Fanfics Brasil - Capítulo XXII - Anahí Es todo sobre el dinero ~AyA [adp-finalizada]

Fanfic: Es todo sobre el dinero ~AyA [adp-finalizada] | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo XXII - Anahí

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Olhei para todos os cantos do meu quarto, ele estava do mesmo jeito que eu havia deixado-o alguns meses atrás. Aliás, todo meu apartamento estava exatamente do mesmo modo em que eu havia deixado, mas ainda assim parecia que faltava algo, parecia que tinha algo fora do lugar. Baixei meu olhar para a minha mesinha de cabeceira, havia um copo com água nela e uma rosa branca esta lá, ou pelo menos seu caule estava, uma vez que as pétalas haviam caído e formado um montinho ao lado do copo; um bolo se formou em minha garganta ao ver aquilo, e eu sabia o que faltava em meu apartamento. Ele faltava lá.
Deitei em minha cama, me enrolando, as lágrimas escorreram por meu rosto e fizeram cócegas, mas eu não ri, queria que ele estivesse ali, queria ter ele ali me abraçando e me dizendo que tudo iria ficar bem. Mesmo que Dulce tenha sido uma ótima amiga, era ele que eu queria ver quando acordasse no hospital, era ele que eu queria ver ao voltar de algum exame ou consulta com terapeuta. Era ele, e só ele.
Não sei quando adormeci, só sei que acordei com o cheiro de chocolate quente invadindo meu nariz, abri os olhos e os senti secos, meu rosto ainda estava estranho no caminho que as lágrimas percorreram; virei para o lado e vi Dulce ali, sentada ao meu lado.
- Não queria te acordar. – ela disse.
- Será que você nunca dorme? – perguntei, ela deu uma risadinha.
- Só queria saber como você estava. – ela disse e pegou a caneca de chocolate quente. – Fiz para você.
- Obrigada. – eu disse; me sentei na cama e a olhei. – Como ele está?
- Está melhor. – ela respondeu, não deu mais detalhes, isso me bastava. – Tem certeza que ficará bem?
- Claro, sobrevivi até agora, não?
- Porque estava dormindo. – ela disse. – Vou dormir na casa de Ucker.
- Uhum.
- Any, me desculpa, de verdade, por não ter te contado sobre o Ucker. – ela me olhou. – Eu sabia que você não iria permitir que eu ficasse lá com você todo esse tempo, mas eu precisava. Nunca agüentaria ficar todo esse tempo aqui sabendo que você estaria sozinha ali...
- Dul, relaxa. – sorri para ela. – Você foi uma ótima amiga, um tanto exagerada por ficar lá todo o tempo, mas foi bom.
- Obrigada. – ela sorriu e me abraçou. – Amanhã eu te ligo e a gente sai para almoçar em algum lugar.
- Até amanhã. – eu disse. Dulce sorriu e saiu.
Encostei-me aos travesseiros, olhando o lado vazio na minha cama; se fosse em um dia normal Poncho estaria ao meu lado, nós estaríamos contando alguma piada, ou fazendo declarações, ou simplesmente nos olhando. Até mesmo se ele soubesse tudo e tivesse ficado ao meu lado, ele estaria me mimando até que eu o mandasse ir embora, e mesmo assim ele ficaria me mimando.
Afastei as lágrimas que começaram a escorrer por meu rosto. Não estava sendo nada bom ficar ali. Decidida me levantei e troquei de roupa, colocando uma calça jeans e uma blusinha regata branca e básica, coloquei minha rasteirinha e sai para a sala. Pollito havia pedido para que eu ficasse em casa, mas eu não agüentava mais, peguei as chaves do meu carro e sai do apartamento.
As ruas estavam calmas, não havia trânsito e eu cheguei rapidamente na praia, aquela praia, a mesma que eu e Poncho íamos algumas vezes; nós gostávamos dela porque ela era quase deserta, muito útil para quando você precisasse de um momento de reflexão. Desliguei o carro, ainda era possível ver o resto da luz do sol no horizonte, respirei fundo e sai do carro, o cheiro do mar tomou conta de mim juntamente com a brisa leve que passava.
Comecei a andar pela areia, afastada da água que estava calma, o céu escurecia e a água era um espelho perfeito dele, as estrelas brilhavam e a lua começava a aparecer no horizonte. Eu conhecia o caminho para onde eu estava indo, era o lugar onde eu e Ian costumávamos ficar, ainda mais afastados das poucas pessoas que freqüentavam a praia.
Fiquei surpresa por ter relaxado mais enquanto andava pela praia, era de fato tranqüilizador e calmante ouvir as ondas batendo nas rochas ao longe. A brisa estava leve e morna, ela passava por meu corpo ajudando no processo de relaxamento.
À luz da lua, eu vi que havia alguém sentado onde, geralmente, eu e Poncho ficávamos. Suspirei desapontada por ter que ir a outro lugar, mas parei ao perceber que eu reconhecia aquela silhueta. Estaquei ao ter a certeza, ele estava lá, a brisa bagunçava os cabelos deles e ele olhava o horizonte. Como se sentisse que havia alguém o olhando, ele virou a cabeça, e seu olhar caiu sobre mim, engoli em seco. Não poderia fugir dele, principalmente quando vi a sugestão de um sorriso em seu rosto; comecei a me aproximar lentamente.
- Oi. – eu disse baixinho.
- Oi. – ele respondeu.
Sentei-me ao lado dele, um pouco afastada, e olhei para o horizonte também.
- O que está fazendo aqui? – perguntei após um tempo em silêncio.
- Pensando... – ele disse e pareceu que tinha algo mais, esperei em silêncio, apoiando o queixo em meus joelhos. – em tudo o que aconteceu.
- Hm.
- Eu fui um idiota, em pensar, ou melhor, dizer tudo aquilo para você. – ele suspirou pesadamente ao meu lado. – Você deve ter me odiado tanto, ainda deve me odiar. Principalmente quando eu reagi daquele jeito quando te vi hoje. Eu sou um idiota.
Fiquei em silêncio, ainda não sabia o que dizer a ele. Poncho permaneceu em silêncio também, parecia estar pensando em algo mais para falar.
- A Dulce me perdoou, disse que me entendia e mais um monte de coisas. – olhei pelo canto do olho e vi que ele sorria. – Chorei no ombro dela por horas, e ela não reclamou em nenhum momento.
- Ela é boa para essas coisas mesmo. – eu disse por fim.
- Ela me encorajou a tentar falar com você. – ele disse; levantei minha cabeça surpresa, era por isso que Dulce fora lá em casa? E quando viu que eu não estava totalmente bem decidiu ir embora? – Por isso eu vim aqui, queria pensar no que te dizer... para não estragar tudo novamente.
- Conseguiu pensar em algo? – perguntei.
Poncho refletiu por um momento, olhando o horizonte, decidindo se devia falar ou não algo. Inesperadamente ele se levantou um pouco e se colocou na minha frente, ajoelhado, com as mãos apoiadas em meus joelhos; olhou-me no fundo dos olhos e começou.
- Eu pensei em todos os nossos momentos, em todos esses anos que ficamos juntos, em todas as vezes que nós trocamos olhares, palavras de amor, sorrisos, beijos; pensei em todas as vezes que dormimos juntos, que fomos felizes juntos. – ele parou para respirar um pouco. – Pensei em tudo o que vivemos.
“Era... impossível aceitar que tudo tivesse acabado tão rápido, que você simplesmente nunca tinha me amado e que só queria meu dinheiro; eu não conseguia acreditar, não podia e não queria. Achei que quando eu fosse embora do seu apartamento você viria atrás de mim e diria que era tudo uma brincadeira e que não queria mesmo terminar comigo, mas você não veio e três meses se passaram.
“Quando a Dulce apareceu na minha porta para entregar aquela carta eu me surpreendi, finalmente teria uma notícia sua. Tantas vezes eu tinha passado em frente ao seu apartamento e não vi nada, e eu havia perdido as esperanças. É claro que eu via a Dulce às vezes em algumas festas, mas ela sempre ficava tão grudada no Paul, como se eles não se vissem há muito tempo que eu não tinha coragem para interrompê-los. Ela me entregou a carta e eu senti meu chão desmoronar, tudo sumiu e eu vi que ainda podia existir alguma esperança.
“E eu finalmente havia entendido tudo, era como se um mundo novo surgisse para mim, clichê? Talvez, mas só assim consigo descrever o que senti. Melhorou tudo quando ela me disse que você estava viva e se recuperando. Quando pedi para que ela me levasse até você, eu não tinha intenção alguma de falar tudo aquilo para você, mas você acabou me provocando e eu falei tudo o que meu lado inconsciente tinha guardado, sabe aquele lado ruim? Foi esse lado que te disse tudo aquilo. Você não tem noção do quanto me arrependi ao falar tudo aquilo para você.
“Infelizmente tudo voltou a desmoronar quando o Pollito disse que, ou melhor, deu a entender que você tinha morrido, quase morri junto. E quando você apareceu hoje lá no Ucker, eu não sei Any, foi como se algo impossível de descrever... eu não sei o que aconteceu comigo lá.
“Era isso que eu tinha para te falar, eu acho que agora você pode levantar sair daqui, me odiar para sempre e nunca mais me ver, era o que eu faria se estivesse no seu lugar. Mesmo que eu tenha falado tudo isso, eu sou um ator né?!”
Olhei para Poncho, incapaz de falar algo a respeito do discurso dele. Eu estava chocada, obviamente, nunca pensei que Poncho fosse capaz de fazer algo assim, claro que ele já me fizera declarações, mas nunca assim. Ele ainda me fitava, esperando minha resposta.
- Eu devia saber. – ele resolveu falar. – Você não acredita em mim, não é? Tudo bem, eu vou embora e prometo que você nunca mais me verá.
Sem que eu tivesse tempo para reagir ele se levantou e começou a caminhar para longe de mim. NÃO! Minha mente gritou e eu reagi imediatamente, me levantei e o segui.
- Poncho, espera. – segurei o braço dele, ele parou e se virou para mim.
- Any, eu não preciso ouvir isso. – ele disse.
- Precisa sim. – eu disse e levantei o olhar para ele. – Eu até poderia dizer que te odeio e que nunca mais quero te ver. Mas isso seria mentir, não é? E mentir, eu não minto... não mais.¹
Poncho me olhou, sua expressão era de surpresa com o que havia acabado de ouvir. De repente suas mãos estavam em minha cintura e meu corpo estava colado ao dele; seus lábios tocaram o meu lentamente e foi como se eu estivesse voando, sentindo o toque macio e suave de seus lábios, seus braços fortes me apertando contra ele, era a melhor sensação do mundo. Beijamo-nos calmamente, matando a saudade causada por tantos meses afastados, nos lembrando do gosto de cada lábio e apreciando o momento. Não paramos nem para respirar, afinal já tínhamos tudo o que precisávamos e isso bastava.
- Eu amo você. – ele disse ofegante quando nos separamos.
- Eu também amo você. – eu disse e sorri, apertando meu abraço e encostando minha cabeça no ombro dele. Ele também me apertou, e eu deixei que as lágrimas escorressem por meu rosto e caíssem no ombro dele.


Poncho’s POV


O som do telefone vinha de algum lugar bem longe de minha consciência, aproximava-se lentamente. Abri os olhos e virei a cabeça para procurar a origem do som, encontrei o celular na mesinha de cabeceira.
- Alô? – atendi com a voz rouca.
- Pon...Poncho ? – a voz conhecida disse do outro lado da linha, ouvi o som de algo cair do outro lado e ri. – Ai! Merda! Opa, desculpa. Poncho, é você?
- Bom dia, Dul. – eu disse e ri.
- O que você está fazendo com o celular da Any? – ela perguntou. – Ah, não responda! De qualquer jeito, eu só queria saber se ela queria comer algo, mas acho que ela já está bem... hm... alimentada, se é que você me entende. – ela disse e não pude deixar de rir.
- Quem é? – Anahí resmungou ao meu lado, ela abriu um olho e depois bufou. – Vai dormir capeta. – ela gritou e Dulce riu do outro lado da linha.
- Diga que eu também a amo. – Dul disse. – Depois a gente conversa, tchau Poncho.
- Tchau. – eu disse e desliguei. – Ela disse que também te ama.
- É sei, que seja. – Anahí resmungou. E se aproximou mais de mim. – Que horas são?
- Ainda é cedo. – eu disse, mesmo sabendo que não era.
- Bom mesmo. – ela disse e fechou os olhos.
Sorri ao vê-la voltar a dormir – algo que não demorou muito – e pensei na noite anterior. Toda minha sinceridade e depois as palavras de Any, foi como se os meses anteriores nunca tivessem acontecido, eu a tinha novamente e agora nada, nem ninguém, tiraria ela de mim. Apertei meu abraço em volta dela e voltei a dormir também.



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Autor(a): GiPortilla

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • lorraynegiovanna Postado em 29/03/2013 - 19:55:07

    Se quiser dar uma olhada na minha fic, será bem vinda! :) http://fanfics.com.br/fanfic/20810/separados-unidos-pelo-segredo-aya-aya-dyu-e-m yc

  • lorraynegiovanna Postado em 29/03/2013 - 19:54:37

    Oi!! Pois é, ela ficou com ele *--* o/ Haha, também chorei . ><

  • any_kelly Postado em 17/03/2013 - 03:08:54

    Oiii leitora nova. Graças a Deus a Any sobreviveu, e ainda ficou c o Ponchito. Eu sofri c eles. A cada vez q ela choravá eu ficava triste. Até chorei no final alternativo rsrsrsrs Linda história. Amei. Parabéns a autora

  • jessikinhahot Postado em 02/03/2013 - 19:09:03

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  • jessikinhahot Postado em 02/03/2013 - 19:08:29

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  • jessikinhahot Postado em 02/03/2013 - 19:04:59

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