Fanfic: Es todo sobre el dinero ~AyA [adp-finalizada] | Tema: Ponny

Os dias passavam rapidamente, já fazia um mês e meio que Anahí e Ian estavam em Londres, Pollito ainda se afirmava heterossexual e meu relacionamento com Ucker estava bem. Não estávamos namorando, apenas “nos conhecendo” como ele disse uma vez. Mas isso não impedia que crises de ciúmes – de ambos os lados – surgissem, e, junto com elas, as brigas, como a que havia acabado de acontecer.
- Problemas no paraíso? – Pollito zombou quando cheguei batendo a porta de casa.
- Não começa.
Ele só ficou me olhando, esperando as lágrimas que eu ficava segurando e soltava quando chegava em casa. Eu sempre prometia não chorar mais, mas era em vão, eu era uma manteiga derretida.
- Pelo menos você não terá que ligar para a Any dizendo que já não estão mais brigados. – ele disse.
- Nem me lembre. – eu disse. – Foi por isso que brigamos, por eu ficar contando o que acontece para a Any.
- Brigaram porque você disse para a Any que estão juntos?
- Foi. – sentei no sofá e respirei fundo soltando em seguida. As lágrimas começaram a escorrer. – Ele é tão...tão...tão possessivo! – lutei com as palavras. – Ele não consegue entender que somos amigos, digo eu, você e a Any. E que não temos segredos.
- Certas coisas são boas para manter em segredo. – Pollito me disse. Percebi que ele se arrependeu logo depois que o olhei furiosamente. – Desculpe.
- O problema não é isso. É que ele quer que seja completo segredo o que está acontecendo entre nós, igual à última vez. E eu não vou correr o risco novamente.
- Dul, contar para nós o que está acontecendo não impedirá que o passado aconteça novamente. – ele me disse.
- Não. Vai. Acontecer. – eu disse entre dentes.

POV Anahí

Poncho e eu estávamos voltando de Londres. A viagem de volta parecia estar acontecendo rápido demais, o final estava há alguns minutos apenas, algumas horas.
Eu havia ligado para a Dulce, avisando da nossa volta e da futura conversando, ela me prometera que estaria no apartamento esperando juntamente com Pollito.
- Você está bem? – Poncho me perguntou ao meu lado. Eu não poderia nem inventar um medo de avião, ele sabia que eu não tinha medo.
- Apenas triste por voltar. Londres estava bom. – A noite passada fora tão boa. Pensei comigo mesma.
- Podemos voltar outras vezes. – ele me disse.
- É, claro. – dei um sorriso fraco. Não teria outra vez. E isso doía muito.

Chegamos ao apartamento e ele estava silencioso, eu esperava que Dul e Pollito estivessem na sala, nos esperando.
- Já volto. – eu disse a Poncho.
Eles estavam no meu quarto. Me abraçaram assim que entrei. Senti as lágrimas surgindo em meus olhos, mas não permiti que escorressem, eu já choraria muito durante a conversa com Poncho.
- Estaremos aqui. – Dul disse.
- Obrigada. – sussurrei.
Poncho abriu as janelas da sala enquanto eu estava fora, uma leve brisa entrava por elas, deixando o ambiente mais fresco.
- Então, quer continuar a noite passada? – ele sorriu para mim e me abraçou.
- Poncho. – coloquei as mãos no peitoral dele, afastando-o. – Precisamos conversar.
- Pode ser depois. – ele disse beijando meu pescoço e voltando a me abraçar.
- Não, Alfonso, não pode. – eu disse com a voz firme. Agora ele se afastou e me olhou.
- O que está acontecendo?
- Alfonso eu não posso mais continuar com isso. – eu disse.
- Isso o que?
- Alfonso... – respirei fundo, procurando as palavras. Eu estava preparada para aquilo. – Eu não te amo, nunca amei.
- Como é?
- É o que você ouviu. Não te amo e nunca te amei. – eu disse. – Claro, no começo eu pensei que amava, mas a verdade é que eu apenas me sentia atraída por você, sua beleza, sua fama e seu dinheiro.
- Você não pode estar falando sério. – ele me olhava incrédulo, percebi lágrimas em seus olhos.
- Nunca falei tão sério. – eu disse. – Eu aproveitei muito bem nosso namoro, sempre me senti superior a todas, afinal eu namorava Alfonso Herrera, e ele babava por mim. Eu sempre tive você na palma da minha mão, sempre consegui fazer o que eu quisesse com você, arrancar seu dinheiro.
- Impossível, é, quero dizer, foi real.
- Real? Não para mim. Foi apenas diversão, eu só queria o seu dinheiro Alfonso. – eu disse.
- Eu não acredito. – ele me segurou pelos braços, lágrimas tomavam conta de seus olhos, ele não acreditava ainda, mas estava quase acreditando. – Diga, olhando nos meus olhos, que nunca sentiu nada por mim.
Olhei nos olhos deles, naqueles lindos olhos verdes, por um momento tive vontade de dizer que eu apenas não queria vê-lo sofrendo, queria dizer a ele que eu o amava mais que tudo e nunca queria deixar de tê-lo ao meu lado. Mas eu não podia. Reuni toda a força que eu ainda tinha e me concentrei nos olhos dele, seria difícil, mas eu diria aquilo.
- Eu não te amo, nunca te amei, e não vejo motivo algum para te amar. – eu disse, meu coração doía, e eu vi a dor atravessar os olhos dele também, assim como percebi que ele estava acreditando.
- Nunca pensei que você fosse tão materialista. – ele disse, me soltando por fim.
- Você não conhece nem metade de mim. – eu disse.
- Estou percebendo. – ele me olhou novamente. – Porque esperou tanto tempo para me dizer?
- Porque eu precisava aproveitar seu dinheiro, sua fama e brincar um pouco com você, obviamente.
- Então, isso é o fim?
- Sim, a não ser que você queira ser meu brinquedinho novamente e desperdiçar mais dinheiro comigo. – eu disse.
Ele me olhou, como se custasse a acreditar em tudo o que estava acontecendo, a dor me invadia, assim como a vontade de chorar e todos os pensamentos que rodavam em minha cabeça me dizendo que eu era a pior pessoa do mundo.
- Foi tudo por causa disso então? – ele perguntou, se referindo ao dinheiro.
- Sim, foi tudo por causa do dinheiro. – eu disse.
Poncho assentiu com a cabeça, ainda me olhando, esperando alguma reação contraria àquela, mas ele ficaria esperando.
- Acho que isso é um adeus então. – ele disse.
- Sim, adeus. – eu disse, fiquei de costas para ele, não agüentaria mais olhá-lo, as lágrimas se aventuraram por meu rosto. Ouvi ele se afastar e sair, fechando a porta atrás de si.
Eu cai no chão, soluçando furiosamente, as lágrimas escorrendo por meus olhos sem qualquer pausa, era como uma torneira aberta. Após um tempo senti o abraço de Dulce e Pollito. Eles diziam algumas palavras, deviam ser para me reconfortar, mas eu não ouvia, eu apenas ouvia a dor na voz de Ian, e, quando fechava os olhos, via sua expressão de dor. Era quase insuportável ver e ouvir tudo isso, sem contar a dor que eu sentia por ter feito isso.
- Any, nós precisamos ir. – Dulce me disse.
Não sei como eu levantei, e fui até o carro de Dulce, que estava há alguns metros de distancia. Me colocaram no banco passageiro da frente, eu não via nada, apenas chorava e ficava me lembrando do ocorrido.

POV off

Bye amores, hasta!