Fanfics Brasil - 1 – Somewhere Back In Time Moonlight

Fanfic: Moonlight | Tema: Iron Maiden


Capítulo: 1 – Somewhere Back In Time

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Steve e Samantha se conheciam realmente há muito tempo, a amizade entre eles tinha um pouco mais de doze anos.


                Eles se conheceram quando a banda do Steve, o Iron Maiden, ia gravar seu primeiro álbum. Por felicidade, e quem sabe até mesmo destino,  o pai de Samantha foi um dos poucos empresários que se arriscaram na empreitada de investir no Maiden quando eles eram apenas uma banda que tocava em bares. Mas a maior parte do esforço de Christian foi devido à sua amizade com o empresário da banda, Rod Smallwood.


                No dia de lançamento do CD do Iron Maiden Christian compareceu, levando consigo sua filha mais velha que o havia aperreado muito para ir também. Como quase sempre fazia o gosto da sua filha, ele apenas concordou em levá-la junto.


 


                Christian apesar de parecer um homem feliz, e que tudo que ele quer ele consegue, já havia sofrido muito na vida. Mas ele, junto com sua filha, já tinha passado por muitas coisas ruins, que a maioria das pessoas não conseguiriam se reerguer. O marco mais difícil pra eles foi a morte de Elisabeth, mãe de Samantha e esposa de Christian.


                A história de Elisabeth é curta, mas de suma importância, pois muito do que ela foi define o que Samantha é agora. Elisabeth e Christian se apaixonaram ainda jovens, e rapidamente se casaram, o amor era mais forte do que qualquer outra coisa na época para esses dois jovens amantes. Só que tudo mudou quando entrou a terceira incógnita da equação, Samantha.


                Assim que ficou sabendo da gravidez Elisabeth mudou seu jeito de ser, ela ficou mais quieta, mais fria. E foi assim durante todos os 9 meses da gestação. Christian achou que era normal, já que era o primeiro filho deles, e que eram tão novos, Christian tinha apenas 22 anos e Elisabeth 24. Só que as coisas não mudaram depois que Samantha nasceu.


                Elisabeth não aceitava Samantha como sua filha, ela cuidava, e tentava dar amor a pequena menina, porém ela não a amava realmente, mesmo que tentasse, ela não conseguia.


                Os anos se passaram... Quando Samantha completou 6 anos as coisas em sua casa não estavam nada boas, o seu pai trabalhava muito para conseguir dar à família tudo que precisavam, e sua mãe a rejeitava, não como antes, agora estava pior, Elisabeth sequer conseguia olhar para a pequena Samantha, e quando olhava não conseguia disfarçar seu nojo.


                Samantha tentava entender o porquê de sua mãe ser assim, sempre que ia dormir na casa de sua amiga Rose ela via como a mãe de Rose a tratava e comparava com sua mãe. Não tinha como. Elisabeth para Samantha estava assim como a madrasta de Branca de Neve estava para a própria Branca de Neve.


                Os dias foram passando, até que inexplicavelmente Elisabeth entrou no quarto de Samantha, deu poucos passos e se agachou diante da pequena menina loira, abriu um sorriso sincero e afagou a bochecha dela. Isso por alguns momentos lembrou a mãe de Rose à Samantha, só que a vida não era tão boa assim.


                Elisabeth ficou fria novamente e se afastou de Samantha, ela bufou e começou a falar com um ar de desprezo.


                “Samantha querida, eu nunca quis ser mãe sabe? Não. Na verdade eu quis, quando era mais moça eu queria ser mãe. Só que quando você nasceu eu simplesmente vi que não era pra ser. Se fosse pra eu ter um filho, com toda certeza não seria você...”.


                Cada palavra dita por Elisabeth atingia Samantha como uma facada, ela tentava não chorar, tinha aprendido com o pai a não demonstrar sua fraqueza nos piores momentos, mas aquilo ali era demais pra ela simplesmente conter.


                “... eu me sinto inútil, mais que o normal.” – Elisabeth tomou fôlego e continuou. – “Tem pessoas que nascem com o dom, tem pessoas que nascem sem dom, mas são esforçadas e conseguem se dar bem, e tem pessoas que nascem sem dom e mesmo se esforçando não conseguem fazer nada. Eu sou uma dessas pessoas do último grupo. Não tenho certeza se você é ou não, mas se for, espero que use o meu exemplo para fazer o certo.”.


                Dito essas palavras Elisabeth sorriu para a pequena menina loira à sua frente em prantos, e em seguida cortou sua garganta, fazendo com que sua vida acabasse diante os olhos dela.


                Samantha entrou em estado de choque, e em seguida, desespero. Não vinha nada em sua mente a não ser “foi por minha causa que minha mãe morreu”. Após muito chorar ela respirou fundo e cambaleou até Elisabeth, onde pegou a mesma faca usada por sua mãe e começou a se cortar.


                No início com pequenos cortes rasos, mas com o tempo a raiva de si foi fluindo e cada vez ela foi se cortando mais fundo, até perder tanto sangue e ficar inconsciente.


                Quando Christian chegou em casa nesse dia ele entrou em desespero, ligou pra ambulância assim que viu o corpo das duas mulheres de sua vida no chão, imóveis. Quando os paramédicos chegaram conseguiram salvar a menina, porém não tinha mais jeito para sua esposa.


                No outro dia, quando Samantha acordou, ela perguntou ao seu pai se tudo não havia passado de um pesadelo, infelizmente seu pai não pôde confirmar. Christian teve que explicar tudo que havia acontecido, que por causa de uma “Depressão Pós Parto” que perdurou por 6 anos sua mãe nunca havia a amado e se matado.


                Mas isso são águas passadas, marcas profundas na história de ambos. Mas nada que pudesse parar esses dois ingleses.


                Christian se casou novamente, dessa vez com Brenda, uma inglesa 7 anos mais nova que ele. Brenda foi recebida de braços abertos por Samantha, que pela primeira vez entendeu o que “amor de mãe” significava.


 


                Christian apresentou a todos da banda e a todos seus  amigos sua filha, seu orgulho, e todos foram bem simpáticos com ela. Mas teve uma pessoa que se sobressaiu.


- Então quer dizer que seu nome é Samantha? – Um moreno não muito alto falou com um sorriso nos lábios.


                Samantha que sempre foi de falar pouco com pessoas que não conhecia se contentou em apenas balançar a cabeça de forma positiva.


- Meu nome é Stephen, mas pode me chamar Steve. – O mesmo moreno, agora conhecido como Steve prosseguiu, ainda com o mesmo sorriso nos lábios.


- Prazer. – Samantha falou acanhada.


- Você toca algum instrumento Sam? – Steve perguntou animado.


- Meu pai quer que eu toque piano, só que eu não gosto muito... – Samantha chegou perto do ouvido de Steve e sussurrou. – Eu sei tocar guitarra, só que meu pai não pode saber disso.


                Steve riu e abraçou a menina. Não a conhecia, mas sabia que tinha algo nela, um carisma que o chamava atenção.


- Eu não gosto muito de tocar guitarra, mas se quiser, eu te ensino a tocar baixo. – Ele sussurrou de volta no ouvido de Samantha.


                Samantha se afastou e olhou nos olhos de Steve, ficou um bom tempo olhando pra eles, tentando entender se ele estava falando por brincadeira ou se era de verdade. Como dizem que os olhos são o espelho da alma, ela viu que Steve estava falando sério.


- Eu quero. – Samantha falou animada.


                Foi nesse mesmo tempo que Christian chegou.


- Estou percebendo que estão se dando bem hein? – Christian falou bagunçando o cabelo de sua filha.


- Uhum. O Steve é legal pai! – Samantha falou empolgada, olhando pra seu pai.


- Ela tem quantos anos Sr. Lewis? – Steve falou com seu sorriso típico.


- Ela tem 14 anos. Nem parece né? – Christian falou com um sorriso orgulhoso.


                Samantha lançou um olhar furtivo ao pai, repreendendo-o por insinuar que ela parecia ser mais nova.


- Não, ela parece ser mais nova, uma bebezinha. – Steve falou, em seguida piscou pra Samantha.


- E você Steve, tem quantos anos? – Samantha falou, agora sem nenhum resquício de timidez.


- Eu sou um pouquinho mais velho que você Sam, eu tenho 24. – Steve falou, bagunçando levemente o cabelo de Samantha.


                Depois desse pequeno diálogo Samantha e Steve mal sabiam, mais estavam criando um laço mais forte do que qualquer outra coisa. Cada vez foram se aproximando mais, conhecendo mais um do outro, até ficarem mais próximos e íntimos um do outro do que qualquer outra pessoa.



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Autor(a): Rivah

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