Fanfic: smallville | Tema: smallville
Megan: Mamãe!(se aproximando).
Martha: Que foi?
Megan: Está na hora de acordar.
Martha: Que horas são?
Megan: 07h da manhã.
Martha: Santo Deus! Cadê seu pai?
Megan: Eu não sei.
Martha: Será que aconteceu alguma coisa?
Megan: Não deve ter acontecido nada,mãe.
Martha: Então,aonde eles estão?
Megan: Eles devem está no celeiro.
Martha: Mas seu pai me acordaria quando chegasse.
Megan: Talvez,ele tenha ficado com pena de acordá-la.
Martha: É.(olhando pela janela). A caminhonete já está aqui na frente de casa.
Megan: Eles devem está dormindo.
Martha: Não! A porta do celeiro já está aberta.
Megan: Por quê eles são assim por trabalho?
Martha: Eu não sei,mas eles não tomaram café.(olhando para pia).
Megan: Quer que eu os chame?
Martha: Não! Faça dois sanduíches,enquanto eu faço dois cafés para eles.
Megan: Dois sanduíches para cada um?
Martha: Não! Um para cada.
Megan: Ok.
NO CELEIRO
Jonathan: Parece que seu primeiro "Baile de Inverno" foi muito bom.
Clark: Sim,tirando a incomodação com o Whitney,eu e Lana tivemos uma noite maravilhosa.
Jonathan: Que bom,filho.
Clark: Me supreendi quando Aníbal disse que o senhor tinha namorado com a tia da Lana.
Jonathan:
Clark: O senhor amou muito a tia da Lana?
Jonathan: Era isso que eu pensava quando eu e sua mãe começamos a fingir que namoravamos,mas logo,eu percebi a sua mãe tinha sido a melhor escolha.
Clark: Eu já percebi isso com a Lana.
Jonathan: Cuidado,filho,eu também pensei isso quando comecei a namorar com a Nell e a vida quis que eu tomasse outro rumo.
Clark: Como será que seria a sua vida se tivesse se casado com a Nell?
Jonathan: Com certeza,eu já teria me separado dela,a Nell nunca gostou muito de morar aqui em Smallville.
Clark: Não me assuste,pai.
Jonathan: Eu não estou querendo lhe assustar,filho,mas eu e Nell fomos criados juntos,e fomos namorados,e um dos motivos para o namoro não ter dado certo era a obssessão da Nell de ir querer morar em Metropolis ou Chicago depois de nós nos casar.
Clark: Ela não queria morar aqui?
Jonathan: Não! Nell nunca gostou de morar em cidade pequena,ela dizia que todos sabia da vida dos outros.
Clark: Nisso,ela tem razão.
Jonathan: Sim.
Clark: O senhor já conhecia o ex-namorado da mamãe?
Jonathan: Não!(bravo).
Clark: Seu humor mudou numa fração de segundo.
Jonathan: Eu sempre soube o nome dele,mas ainda não o conhecia.
Clark:
Jonathan: Ele parece ser mais jovem que eu.
Clark: E?
Jonathan: Quando eu e sua mãe resolvemos fingir que estavamos namorando,eu perguntei se ela tinha motivo para isso e ela disse que teve um namorado por 5 anos e que tinham terminado o namoro,pois,ele tinha traido,mas ela o amava demais e queria voltar.
Clark: E?
Jonathan: Clark! Ele é rico.
Clark: Eu não acho que a mãe dê importância para estas coisas,pai.
Jonathan: Ele pode dar joias,presentes caros,roupas e viajar por todo o mundo.
Clark:
Jonathan: Sem falar que a sua mãe não precisaria mais trabalhar,ela teria empregados para fazer tudo para ela.
Clark: Eu sabia que você era ciumento,pai,mas...
Jonathan: Mas... o quê?
Clark: Nunca imaginei que fosse tanto.
Jonathan: Eu não sou ciumento,Clark,mas eu só realista.
Clark: Realista? Você está brincando,né?
Jonathan: Não!
Clark: Pai! A mamãe lhe ama,eu acho que ela nunca te deixaria por causa destas futilidades.
Jonathan: Não são futilidades,filho,a sua mãe cresceu neste meio.
Martha: E odiava tudo isso.(se aproximando em companhia de filha). Lionel pode ser rico e parecer mais jovem que você,mas eu nunca te deixaria,Jonathan.
Jonathan:
Martha: E ele também não tem o seu charme,amor.
Megan: Ok,é melhor sairmos,Clark,vão começar a namorar.
Martha: Megan!
Megan: Brincadeira!
Jonathan: Acho que esta história me deixou um pouco louco.
Martha: Totalmente louco.
Clark: E essa bandeja?
Martha: Eu e Megan preparamos sanduíches e cafés para vocês,pois,eu notei que a pia estava vazia.
Clark: O sanduíche está delicioso,mãe.
Martha: Eu só fiz o café e a Megan fez o sanduíche.
Clark: Ah!(fingindo estar passando mal). O que você colocou neste pão?
Megan: Nada! Mas se você não parar,no próximo,eu coloco veneno de verdade.
Clark: Ai,não sabe brincar?
Martha: Megan! Deixa seu irmão comer quieto e depois leva as duas xicaras para dentro.
Megan: Sim.
Martha: Eu vou entrar para preparar o café dos outros.
Jonathan: Sim.
Clark: Eu já acabei.
Martha: Você precisa comer mais devagar,filho.
Clark: Mas eu como devagar,mãe.
Martha: Sei.(debochada). Você come muito devagar.
Clark: Eu vou limpar o galinheiro.(saindo).
Jonathan: Eu também já acabei de comer.
Martha: Que bom.
Jonathan: Megan! Vai indo para casa,os seus irmãos devem está acordando a qualquer momento.
Megan: Sim.(saindo).
Jonathan: Me desculpe pela cena de ciúme.
Martha: Não se preocupe,amor.(beijando-o). Eu adoro as suas cenas de ciúmes.
Jonathan: Sério?
Martha: Sim.
Jonathan: Então,eu farei todos os dias.
Martha: Ok,também não precisa exagerar.
Jonathan: Está bem.(beijando a esposa).
Martha: Jonathan! Não podemos fazer isso aqui.
Jonathan: Por quê?
Martha: Estamos no celeiro.
PERTO DO CELEIRO.
Lex: Olá!(se aproximando).
Clark:O que deseja?
Lex: Madeiras para lareira.
Clark: Quantas?
Lex: 30.
Clark: Não sei se teremos tanta.
Lex: Não precisa me dar as 30 madeiras hoje.
Jonathan: Olá!(se aproximando).
Clark: Pai! Ele precisa de 30 madeiras para lareira.
Jonathan: Acho que só vamos ter 20 madeiras.
Lex: Eu preciso de 30 até depois de amanhã.
Jonathan: Acho que consigo mais 10 para amanhã.
Lex: Isso seria ótimo.
Martha: Como soube que tinhamos madeira para lareira?
Lex: Liguei para a polícia da cidade e falei com o delegado Ethan.
Martha: Ah,sim.
Lex: Ele me explicou como chegar até aqui.
Jonathan: Tem como vim buscar amanhã?
Lex: Não! Amanhã,eu terei uma reunião importante.
Clark: Deixe o endereço da sua casa que eu levo.
Lex: Isso me ajudará demais.
Clark: Meu nome é Clark Joseph Kent.
Lex: Prazer,o meu nome é Alexander Luthor,mas todos me chamam de Lex Luthor.
Clark: É parente do senhor Lionel Luthor?
Lex: Sim,infelizmente,ele é meu pai.
Martha: Infelizmente?
Lex: Sim,ele sempre foi infiel a minha mãe,até que um dia,ela se suicidou por causa das traições dele.
Martha: Foi um prazer em conhecê-lo.(saindo).
Clark: Acho que não preciso do seu endereço,todos na cidade conhecem a Mansão Luthor.
Lex: É,todos devem conhecer aquele mausoléu.(saindo).
Clark: E o senhor ainda estava com ciúmes daquele homem.
Jonathan: É.
Clark: Pai! Por quê você e a mãe não saem a sós hoje.
Jonathan: Tem certeza disso?
Clark: Sim,eu e Megan damos conta dos menores.
Jonathan: Será que sua mãe vai querer? Julinha estava mal ontem a noite.
Clark: Eu sempre cuidei bem dos meus irmãos.
Jonathan: Isso,nós sabemos.
Clark:
Jonathan: Vamos entrar e perguntar a sua mãe.
Clark: Sim.
DENTRO DE CASA
Julia: Mamãe!(descendo as escadas).
Martha: Oi.(pegando a filha no colo). Está bem?
Julia: Sim.(deitando a cabeça no ombro da mãe).
Martha: Filhinha!(colocando a mão na testa da filha). Você está novamente com febre.
Julia:
Martha: Calma! A mamãe vai lhe dar o remedio.
Julia: Bombom!
Martha: O remedio não é sabor chocolate.
Julia:
Martha: Megan! Pega o termômetro para mim.
Megan: Sim,mãe.(abrindo a gaveta). Não está aqui,mãe.
Martha: Vá perguntar ao seu pai aonde ele colocou.
Jonathan: O que foi que eu guardei?
Martha: O termômetro.
Jonathan: Por quê?
Martha: Julinha está com febre novamente.
Julia: Ai.(fazendo careta). Não é bombom.
Martha: Não! Não é chocolate.
Julia: (começando a chorar desesperadamente).
Jonathan: Não chora,princesinha.(pegando a menina no colo).
Julia: Bombom!
Clark: Existe xarope com sabor de chocolate?
Martha: Você não tinha uma perguntinha mais fácil.
Clark: Desculpe!
Jonathan: Amor,o Clark disse que ele fica em casa hoje a noite para nós poder sair a sós.
Martha: Não sei,a Julinha está novamente com febre de 37,5º graus.
Clark: Eu consigo cuidar dela,mãe.
Martha: Eu sei,mas não queria deixá-la.
Jonathan: Será apenas uma saída para jantar,amor.
Martha: Ok,nós sairemos para jantar.
Jonathan:
ALGUMAS HORAS DEPOIS
Clark: E agora?
Pete: Eu vou para casa.(olhando por relógio).
Clark: Nossa! Está tarde.
Pete: Sim.
Ethan: Olá!
Clark: Delegado Ethan.(se levantando). O que aconteceu?
Ethan: Nell e o senhor Gabe Sullivan telefonaram para mim.
Clark: Por quê?
Ethan: Dando queixa de desaparecimento de Lana.
Clark: Quê? Lana desapareceu?
Ethan: Sim,ela disse a Nell que sairia para dar uma volta e depois passaria aqui,você a notou estranha?
Clark: Ela não passou aqui,delegado.
Ethan: Ela não passou por aqui?
Clark: Não!
Ethan: Ok,eu vou acionar aos outros policiais para começarmos a procurar.
Clark: Sim.(sentando). Aonde ela pode está?
Pete: Não sei.
Clark: Será que ela foi sequestrada?
Pete: Não vamos pensar em coisa ruim,Clark.
UMA HORA DEPOIS
Pete: Clark!(olhando o amigo). Pára um pouco.
Clark: Não consigo,Pete,estou muito preocupado.
Pete: Eu sei,também estou preocupado com ela,mas não podemos fazer nada.
Clark: Aonde ela pode estar? Será que foi sequestrada ou até pior... será que a mataram?
Pete: Clark! Você está sendo muito exagerado,lembre-se que ela se mudou a pouco tempo para cidade e que quase não conhece nada,ela deve está perdida.
Clark: Mas ela já teria pedido ajuda para alguém,Pete.
Martha: Clark!(entrando em companhia do marido). O que faz acordado?
Jonathan: Nós falamos que era para você ir se deitar cedo.
Clark: Eu pretendia ir me deitar cedo,mas fui atrapalhado.
Martha: Por Pete?
Pete: Não! Eu estava indo para casa quando o delegado Ethan apareceu aqui.
Jonathan: O que aconteceu?(vendo o filho caminhar de um lado para outro).
Pete: Lana disse a tia que daria uma volta e depois passaria aqui.
Martha: E?
Pete: E até agora,ela ainda não voltou para casa e nem passou por aqui,o Clark está achando que ela pode ser sido sequestrada.
Clark: Ela também já pode estar morta.
Pete: Não seja exagerado.
Clark: Não estou sendo exagerado.
Pete: Bom,eu vou para casa,agora,seus pais chegaram e te seguram em casa.
Clark: Engraçado!(caminhando de um lado para outro).
NO DIA SEGUINTE
Martha: Bom dia!(descendo em companhia do marido).
Clark: Bom dia!
Martha: Conseguiu dormir?
Clark: Não!
Jonathan: Como você vai para escola?
Clark: E quem disse que eu irei para escola?(olhando seriamente para o pai). Eu vou sair para procurar a Lana.
Jonathan: Clark! Você nem sabe por onde começar a procurar.
Clark: Eu sei disso,pai,mas,eu já passei a noite preocupado com este sumiço da Lana.(saindo).
Martha: Clark!(gritando).
Jonathan: Já foi.(olhando pela janela).
Martha: Será que ele a acha?
Jonathan: Acho que não.
Martha:
Jonathan: Por quê ele é tão teimoso?
Martha: Quer mesmo que eu responda?
Jonathan: Não precisa.(beijando-a).
Martha: Eu te amo.
Jonathan: Eu também te amo,meu amor.(agarrando a esposa).
Julia: Mamãe!(descendo as escadas).
Jonathan: Oi,princesa.(pegando a filha no colo).
Martha: Ela ainda está com febre.(colocando a mão na filha).
Jonathan: Até eu sei que isso não é normal.
Martha: Vou telefonar por médico dela em Metropolis.
Julia: Ai.(colocando a mão na barriga).
Jonathan: Está doendo a barriga?
Julia: Não,papai,osa.
Jonathan: Está com coceira?
Julia: Sim.
Jonathan: Deixa o papai ver.
Julia: Sim.(levantando a camisa).
Jonathan: Martha!(olhando para a filha).
Martha: Meu Deus!(olhando a barriga da filha). Isso é catapora.
Jonathan: Catapora dar febre?
Martha: Sim,amor.
Jonathan: Hiramzito e Kellyn já tiveram?
Martha: Não!
Jonathan: E isso é contagiosa?
Martha: É,um pouco.
Jonathan: Adulto pode pegar?
Martha: Não! Você já deve ter tido quando criança.
Jonathan:
Martha: Você não precisa ficar tão alarmado.
Jonathan: Eu não estou alarmado.
Martha: Está!
NO CEMITÉRIO
Clark: Lana!(correndo até um tumulo). Lana,fala comigo.
Lana: Clark!(assustada). O que foi?
Clark: Lana!(abraçando a namorada). Todos estavamos preocupado com você.
Lana: Por quê?
Clark: Você disse a sua tia que sairia para dar uma volta e depois passaria lá em casa,ela chamou a polícia.
Lana: Acho que peguei no sono sem perceber.
Clark: Vem!(levantando). Eu vou te levar por hospital.
Lana: Não precisa,Clark,eu estou bem.
Clark: Não ficarei tranquilo até que você seja examinada por um médico.
Lana: Obrigada por ser preocupar comigo.
Clark: Sou seu namorado,sempre me preocuparei com você.
Lana:
UMA HORA DEPOIS NO SMALLVILLE MEDICAL CENTER
Ethan: Clark!(se aproximando).
Clark: Oi,delegado.
Ethan: Aonde você a encontrou?
Clark: Ela estava no cemitério.
Ethan: No cemitério?
Clark: É,ela disse que tinha ido para ver o tumulo dos pais e que sem querer pegou no sono.
Ethan: Eu posso falar com ela?
Clark: O médico está examinando ela.
Nell: Clark!(se aproximando). Aonde está a Lana?
Clark: O médico está examinando ela,Nell.
Martha: Clark!(se aproximando em companhia do marido). O que faz aqui?
Clark: Achei a Lana e a trouxe para cá.
Jonathan: Ela está machucada?
Clark: Não! Ela só estava se checando de dor nas costas.
Martha: Graças a Deus!
Clark: Mas,o que fazem aqui?
Martha: Apareceu manchas pelo corpo da Julinha e nós a trouxemos para Helen vê-la,ela está com catapora.
Clark: Eu já tive catapora?
Martha: Sim,quando era criança.
Clark: E a Megan?
Martha: Logo após que você.
Clark: Kellyn e Hiramzito?
Martha: Não!
Dean: Clark!(se aproximando).
Clark: Doutor!(se levantando). Como está a Lana?
Dean: Bem,eu dei um remedio para dor nas costas.
Clark: Ela precisará ficar?
Dean: Não! Ela já está liberada.
Clark: Que bom.
Nell: Lana Lang!(se aproximando). Aonde você estava?
Lana: Eu fui até o cemitério ver o tumulo dos meus pais e sem querer peguei no sono,tia.
Nell: Lana! Você enlouqueceu de dormir no cemitério?
Lana: Mas eu não dormir porque quis,sem querer,eu peguei no sono.
Nell: Fosse para casa assim que lhe começou a dar sono.
Ethan: Acho que não tenho nada a mais para fazer aqui.
Nell: Você vai ter que ficar comigo aqui na loja.
Lana: Eu preferia ir para casa e deitar na minha cama.
Nell: Não vou te deixar sozinha em casa depois disso.
Clark: Ela pode ir lá para casa e deitar na minha cama ou na cama da Megan.
Nell: Ok,eu a busco quando chegar da loja.
Clark: Sim.
Julia: Tória!
Martha: Qual história você quer?
Lana: Eu conheço uma história.
Martha: Pode contar,Lana.
Lana: "A mamãe pata tinha escolhido um lugar ideal para fazer seu ninho: um cantinho bem protegido, no meio da folhagem, perto do rio que contornava o velho castelo.
Mais adiante estendiam-se o bosque e um lindo jardim florido.
Naquele lugar sossegado, a pata agora aquecia pacientemente seus ovos. Por fim, após a longa espera, os ovos se abriram um após o outro, e das cascas rompidas surgiram, engraçadinhos e miúdos, os patinhas amarelos que, imediatamente, saltaram do ninho.
Porém um dos ovos ainda não se abrira; era um ovo grande, e a pata pensou que não o chocara o suficiente.
Impaciente, deu umas bicadas no ovão e ele começou a se romper.
No entanto, em vez de um patinho amarelinho saiu uma ave cinzenta e desajeitada. Nem parecia um patinho.
Para ter certeza de que o recém-nascido era um patinho, e não outra ave, a mãe-pata foi com ele até o rio e o obrigou a mergulhar junto com os outros.
Quando viu que ele nadava com naturalidade e satisfação, suspirou aliviada. Era só um patinho muito, muito feio.
Tranqüilizada, levou sua numerosa família para conhecer os outros animais que viviam nos jardins do castelo.
Todos parabenizaram a pata: a sua ninhada era realmente bonita. Exceto um. O horroroso e desajeitado das penas cinzentas!
— É grande e sem graça! — falou o peru.
— Tem um ar abobalhado — comentaram as galinhas.
O porquinho nada disse, mas grunhiu com ar de desaprovação.
Nos dias que se seguiram, as coisas pioraram. Todos os bichos, inclusive os patinhos, perseguiam a criaturinha feia.
A pata, que no princípio defendia aquela sua estranha cria, agora também sentia vergonha e não queria tê-lo em sua companhia.
O pobre patinho crescia só, malcuidado e desprezado. Sofria. As galinhas o bicavam a todo instante, os perus o perseguiam com ar ameaçador e até a empregada, que diariamente levava comida aos bichos, só pensava em enxotá-lo.
Um dia, desesperado, o patinho feio fugiu. Queria ficar longe de todos que o perseguiam.
Caminhou, caminhou e chegou perto de um grande brejo, onde viviam alguns marrecos. Foi recebido com indiferença: ninguém ligou para ele. Mas não foi maltratado nem ridicularizado; para ele, que até agora só sofrera, isso já era o suficiente.
Infelizmente, a fase tranqüila não durou muito. Numa certa madrugada, a quietude do brejo foi interrompida por um tumulto e vários disparos: tinham chegado os caçadores!
Muitos marrequinhos perderam a vida. Por um milagre, o patinho feio conseguiu se salvar, escondendo-se no meio da mata.
Depois disso, o brejo já não oferecia segurança; por isso, assim que cessaram os disparos, o patinho fugiu de lá.
Novamente caminhou, caminhou, procurando um lugar onde não sofresse.
Ao entardecer chegou a uma cabana. A porta estava entreaberta, e ele conseguiu entrar sem ser notado. Lá dentro, cansado e tremendo de frio, se encolheu num cantinho e logo dormiu.
Na cabana morava uma velha, em companhia de um gato, especialista em caçar ratos, e de uma galinha, que todos os dias botava o seu ovinho.
Na manhã seguinte, quando a dona da cabana viu o patinho dormindo no canto, ficou toda contente.
— Talvez seja uma patinha. Se for, cedo ou tarde botará ovos, e eu poderei preparar cremes, pudins e tortas, pois terei mais ovos. Estou com muita sorte!
Mas o tempo passava, e nenhum ovo aparecia. A velha começou a perder a paciência. A galinha e o gato, que desde o começo não viam com bons olhos recém-chegado, foram ficando agressivos e briguentos.
Mais uma vez, o coitadinho preferiu deixar a segurança da cabana e se aventurar pelo mundo.
Caminhou, caminhou e achou um lugar tranqüilo perto de uma lagoa, onde parou.
Enquanto durou a boa estação, o verão, as coisas não foram muito mal. O patinho passava boa parte do tempo dentro da água e lá mesmo encontrava alimento suficiente.
Mas chegou o outono. As folhas começaram a cair, bailando no ar e pousando no chão, formando um grande tapete amarelo. O céu se cobriu de nuvens ameaçadoras e o vento esfriava cada vez mais.
Sozinho, triste e esfomeado, o patinho pensava, preocupado, no inverno que se aproximava.
Num final de tarde, viu surgir entre os arbustos um bando de grandes e lindíssimas aves. Tinham as plumas alvas, as asas grandes e um longo pescoço, delicado e sinuoso: eram cisnes, emigrando na direção de regiões quentes. Lançando estranhos sons, bateram as asas e levantaram vôo, bem alto.
O patinho ficou encantado, olhando a revoada, até que ela desaparecesse no horizonte. Sentiu uma grande tristeza, como se tivesse perdido amigos muito queridos.
Com o coração apertado, lançou-se na lagoa e nadou durante longo tempo. Não conseguia tirar o pensamento daquelas maravilhosas criaturas, graciosas e elegantes.
Foi se sentindo mais feio, mais sozinho e mais infeliz do que nunca.
Naquele ano, o inverno chegou cedo e foi muito rigoroso.
O patinho feio precisava nadar ininterruptamente, para que a água não congelasse em volta de seu corpo, criando uma armadilha mortal. Mas era uma luta contínua e sem esperança.
Um dia, exausto, permaneceu imóvel por tempo suficiente para ficar com as patas presas no gelo.
— Agora morrerei — pensou. — Assim, terá fim todo meu sofrimento.
Fechou os olhos, e o último pensamento que teve antes de cair num sono parecido com a morte foi para as grandes aves brancas.
Na manhã seguinte, bem cedo, um camponês que passava por aqueles lados viu o pobre patinho, já meio morto de frio.
Quebrou o gelo com um pedaço de pau, libertou o pobrezinho e levou-o para sua casa.
Lá o patinho foi alimentado e aquecido, recuperando um pouco de suas forças. Logo que deu sinais de vida, os filhos do camponês se animaram:
— Vamos fazê-lo voar!
— Vamos escondê-lo em algum lugar!
Contos, fabulas e historinhas: O Patinho Feio
E seguravam o patinho, apertavam-no, esfregavam-no. Os meninos não tinham más intenções; mas o patinho, acostumado a ser maltratado, atormentado e ofendido, se assustou e tentou fugir. Fuga atrapalhada!
Caiu de cabeça num balde cheio de leite e, esperneando para sair, derrubou tudo. A mulher do camponês começou a gritar, e o pobre patinho se assustou ainda mais.
Acabou se enfiando no balde da manteiga, engordurando-se até os olhos e, finalmente se enfiou num saco de farinha, levantando uma poeira sem fim. br> A cozinha parecia um campo de batalha. Fora de si, a mulher do camponês pegara a vassoura e procurava golpear o patinho. As crianças corriam atrás do coitadinho, divertindo-se muito.
Meio cego pela farinha, molhado de leite e engordurado de manteiga, esbarrando aqui e ali, o pobrezinho por sorte conseguiu afinal encontrar a porta e fugir, escapando da curiosidade das crianças e da fúria da mulher.
Ora esvoaçando, ora se arrastando na neve, ele se afastou da casa do camponês e somente parou quando lhe faltaram as forças.
Nos meses seguintes, o patinho viveu num lago, se abrigando do gelo onde encontrava relva seca.
Finalmente, a primavera derrotou o inverno. Lá no alto, voavam muitas aves. Um dia, observando-as, o patinho sentiu um inexplicável e incontrolável desejo de voar.
Abriu as asas, que tinham ficado grandes e robustas, e pairou no ar. Voou. Voou. Voou longamente, até que avistou um imenso jardim repleto de flores e de árvores; do meio das árvores saíram três aves brancas.
O patinho reconheceu as lindas aves que já vira antes, e se sentiu invadir por uma emoção estranha, como se fosse um grande amor por elas.
— Quero me aproximar dessas esplêndidas criaturas — murmurou. — Talvez me humilhem e me matem a bicadas, mas não importa. É melhor morrer perto delas do que continuar vivendo atormentado por todos.
Com um leve toque das asas, abaixou-se até o pequeno lago e pousou tranqüilamente na água.
— Podem matar-me, se quiserem — disse, resignado, o infeliz.
E abaixou a cabeça, aguardando a morte. Ao fazer isso, viu a própria imagem refletida na água, e seu coração entristecido deu um pulo. O que via não era a criatura desengonçada, cinzenta e sem graça de outrora. Enxergava as penas brancas, as grandes asas e um pescoço longo e sinuoso.
Ele era um cisne! Um cisne, como as aves que tanto admirava.
— Bem-vindo entre nós! — disseram-lhe os três cisnes, curvando os pescoços, em sinal de saudação.
Aquele que num tempo distante tinha sido um patinho feio, humilhado, desprezado e atormentado se sentia agora tão feliz que se perguntava se não era um sonho!
Mas, não! Não estava sonhando. Nadava em companhia de outros, com o coração cheio de felicidade.
Mais tarde, chegaram ao jardim três meninos, para dar comida aos cisnes.
O menorzinho disse, surpreso:
— Tem um cisne novo! E é o mais belo de todos! E correu para chamar os pais.
— É mesmo uma esplêndida criatura! — disseram os pais.
E jogaram pedacinhos de biscoito e de bolo. Tímido diante de tantos elogios, o cisne escondeu a cabeça embaixo da asa.
Talvez um outro, em seu lugar, tivesse ficado envaidecido. Mas não ele. Seu coração era muito bom, e ele sofrera muito, antes de alcançar a sonhada felicidade."
Autor(a): KentOTooleSchneider
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 50
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annetteotoole Postado em 13/04/2014 - 11:43:17
postei em ''smallville''
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annetteotoole Postado em 13/12/2013 - 00:15:50
postei em ''smallville''
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annetteotoole Postado em 05/10/2013 - 16:39:05
postei 2 capitulos em ''smallville''
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spaniccolunga Postado em 27/09/2013 - 20:47:57
posta mais! posta tb nas webs de a usurpadora
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annetteotoole Postado em 27/09/2013 - 20:12:47
postei em ''smallville''
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quimicavivi Postado em 01/09/2013 - 23:24:00
amei amei amei amei muito curiosa posta mais mais
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annetteotoole Postado em 01/09/2013 - 20:50:41
postei em ''smallville''
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annetteotoole Postado em 24/08/2013 - 17:05:20
postei 2 capitulos em ''smallville''
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annetteotoole Postado em 17/08/2013 - 15:24:52
postei em ''smallville''
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quimicavivi Postado em 10/08/2013 - 23:21:36
amei amei amei amei