Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                - É? Por quê?

                - Porque queria poder sair por aquela porta de mãos dadas com você, te beijar na frente de todos...

                - Nathaniel... – sorri, eu gostava dele... Mas Nathan...

                - Eu sei... – ele me deu um beijo na bochecha – Eu sei...

                - Você ainda tem sorvete ou comeu tudo? – brinquei.

                - Pode pegar. – ele sorriu.

                Levantei e peguei o sorvete, em cima tinha duas colheres. Entreguei uma para ele e estávamos os dois ali, comendo sorvete igual duas crianças. Só que as crianças crescem... Quando levava uma colher para a boca caiu sorvete sobre meu busto, ainda bem que estava com uma blusa aberta decotada.

                - Merda... – disse ao sentir o sorvete frio em mim.

                - Deixa que eu limpo – ele se aproximou e lambeu onde o sorvete tinha caído.

                Ri da situação e ele beijou onde antes tinha sorvete, e subiu para meu pescoço e continuou até chegar a meus lábios. Ele pegou o pote de sorvete e deixou sobre a mesa e me beijou. Quando sai do meu estado inebriado estava deitada ao lado dele, ele me olhava. Tinha um brilho naquele olhar negro e um sorriso lindo em seus lábios.

                - Talvez seja uma boa... – acabei dizendo.

                - O quê?

                - Sair por essa porta, de mãos dadas – sorri. Qual a melhor maneira de se esquecer de alguém? Para mim estava sendo essa.

                - O que fez mudar de ideia?

                - Nada. Só quero poder ser feliz – sorri.

                - Seu celular esta tocando... – ele riu e dava para ouvir uma musica baixa vindo da minha bolsa.

                - É... Deixa tocar... – sorri e o beijei.

                - Quer então dar uma volta? – ele sorriu.

                - Vamos?

                Colocamos nossa roupa, peguei a bolsa e saímos. Olhei rapidamente meu celular, era Karlla me ligando. Devia estar preocupada. Daqui a pouco Camila ligava também. Aqui estávamos andando de mãos dadas pelo campus. Quem diria. Não que tivéssemos algo para fazer, mas ficamos andando e andando. Para não deixar duvidas uma hora ele me beijou. Sim, me beijou.

                Estava feliz, rindo e tudo que eu tinha direito. Ele então me levou para a casa Theta, chegando lá nos despedimos com mais um longo beijo e entrei. Elas estavam na cozinha, de bocas abertas olhando para o celular.

                - POR QUE NÃO CONTOU? – Karlla perguntou e não respondi.

                - Acho que está na hora daquela conversa, aquela que você conta tudo que está acontecendo...

                - Não. Não está na hora. Agora se me dão licença preciso ir ao banheiro. – fui para o banheiro antes que começasse o interrogatório.

                Estava ali esperando um pouco elas se acalmarem e meu celular vibra. Uma mensagem, na verdade algumas. Tinha da B. com a foto e das meninas perguntando se era real e tinha do Nathan. Ah não. “Entendi. Você está em outra. Desculpe ter sido um idiota, mas ainda não desisti de você!” Por que você está tornando tudo tão difícil Nathan.

                Os meses passaram rápidos e estávamos no final do período. Eu ainda estava com Nathaniel, estávamos trabalhando em toda essa coisa de desintoxicação. Acho que conseguiríamos logo algo. Já era inverno e estava aqui fazendo minha ultima prova. Ultima porque eu sabia que passaria. Semestre que vem minha grade de aulas aumentaria consideravelmente e faltariam dois períodos para Nathaniel se formar e três para Nathan.

                Bem, Nathan estava tentando reaproximar, com pequenas coisas. Saudações e em festas ele vinha me abraçar e assim ia. Perdoei-o, quer dizer, mais ou menos. Hoje teria a festa de final de semestre de medicina. Apenas estudantes de medicina poderiam ir, lado bom é que Karlla fazia comigo, lado ruim, não podia levar Nathaniel.

                Não contei para elas ainda a historia com Nathan, muito menos a com Nathaniel. Disse apenas que ele me apoiou em um momento de necessidade e que gosto dele. Quando me perguntam o que sinto por Nathan mudo de assunto, ainda gosto dele, mas não penso nisso. Enfim acabei a prova e sai para esperar Karlla. Camila e Lari esperavam do lado de fora.

                - Como foi? – Camila estava animada.

                - Estava muito fácil. – sorri – E a de vocês?

                - Também. – as duas responderam juntas.

                - Te vejo hoje na festa? – Nathan apareceu ele estava melhor agora, antes ele estava péssimo, acho que era remorso.

                - Sim – sorri.

                - Até mais – ele piscou e Camila revirou os olhos.

                - Não sei como perdoou ele... – Camila disse.

                - Nem eu – Nathaniel apareceu e me deu um beijo. – Posso sequestrar ela um pouco?

                - Pode – respondi e fui com ele.

                - Vai mesmo na festa? – ele estava preocupado.

                - Vou... – sorri e dei um beijo nele – Não fique com ciúme, apesar de ficar lindo assim. – ele me abraçou.

                - Não gosto da ideia de Nathan poder estar lá tão perto.

                - Bobo – sorri e acariciei seu rosto. – Confia em mim...

                - Confio, não confio nele...

                - Pode deixar tá? – sorri e vi Camila acenando dizendo para eu ir logo. – A gente se fala mais tarde. – dei um beijo nele e fui ao encontro delas.

                Camila e Lari também ficaram chateadas que não podiam ir para a festa, ia ser a festa do ano. Mas assim como elas não podiam ir nessas nos não poderíamos ir à delas. Ou à do Nathaniel, mas acho que nem ele vai. O que me faz ficar com peso na consciência. Mas, se eu não fosse Karlla me mataria, com certeza.

                Passamos a tarde procurando o que vestir, estava frio, mas iriamos para um lugar fechado então escolhemos roupas “normais”. Eu estava com um vestido sem alça, a parte de cima era com, confetes brilhantes, digamos assim e o resto preto. Vinha até o meio da coxa, mais ou menos. O da Ka era branco em cima com pequenos pontos pretos, e o restante também preto. Eu usava uma ankle boot e Ka uma sapato branco com a ponta preta.

                Despedimo-nos das meninas e pegamos um taxi. Nos duas usávamos um sobretudo preto para nos proteger do frio. Chegamos ao local em menos de quatro minutos, não queríamos ir andando por razões obvias. Estávamos no Club Vandome. O lugar era enorme, tinha a parte principal com mesa de sinuca e o bar. A área vip tinha algumas mesas e uma mesa com comida. Tinha a warehoouse, onde tinha luzes coloridas por toda a parte e outro bar, o pátio possuía também o bar próprio e lugares para sentar, era aberto, claro.