Fanfics Brasil - Capítulo XIX - Anahí Es todo sobre el dinero ~AyA [adp-finalizada]

Fanfic: Es todo sobre el dinero ~AyA [adp-finalizada] | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo XIX - Anahí

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Olhei para a janela novamente, o céu estava azul, claro e limpo, nenhuma nuvem ousava atrapalhar a perfeição daquele azul iluminado pelo amarelo do sol. Ao longe eu podia ouvir as aves piando e cantando, cada uma marcando território ou tentando achar um parceiro para o acasalamento. A leve brisa entrava pela janela e deixava o ambiente mais aconchegante e relaxado, eu suspirei, não fazia idéia do porque estar ali, mas se isso faria a Dulce e o Pollito felizes, eu faria o que fosse.
Ajeitei-me na poltrona confortável, ainda olhando para o céu lá fora, a pergunta feita rodava em minha mente, e eu tentava achar uma resposta para ela, o que estava se tornando algo difícil.
- Eu...
- Não precisa ter pressa, tenho o resto do dia, você é minha última paciente. – a terapeuta disse para mim. Ela estava sentada na poltrona que estava em minha frente, tinha as pernas cruzadas e uma prancheta apoiada na mesma. Seu nome era Maite.
Assenti com a cabeça e comecei a olhar o escritório dela, mesmo já o conhecendo de cor. Era aconchegante o local, limpo e claro. As paredes eram de cor creme, os móveis variavam em suas cores, desde o branco gelo até o marfim, a diferença entre as cores era sutil e somente alguém que ficasse muito tempo olhando notaria. A chaise longue era o móvel mais escuro – bege – ficava embaixo da janela, parecia bem aconchegante. As poltronas eram de cor marfim, uma de frente para a outra; havia também uma mesinha de centro com o tampo de vidro, apenas uma caixinha de lenço e um lixinho de mesa estavam em cima dele.
Mordi meus lábios, havia me distraído com a nova análise do consultório; a pergunta voltou a rodar na minha cabeça.
- O que você faria se ele aparecesse e pedisse desculpas? – ela havia me perguntado há uns dez minutos, ou mais, e eu ainda não conseguira responder.
Fomos aos poucos, e hoje eu finalmente contei a ela sobre o meu último encontro com Poncho – engoli minhas lágrimas – e ela resolveu me fazer essa pergunta. Eu não fazia idéia, o certo seria eu odiá-lo com todas as minhas forças – que não era muita –, mas eu não conseguia. Não tirava o direito dele de ter feito o que fez, apesar de Dul e Pollito não concordarem comigo. Mas eu o entendia, eu me coloquei no lugar dele, eu sabia da dor dele, eu sentia a dor dele.
- E o que fará com isso? – a doutora me perguntou. Eu a olhei como uma cara de interrogação, só então percebi que havia falado em voz alta meu último pensamento.
- Como assim? – perguntei. – Quero dizer, eu não posso simplesmente ligar para ele e falar: olha, me desculpa por tudo o que aconteceu, mas saiba que se você quiser me ver novamente eu aceitarei, sabe como é, eu te entendo e te desculpo por tudo.
- Obviamente que não. – Maite me disse. – E eu não te disse para fazer isso.
- Você não me disse nada. – resmunguei e depois me arrependi. – Desculpa.
- Não tem problema. – ela disse e eu assenti com a cabeça. Ela olhou o relógio no pulso dela. – Já estamos aqui há uma hora e meia, e como eu te prometi que essa seria minha última pergunta, você está liberada por hoje.
- Obrigada.
- Mas, por favor, pense no que conversamos hoje. – ela me disse.
- Pode deixar. – eu disse e me levantei. – Até semana que vem.
- Até.


Fui andando até o jardim, Dulce estava no quarto, dormindo provavelmente, e eu não queria atrapalhá-la. Pollito estava com Maite, por ordem minha obviamente.
Respirei fundo, sentindo a brisa quente passando em minha pele, misturando-se ao calor do sol e provocando uma sensação confortável em meu corpo, relaxei lentamente.
Sentei no banco mais perto, olhando os passarinhos voando ao redor, brincando e procurando comida. Sorri, queria ser um passarinho e não estar passando por aquilo tudo. É claro que eu havia melhorado significativamente nesses meses, mas o encontro com Poncho havia complicado a situação, eu comecei a piorar e a entrar em depressão; Dul e Pollito ficaram alarmados e começaram a pagar a terapia. Eu não fazia idéia de onde estava saindo o dinheiro deles, e tampouco eles me contavam, mas eu sabia que pagaria, de algum jeito eu pagaria. Comparada com algumas semanas atrás, eu estava melhorando muito, e começava a chegar perto do estágio em que eu estava antes do encontro com Poncho.
Dulce não suportava ouvir falar de Poncho, bloqueou todos os sites relacionados à série e a ele no meu notebook e disse que eu estava terminantemente proibida de pensar, falar ou procurar por ele por qualquer meio que fosse – telefone, televisão ou internet. Pollito não se pronunciou, mas eu sabia que ele concordava com ela.
Era impossível não pensar nele, impossível tentar esquecê-lo. Mesmo que tudo tenha acontecido da forma que aconteceu, mesmo que nós dois tenhamos saído chateados, eu não o odiava, e não fazia muito esforço para esquecê-lo, mesmo sabendo que não me fazia bem ficar pensando nele. Sabendo que eu não podia esquecê-lo, eu resolvi guardar tudo relacionado a ele em uma caixa em minha mente, essa caixa estava trancada e lacrada totalmente, impossível de abrir, e somente uma pessoa possuía a chave a senha para abri-la... ele.


- Finalmente! – Dulce disse quando entrei no quarto. – Achei que não voltaria nunca da terapia.
- Acabou faz um tempo, mas eu fui dar uma volta. – eu disse e ela desviou o olhar.
- O Pollito ligou. – ela disse. – Mandou beijos e disse que está com saudades.
- Obrigada. – eu disse e fui para minha cama.
- Conversei com seu médico também. – ela continuou. – Ele disse que você está muito melhor, e que só irá esperar a autorização da sua terapeuta para te dar alta.
- Hm. – murmurei.
- O Pollito ficou radiante, e disse que ia contar para a Maite, eu disse que não havia problemas, já que ela também está preocupada com você. – ela disse e não me dei ao trabalho de responder. – Ucker me ligou. – ela disse depois de um tempo, olhei para ela e vi que ela mordia o lábio.
- Para que? – perguntei.
- Você falou! – ela disse e abriu um sorriso. – Queria saber de você. O viado vadio deve ter falado com ele, sei lá...
- Legal da parte dele. – eu disse.
- É. – Dulce disse.
Ela não tentou falar novamente, ficou sentada na poltrona que havia no meu quarto, os pés apoiados na almofada, ela abraçou os joelhos, algo que ela só fazia quando não queria se magoar com algo. O arrependimento por ter feito descaso dela tomou conta de mim.
- Dul, me desculpa. – eu disse. – Não queria te magoar.
- Não tem problema. – ela disse e sorriu para mim.
O celular dela tocou, interrompendo o momento embaraçoso entre nós, ela olhou o visor e pediu licença para atender.
- É da faculdade. – ela disse.


Dul’s POV


Sai do quarto, me xingando por mentir para Any.
- Oi. – eu disse quando atendi.
- Dul? O que aconteceu? – Ucker perguntou do outro lado da linha.
- Nada de muito importante. – eu disse.
- Tem certeza?
- Tenho. – melhorei meu tom. – E ai, o que tem para me contar?
- Ah, nada de importante, só que terá uma reunião hoje entre nós do elenco e companheiros, achei que seria legal te avisar. – ele disse.
- O Pollito provavelmente vai com a Maite. – eu disse.
- Sim, ela confirmou hoje. – ele disse. – Sabe, acho que ele está fazendo muito bem a ela, Maite mudou bastante depois que começou a namorar com ele.
- Fico feliz por eles.
- Dulce, está tudo bem mesmo? – ele voltou a perguntar.
- Sim, é só dor de cabeça, cansaço... Você sabe. – eu disse.
- Você precisa dormir, vou conversar com o Pollito hoje. – Ucker disse.
- Ucker, não. – tentei argumentar. – O Pollito tem namorada, e ele tem que ficar com ela.
- Você também tem namorado. – ele disse.
- Ucker, não foi isso o que eu quis dizer. – eu disse.
- Eu sei, me desculpe. – ele pediu.
- Em breve a Any terá alta, e nós voltaremos e poderemos assumir nosso namoro. – eu disse. – Conversei com o médico dela hoje, e ele disse que está apenas esperando a autorização da terapeuta.
- Relaxa Dul. – ele disse. – Sabe que adoro sua preocupação com a Any.
- Te amo. – eu disse.
- Também te amo. – Ucker respondeu. – Amanhã eu te ligo novamente.
- Tudo bem, tchau. – eu disse.
- Tchau meu anjo. – ele respondeu.
Desliguei o celular e encostei-me à parede, escorregando até o chão, por sorte o corredor estava vazio, exceto por mim. Minha cabeça rodava e eu tentava controlar meus pensamentos e minhas emoções. Anahí precisava de mim, e eu precisava ser forte para ajudá-la. Por sorte Ucker me entendia e me apoiava, ele realmente era um namorado perfeito, e eu me perguntava como havia conseguido ficar sem ele por tanto tempo.


- Porque você ainda recebe ligações referentes à faculdade? – Anahí me perguntou quando entrei no quarto.
- Ah, não era a faculdade em si, colegas de sala, sabe? – eu disse. – Alguns ainda me questionam sobre meu sumiço.
- Entendi. – Anahí disse, mas não pareceu convencida.
Não tentei convencê-la da verdade, eu não tinha capacidade para isso no momento, minha cabeça realmente doía e eu estava cansada por passar a noite inteira acordada devido aos sonhos de Anahí, eu não perguntava sobre o que eles eram, e ela também não falava, mas me preocupava o suficiente para me fazer ficar acordada a noite inteira.



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Autor(a): GiPortilla

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Zapeei pelos canais enquanto esperava Maite ficar pronta para a festa. Nunca entendi como uma mulher conseguia demorar tanto tempo para ficar pronta, nem mesmo quando era gay. Não passava nada de interessante, deixei no canal de clipes ouvindo de longe as músicas. A conversa que eu tive com Dulce mais cedo repassava em minha cabeça de tempos em tempos. - ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • lorraynegiovanna Postado em 29/03/2013 - 19:55:07

    Se quiser dar uma olhada na minha fic, será bem vinda! :) http://fanfics.com.br/fanfic/20810/separados-unidos-pelo-segredo-aya-aya-dyu-e-m yc

  • lorraynegiovanna Postado em 29/03/2013 - 19:54:37

    Oi!! Pois é, ela ficou com ele *--* o/ Haha, também chorei . ><

  • any_kelly Postado em 17/03/2013 - 03:08:54

    Oiii leitora nova. Graças a Deus a Any sobreviveu, e ainda ficou c o Ponchito. Eu sofri c eles. A cada vez q ela choravá eu ficava triste. Até chorei no final alternativo rsrsrsrs Linda história. Amei. Parabéns a autora

  • jessikinhahot Postado em 02/03/2013 - 19:09:03

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  • jessikinhahot Postado em 02/03/2013 - 19:08:29

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  • jessikinhahot Postado em 02/03/2013 - 19:04:59

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