Fanfic: - Ingenua - d&c

- O que você quer? – sussurrei sem forças pra falar e ele deu um sorriso torto

- Algo muito fácil, minha cara. - disse sem deixar de sorrir, me encolhi rezando pra que ele me soltasse em seguida, mas não.. prendi os braços contra o corpo, ele ainda tinha as mãos na minha cintura, e isso me apavorava. - Acho que seremos ótimos amigos. - concluiu enfatizando a última parte e novamete aquele arrepio de percorreu. Mas que droga! Era um fato frequente. - Oh, vamos Dulce! - riu sarcásticamente - Ambos sabemos que podemos nos ajudar. 

- Podemos? - vacilei e me encolhi novamente dessa vez mirando o chão, tentando de todas as formas não mirá-lo. 

- Claro que sim, repito, seremos bons amigos - tomou meu rosto com a mão abaixo do meu queixo e eu podia jurar que ia chorar, mas que diabos estava acontecendo? Respirei fundo e me perdi naquele olhar, era tão.. tão misterioso, e tão assustador, mas tão profundo e tão sedutor.. meu Deus, que homem! 

- Por.. que eu? - senti a voz trêmula e aclarei a garganta, ato que o fez rir. Finalmente me soltou e se colocou a andar pela sala, o vi de costas e puxei o ar tentando me acalmar mesmo que pouquíssimo, me desconhecia naquele momento, pensei que fosse uma pessoa equilibrada e não, eu estava completamente enganada. 

- Tenho algumas propostas pra você! - se encostou na mesa atrás de si e soltou o peso na mesma cruzando os braços. Um sorriso divertido surgiu, e novamente me peguei tentanto decifrá-lo, ele parecia ter mil faces e nenhuma delas parecia ser completamente real. Mas de repente me dei conta do que foi dito. " Propostas." Ele pareceu adivinhar meus pensamentos - Nada difícil, nem que possa assustar. - piscou de forma sensual, e eu suspirei encantada. Era lindo! - Apenas quero que.. - voltou a se aproximar, lentamente, passo por passo, e eu dei somente um passo para trás tentando fugir daquilo, o que parecia impossível. - Você faça algumas coisinhas por mim, pelo seu próprio bem. - pousou uma mão sobre minha bochecha e me senti queimar. 

- Que.. que coisas? 

- Se você aceitar eu garanto que não vai se arrepender.. - sorriu.. safado?! Oh meu Deus! Novamente pareceu ler meus pensamentos - Não se preocupe Saviñón, jamais farei algo que não queira. - Seria possível que Christopher estivesse me propondo algo do tipo? Oh sim. Ele era totalmente imprevisível! Eu jamais conseguiria interpretar qualquer reação dele, sobre qualquer tipo de situação. - E então? 

- Como? - foi como se acordasse dos meus devaneios. Ele negou com a cabeça, rindo, e antes mesmo de que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa me puxou pela nuca e sem que me desse conta, num piscar de olhos, eu estava beijando Christopher Uckermann, sim eu beijei meu professor! 

Era impossível não corresponder, a princípio, perdi a força nas pernas, mas aqueles braços fortes me rodeavam, e eu estava quase em choque mas posso dizer que disfrutei mais que nunca daquele momento. Era um beijo um tanto intenso, Christopher não era do tipo que "brinca em serviço", definitivamente. 

Quando senti aqueles lábios descolando dos meus, foi como se o mundo voltasse á tona. Me senti corar, e não sabia como olhá-lo e muito menos o que dizer. Ele não se afastou, apenas cessou o beijo e passou a me olhar. 

- Eu nunca falho! - quebrou o silêncio constrangedor que havia se instalado. - Minhas escolhas são sempre exitosas. - sorriu orgulhoso de si e me soltou mais uma vez indo até a porta - Nos vemos mais tarde! - saiu sem dizer mais nada e eu fiquei ali, por um bom tempo, sozinha e trêmula, sem ter a minima ideia de como reagir. 

" Tenho algumas propostas pra você! " " Quero que faça algumas coisinhas por mim, pelo seu próprio bem" " Eu nunca falho " " Nos vemos mais tarde! " 

Todas essas frases me rondavam, sim, eu estava com medo. Ainda mais por lembrar de algo que meu fiel amigo Poncho havia dito, " Christopher é um causador de problemas profissional. Se quer se meter em problemas, se meta com ele. " 

É, acho que eu já estava metida em problemas. 

Decidi sair dali e buscar ar e distração, não adiantaria de nada ficar pensando naquilo e no quanto aquele homem me atormentava. Se aproximava o horário de intervalo e eu esperei Anny e Zori no lugar de sempre, dessa vez rezando pra que chegassem logo, as palavras e o beijo não saiam da minha cabeça.