Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                - O quê? – me sentei, não podia ser verdade, não depois das tardes que tivemos.

                - Eu sinto muito. Não queria ter sido eu a te dizer isso... Mas você é incrível, não merece alguém como ele... Ele é um idiota...

                - Como você sabe disso? – estava segurando as lágrimas, não podia ser.

                - Eu estava indo para a cozinha, uns dois dias atrás e ouvi ele no telefone com alguém.

                - E o que ele disse, exatamente?

                - Ela está se apaixonando por mim sim. Você vai ver logo ela vai estar tão apaixonada que mesmo se eu a trair ela vai vir correndo atrás de mim. Claro que eu sei, estou sozinho no quarto. Ela não vai nem desconfiar. – lágrimas já desciam pelo meu rosto. – Manu... – ele me abraçou e não consegui mais segurar.

                Acho que chorei toda a água do meu corpo. Meu estomago estava embrulhado, me sentia fraca. Niall me puxou para seu braço e tentei me acalmar. Ele me ajudou a levantar e me levou para meu quarto, chegando lá estava sozinha. Niall perguntou se podia ficar e eu disse que não. Precisava ficar sozinha, não queria ninguém.

                Fui para o banheiro, tranquei a porta atrás de mim e sentei no chão. E continuei ali, chorando, incrédula, até ter que me levantar por causa do meu almoço que estava começando a sair e o embrulho no estomago estava maior. Depois de colocar o almoço, café da manhã e tudo mais para fora lavei a boca, escovei os dentes e me olhei no espelho. Estava péssima. Estava branca, os olhos inchados.

                Fique ali olhando para o reflexo sem vida no espelho. Ouvi então a porta abrir e alguém entrar. Devia ser Karlla, ou Camila... Entrei no banho, já não chorava mais, acho que não tinha mais lágrimas para sair. Depois que sai do banho me olhei de novo no espelho e passei uma base para disfarçar e coloquei um sorriso falso no rosto. Ninguém além do Niall iria saber daquilo e ele me jurou isso. Sai do banheiro e não era Camila, muito menos Karlla. Era Lari.

                - Laaaaaaari – corri e abracei-a.

                - Voltei dois dias mais cedo – ela sorriu me abraçando. – Não costumo abraçar meninas seminuas, mas também estou com saudades.

                - Ah desculpe – rimos e fui colocar roupa. – E como foi lá?

                - Incrível, vou deixar para contar quando todas estiverem juntas...

                - Tá, mas quem era o gatinho?

                - AH, Zayn... Mas não deu em nada a namorada dele era um saco.

                - Que merda... Lari, eu tenho que dar uma saidinha... Mas logo alguém deve chegar.

                - Tudo bem. À noite conto tudo. – a abracei mais uma vez e sai de casa.

                Não, eu não estava bem, mas ninguém precisava saber. E agora Nathan ia ver. Abri o mais lindo sorriso que já dei e fui procurar Niall. Rodei um pouco e enfim o achei, estava jogando futebol, que novidade. Sentei na arquibancada e acenei para ele que falou que já estava acabando o jogo. Mas uns dez minutos e ele se sentou ao meu lado.

                - Desculpa...

                - Não precisa se desculpar – ele disse me abraçando – Ele é um idiota.

                - Niall. Por favor, ninguém pode saber. Vou dar meu jeito.

                - Certeza disso?

                - Tenho. Talvez eu precise da sua ajuda. Se eu não conseguir o que planejo...

                - Conta comigo. – ele sorriu e me deu um beijo na bochecha.

                Apesar de ele estar suado isso não me importava. Ele realmente era um amigo incrível. Sabe o que dizem de as aparências enganam? Espero que a minha esteja assim, porque Nathan está vindo. Eu preciso fingir que não sei de nada. Niall apertou mais seu braço em mim, ele estava totalmente protetor e isso era muito fofo.

                - Oi amor – ele disse e me segurei para não acerta ele com a mão.

                - Oi – sorri e Niall não me largou. – Vou indo Niall. Depois a gente se fala – sorri e dei um beijo na bochecha dele.

                - O que deu nele? – Nathan perguntou.

                - Nada – você idiota. – Como foi seu dia?

                - Nada de mais. E você?

                - Nada também...

                - Vamos sair amanhã?

                - Vamos sim – idiota, idiota.

                - Marcado então, se quiser podemos ficar no quarto o dia todo, não ligo. – ele sorriu.

                - Também não ligo – tentei soar mais normal possível. Sorri e o abracei. Era verdade, tudo verdade. Não podia ser. Tirei forças que não sabia que tinha para não socar ele ali mesmo.

                - Manu – Nathaniel vinha de encontro a nos dois e paramos – Posso falar com você um minuto?

                - Claro...

                - HM, só nos dois? – olhei para Nathan ele afirmou e fui com Nathaniel e Nathan foi sentar em um banco.

                - O que foi?

                - Hoje cedo, eu estava estranho, é só que eu queria te falar uma coisa e não sabia como...

                - Sobre o que?

                - Seu namorado – ele disse em um sussurro.

                - Fala... – merda.

                - Sabe que meu quarto agora é do lado do dele... E eu o ouvi ontem conversando com alguém e não gostei do assunto da conversa. Na verdade, ontem não foi a primeira vez, naquele dia que você me viu eu queria te contar, mas não consegui...

                - Contar o que Nathaniel? – apesar de já saber.

                - Ele é um idiota com você. Essa relação de vocês é falsa e eu queria quebrar a cara dele na hora que eu ouvi.

                - Eu sei...

                - Sabe o que?

                - Descobri hoje...

                - E por que esta com ele?

                - Porque não vou deixar ele saber que estou...

                - Está o que?

                - Quebrada, acabada, me sentindo horrível.

                - Se quiser ainda posso quebrar a cara dele.

                - Não, mas tenho uma ideia melhor. Passa lá depois e te explico. Obrigada Nathaniel – o abracei.

                Ele sorriu e eu voltei para Nathan. Ele não perguntou nada e também não falei. Ele me levou até a casa e nos despedimos. Eu podia ficar deitada na cama, chorando, me entupindo de chocolate, com olheiras, mas não podia dar esse gostinho para ele. Entrei e Karlla estava parada no meio da cozinha, todas olhavam para mim com olhar de espanto.

                - O que foi? – olhei assustada.