Fanfics Brasil - Coração Selvagem DyC [terminada]

Fanfic: Coração Selvagem DyC [terminada]


Capítulo: 2? Capítulo

1113 visualizações Denunciar


Dulce ficou feliz com a preocupação da mulher, mas já tivera muita desaprovação por parte dos pais em relação a seus planos. Trabalhara muito para realizar seu sonho, por isso, ou conseguiria realizá-lo, ou morreria tentando.


- Minha avó morava sozinha - declarou.


- É mesmo. Abigail Saviñon era independente. Você se parece com ela, exceto por ser mais alta e mais magra.


Como a avó, Dulce tinha cabelos ruivos, mas Abigail Saviñon fora baixinha e gordinha, ao contrário da neta, que não conseguia ganhar peso para ter mais curvas. Contudo, Dulce tinha um rosto bonito e delicado, pernas longas e torneadas, que deixaram muitas amigas de escola com inveja, e grandes olhos azuis.


Sentiu um aperto no peito. Amara a vovó Saviñon, adorara visitá-la. A fazenda, a velha casa, os quarenta acres de terra eram recordações fixas na mente de Dulce, enquanto a mãe trocava de marido e de casa como quem trocava de roupa.


- A propósito, você tem visto alguém na velha fazenda Uckermann? - a Sra. Tall indagou.


Por alguma razão, Dulce decidiu ser cautelosa quanto ao misterioso estranho.


- Por quê? Alguém a comprou? - perguntou.


- Eu não sei. Um fazendeiro contou que viu as luzes acesas, na semana passada. Tenha cuidado.


Dulce movimentou a cabeça afirmativamente. Recordou que não havia trancado a porta da frente da casa ao sair, porque o sr. Peters podia chegar enquanto ela estava fazendo as compras.


Mas acalmou-se ao convencer-se de que ninguém iria querer o que havia na casa. Os móveis em estilo vitoriano foram divididos entre os membros da família havia anos, e os que ficaram não valiam muito.


Depois de pagar, Dulce foi até a mercearia e ao mercadinho para comprar comida. Em seguida, entrou no restaurante, deliciou-se com o saboroso prato do dia, tomou um cafezinho, então voltou para casa.


Quando parou a caminhonete na frente da casa e desligou o motor, ficou sentada no veículo por alguns minutos, pensando. Onde originalmente devia haver apenas marcas de suas pegadas, havia outras também. Ela ficou arrepiada e olhou aflita para o caminho até o bosque, mas naquela direção a neve estava intacta.


Ao observar as pegadas, concluiu que eram de um homem. Teria sido o estranho misterioso? Dulce sentiu seu coração bater acelerado. Quem estivera ali e por quê?


Mordeu o lábio inferior, enquanto olhava para a porta da frente da casa. As pegadas não ultrapassavam o portão, por isso seja lá quem tivesse estado na propriedade, não poderia ter entrado na casa.


Ela sentiu os lábios secarem e engoliu em seco. Disse a si mesma que não estava com medo, pois havia algo de puro e nobre nos modos do estranho, e as pegadas podiam pertencer ao sr. Peters.


Abriu a porta da caminhonete e desceu. De imediato, soube que não havia ninguém por perto, porque sentia um espírito de solidão e vazio pairando no ar. Sorriu. Tinha um "amigo fantasma", que afastaria a impressão de solidão. Pegou a bolsa, alguns pacotes de compras, e correu para a casa.


- Oh, que inferno!


Dulce colocou o livro de lado e olhou para o fogo na lareira. O vento soprava forte lá fora, balançando os galhos das árvores. Por alguns instantes, ela ficou amedrontada ao ouvir um rangido.


Estava num dos quartos, o que escolhera como seu e também o único aposento habitável na casa, naquele momento. Ali encontrava-se a mobília que trouxera de seu apartamento: cama, mesas, cadeiras, armários, um sofá e poltronas.


O cômodo enorme possuía uma lareira que estava funcionando, a única fonte de calor na casa, exceto pelos chuveiros elétricos. Tanto a lareira, na sala de estar, como o aquecedor, no porão, precisavam de reparos.


Dulce cruzou os braços na frente do peito e estremeceu, quando um cão ou um coiote uivou a distância. Lembrou-se do estranho. Era como se sentisse por perto seu espírito forte, protetor e gentil. Sorriu e fechou os olhos.


Um ruído, mais precisamente um estalido de madeira, fez com que ela abrisse os olhos e olhasse ao redor. Tudo sereno. Levantou-se e aproximou-se da janela. Avistou pegadas que iam da casa até o bosque. Achou que não fossem pegadas, que a luz da varanda e as sombras das árvores e da casa criavam ilusões que ativavam sua imaginação.


- Você está aí fora, estranho? - murmurou. - Está me observando? Pretende me ferir?


Depois de alguns minutos, voltou ao sofá e pegou o livro, em seguida largou-o de novo. Era melhor parar de ter histórias de terror, mesmo que o autor estivesse na lista de best-sellers.


Sentindo-se uma idiota porque provavelmente não havia ninguém lá fora, pegou a camisola, entrou no banheiro e vestiu-se. Antes de ver o estranho, não ter cortinas nas janelas sem venezianas não a preocupara.


Depois de preparar-se para dormir, escovou os cabelos e aninhou-se sob os cobertores. Com a luz apagada, o fogo na lareira produzia sombras no teto. Ela imaginou casais valsando, até que caiu no sono.


Dulce tomou o café da manhã usando luvas, porque a temperatura na cozinha estava muito baixa. Bocejou e riu ao ver a respiração sair de sua boca em forma de fumaça. Se o eletricista não aparecesse, ela começaria a fazer bonecos de vodu. O primeiro boneco representaria o sr. Peters. Ele ligara logo cedo, dizendo que não podia trabalhar porque o ombro doía.


Por que dissera que faria o serviço, se não estava disposto? Ao perceber que estava ficando irritada, ela mudou o rumo dos pensamentos. Foi para a sala de estar e olhou para a parede parcialmente lixada. Decidiu que tiraria o resto da tinta sozinha. Usando uma máscara para proteger o nariz e a boca, começou o trabalho.


No final da tarde, parou para tomar uma xícara de chocolate quente. Ao passar por um espelho, sorriu ao ver como se achava coberta de pó branco. Lavou o rosto e preparou o chocolate. Carregou a xícara para o quarto e telefonou para o eletricista. Por causa da nevasca, ele tivera duas emergências, mas deu certeza de que apareceria na semana seguinte.


Ao desligar o telefone, foi até a janela, com receio de que seu sonho fosse uma fantasia que nunca se realizaria. Olhou a neve cair. Um vulto preto entre as árvores chamou-lhe a atenção.


Aproximou-se do vidro da janela e olhou fixamente para um ponto entre um pinheiro e a cerca. Havia algo ali. Uma pedra? Um tronco de árvore?


Fosse lá o que fosse, estava meio coberto de neve. Dulce, de súbito, lembrou-se do estranho. A última vez em que o vira ele usava calça jeans, botas, parca e chapéu pretos. Pegou o binóculo e focalizou as lentes no objeto que lhe chamara a atenção. Largou-o bruscamente, correu para o quarto e vestiu meias grossas, botas, casaco de lã, o chapéu. Então, pegou um cobertor.


Devia estar louca, para querer sair com aquela tempestade de neve, mas, se o que avistara entre o pinheiro e a cerca fosse um homem, e ele estivesse machucado, não podia deixá-lo exposto ao frio.


A nevasca intensificou-se subitamente, enquanto Dulce cruzava o campo. Ao chegar à cerca, viu que estava quebrada. Após passar pela abertura, ajoelhou-se ao lado do vulto. Era um homem, deitado com uma das faces na neve e as pernas encolhidas. Os braços estavam cruzados, e as mãos embaixo das axilas. A postura indicava que ele se preocupara em manter-se aquecido, depois que caíra ou fora derrubado.


Dulce sentiu um calafrio e olhou ao redor para ter certeza de que estavam sozinhos, em seguida voltou a atenção para o estranho, imóvel, o que a fez pensar que ele estava morto.


Respirou fundo, tirou uma luva e pousou a mão no pescoço dele para ver se havia pulsação. A pele estava gelada. Ela afastou a mão de imediato. Mordeu o lábio inferior e tentou de novo. Conseguiu encontrar a pulsação, mas muito fraca.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): theangelanni

Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Concluindo que ele precisava aquecer-se o mais rápido possível, começou a examiná-lo. Abriu o zíper da parca e passou as mãos nos braços e nas costelas dele, procurando por ossos quebrados. Ele estava sem chapéu, e ela notou sangue na cabeça, mas nada de fraturas. Ao deslizar as mãos até as pernas ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 220



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • anne_mx Postado em 19/02/2022 - 03:43:40

    Gente, que história PERFEITA! Eu fiquei apaixonada <3

  • stellabarcelos Postado em 01/12/2015 - 23:28:36

    Amei muito!! Muito lindos!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:48

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:48

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:47

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:47

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:47

    Lindo d+!!!

  • dullinylarebeldevondy Postado em 04/04/2009 - 15:03:40

    Vc bem q podia escrever outra web adpatad!
    amo de paixão web's assim!
    kisses!

  • natyvondy Postado em 21/03/2009 - 16:36:02

    Lindo!!!!!!AMEI!!!!!!!!!! (2)
    muitoOoOoOoOoOoOOoOoOOo MARAVILHOSA A WEB!!!
    a história me encantou!!!
    DyU forever!!!
    bjix da naty

  • natyvondy Postado em 21/03/2009 - 16:36:02

    Lindo!!!!!!AMEI!!!!!!!!!! (2)
    muitoOoOoOoOoOoOOoOoOOo MARAVILHOSA A WEB!!!
    a história me encantou!!!
    DyU forever!!!
    bjix da naty


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais