Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                - Essa tatuagem é Rosa dos Ventos – olhei para ele desconfiada, não era a rosa dos ventos que eu conhecia – É de uma tribo com que fiquei um tempo na Nova Zelândia, Maori, é composto por cabeças de tubarão, como pode ver – ele deslizou meus dedos pela tatuagem – é um símbolo de coragem. Cada ponta tem um pássaro, que significa visão ampla da vida. Aqui – ele deslizou para o meio da tatuagem – é um olho maori, proteção contra espíritos maus. Ou seja, os pássaros me guiaram, ampliando minha visão, quando escolher o caminho terei garra e determinação e sempre serei protegido pelo olho.

                - Nossa... Você só tem essa? – contornava a tatuagem com meu indicador.

                - Não – ele sorriu e se virou.

                - Nossa... – tinha mais tatuagens ali. – O que elas significam? São Maoris também?

                - Não... – ele riu, tinha muitas tatuagens juntas ali, algumas eu não tinha ideia do que poderia ser. – Como está vendo tem muitas tatuagens. Vou começar com as mais fáceis de achar... E as mais conhecidas.

                - OK.

                - Procure a coruja – dei uma olhada e deslizei o dedo – Ela representa sabedoria e experiência. Ela tem também uma relação com o lado espiritual. O tigre – procurei e achei – É a busca pela perfeição, o tigre não gosta de concorrência e se impõe quando tem – acabei rindo, pois Nathan seria uma concorrência.

                - Você é assim?

                - Muito... – podia ver um sorriso em seu rosto. – Continuando... Ele é original, está constantemente mudando, não gosta da rotina. Como busca a perfeição busca também as verdades absolutas. Tem uma percepção aguçada e tudo que faz tem uma razão. A águia – ele deu uma pausa e a achei – É a liberdade, ela é suprema no ar. Representa agilidade, poder, nobreza, sabedoria e luz. Tem a fênix...

                - Ressurge das cinzas – acabei dizendo.

                - Basicamente isso sim. É a perpetuação, nunca tem fim.

                - Igual você – completei – Por que você só tem metade do Yin-Yang? – me assutei ao ver ali no meio de tantas imagens, porque também tenho metade, justo a metade que completa a dele.

                - Foi uma das primeiras que fiz... – ele olhou por sobre o ombro. – Acho que você sabe bem que metade é essa...

                - Mais ou menos...

                - O Yin representa o passivo, noturno, frio. Está ligado à escuridão, inverno... Intolerância e dificuldade... Tem mais, mas para mim são esses.

                - E o Yang? – eu já tinha uma ideia, mas ele parecia saber tanto sobre isso que decidi perguntar.

                - Representa o ativo, o dia, quente. É luz, verão, festas... Representa amor, amizade, criatividade... Literalmente o oposto da minha... Você deveria saber, tem ela tatuado na costela esquerda...

                - Eu sabia... A minha completa a sua...

                - Equilíbrio – ele disse enquanto eu traçava o Yin dele.

                - Continue... – pedi.

                - O Ankh, parece uma cruz, mas tem um laço na ponta de cima. – estava perto do tigre – É um símbolo antigo e representa a vida eterna, a gloria. É um amuleto protetor. O olho de Hórus – o olho de quem? – Tem a forma de um olho, deve estar perto da coruja. – procurei e achei – significa proteção e poder e por ultimo, a que eu mais gosto. – era uma espécie de mascara, ficava mais para o centro.

                - Por que sua favorita? – ela não era muito agradável aos olhos. Era uma espécie de mascara demoníaca...

                - É a Hannya, representa os sentimentos humanos, confusos... Tal como a paixão, ciúme, ódio que poderiam transformar humanos em monstros. Tem o olhar de puro ódio representado pelo sofrimento... Sofrimento de uma paixão desesperada, intensa...

                - E você já teve uma paixão intensa assim? – ele se virou e seu olhar estava indecifrável.

                - Há muito tempo atrás... Foi a razão de ter entrado nas trevas... Talvez ela não fosse meu Yang – ele sorriu e fiquei vermelha.

                - Sinto muito por isso...

                - Por isso quando disse que eu estaria aqui para sua dor é verdade, sei como é.

                - Mas... Por que entrou para as trevas por causa dela?

                - Outro lado bom disso é que você pode simplesmente esquecer a dor, não a física, mas a psicologia. Você sempre se lembra de que sofreu, mas não sofrerá mais.

                - Parece bom – parece ótimo...

                - Não pense nisso... – ele ficou sério. – Preferia ter sofrido a ter feito o que fiz.

                Dizem que sexo pós término é bom, tecnicamente eu e Nathan não terminamos, mas não diria que estamos juntos. Enfim, é bom. O estresse vai embora, você se sente mais feliz, renovada. Como era domingo eu tinha que voltar para casa. No dia seguinte eu tinha aula, mas não iria sair dos braços dele agora. Ele estava dormindo, de costas para mim, envolvi meus braços e ele segurou minha mão, sorri e logo depois dormi.