Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                - Manu. Hoje tive uma visão, diferente, eu estava acordada. – Camila falava.

                - E...?

                -Você estava nela. Você estava chorando e passando mal. E foi muito ruim.

                - Que horas foi isso?

                - Antes do almoço – merda.

                - Estou bem meninas. – sorri – Sério. Sabe que isso nem sempre mostra o real.

                - Nem o imediato. Só, cuidado. – Camila estava preocupada. Ah se elas soubessem.

                - Então Lari. Conte do acampamento.

                Elas então mudaram de assunto e Lari falava de tudo, mas eu não estava prestando atenção. Eu devia contar para elas, mas não podia, não conseguia. Se eu não falasse sobre isso em voz alta poderia não ser verdade, poderia ser um sonho. Tem que ser um sonho, porque ele faria isso? Eu gosto dele, sim, estou apaixonada por ele e dói, dói muito.

                Enquanto Lari falava eu só ria e concordava com a cabeça, quando perguntaram disse que estava preocupada com a matéria apenas. Estávamos todas deitadas e Karlla estava terminando de contar seu dia, logo todas dizemos boa noite e então recebi uma mensagem do Nathaniel dizendo já estar chegando. Há essa hora eu já não conseguia mais ser forte e estava chorando em silencio. Sai e encontrei com ele. Ele percebendo meu estado me abraçou. Sentamos na escada e quando eu estava melhor começamos a conversar.

                - Quem te contou?

                - Niall... – olhava fixamente para frente e às vezes fungava.

                - Sinto muito. Devia ter te contato assim que soube.

                - Provavelmente eu não acreditaria, eu nem sei se quero acreditar agora.

                - Você gosta dele né?

                - Gosto, sempre gostei, desde o meu primeiro dia de aula. – olhei para ele.

                - Sabe por que sai de Stanford?

                - Não – acho que ele queria me tirar da depressão

                - Eu briguei com um cara, foi muito feio...

                - Mas isso não é motivo para vir...

                - Eu fui obrigado a sair de lá. Ele ficou em coma por dois meses. – Nossa. Não conseguia dizer nada. – Diz alguma coisa – ele olhou para mim e seu olhar estava pegando fogo.

                - Eu não sei o que dizer Nathe. Mas por que bateu nele?

                - Ele era um imbecil. Vivia implicando com todo mundo, se sentia o maioral... Se eu fizer de novo não sei o que vai acontecer. O que me impediu de bater no Nathan foi isso... Não posso arrumar confusão Manu, mas faria isso por você...

                - Não quero que se meta em problemas... – sorri e coloquei a mão sobre a dele, ele hesitou mais a pegou.

                - Você quer mesmo fazer isso? – ele acariciou minha mão – E não vai mesmo contar para suas amigas?

                - Não posso – encostei a cabeça em seu ombro – Elas estão tão felizes e tem os problemas delas, não quero as envolver nisso.

                - Ou... Você não quer contar por que ai vai perceber que é real e vai desabar?

                - Isso também. Você está com sono?

                - Não... E você?

                - Não... – estava com o mesmo pijama que ele me viu a ultima vez e uma brisa gelada passou e percebi que estava com frio.

                - Toma... – ele disse tirando a jaqueta e o suéter azul que tinha em baixo. Isso porque estávamos no verão.

                - Você não sente calor com essa jaqueta? Está sempre com ela – disse colocando o suéter quente e me sentindo melhor.

                - Não – ele riu – Estou acostumado com calor maior que o daqui. E essa jaqueta não esquenta muito.

                - Entendi – enfiei minhas mãos na manga, mas ainda sentia frio na perna. – Quer entrar?

                - Suas amigas não estão dormindo?

                - Estão, mas lá dentro está mais quente e podemos sentar no sofá, conversar baixinho...

                - Melhor não, se elas acordarem e me verem ali?

                - Vou colocar uma calça então... Quer seu suéter de volta?

                - Não – ele sorriu, ainda bem que não. O cheiro dele era uma delicia.

                - Voltei – disse com uma calça do bob esponja. Merda.

                - Amei a calça – ele riu

                - Estava escuro... – me desculpei, era verdade.

                - Quer ir para o betas? Sei que é o ultimo lugar que gostaria de ir, mas pelo menos podemos ficar no quarto, melhor que aqui...

                - Tudo bem – sorri e fomos.

                Chegamos ao quarto dele, mas não reparei em nada. Apenas deixei meu chinelo na porta e deite na cama. Ele entendeu meu estado e se deitou ao meu lado. A cama dele era grande. Ficamos conversando por mais um tempo e acabei dormindo. Eu não queria dormir, mas acho que estou dormindo. Estava com calor, acordei e estava em um lugar desconhecido. Ah é, o quarto do Nathe, ele estava dormindo ao meu lado. Tirei o cobertor que me cobria e voltei a dormir. Quando voltei a acordar o sol invadia o quarto e Nathaniel olhava para mim.

                - Por favor, vamos fazer algo hoje? Se eu ficar em casa com elas vou entrar em depressão...

                - Vamos, mas acho que você precisa ir para casa mudar sua roupa – ele riu.

                O campus ainda dormia, estava muito cedo. Nathaniel me levou e eu troquei de roupa. Coloquei um jeans e uma blusa verde. Quando sai ele não estava lá, olhei meu celular e tinha uma mensagem dizendo que ele ia trocar de roupa. Fui andando em direção aos betas, eu parecia bem, mas dentro da minha cabeça eu não queria acreditar em nada. Sábado de manhã e eu andando sozinha, até encontrar Nathan com a roupa de corrida, ele devia ter acabado de correr.

                - Vamos almoçar hoje? – ele sorriu para mim e me deu um beijo.

                - HM. Não vai dar... Marquei com Niall ontem...

                - Manu... Ta tudo bem? – ele me olhou, parecia estar me analisando.

                - Sim – sorri. – Nos vemos a noite tá?

                - Combinado. – ele sorriu e foi para o betas.

                Logo Nathaniel apareceu e fomos tomar café da manhã. Ele falou que hoje me levaria para um lugar para me distrair, apesar de eu querer ficar no quarto deitada. Ele estava sendo muito bom amigo, era tudo que eu precisava. Depois do café ele pegou o carro e fomos para um shopping na cidade.

                Ficamos o dia todo no shopping, sim, comprei muitas coisas. Estava precisando, tomamos sorvete, almoçamos e fizemos mais compras. Meu dia estava ótimo, mas só de lembrar que eu teria que passar a noite com ele já me deixava triste. Podia ser mentira, tinha que ser mentira, mas não era. Voltamos para o campus, nos despedimos e fui me arrumar.

                Depois de um tempo estava pronta e Nathan apareceu, as meninas me desejaram sorte. Sorte... Precisava era de força para não quebrar a cara dele. Espero que ele não note nada. Estava vestindo uma das roupas novas, apesar de tudo eu gostava dele e eu era uma idiota por isso.

                - Oi minha linda – ele me deu um beijo e uma rosa.

                - Oi – sorri e cheirei a rosa. Merda, se controla.

                - Vamos? – ele perguntou.

                - Aonde vamos exatamente?

                - Surpresa... – ele sorriu e por um segundo consegui esquecer tudo.

                Fomos andando, tentei arrancar onde estávamos indo, mas ele não disse. Ele me abraçou e estava ali no meu mundinho perfeito e falso de novo. Eu não queria saber da verdade, queria? Eu só queria estar com ele e que fosse real... Chegamos ao campo e tinha uma mesa à luz de velas perto de uma árvore. UAU.

                - Chegamos – ele sorriu e puxou a cadeira para que eu pudesse sentar.

                - É lindo Nath – sorri e ele se sentou ao meu lado.

                - Queria que fosse. Hoje faz uma semana...

                - Não precisava disso...

                - Claro que precisava – ele sorriu e me beijou.

                Nosso jantar foi o mais perfeito que eu poderia sonhar. Ele tinha comprado sushi e comemos a luz de velas e eu não tenho palavras. Eu sei que isso é tudo para que eu me apaixone para que depois ele me largue, mas quero aproveitar enquanto me resta um pouco de felicidade.

                - Manu... – ele me abraçou e o vento apagou as velas nos deixando sobre a luz do luar.

                - Oi – sorri e ele me beijou.

                - Eu nunca pensei que sentiria uma coisa tão forte por alguém em tão pouco tempo – mentiroso... Engole a lágrima e sorri. – Eu... Eu te amo. – QUÊ? ELE DISSE ISSO MESMO?