Fanfic: Você rescreveu o meu futuro. | Tema: Romance

Já se faz três dias que meu pai se foi. Me lembro perfeitamente de quando, ele entrava em meu quarto para ver se eu estava bem. E sempre, Sempre, me fazia rir deixando a tristeza, raiva e a dor...Agora ele não estava mais aqui. ​Fiquei deitada na cama sem vontade de sair de lá. A metade de Meu mundo estava em pedaços e a outra metade era minha mãe, graças a Deus ela estava bem, pelo menos me salva. Salva a outra parte de mim.

Meus olhos estavam pesados e vermelhos de tanto chorar. A tristeza tomou conta de mim junto com a preguiça, que bela dupla. Minha cama estava cheias de lenços, não me importei em coloca-los no lixo, para que? uma parte de mim se foi.

Tentei respirar fundo, mas meu nariz estava entupido. "Que droga de vida." - pensei.

Olhei no relógio, 18h13. Meu cabelo estava bagunçado como se eu tivesse levado um choque e eu ainda estava de pijamas de ursinho que meu pai me dera no natal passado.

– AAAAAAAAAAhhh....-gritei bagunçando mais meu cabelo.

Parei por um instante. Olhei para todos os lados me joguei na cama à me debater na cama. Logo comecei a chorar como uma criança. O pior de tudo, era que, eu não chorava na frente das pessoas e quando chorava escondido, eu não sabia chorar.

"Ding Dong." a campainha tocou. Sentei na cama de vez. Lentamente sair da cama, passei no corredor onde se encontrava a pequena cozinha, até a sala, onde estava a porta. Obvio. Abrir ela como se estivesse em câmera lenta.

– Fernanda. - disse minha mãe.

– Mãe?

Ela entrou me olhando com horror. Ela jogou a bolsa no sofá e fora vasculhar minha casa.

– Querida...-começou.- Alguém morreu aqui?

– Deve ter sido eu. -respondi.

– Fernanda, há quanto tempo você não toma banho? -perguntou ela abrindo as gavetas do armário para pegar o avental.

– Ahhh... mãe! A vida é minha... posso ficar uns... - parei.- Três...-sussurrei.

– Três dias?

– Aham.

– Sem tomar banho? Fernanda!!!- ela alterou a voz.- Você já tem vinte e dois anos, pelo amor né. Vai tomar banho agora. - mandou ela.

– Ah não.

– Fernanda! - Ela apontou o dedo para o banheiro.

– Mãe....

– Fernanda. Querida... Sei que está mal, mas...- ela parou.- Eu também estou. Só que a vida continuar.

– Madre... -disse eu. - Não tenho forças, estou sem energia para viver.

– Coloca seus dedos na tomada que você terá energia. -brincou.- Hei! -disse- Você falto na faculdade?!

– Ah...Eh...- Passei a mão na cabeça.- Não.-respondi.- Ah, não estou afim. 

– Fernanda... Você não pode parar sua vida...- ela disse calma.

– Eu sei. Mas não estou afim. Não quero.

– Quer sim. - afirmou.- Te conheço bem, Você quer. É o seu sonho e sempre foi. 

Ela tinha razão. Eu queria sim, ser Enfermeira, salvar vidas. Se eu fosse...poderia ter salvado a vida do meu pai, Tenho certeza que sim. Eu teria salvado.

– Mãe... Eu não quero fazer nada, não quero nada...Só meu pai de volta. 

– Ai, Fernanda...Vai tomar banho. Depois conversamos melhor, Enquanto isso...Vou...- ela olhou ao seu redor- Arrumar a casa.

Entrei no banheiro. Me olhei no espelho, Aquela não parecia eu, Sem maquiagem, olhos vermelhos e inchados, cabelos bagunçados e de pijama. Coisa que eu não gostava de estar vestida depois de acordar, eu era do tipo, pessoa "perfeita". Mas naquele momento a perfeição não estava aqui.

Minha mãe arrumou a casa toda que, não estava tão bagunçada. Vesti qualquer roupa e fui almoçar, que na verdade deveria ser janta, aquelas horas. Martha só me olhava esperando eu limpar o prato, Não conseguia comer. 

Novamente comecei a chorar. Minha mãe pegou em minha mão e a beijou.