanto se sentava.
“Sem bom dia? E voltamos ás formalidades, miss Rathbone?” desafiou
“Bom dia e sim, na universidade voltamos ás formalidades” rebati sem sair de meu foco, o que era muito difícil olhando para ele. A camisa de botões azul clara estava com a manga enrolada até o cotovelo e o cabelo rebelde, bagunçado como sempre. Ocasionalmente, ocorreu-me a ideia de que seus cabelos deveriam ficar muito piores após literalmente rolar na cama com alguém. “Você não respondeu á minha pergunta”
“Hmmm” ele parecia pensar no assunto “talvez eu tenha batido um pouco nele” disse dando de ombros e eu não pude conter um sorriso.
“Um pouco?”
“É, um pouco, nenhum dano permanente, não sou muito forte” falou sem se importar.
“E por que você fez isso, posso saber?”
“Ele insultou á Hayley e á outra pessoa”
“E quem seria a outra pessoa?” perguntei á ele que desviou o olhar facilmente.
“Não vem ao caso” ele disse secamente.
“Eu não te entendo” falei realmente confusa, ele parecia mudar de humor em um piscar de olhos. “Não entendo nada do que você faz” admiti
“Não precisamos entender para querer miss Rathbone” ele disse voltando a me encarar, mas dessa vez com um sorriso sacana brincando em seus lábios. Levantei-me de minha cadeira, passei pelo mezanino e fiquei parada á sua frente. Ele continuou me encarando em desafio, então coloquei o salto de meu scarpam na cadeira, no meio de suas pernas.
“Você sabe que eu quero Joseph” afirmei raspando, ocasionalmente, o bico do sapato em sua coxa. Ele mordeu o lábio inferior ao sentir a leve pressão do local, subi o salto do meu scarpam por sua coxa, toda a extensão de seu membro. “Mas sabe que eu não posso” completei puxando-o pela gola da camisa.
“Eu sinto cada partícula de perigo correr em minhas veias. E posso sentir em você também, Miss Rathbone.” Ele frisou bem meu nome e eu sorri.
“Então você gosta do perigo?” indaguei, fazendo nossos lábios roçarem por conta da proximidade.
“Não, mas ele parece ser um grande fã meu” Ele encostou seu corpo no meu e inclinou meu corpo para a mesa quase me deitando. Seus olhos invadiram os meus, à medida que ele encostava sua ereção em meu baixo ventre, quase engasguei pela forma que seu corpo reagiu á mim tão rapidamente. O loiro segurou minha nuca, enquanto eu me apoiava pelos cotovelos na mesa. Joguei meu corpo para frente e virei o seu para a mesa, encaixando-me entre suas pernas para invertendo as posições. Joseph escancarou a boca e sussurrou um “porra”, antes de morder o lábio inferior e eu sorri vitoriosa. Quando estava prestes a me inclinar para beijar sua boca, o toque estridente do telefone me tirou da transe e eu me levantei abruptamente para atender. Era Derek, pedindo que Joseph fosse até sua sala.
“O diretor Abernathy quer vê-lo” falei, tentando recompor-me.
“E eu gostaria de ficar aqui por mais um tempo” retrucou fazendo uma carinha de cachorro pidão tão linda que quase me convenceu.
“Vá!” falei apontando a porta, ele fez uma careta e a contra gosto, encaminhou-se para fora.
“Melanie sua pervertida!” Johanna gritou entrando na minha sala sem nem ao menos uma batida, sendo seguida de perto por Natalie.
“Podem entrar, queridas” falei rolando os olhos
“Porque não nos contou que seu calouro era uma estrela pornô querida! Eu teria me interessado muito mais no caso!” quase vomitei meu coração quando Natalie disse “seu calouro” mas então entendi que ela se referia ao fato dele estar hospedado em minha casa. Johanna deslizava o dedo pela tela do tablete em sua mão com uma cara de pura perversão.
“Não me digam que vocês vão assistir ao vídeo” sussurrei e elas correram em minha direção sentando em minha mesa de mogno, parecendo mais duas adolescentes e não duas mestras professoras.
“Não, nós três vamos assistir.” Johanna disse sem desgrudar os olhos da tela. “Pronto, carregou”
Não vou negar que estava muito curiosa, desde que escutara os rumores pelo campus. Acontece que, desde o começo da semana, algumas pessoas começaram a dizer lembrar-se do rosto de Joseph de algum canto e eis que, desvendaram o mistério. Há cerca de três ou dois meses, vazou na internet um vídeo de um casal transando no banheiro da reabilitação que eles soubessem ou não, era monitorado, justamente na Austrália, justamente quem? Ele mesmo. Parecia que eu nunca pararia de me surpreender com aquele garoto, o que era bom e ruim ao mesmo tempo.
A câmera tinha visão de cima, como câmeras de segurança o que realmente confirma que aquele vídeo havia sido roubado do sistema por alguém. Nos primeiros minutos não consegui distinguir se aquele era realmente Joseph pois a garota de longos cabelos pretos agarrava-se ao garoto afoita, arrancando sua blusa com rapidez e desatando o nó da que vestia, revelando os seios descobertos. O loiro que até agora estava sendo encostado na parede pela menina, tratou de reverter as posições e apoderar-se dos seios dela com a boca. Eles eram frenéticos, meus olhos doíam para acompanhar o ritmo deles e meu intimo estava igualmente afoito, excitado com a ideia de Joe de modo selvagem.
Quando o vídeo cessou e ambas saíram da sala por causa do horário de almoço, eu queria ir pra casa e me livrar do tesão miserável que sentia, mas ao passar pela frente da sala de física quântica, minha ninfomaníaca interior pediu outra coisa. É claro que assim que adentrei a sala e fiz minha proposta Gale nem pensou duas vezes, trancou a porta e fechou as persianas enquanto eu diminuía as luzes da enorme sala.
Não vou ser tão fútil á ponto de negar um fato evidente, Gordon era extremamente gostoso, chegava a ser vulgar tanto feromônio em uma pessoa só. Ele me jogou em cima do seu birô, minha saia de pregas largas era solta então ele só precisou deslizar minha calcinha até meus calcanhares, ele fez isso usando os dentes. Pra quê esse showzinho? Eu só quero foder, não paguei por uma dança de colo! Apoiei o peso do meu corpo nas mãos afastando as pernas para acomoda-lo enquanto o moreno desfazia o botão e o zíper da calça deslizando até os joelhos junto com a roupa íntima.
“Hum, já está tão excitada” ele rosnou momentos antes de deslizar em mim, preenchendo-me com seu membro avantajado. Concentrei-me no ir e vir frenético, suas mãos me segurando pela cintura enquanto entrava e saía de mim. Seus gemidos e foram ficando distantes ao passo em que deixava minha mente vagar, fantasiando com uma realidade inexistente. Então não era mais Gordon quem estava me penetrando. Um delicioso e loiro adolescente segurava minha cintura com seus dedos longos e finos enquanto socava em meu interior sem dó nem piedade, fazendo-me contorcer entre a dor e o prazer tão absurdamente intensos. Ele sussurrava com seu sotaque australiano em meu ouvido, nunca achei que seria tão sexy ser chamada de Miss Rathbone.
"Isso, assim. Geme pra mim. Você é deliciosa." Gordon ia dizendo enquanto aumentava a velocidade de suas investidas, empolgado por meus ofegos e gemidos de prazer, minhas mãos se agarrando com força ás bordas do birô de mogno. Será que ele se sentiria empolgado se soubesse que eu fantasiava com seu aluno ao transar com ele? Bem, melhor nem tentar descobrir.
Eu me contorcia ao imaginar os cabelos loiros suados, colados em sua testa, seu maxilar marcado retesado enquanto gemia meu nome com a voz rouca. Senti meu corpo estremecer e gemi contidamente enquanto Gordon já havia desfalecido o corpo por cima do meu, encontrávamo-nos deitados por cima do birô, sua respiração fazia cócegas em meu pescoço e eu o afastei um pouco fazendo-o deitar ao meu lado.
“Por que nunca fizemos isso antes?” ele perguntou ofegante e eu me limitei a sorrir, guardando meus pensamentos imoralmente sórdidos.
Autor(a): alwayspeeniss
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).