Fanfics Brasil - smallville: capitulo.014 smallville

Fanfic: smallville | Tema: smallville


Capítulo: smallville: capitulo.014

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Megan: Mamãe!(se aproximando).


Martha: Que foi?


Megan: Está na hora de acordar.


Martha: Que horas são?


Megan: 07h da manhã.


Martha: Santo Deus! Cadê seu pai?


Megan: Eu não sei.


Martha: Será que aconteceu alguma coisa?


Megan: Não deve ter acontecido nada,mãe.


Martha: Então,aonde eles estão?


Megan: Eles devem está no celeiro.


Martha: Mas seu pai me acordaria quando chegasse.


Megan: Talvez,ele tenha ficado com pena de acordá-la.


Martha: É.(olhando pela janela). A caminhonete já está aqui na frente de casa.


Megan: Eles devem está dormindo.


Martha: Não! A porta do celeiro já está aberta.


Megan: Por quê eles são assim por trabalho?


Martha: Eu não sei,mas eles não tomaram café.(olhando para pia).


Megan: Quer que eu os chame?


Martha: Não! Faça dois sanduíches,enquanto eu faço dois cafés para eles.


Megan: Dois sanduíches para cada um?


Martha: Não! Um para cada.


Megan: Ok.


NO CELEIRO


Jonathan: Parece que seu primeiro "Baile de Inverno" foi muito bom.


Clark: Sim,tirando a incomodação com o Whitney,eu e Lana tivemos uma noite maravilhosa.


Jonathan: Que bom,filho.


Clark: Me supreendi quando Aníbal disse que o senhor tinha namorado com a tia da Lana.


Jonathan: Sorriso


Clark: O senhor amou muito a tia da Lana?


Jonathan: Era isso que eu pensava quando eu e sua mãe começamos a fingir que namoravamos,mas logo,eu percebi a sua mãe tinha sido a melhor escolha.


Clark: Eu já percebi isso com a Lana.


Jonathan: Cuidado,filho,eu também pensei isso quando comecei a namorar com a Nell e a vida quis que eu tomasse outro rumo.


Clark: Como será que seria a sua vida se tivesse se casado com a Nell?


Jonathan: Com certeza,eu já teria me separado dela,a Nell nunca gostou muito de morar aqui em Smallville.


Clark: Não me assuste,pai.


Jonathan: Eu não estou querendo lhe assustar,filho,mas eu e Nell fomos criados juntos,e fomos namorados,e um dos motivos para o namoro não ter dado certo era a obssessão da Nell de ir querer morar em Metropolis ou Chicago depois de nós nos casar.


Clark: Ela não queria morar aqui?


Jonathan: Não! Nell nunca gostou de morar em cidade pequena,ela dizia que todos sabia da vida dos outros.


Clark: Nisso,ela tem razão.


Jonathan: Sim.


Clark: O senhor já conhecia o ex-namorado da mamãe?


Jonathan: Não!(bravo).


Clark: Seu humor mudou numa fração de segundo.


Jonathan: Eu sempre soube o nome dele,mas ainda não o conhecia.


Clark: Indeciso


Jonathan: Ele parece ser mais jovem que eu.


Clark: E?


Jonathan: Quando eu e sua mãe resolvemos fingir que estavamos namorando,eu perguntei se ela tinha motivo para isso e ela disse que teve um namorado por 5 anos e que tinham terminado o namoro,pois,ele tinha traido,mas ela o amava demais e queria voltar.


Clark: E?


Jonathan: Clark! Ele é rico.


Clark: Eu não acho que a mãe dê importância para estas coisas,pai.


Jonathan: Ele pode dar joias,presentes caros,roupas e viajar por todo o mundo.


Clark: Decepção


Jonathan: Sem falar que a sua mãe não precisaria mais trabalhar,ela teria empregados para fazer tudo para ela.


Clark: Eu sabia que você era ciumento,pai,mas...


Jonathan: Mas... o quê?


Clark: Nunca imaginei que fosse tanto.


Jonathan: Eu não sou ciumento,Clark,mas eu só realista.


Clark: Realista? Você está brincando,né?


Jonathan: Não!


Clark: Pai! A mamãe lhe ama,eu acho que ela nunca te deixaria por causa destas futilidades.


Jonathan: Não são futilidades,filho,a sua mãe cresceu neste meio.


Martha: E odiava tudo isso.(se aproximando em companhia de filha). Lionel pode ser rico e parecer mais jovem que você,mas eu nunca te deixaria,Jonathan.


Jonathan: Sorriso


Martha: E ele também não tem o seu charme,amor.


Megan: Ok,é melhor sairmos,Clark,vão começar a namorar.


Martha: Megan!


Megan: Brincadeira!


Jonathan: Acho que esta história me deixou um pouco louco.


Martha: Totalmente louco.


Clark: E essa bandeja?


Martha: Eu e Megan preparamos sanduíches e cafés para vocês,pois,eu notei que a pia estava vazia.


Clark: O sanduíche está delicioso,mãe.


Martha: Eu só fiz o café e a Megan fez o sanduíche.


Clark: Ah!(fingindo estar passando mal). O que você colocou neste pão?


Megan: Nada! Mas se você não parar,no próximo,eu coloco veneno de verdade.


Clark: Ai,não sabe brincar?


Martha: Megan! Deixa seu irmão comer quieto e depois leva as duas xicaras para dentro.


Megan: Sim.


Martha: Eu vou entrar para preparar o café dos outros.


Jonathan: Sim.


Clark: Eu já acabei.


Martha: Você precisa comer mais devagar,filho.


Clark: Mas eu como devagar,mãe.


Martha: Sei.(debochada). Você come muito devagar.


Clark: Eu vou limpar o galinheiro.(saindo).


Jonathan: Eu também já acabei de comer.


Martha: Que bom.


Jonathan: Megan! Vai indo para casa,os seus irmãos devem está acordando a qualquer momento.


Megan: Sim.(saindo).


Jonathan: Me desculpe pela cena de ciúme.


Martha: Não se preocupe,amor.(beijando-o). Eu adoro as suas cenas de ciúmes.


Jonathan: Sério?


Martha: Sim.


Jonathan: Então,eu farei todos os dias.


Martha: Ok,também não precisa exagerar.


Jonathan: Está bem.(beijando a esposa).


Martha: Jonathan! Não podemos fazer isso aqui.


Jonathan: Por quê?


Martha: Estamos no celeiro.


PERTO DO CELEIRO.


Lex: Olá!(se aproximando).


Clark:O que deseja?


Lex: Madeiras para lareira.


Clark: Quantas?


Lex: 30.


Clark: Não sei se teremos tanta.


Lex: Não precisa me dar as 30 madeiras hoje.


Jonathan: Olá!(se aproximando).


Clark: Pai! Ele precisa de 30 madeiras para lareira.


Jonathan: Acho que só vamos ter 20 madeiras.


Lex: Eu preciso de 30 até depois de amanhã.


Jonathan: Acho que consigo mais 10 para amanhã.


Lex: Isso seria ótimo.


Martha: Como soube que tinhamos madeira para lareira?


Lex: Liguei para a polícia da cidade e falei com o delegado Ethan.


Martha: Ah,sim.


Lex: Ele me explicou como chegar até aqui.


Jonathan: Tem como vim buscar amanhã?


Lex: Não! Amanhã,eu terei uma reunião importante.


Clark: Deixe o endereço da sua casa que eu levo.


Lex: Isso me ajudará demais.


Clark: Meu nome é Clark Joseph Kent.


Lex: Prazer,o meu nome é Alexander Luthor,mas todos me chamam de Lex Luthor.


Clark: É parente do senhor Lionel Luthor?


Lex: Sim,infelizmente,ele é meu pai.


Martha: Infelizmente?


Lex: Sim,ele sempre foi infiel a minha mãe,até que um dia,ela se suicidou por causa das traições dele.


Martha: Foi um prazer em conhecê-lo.(saindo).


Clark: Acho que não preciso do seu endereço,todos na cidade conhecem a Mansão Luthor.


Lex: É,todos devem conhecer aquele mausoléu.(saindo).


Clark: E o senhor ainda estava com ciúmes daquele homem.


Jonathan: É.


Clark: Pai! Por quê você e a mãe não saem a sós hoje.


Jonathan: Tem certeza disso?


Clark: Sim,eu e Megan damos conta dos menores.


Jonathan: Será que sua mãe vai querer? Julinha estava mal ontem a noite.


Clark: Eu sempre cuidei bem dos meus irmãos.


Jonathan: Isso,nós sabemos.


Clark: Sorriso


Jonathan: Vamos entrar e perguntar a sua mãe.


Clark: Sim.


DENTRO DE CASA


Julia: Mamãe!(descendo as escadas).


Martha: Oi.(pegando a filha no colo). Está bem?


Julia: Sim.(deitando a cabeça no ombro da mãe).


Martha: Filhinha!(colocando a mão na testa da filha). Você está novamente com febre.


Julia: Chorão


Martha: Calma! A mamãe vai lhe dar o remedio.


Julia: Bombom!


Martha: O remedio não é sabor chocolate.


Julia: Decepção


Martha: Megan! Pega o termômetro para mim.


Megan: Sim,mãe.(abrindo a gaveta). Não está aqui,mãe.


Martha: Vá perguntar ao seu pai aonde ele colocou.


Jonathan: O que foi que eu guardei?


Martha: O termômetro.


Jonathan: Por quê?


Martha: Julinha está com febre novamente.


Julia: Ai.(fazendo careta). Não é bombom.


Martha: Não! Não é chocolate.


Julia: Chorão (começando a chorar desesperadamente).


Jonathan: Não chora,princesinha.(pegando a menina no colo).


Julia: Bombom!


Clark: Existe xarope com sabor de chocolate?


Martha: Você não tinha uma perguntinha mais fácil.


Clark: Desculpe!


Jonathan: Amor,o Clark disse que ele fica em casa hoje a noite para nós poder sair a sós.


Martha: Não sei,a Julinha está novamente com febre de 37,5º graus.


Clark: Eu consigo cuidar dela,mãe.


Martha: Eu sei,mas não queria deixá-la.


Jonathan: Será apenas uma saída para jantar,amor.


Martha: Ok,nós sairemos para jantar.


Jonathan: Sorriso


ALGUMAS HORAS DEPOIS


Clark: E agora?


Pete: Eu vou para casa.(olhando por relógio).


Clark: Nossa! Está tarde.


Pete: Sim.


Ethan: Olá!


Clark: Delegado Ethan.(se levantando). O que aconteceu?


Ethan: Nell e o senhor Gabe Sullivan telefonaram para mim.


Clark: Por quê?


Ethan: Dando queixa de desaparecimento de Lana.


Clark: Quê? Lana desapareceu?


Ethan: Sim,ela disse a Nell que sairia para dar uma volta e depois passaria aqui,você a notou estranha?


Clark: Ela não passou aqui,delegado.


Ethan: Ela não passou por aqui?


Clark: Não!


Ethan: Ok,eu vou acionar aos outros policiais para começarmos a procurar.


Clark: Sim.(sentando). Aonde ela pode está?


Pete: Não sei.


Clark: Será que ela foi sequestrada?


Pete: Não vamos pensar em coisa ruim,Clark.


UMA HORA DEPOIS


Pete: Clark!(olhando o amigo). Pára um pouco.


Clark: Não consigo,Pete,estou muito preocupado.


Pete: Eu sei,também estou preocupado com ela,mas não podemos fazer nada.


Clark: Aonde ela pode estar? Será que foi sequestrada ou até pior... será que a mataram?


Pete: Clark! Você está sendo muito exagerado,lembre-se que ela se mudou a pouco tempo para cidade e que quase não conhece nada,ela deve está perdida.


Clark: Mas ela já teria pedido ajuda para alguém,Pete.


Martha: Clark!(entrando em companhia do marido). O que faz acordado?


Jonathan: Nós falamos que era para você ir se deitar cedo.


Clark: Eu pretendia ir me deitar cedo,mas fui atrapalhado.


Martha: Por Pete?


Pete: Não! Eu estava indo para casa quando o delegado Ethan apareceu aqui.


Jonathan: O que aconteceu?(vendo o filho caminhar de um lado para outro).


Pete: Lana disse a tia que daria uma volta e depois passaria aqui.


Martha: E?


Pete: E até agora,ela ainda não voltou para casa e nem passou por aqui,o Clark está achando que ela pode ser sido sequestrada.


Clark: Ela também já pode estar morta.


Pete: Não seja exagerado.


Clark: Não estou sendo exagerado.


Pete: Bom,eu vou para casa,agora,seus pais chegaram e te seguram em casa.


Clark: Engraçado!(caminhando de um lado para outro).


NO DIA SEGUINTE


Martha: Bom dia!(descendo em companhia do marido).


Clark: Bom dia!


Martha: Conseguiu dormir?


Clark: Não!


Jonathan: Como você vai para escola?


Clark: E quem disse que eu irei para escola?(olhando seriamente para o pai). Eu vou sair para procurar a Lana.


Jonathan: Clark! Você nem sabe por onde começar a procurar.


Clark: Eu sei disso,pai,mas,eu já passei a noite preocupado com este sumiço da Lana.(saindo).


Martha: Clark!(gritando).


Jonathan: Já foi.(olhando pela janela).


Martha: Será que ele a acha?


Jonathan: Acho que não.


Martha: Indeciso


Jonathan: Por quê ele é tão teimoso?


Martha: Quer mesmo que eu responda?


Jonathan: Não precisa.(beijando-a).


Martha: Eu te amo.


Jonathan: Eu também te amo,meu amor.(agarrando a esposa).


Julia: Mamãe!(descendo as escadas).


Jonathan: Oi,princesa.(pegando a filha no colo).


Martha: Ela ainda está com febre.(colocando a mão na filha).


Jonathan: Até eu sei que isso não é normal.


Martha: Vou telefonar por médico dela em Metropolis.


Julia: Ai.(colocando a mão na barriga).


Jonathan: Está doendo a barriga?


Julia: Não,papai,osa.


Jonathan: Está com coceira?


Julia: Sim.


Jonathan: Deixa o papai ver.


Julia: Sim.(levantando a camisa).


Jonathan: Martha!(olhando para a filha).


Martha: Meu Deus!(olhando a barriga da filha). Isso é catapora.


Jonathan: Catapora dar febre?


Martha: Sim,amor.


Jonathan: Hiramzito e Kellyn já tiveram?


Martha: Não!


Jonathan: E isso é contagiosa?


Martha: É,um pouco.


Jonathan: Adulto pode pegar?


Martha: Não! Você já deve ter tido quando criança.


Jonathan: Sorriso


Martha: Você não precisa ficar tão alarmado.


Jonathan: Eu não estou alarmado.


Martha: Está!


NO CEMITÉRIO


Clark: Lana!(correndo até um tumulo). Lana,fala comigo.


Lana: Clark!(assustada). O que foi?


Clark: Lana!(abraçando a namorada). Todos estavamos preocupado com você.


Lana: Por quê?


Clark: Você disse a sua tia que sairia para dar uma volta e depois passaria lá em casa,ela chamou a polícia.


Lana: Acho que peguei no sono sem perceber.


Clark: Vem!(levantando). Eu vou te levar por hospital.


Lana: Não precisa,Clark,eu estou bem.


Clark: Não ficarei tranquilo até que você seja examinada por um médico.


Lana: Obrigada por ser preocupar comigo.


Clark: Sou seu namorado,sempre me preocuparei com você.


Lana: Riso


UMA HORA DEPOIS NO SMALLVILLE MEDICAL CENTER


Ethan: Clark!(se aproximando).


Clark: Oi,delegado.


Ethan: Aonde você a encontrou?


Clark: Ela estava no cemitério.


Ethan: No cemitério?


Clark: É,ela disse que tinha ido para ver o tumulo dos pais e que sem querer pegou no sono.


Ethan: Eu posso falar com ela?


Clark: O médico está examinando ela.


Nell: Clark!(se aproximando). Aonde está a Lana?


Clark: O médico está examinando ela,Nell.


Martha: Clark!(se aproximando em companhia do marido). O que faz aqui?


Clark: Achei a Lana e a trouxe para cá.


Jonathan: Ela está machucada?


Clark: Não! Ela só estava se checando de dor nas costas.


Martha: Graças a Deus!


Clark: Mas,o que fazem aqui?


Martha: Apareceu manchas pelo corpo da Julinha e nós a trouxemos para Helen vê-la,ela está com catapora.


Clark: Eu já tive catapora?


Martha: Sim,quando era criança.


Clark: E a Megan?


Martha: Logo após que você.


Clark: Kellyn e Hiramzito?


Martha: Não!


Dean: Clark!(se aproximando).


Clark: Doutor!(se levantando). Como está a Lana?


Dean: Bem,eu dei um remedio para dor nas costas.


Clark: Ela precisará ficar?


Dean: Não! Ela já está liberada.


Clark: Que bom.


Nell: Lana Lang!(se aproximando). Aonde você estava?


Lana: Eu fui até o cemitério ver o tumulo dos meus pais e sem querer peguei no sono,tia.


Nell: Lana! Você enlouqueceu de dormir no cemitério?


Lana: Mas eu não dormir porque quis,sem querer,eu peguei no sono.


Nell: Fosse para casa assim que lhe começou a dar sono.


Ethan: Acho que não tenho nada a mais para fazer aqui.


Nell: Você vai ter que ficar comigo aqui na loja.


Lana: Eu preferia ir para casa e deitar na minha cama.


Nell: Não vou te deixar sozinha em casa depois disso.


Clark: Ela pode ir lá para casa e deitar na minha cama ou na cama da Megan.


Nell: Ok,eu a busco quando chegar da loja.


Clark: Sim.


Julia: Tória!


Martha: Qual história você quer?


Lana: Eu conheço uma história.


Martha: Pode contar,Lana.


Lana: "A mamãe pata tinha escolhido um lugar ideal para fazer seu ninho: um cantinho bem protegido, no meio da folhagem, perto do rio que contornava o velho castelo.
Mais adiante estendiam-se o bosque e um lindo jardim florido.
Naquele lugar sossegado, a pata agora aquecia pacientemente seus ovos. Por fim, após a longa espera, os ovos se abriram um após o outro, e das cascas rompidas surgiram, engraçadinhos e miúdos, os patinhas amarelos que, imediatamente, saltaram do ninho.
Porém um dos ovos ainda não se abrira; era um ovo grande, e a pata pensou que não o chocara o suficiente.
Impaciente, deu umas bicadas no ovão e ele começou a se romper.
No entanto, em vez de um patinho amarelinho saiu uma ave cinzenta e desajeitada. Nem parecia um patinho.
Para ter certeza de que o recém-nascido era um patinho, e não outra ave, a mãe-pata foi com ele até o rio e o obrigou a mergulhar junto com os outros.
Quando viu que ele nadava com naturalidade e satisfação, suspirou aliviada. Era só um patinho muito, muito feio.
Tranqüilizada, levou sua numerosa família para conhecer os outros animais que viviam nos jardins do castelo.
Todos parabenizaram a pata: a sua ninhada era realmente bonita. Exceto um. O horroroso e desajeitado das penas cinzentas!
— É grande e sem graça! — falou o peru.
— Tem um ar abobalhado — comentaram as galinhas.
O porquinho nada disse, mas grunhiu com ar de desaprovação.
Nos dias que se seguiram, as coisas pioraram. Todos os bichos, inclusive os patinhos, perseguiam a criaturinha feia.
A pata, que no princípio defendia aquela sua estranha cria, agora também sentia vergonha e não queria tê-lo em sua companhia.
O pobre patinho crescia só, malcuidado e desprezado. Sofria. As galinhas o bicavam a todo instante, os perus o perseguiam com ar ameaçador e até a empregada, que diariamente levava comida aos bichos, só pensava em enxotá-lo.
Um dia, desesperado, o patinho feio fugiu. Queria ficar longe de todos que o perseguiam.
Caminhou, caminhou e chegou perto de um grande brejo, onde viviam alguns marrecos. Foi recebido com indiferença: ninguém ligou para ele. Mas não foi maltratado nem ridicularizado; para ele, que até agora só sofrera, isso já era o suficiente.
Infelizmente, a fase tranqüila não durou muito. Numa certa madrugada, a quietude do brejo foi interrompida por um tumulto e vários disparos: tinham chegado os caçadores!
Muitos marrequinhos perderam a vida. Por um milagre, o patinho feio conseguiu se salvar, escondendo-se no meio da mata.
Depois disso, o brejo já não oferecia segurança; por isso, assim que cessaram os disparos, o patinho fugiu de lá.
Novamente caminhou, caminhou, procurando um lugar onde não sofresse.
Ao entardecer chegou a uma cabana. A porta estava entreaberta, e ele conseguiu entrar sem ser notado. Lá dentro, cansado e tremendo de frio, se encolheu num cantinho e logo dormiu.
Na cabana morava uma velha, em companhia de um gato, especialista em caçar ratos, e de uma galinha, que todos os dias botava o seu ovinho.
Na manhã seguinte, quando a dona da cabana viu o patinho dormindo no canto, ficou toda contente.
— Talvez seja uma patinha. Se for, cedo ou tarde botará ovos, e eu poderei preparar cremes, pudins e tortas, pois terei mais ovos. Estou com muita sorte!
Mas o tempo passava, e nenhum ovo aparecia. A velha começou a perder a paciência. A galinha e o gato, que desde o começo não viam com bons olhos recém-chegado, foram ficando agressivos e briguentos.
Mais uma vez, o coitadinho preferiu deixar a segurança da cabana e se aventurar pelo mundo.
Caminhou, caminhou e achou um lugar tranqüilo perto de uma lagoa, onde parou.
Enquanto durou a boa estação, o verão, as coisas não foram muito mal. O patinho passava boa parte do tempo dentro da água e lá mesmo encontrava alimento suficiente.
Mas chegou o outono. As folhas começaram a cair, bailando no ar e pousando no chão, formando um grande tapete amarelo. O céu se cobriu de nuvens ameaçadoras e o vento esfriava cada vez mais.
Sozinho, triste e esfomeado, o patinho pensava, preocupado, no inverno que se aproximava.
Num final de tarde, viu surgir entre os arbustos um bando de grandes e lindíssimas aves. Tinham as plumas alvas, as asas grandes e um longo pescoço, delicado e sinuoso: eram cisnes, emigrando na direção de regiões quentes. Lançando estranhos sons, bateram as asas e levantaram vôo, bem alto.
O patinho ficou encantado, olhando a revoada, até que ela desaparecesse no horizonte. Sentiu uma grande tristeza, como se tivesse perdido amigos muito queridos.
Com o coração apertado, lançou-se na lagoa e nadou durante longo tempo. Não conseguia tirar o pensamento daquelas maravilhosas criaturas, graciosas e elegantes.
Foi se sentindo mais feio, mais sozinho e mais infeliz do que nunca.
Naquele ano, o inverno chegou cedo e foi muito rigoroso.
O patinho feio precisava nadar ininterruptamente, para que a água não congelasse em volta de seu corpo, criando uma armadilha mortal. Mas era uma luta contínua e sem esperança.
Um dia, exausto, permaneceu imóvel por tempo suficiente para ficar com as patas presas no gelo.
— Agora morrerei — pensou. — Assim, terá fim todo meu sofrimento.
Fechou os olhos, e o último pensamento que teve antes de cair num sono parecido com a morte foi para as grandes aves brancas.
Na manhã seguinte, bem cedo, um camponês que passava por aqueles lados viu o pobre patinho, já meio morto de frio.
Quebrou o gelo com um pedaço de pau, libertou o pobrezinho e levou-o para sua casa.
Lá o patinho foi alimentado e aquecido, recuperando um pouco de suas forças. Logo que deu sinais de vida, os filhos do camponês se animaram:
— Vamos fazê-lo voar!
— Vamos escondê-lo em algum lugar!
Contos, fabulas e historinhas: O Patinho Feio
E seguravam o patinho, apertavam-no, esfregavam-no. Os meninos não tinham más intenções; mas o patinho, acostumado a ser maltratado, atormentado e ofendido, se assustou e tentou fugir. Fuga atrapalhada!
Caiu de cabeça num balde cheio de leite e, esperneando para sair, derrubou tudo. A mulher do camponês começou a gritar, e o pobre patinho se assustou ainda mais.
Acabou se enfiando no balde da manteiga, engordurando-se até os olhos e, finalmente se enfiou num saco de farinha, levantando uma poeira sem fim. br> A cozinha parecia um campo de batalha. Fora de si, a mulher do camponês pegara a vassoura e procurava golpear o patinho. As crianças corriam atrás do coitadinho, divertindo-se muito.
Meio cego pela farinha, molhado de leite e engordurado de manteiga, esbarrando aqui e ali, o pobrezinho por sorte conseguiu afinal encontrar a porta e fugir, escapando da curiosidade das crianças e da fúria da mulher.
Ora esvoaçando, ora se arrastando na neve, ele se afastou da casa do camponês e somente parou quando lhe faltaram as forças.
Nos meses seguintes, o patinho viveu num lago, se abrigando do gelo onde encontrava relva seca.
Finalmente, a primavera derrotou o inverno. Lá no alto, voavam muitas aves. Um dia, observando-as, o patinho sentiu um inexplicável e incontrolável desejo de voar.
Abriu as asas, que tinham ficado grandes e robustas, e pairou no ar. Voou. Voou. Voou longamente, até que avistou um imenso jardim repleto de flores e de árvores; do meio das árvores saíram três aves brancas.
O patinho reconheceu as lindas aves que já vira antes, e se sentiu invadir por uma emoção estranha, como se fosse um grande amor por elas.
— Quero me aproximar dessas esplêndidas criaturas — murmurou. — Talvez me humilhem e me matem a bicadas, mas não importa. É melhor morrer perto delas do que continuar vivendo atormentado por todos.
Com um leve toque das asas, abaixou-se até o pequeno lago e pousou tranqüilamente na água.
— Podem matar-me, se quiserem — disse, resignado, o infeliz.
E abaixou a cabeça, aguardando a morte. Ao fazer isso, viu a própria imagem refletida na água, e seu coração entristecido deu um pulo. O que via não era a criatura desengonçada, cinzenta e sem graça de outrora. Enxergava as penas brancas, as grandes asas e um pescoço longo e sinuoso.
Ele era um cisne! Um cisne, como as aves que tanto admirava.
— Bem-vindo entre nós! — disseram-lhe os três cisnes, curvando os pescoços, em sinal de saudação.
Aquele que num tempo distante tinha sido um patinho feio, humilhado, desprezado e atormentado se sentia agora tão feliz que se perguntava se não era um sonho!
Mas, não! Não estava sonhando. Nadava em companhia de outros, com o coração cheio de felicidade.
Mais tarde, chegaram ao jardim três meninos, para dar comida aos cisnes.
O menorzinho disse, surpreso:
— Tem um cisne novo! E é o mais belo de todos! E correu para chamar os pais.
— É mesmo uma esplêndida criatura! — disseram os pais.
E jogaram pedacinhos de biscoito e de bolo. Tímido diante de tantos elogios, o cisne escondeu a cabeça embaixo da asa.
Talvez um outro, em seu lugar, tivesse ficado envaidecido. Mas não ele. Seu coração era muito bom, e ele sofrera muito, antes de alcançar a sonhada felicidade."



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Autor(a): KentOTooleSchneider

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 50



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  • annetteotoole Postado em 13/04/2014 - 11:43:17

    postei em ''smallville''

  • annetteotoole Postado em 13/12/2013 - 00:15:50

    postei em ''smallville''

  • annetteotoole Postado em 05/10/2013 - 16:39:05

    postei 2 capitulos em ''smallville''

  • spaniccolunga Postado em 27/09/2013 - 20:47:57

    posta mais! posta tb nas webs de a usurpadora

  • annetteotoole Postado em 27/09/2013 - 20:12:47

    postei em ''smallville''

  • quimicavivi Postado em 01/09/2013 - 23:24:00

    amei amei amei amei muito curiosa posta mais mais

  • annetteotoole Postado em 01/09/2013 - 20:50:41

    postei em ''smallville''

  • annetteotoole Postado em 24/08/2013 - 17:05:20

    postei 2 capitulos em ''smallville''

  • annetteotoole Postado em 17/08/2013 - 15:24:52

    postei em ''smallville''

  • quimicavivi Postado em 10/08/2013 - 23:21:36

    amei amei amei amei


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