Fanfics Brasil - Coração Selvagem DyC [terminada]

Fanfic: Coração Selvagem DyC [terminada]


Capítulo: 7? Capítulo

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CAPÍTULO III


 


Dulce permaneceu em silêncio, enquanto o Dr. Payne examinava o paciente. Ficou tensa ao notar a expressão preocupada do médico, quando ele passou as hábeis mãos na cabeça ferida.


- Concussão? - indagou, achando que o Dr. Payne chamaria a ambulância.


De súbito, percebeu que não queria que o estranho fosse embora. Não fantasie, ralhou consigo mesma. O que sabe a respeito desse homem? Se quer construir uma pensão, deve manter os dois pés no chão. .


- Alguém acertou-o com algum objeto na cabeça? - o dr. Payne perguntou.


Ela ficou alarmada.


- Não sei. Acho que ele bateu a cabeça numa pedra. Olhou para o corpo másculo estendido em sua cama. Sem saber ao certo por que, recordou que dormira ao lado dele naquela mesma cama.


- Há farpas de madeira cravadas na pele - o dr. Payne informou. - Parece que foi atingido com um pau. Foi sorte não ter morrido.


- Encontrei-o deitado na neve, com o pé preso numa armadilha, e achei que ele tivesse...


Dulce parou de falar ao tomar consciência do que o médico acabara de dizer. Alguém quisera matar o estranho?


Christopher não se mexeu até que o dr. Payne passou as mãos em seu tornozelo ferido. Então, abriu os olhos e, ao ver o médico, relaxou e fitou Dulce, mais exatamente os lábios dela.


- Christopher Uckermann? - o médico indagou. Dulce conhecia aquele nome. Lembrou que estava visitando a avó, quando o dono da fazenda Uckermann morrera, havia uns doze anos. No dia do enterro, quando explorava os arredores, acabara encontrando o pequeno cemitério daquela família, numa das colinas. Um jovem estava ao lado da sepultura fechada recentemente, com uma expressão de tristeza tão grande que tocara o coração de Dulce.


Quando ele a vira, estreitara os olhos, e sua expressão passara de tristeza para raiva. Ao perceber que ele vinha em sua direção, Dulce fugira, notando que invadira uma propriedade particular.


Mais tarde, naquele mesmo dia, a avó contara que o rapaz, Christopher, não se entendia muito bem com o pai, o velho que falecera, e que fugira de casa aos dezesseis anos de idade. "Fez muitas bobagens, esteve envolvido com ladrões, foi preso, mas libertado, por falta de provas", contara.


Dulce pensou no adolescente que fugira de um lar infeliz, imaginou-o voltando para enterrar o pai, com sentimentos confusos de raiva e tristeza. Perguntou-se que tipo de vida ele levara desde então, sozinho.


- Se alguém tentou matá-lo, talvez seja melhor chamarmos o xerife - sugeriu.


- Não - Christopher manifestou-se. Ela o encarou.


- Mas se alguém está tentando matá-lo...


- Eles não estão tentando me matar. Foi burrice minha. Entrei na casa da fazenda, mesmo sabendo que está prestes a desabar, e uma trave caiu em minha cabeça.


Dulce ia repreendê-lo, mas comentou consigo mesma que talvez ele quisera explorar a velha casa para reviver momentos de felicidade.


- E a armadilha? - questionou. - Como...


- Quando me machuquei, sabia que precisava de ajuda, e sua casa é a mais próxima. Estava vindo para cá.


- Muitos arranhões, mas nada demais - o dr. Payne declarou, examinando o pé do paciente. - Vamos tirar as roupas dele.


O coração de Dulce bateu acelerado, quando ela viu o médico desabotoar e abrir o zíper da calça jeans de Christopher.


- Eu o levanto, você puxa a calça - o dr. Payne instruiu, erguendo os quadris de Christopher.


Ela ficou excitada, percebendo que queria conhecer Christopher por inteiro, pele, músculos, mente, coração e alma. Hesitou por alguns segundos, então preparou-se para fazer o que o médico pediu.


- Não.


A voz áspera de Christopher fez com que Dulce se afastasse. Ele mesmo ergueu os quadris, e o dr. Payne tirou-lhe a calça. Ela ficou encantada com a perfeição das pernas musculosas.


Christopher fitou-a com um brilho intenso no olhar. Dulce sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo. Murmurou uma desculpa e correu para a cozinha para preparar café.


Preocupava-se com aquela inexplicável obsessão por Christopher Uckermann, descendente de franceses, comerciantes de peles de animais, de índios americanos e colonizadores irlandeses.


Quando voltou para o quarto, viu o médico tirar o suéter de lã de Christopher, deixando-o apenas com uma camiseta branca.


- Coloquei um travesseiro sob o pé dele, para que o tornozelo ferido fique elevado, e também providenciei uma tala para deixá-lo imóvel - o dr. Payne informou. - Tem um par de meias para emprestar?


- Tenho - Dulce respondeu.


- Foi muito bom você não ter mexido no pé dele, porque poderia ter piorado o ferimento.


- Minhas aulas de primeiros-socorros foram muito úteis.


- Pode ficar com ele uns dias?


- Não será necessário - Christopher protestou. Dulce colocou mais lenha na lareira, ainda sentindo-se confusa com os sentimentos que Christopher despertava nela e, ao mesmo tempo, magoada por ele se recusar a ficar.


- Há alguém que possa cuidar de você? - o dr. Payne indagou.


Silêncio. - Seria incômodo tê-lo aqui por uns tempos? - o médico perguntou a Dulce. - Não há necessidade de ele ficar no hospital, e sua casa é bem acessível para mim.


- Por mim não há nenhum problema - ela respondeu.


- Não vou ficar aqui - Christopher declarou.


Ele e Dulce encararam-se desafiadoramente.


- Bem, podemos mandá-lo para o hospital - o dr. Payne falou.


- Não - Christopher disse, olhando-o com ar de teimosia.


- Então, acho que terá de ficar aqui.


- Tenho um quarto, na estação de esqui - Christopher insistiu, passando a mão na testa.


Dulce estremeceu ao observá-lo, percebendo que até falar causava-lhe dor, o que fez com que a mágoa que sentia se transformasse em piedade. O dr. Payne franziu a testa.


- Não poderá ficar sozinho nos próximos três dias - informou. Christopher fitou a ruiva. Não conseguia deixar de olhá-la desde que a vira pela primeira vez, entrando na velha casa vitoriana da fazenda que herdara havia alguns anos.


Fechou os olhos ao sentir dor, daquela vez causada pelo unguento que o médico passava em sua cabeça, mas estava ciente de que aquele desconforto não era nada. Tinha sorte de estar vivo.


A voz doce da mulher que o salvara penetrou em sua mente, quando ela fez uma pergunta ao médico. Quando se ferira, ele a chamara em pensamento, e ela fora ajudá-lo, levara-o para casa, aquecera-o, dera-lhe conforto.


Soltou um gemido, quando a cabeça doeu mais uma vez. Levou as mãos à testa, como se quisesse acabar com aquela tortura. Mãos delicadas e macias pousaram sobre as suas. Ele reconheceu de quem eram e relaxou.


Focalizou a atenção na ruiva, que lhe afagou as mãos, enquanto o médico terminava de cuidar do ferimento. As mãos dela eram macias e gentis, pequenas, se comparadas com as dele, tinham um toque agradável. Ele comentou consigo mesmo que ela devia ser uma amante perfeita. Pegou-lhe as mãos, levou-as à boca e beijou cada dedo.


Ela enrubesceu, e só então Christopher recordou que havia mais alguém no aposento.


- Desculpe - pediu, dizendo a si mesmo para ter mais cuidado.


- O ferimento vai deixar uma pequena cicatriz - o médico disse, enquanto guardava seus instrumentos. - Vou passar aqui à noite para ver como ele está. Estas pílulas são para amenizar a dor. Dê os antibióticos de quatro em quatro horas. Tente mantê-lo calmo e na cama, por três dias.


- Pode deixar - ela prometeu.


- Muito bem.


Christopher queria que o médico saísse dali logo, pois desejava ficar sozinho com a ruiva. Podia estar com um ferimento na cabeça, mas não estava morto. Já agradecera por ter sido salvo?


- Obrigado - murmurou.


- Há muita vida nesse homem, por isso não se preocupe muito com ele - o dr. Payne brincou.


- Obrigada por ter vindo - ela agradeceu.


Christopher não conseguia manter os olhos abertos. Ia desmaiar de novo, mas não queria. Viu a ruiva e o médico saírem e ressentiu-se por ela deixá-lo.


- Quanto a ficar exposto ao frio, acho que não haverá nenhum problema, exceto que a pele dos dedos ficará escura e depois descascará - o dr. Payne disse.


Christopher não conseguiu ouvir mais nada do que os dois diziam, falando dele como de uma criança, não um homem de trinta e dois anos. Suspirou e fechou os olhos. A dor parecia estar sumindo vagarosamente. O médico aplicara alguma injeção? Qual era o nome da ruiva?


Dulce acabou de lixar uma parede, achando que merecia um banho. Estava coberta de pó branco, dos pés à cabeça. Pegou o relógio de pulso, que colocara num bolso, e olhou-o. Era quase hora do jantar. Preparara sopa de legumes, pois Christopher recusara a sopa de tomates, no almoço.


Ele se levantara muitas vezes durante a tarde, sempre assegurando, de modo irritante, que estava bem. Era resmungão e teimoso.


Pé ante pé, Dulce foi até o quarto para pegar o pijama de flanela. Antes de ir para o banheiro, olhou para o homem dormindo em sua cama. Viu que ele tinha se livrado de um cobertor, mas parecia dormir tranquilamente.


Tomou um banho bem quente, depois vestiu o pijama e enrolou os cabelos numa toalha. Sorriu ao se ver no espelho. Com o pijama abotoado até o pescoço, parecia uma velha solteirona. Desabotoou os dois primeiros botões, então o terceiro. Agora parecia uma solteirona distraída. Voltou a fechar os botões. Calçou os chinelos e saiu do banheiro.


Antes de entrar na cozinha, passou pelo quarto. Christopher continuava dormindo. Bastou olhá-lo para que seu coração batesse acelerado. Nenhum outro homem fora capaz de despertar os sentimentos que ela estava experimentando naquele momento.


Após colocar a sopa no fogo para esquentar, voltou ao banheiro para secar os cabelos. Estava quase terminando, quando ouviu um barulho e, em seguida, gemidos tão altos que a assustaram.


- Oh, não! - exclamou, largando o secador e correndo para o quarto, certa de que Christopher caíra da cama.


Quase acertou. Ele estava apoiado na cama, e a cadeira que ficava ao lado caíra no chão.


- O que está fazendo?! - ela exclamou, furiosa, mas aliviada por ele não ter se machucado ainda mais. - Ficou louco?


Envolveu a cintura dele com um braço e tentou recolocá-lo na cama. Ele não se mexeu.


- Você precisa voltar para a cama - ela falou.


- Preciso ir ao banheiro.


- Por favor, volte para a cama. Vou lhe trazer... Uma garrafa.


- Não. Banheiro - Christopher insistiu, passando um braço pelos ombros dela e empurrando-a na direção da porta.


- Por favor, me escute, se você cair...


- Quanto antes chegarmos ao banheiro, melhor.


- Tudo bem, vamos. E não me culpe, se cair e bater essa sua cabeça dura.


Passo a passo, cruzaram o quarto, andaram pelo corredor e chegaram ao banheiro. Ela hesitou, sem saber ao certo o que fazer.


- Fora! - Christopher ordenou, apoiando uma das mãos na parede e a outra na pia.


- Eu... Talvez seja melhor... Que eu fique.


- Não sou um bebê. Não preciso de ajuda. - Christopher arrependeu-se imediatamente da brusquidão de sua voz, mas detestava parecer fraco. - Saia, por favor.


Com movimentos calculados, fez menção de baixar a cueca samba-canção. Dulce arregalou os olhos e saiu, fechando a porta.


Ele se sentou no vaso. Olhou para o boxe e imaginou a linda mulher tomando banho, com os cabelos molhados, deslizando o sabonete pelo corpo sensual...


Ele também precisava de um banho, que o animaria e tiraria aquela horrível sensação de sujeira. Tirou a camiseta, a cueca, as meias, a tala e a faixa. Com grande esforço, entrou no boxe e abriu o chuveiro. Passava xampu nos cabelos, quando a cortina do boxe correu para um lado. Abriu os olhos e teve uma grata surpresa.


- Não acredito! - a ruiva exclamou.


Christopher notou, satisfeito, que ela não ficara vermelha. Na verdade, os olhos azuis fitaram-no de cima a baixo, como se ela não conseguisse decidir qual parte tocaria primeiro. Ele não tinha idéia de que era tão atraente fisicamente, contudo, deixando a modéstia de lado, reconheceu que tinha um corpo bem esculpido, que as mulheres pareciam apreciar.


- Seu idiota!


Christopher pestanejou, mudo.


- O que está tentando fazer? - ela vociferou. - Quer se matar?


Estava irada. Christopher olhou ao redor para ver se deixara alguma coisa fora do lugar. As mulheres detestavam desordem no banheiro. A que o acolhera aos dezesseis anos de idade ensinara-lhe, entre outras coisas, algumas regras, instruindo-o sobre certas manias femininas.


- Estou tentando tomar banho - ele respondeu.


- Tire esse xampu da cabeça. Esqueceu o ferimento? E se eu conseguir levá-lo de volta para a cama, sem nenhum outro ferimento além dos que já tem, vou matá-lo. –Ela puxou um banquinho para perto do boxe, sentou-se e forçou Christopher a colocar a cabeça debaixo do jato do chuveiro.


- Ei, se quer tomar banho comigo, é só dizer - ele brincou, enlaçando-a pela cintura.


- Está me molhando! - ela protestou veementemente.


- Calma, enfermeira, não sabe que minha cabeça dói? - ele reclamou.


Levou as duas mãos às orelhas, enquanto Dulce continuava a repreendê-lo. Mulheres! Nunca se sabe o que elas querem, comentou consigo mesmo.


- Louco! - ela esbravejou e chamou-o de outros nomes, sem que ele soubesse por quê.


- Chega! Não vou permitir que uma ruiva desbocada, mal-humorada e de pijama de flanela fique gritando comigo!


Notou como o tecido molhado colara nos seios, delineando os contornos perfeitos.


- Você é linda - murmurou, afagando os seios redondos, enquanto fechava os olhos e encostava-se na parede, adorando aquele momento de puro prazer.


- Oh, pelo amor de Deus! - ela gritou, afastando as mãos dele. - Fique quieto. Vou tentar tirá-lo daqui antes que caia. E não se atreva a desmaiar!


- De jeito nenhum.


Christopher estava feliz, e fazia muito tempo que não se sentia assim. A ruiva resmungou um pouco mais, mas suas mãos faziam movimentos gentis, enquanto ela tirava-lhe o xampu dos cabelos.


- Erga o braço - ordenou.


Esfregou-o todo, o rosto, o pescoço, o peito, as costas, as pernas e os pés. Quando a melhor parte estava para começar, ela se levantou, fechou a cortina e mandou-o apressar-se.


Christopher ficou descontente por ela ter abandonado o serviço pela metade. Afinal, era um homem ferido, que precisava de cuidados. Terminou o banho e, ao abrir a cortina, viu-a de roupão e com uma enorme toalha nas mãos para secá-lo.


- Pronto - ela murmurou, aliviada, após enxugá-lo e enrolar-lhe a toalha ao redor da cintura.


Christopher ficou preocupado quanto ao seu desempenho sexual com as dores de cabeça que vinha sentindo. Decidiu deixar para fazerem amor outro dia, pois não queria desapontá-la.



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Autor(a): theangelanni

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- A sopa está pronta - ela anunciou, guiando-o de volta à cama. Para Christopher, ainda era impossível apoiar o tornozelo machucado no chão. O médico falara que o frio fora o que provavelmente impedira que os ferimentos ficassem piores. A mulher ajudou-o a acomodar-se, colocou a tala para manter o pé imóvel e cobriu-o com um ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 220



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  • anne_mx Postado em 19/02/2022 - 03:43:40

    Gente, que história PERFEITA! Eu fiquei apaixonada <3

  • stellabarcelos Postado em 01/12/2015 - 23:28:36

    Amei muito!! Muito lindos!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:48

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:48

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:47

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:47

    Lindo d+!!!

  • anevondy Postado em 28/09/2012 - 04:33:47

    Lindo d+!!!

  • dullinylarebeldevondy Postado em 04/04/2009 - 15:03:40

    Vc bem q podia escrever outra web adpatad!
    amo de paixão web's assim!
    kisses!

  • natyvondy Postado em 21/03/2009 - 16:36:02

    Lindo!!!!!!AMEI!!!!!!!!!! (2)
    muitoOoOoOoOoOoOOoOoOOo MARAVILHOSA A WEB!!!
    a história me encantou!!!
    DyU forever!!!
    bjix da naty

  • natyvondy Postado em 21/03/2009 - 16:36:02

    Lindo!!!!!!AMEI!!!!!!!!!! (2)
    muitoOoOoOoOoOoOOoOoOOo MARAVILHOSA A WEB!!!
    a história me encantou!!!
    DyU forever!!!
    bjix da naty


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