Fanfic: Vida Injusta | Tema: One Direction
Sou Alyh Laphaetty, tenho dezoito anos e segundo a escola em que eu estudo, sou uma patricinha, metida, fútil e falsa, mas que reina lá. Eu não sou a filha biológica de Bree e Phill Laphaetty, fui adotada aos 10 anos de idade.
Eu tinha um melhor amigo no Internato e provavelmente um primeiro amor. Lou e eu estávamos sempre juntos, eu estava no internato desde que me conhecia por gente, e ele chegou quando eu tinha cinco anos, e ele oito.
Ele me protegia, e dizia que me amava que sempre ia cuidar de mim. No meu aniversário de nove anos, ele foi embora. Lou foi adotado, Lou me abandonou, Lou se esqueceu de mim.
Eu tinha acabado de chegar da escola, liguei a televisão e estava dando um clipe de uma musica que eu adorava. Senti uma lágrima solitária rolar por minha bochecha, rapidamente a limpei. Eu não podia chorar ali. Eu não choro. Eu sou a Alyh fria e forte que todos conhecem. Sou aquela que não se abala por nada.
Escutei meu pai me chamar pelo interfone. Sim tinha um interfone no meu quarto. Gritei que já tava indo, eu não tenho saco pra estar apertando aquele botãozinho.
-Filha nós vamos passar quatro semanas em Londres, então arrume suas malas, a gravadora ta exigindo minha presença lá para arrumar uns papéis, por as coisas em ordem. –Disse meu pai. Ele é dono de uma gravadora em Londres.
-LONDRES! –Gritei, batendo palmas, e indo correndo para o meu quarto.
Fiz minhas malas, minha mãe apareceu no quarto dizendo que embarcaríamos naquela noite. Liguei para minhas amigas e avisei que iria viajar e que traria um presente para elas.
Logo já estávamos no aeroporto, prontos para embarcar. Eu odeio avião, então tomei alguns calmantes e dormi a viagem inteira. Não iriamos ficar especificamente em Londres, iriamos ficar em Brighton, uma praia perto de Londres, meu pai tem uma casa lá.
Assim que chegamos, meus pais ficaram ali fora, cada um falando no seu celular, e eu segui para dentro de casa. Assim que abri a porta, fui direto ao meu quarto. A casa tinha três andares, no primeiro ficava cozinha, sala de estar, de jantar e de jogos, e um lavabo, no segundo ficava o meu quarto no fim do corredor, e mais seis quartos de hóspedes, um na frente do outro. E por fim, meus pais tinham um andar todo para eles.
Quando cheguei na frente do meu quarto, vi a porta entreaberta, e a fechadura estraçalhada. Larguei a Fluffy no chão e corri para até onde o meu pai estava, quando passei pela sala de jogos, vi uns meninos ali, jogando videogame.
-QUEM SÃO AQUELES MENINOS NA NOSSA CASA? –Gritei, chamando a atenção dos meus pais. –E O QUE FIZERAM COM A PORTA DO MEU QUARTO?! –Continuei gritando histericamente.
-Filha nós... –Começou meu pai.
-Meu amor, como temos a casa muito grande, cinco meninos que tem contrato com a gravadora do seu pai moram aqui. –Explicou minha mãe.
-E A PORTA DO MEU QUARTO? POR QUE TA ARROMBADA?
-Arrombada?
-Er... Desculpa, eu tropecei num sapato e caí com tudo por cima dela. –Disse um menino com cachinhos.
-PAPAI! TEM QUE PUNI-LO! –Sim, eu ainda gritava.
-Filha acalme-se. Então rapaz, terei que punir você e seus amigos, e a Alyh irá escolher a punição. –Falou meu pai, me olhando.
-Hm... Passar o dia no shopping comigo! –Falei, batendo palmas, amo shopping.
-Ah, isso é moleza. –Disse um menino de topete.
-Se você acha... –Falei, subindo, pegando a minha gatinha, a Fluffy, colocando na sua bolsa, e chamando os meninos para irem ao shopping.
Assim que chegamos, eu já entrei na primeira loja que vi, comprei muitas coisas, afinal, esse é o bom motivo de ter saldo ilimitado no cartão de crédito.
-Meus pés já estão doendo. –Disse o menino do topete.
-Eu tô com dor de cabeça. –Falou o dos cachinhos.
-E eu tô com fome. –Foi o loirinho que disse.
-Segure a Fluffy! –Entreguei a bolsa da minha gatinha pro menino ao meu lado, um dos olhos imensamente azuis, que já segurava várias sacolas.
Vi um monte meninas correndo até nós, pedi para que meus seguranças as barrassem, elas gritavam o nome dos meninos que estavam comigo.
-Vocês não vão até elas. –Eu disse, quando eles fizeram menção de se aproximar.
-Mas são nossas fãs! –Disse o menino do olho azul
-Hoje vocês são meus. –Eles não contestaram, apenas fizeram cara feia.
Ficamos mais umas três horas no shopping, comemos alguma coisa, e fomos para casa. Assim que chegamos, os meninos foram para o quarto deles, mas antes largaram as compras no meu quarto.
Desfiz minhas malas, arrumei as roupas novas no closet, a porta do meu quarto já estava arrumada, meus pais disseram que iam ir para Londres, e que a noite já estavam de volta.
Uma hora depois que eles saíram, começou uma tempestade horrível, e eles ligaram dizendo que iriam ficar por lá, e que voltariam amanha a noite. Fui para meu quarto, tomei um banho, fiz minha higiene pessoal e tirei as lentes de contato.
Não, eu não uso óculos, eu tenho um olho de cada cor, nasci assim, isso se chama Heterocromia, um olho é cor de mel e o outro é azul. Eu tenho vergonha, então, desde pequena, uso lente de contato cor de mel, e coloco apenas no olho azul.
Logo eu peguei no sono, afinal, o dia tinha sido cansativo. Não vi mais os meninos o resto do dia. Eu estava tendo um sonho maravilhoso, até escutar um trovão muito alto e acordar assustada.
Eu não conseguia mais dormir, então decidi descer para tomar um pouco de água, tentei acender a luz, mas não tinha luz. Deu outro trovão e relampeou, eu olhei para a janela nessa hora, e o desenho de um corpo foi mostrado ali.
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! –Gritei, e deixei o copo cair no chão.
-Alyh tudo bem? –Chegou um dos meninos até mim, eu não consegui ver quem era, estava assustada, e a casa só era iluminada por relâmpagos.
A chuva ficou mais forte, em outro trovão, eu abracei o menino, e depois de alguns segundos, todos estavam lá embaixo. Estávamos sentados no sofá da sala de estar, jogados por lá, o sofá ficava maior então dava para praticamente deitar nele, nos espalhamos por lá e ficamos conversando.
-Alyh... Por que você gritou? –Perguntou alguém.
-Vi um corpo na janela. –Falei, fechando os olhos com força, tentando apagar a imagem da minha cabeça.
-É um assassino, ele veio nos matar! –Disse outra voz, e eu escutei o barulho de um tapa. –Doeu!
Os meninos começaram a falar sobre um show, então logo peguei no sono. Acordei, quando consegui focalizar, vi que estava deitada no peito do menino dos olhos azuis, e os outros estavam, ou dormindo no chão, ou atirados nos sofás.
Levantei e fui ao banheiro, ainda não tinha luz. O dia estava feio, um dia cinza e fazia frio lá fora. Escovei meus dentes praticamente de olhos fechados, eu estava cansada por causa da noite mal dormida. Passei as mãos no cabelo e voltei para a sala.
-Alyh tudo bem? –Perguntou o menino dos cachinhos.
-Tudo sim, por quê? –Não entendi a pergunta.
-Seu olho ele... –AI MEU DEUS EU ME ESQUECI DA LENTE!
Corri para o banheiro com as mãos nos olhos, corri para o banheiro do meu quarto né. Quando cheguei lá, coloquei a lente no olho azul, e então parei para me ver no espelho, ver se estava tudo certinho.
-Alyh desculpa... Eu... Eu não queria te envergonhar... Seu olho é lindo! –Ele disse, entrando no meu quarto.
-Tudo bem... Eu não gosto, mas obrigada.
Descemos, sentei no sofá da sala, todos ainda estavam do mesmo jeito despreocupado, e alguns voltaram a dormir.
-Vocês são os primeiros, além dos meus pais, que me viram sem a lente. –Falei.
-Você é linda Alyh, seu olho é lindo! Diferente! –Disse o menino dos olhos azuis.
-Quem me dera ter os olhos iguais aos seus. –Falou o menino do topete, e riu em seguida.
-Não te incomoda essa lente? –Perguntou o cachinho.
-Um pouco, mas eu já me acostumei.
-Tira ela Alyh, você fica mais linda sem ela!
Então convencida, voltei para o quarto e tirei a lente. Quando cheguei na sala, evitava ao máximo ter contato visual com os meninos, mas com o passar dos minutos, até esqueci. Às vezes eu olhava para o menino dos olhos azuis, e ele parecia muito distante, pensativo.
Recebi uma ligação dos meus pais dizendo que já estavam chegando, que não iam ter que ficar até a noite. Não demorou muito, e eles chegaram. Disseram que iam até o orfanato fazer uma doação, e me convidaram para ir junto.
Claro que eu aceitei, eu gostava de voltar ao orfanado do qual eu vim, rever as pessoas que trabalhavam lá. Os meninos quiseram ir junto, eu finalmente descobri os nomes deles.
O menino dos cachinhos era Harold, mas seu apelido era Harry, o dos olhos azuis se chamava Louis. O loirinho era o Niall, e o do topete Zayn, por fim o fofinho dorminhoco era o Liam.
Devidamente prontos, fomos todos para o orfanato. Quando chegamos lá, percebi o Louis um pouco inquieto, mas decidi não perguntar nada. Meus pais foram até o escritório da diretora, e eu fui olhar um dos diversos murais espalhados pelos corredores.
Neles tinham diversas fotos de várias crianças que tinham passado por lá, e que foram adotadas. Eu olhava um mural, os meninos olhavam todos juntos, outro.
Então meus olhos encontraram o meu Lou na foto, eu não sabia o verdadeiro nome dele, sempre o chamei de Lou. Passei meu dedo na fotografia, mais especificamente no rosto dele, lembrando das coisas que passamos juntos, e do quanto ele me fez falta.
Senti uma lágrima solitária correr por minha bochecha, limpei-a, e continuei lembrando. Os meninos mudaram de mural, foram para outro, o que tinha somente fotos de meninas.
Eu estava chegando perto deles, então escutei uma conversa.
-Quem é essa que você tanto olha Lou? –Perguntou Harry.
-Essa é a Alyssa... A minha Alyssa... –Respondeu, acariciando a foto e sorrindo triste.
-Sua amiga antes de você sair daqui? –Dessa vez foi Liam.
-Meu primeiro amor cara. Eu amava essa menina, e tive que ir embora!
-Ah Louis para de gayzisse! –Falou Zayn.
-Minha loirinha, como eu sinto sua falta. –Disse Louis para a foto.
Senti uma pontada no peito, então percebi que ali estava o meu Lou. Aquele menino dos olhos azuis me era conhecido. Era ele o meu primeiro amigo, o meu primeiro amor de infância, foi com ele que eu descobri a felicidade, apesar de não ter meus pais naquela época, e de ser apenas uma menininha órfã, ele me fazia feliz todo o dia, ele me amava. Eu não sabia o que fazer, então reagi por impulso.
Autor(a): Isa
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