Fanfic: Es todo sobre el dinero ~AyA [adp-finalizada] | Tema: Ponny

Já era tarde da noite, Any dormia tranquilamente na cama que lhe pertencia – enquanto eu e a Dul pagássemos obviamente –, Dulce tinha voltado para casa, a fim de descansar e dormir um pouco, fora contra a vontade dela, mas não tinha como discutir, dois contra um, impossível de ganhar.
Dulce foi embora com a promessa de entregar a carta para Poncho. Nem eu, nem ela sabíamos o que estava escrito na carta, apesar de Any ter deixado. Dulce achou anti-ético, e eu concordei com ela, se Poncho quisesse ele mostraria para nós o conteúdo da carta.
Senti meu celular vibrar em meu bolso, olhei o relógio na parede, só podia ser Dulce. Sai do quarto e atendi.
- Porque não está dormindo? – perguntei.
- Depois de um tempo dormindo quando o sol está nascendo, você começa a perder o sono. – ela disse, podia ouvir uma música alta atrás dela.
- Onde você está?
- Festa do elenco. – ela disse como se explicasse tudo, e a verdade era que explicava. – Ucker me arrastou para cá quando soube que eu estava de volta.
- Não ligou para ele antes?
- Sim, liguei, mas liguei novamente quando cheguei aqui. – ela parecia estar se afastando do local, já que a música ficava mais baixa. – Poncho está um horror, se não fosse pelas toneladas de maquiagem que passam nele para as gravações, acho que demitiriam o coitado.
- Pior que a Any?
- Muito pior. – Dulce disse e suspirou. – Imagino como ficará quando eu entregar a carta. Aliás, isso é algo bom, eu entregar a carta ao invés de você, sou mais sensível, você sabe. – ela disse antes que eu protestasse.
- Quando você vai entregar? – perguntei ignorando a brincadeira.
- Acho que amanhã. Eu entregaria hoje, mas ele está tão feliz... – ela suspirou novamente.
- Está parecendo uma adolescente apaixonada com esse monte de suspiro.
- Cuida da sua vida. – ela resmungou. – Como a Any está?
- Bem, na medida do possível. – agora foi minha vez de suspirar. – O tratamento aparenta estar fazendo efeito, mas ela não parece feliz com isso.
- Acho que é porque ela sabe que, quando estiver curada, terá que voltar para a civilização e poderá correr o risco de encontrá-lo novamente. – Dulce disse. Pensei em suas palavras, tinham sentido.
- Acho que é por isso que, ultimamente, ela tem visitando tantos sites referentes a ele. – eu disse.
- ELA O QUE? – Dulce berrou.
- Fucei o computador dela. – eu disse. – Na verdade não fucei, apenas pedi para usar enquanto ela fazia os exames, acabei vendo o histórico dela, só tinha sites referentes à novela e a ele.
- Isso não é bom. – Dulce disse. – Pollito, eu tenho que desligar, Ucker está me procurando. Mande um beijão para a Any.
- Pode deixar, aproveite a festa. – eu disse.
- Ah! Antes que eu esqueça, Maite está solteira. E ficou interessada em um amigo meu... – Dulce disse, riu e depois desligou.
Olhei para o celular, pasmo com a notícia que Dulce me dera. Maite, meu sonho – quase secreto – de consumo, estava acessível para mim. É óbvio que ela não sabe da minha condição de totalflex – Dulce morre se contar – mas ela não precisa saber disso, só precisa saber que...
- Pollito? – a voz de Any me chamando afastou os pensamentos que invadiram minha cabeça. – Pollito, cadê você?
- Estou aqui Any. – eu disse entrando no quarto. – Sai para atender o celular.
Any olhou para o relógio na parede, e depois para a janela, revirou os olhos e deu uma risadinha; sentou na cama e dobrou as pernas, apoiando o queixo no joelho.
- O que a Dul queria?
- Saber de você. – sorri, não era uma mentira, Any não precisava saber do estado de Poncho. – Mandou um beijo.
- O que ela estava fazendo?
- Em uma festa, acho que da faculdade, não consegui entender. – Any também não sabia do namoro de Dulce com Ucker, para Any eles ainda estavam brigados desde a viagem dela para Londres com Ian, Dulce não quis desmentir. “Ela nunca me deixaria ficar aqui se eu contasse a ela a verdade” – foi o que Dulce disse para mim quando a questionei sobre isso.
- Bom saber que ela voltou a viver. – Any murmurou, revirei os olhos.
- Pare com isso, sabe que ela estava aqui por conta própria e que não liga para isso.
- Que seja. – ela bocejou. – Acho que voltarei a dormir.
- Apoio a idéia. – eu disse; Any simplesmente sorriu e voltou a deitar, dormindo em questão de segundos.