Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                A casa tem três andares se contar a garagem. É branca, escadas externas. A varanda tem uma piscina e um caminho para o mar. Tem um jet-ski na garagem. Tem um bar que é de madeira, com uma ilha no meio, e taças no teto. É ridiculamente linda, ao lado tem a sala com dois sofás, lustre, ventilador e uma TV enorme. Os cômodos são separados por paredes brancas, mas sem porta. Na varanda do terceiro andar tem algumas mesas e a vista é mais bonita ainda, na verdade é quase um quarto andar, está um pouco acima do quarto principal. A cozinha é branca e tudo de ultima geração. O quarto principal tem uma cama de casal e a vista para o mar com varanda. Não cheguei a ir aos outros dois quartos, mas devem ser lindos também.

                - Se eu tivesse uma casa assim... Jamais moraria na republica – disse quando sentamos no bar e ele pegou um Martini e nos serviu.

                - Estou pensando esses dias... Talvez me mude para cá...

                - Sério?

                - É... Mas não quero morar nessa casa sozinho...

                - Ela é bem grande...

                - É... Quer morar aqui?

                - Quê?

                - Sei que às vezes você quer ter seu espaço, você convive com suas amigas vinte e quatro horas por dia e sei que está pensando em não vir por minha causa, mas tem outros dois quartos na casa.

                - Nathan...

                - Você acabou de dizer que se pudesse moraria aqui... Você pode. Não estou pedindo para voltarmos, somos amigos, amigos moram juntos.

                - Eu... Tenho que pensar.

                - Pensa bem... Acordar todo dia com essa vista – olhei pela varanda, tentador.

                Acabamos voltando para Yale, no dia seguinte tinha aula e os dois tinham coisas para fazer, mas ele me chamou para passar o fim de semana lá. Se depois do fim de semana eu não gostasse da casa, o que seria impossível, eu não iria. Mas, eu estava gostando da ideia de ter um quarto só para mim... Sempre gostei de ficar sozinha às vezes, e eu as veria todos os dias. Não mudaria muita coisa.

                A sexta passou voando e quando percebi estava com Nathan sentada no sofá com um cobertor. Estávamos vendo filmes, o pôr do sol foi de tirar o folego, com o inverno o céu ficou em um tom rosa refletindo no mar. Aquilo foi definitivo para eu concordar em morar ali. Iriamos sempre juntos para a faculdade, já que nossos horários estavam próximos. Mas logo eu arrumaria um carro, ou pegaria o da Camila.

                - Noticias do Nathaniel? – ele me olhou por sobre a xícara.

                - Não – desviei meu olhar do reflexo da lua no mar e o encarei.

                - E como você está? Sei que vocês estavam bem... Juntos...

                - Estou bem... – sorri. Já tinha passado muito tempo.

                - É estranho...

                - O quê?

                - Quando terminamos... Você se apoiou nele e quando ele foi embora você se apoiou em você... Você foi forte.

                - É. Aprendi muito isso... Nathan... Nunca entendi por que fez aposta com a Dionne.

                - Não foi bem com a Dionne. Ela só estava lá, uns amigos me falaram que eu não conseguiria fazer uma caloura se apaixonar por mim...

                - Por que eu?

                - Eu ia fazer a Dionne se apaixonar, ela já estava no papo, mas ai eles mudaram, falaram que tinha que ser você. Por que você era mais difícil, Dionne estava fácil demais.

                - Ah sim...

                - É só que quando te conheci de verdade, quando a gente começou há passar o tempo juntos eu percebi que eu estava apaixonado por você e não podia mais continuar com isso.

                - Mas você sempre falava com uma menina no telefone...

                - Dionne descobriu logo o que eu queria e quando soube que o “alvo” mudou ela começou a me ameaçar, falando que se não saíssemos ela te contaria sobre a aposta. Eu não podia deixar ela fazer isso, eu estava louco por você.

                - Ah...

                - Ainda sou louco por você. – quando ele falou isso corei. Percebi que era tudo verdade, cada palavra.

                - Nathan...

                - Manu... Já que estamos sendo honestos... Preciso te contar uma coisa...

                - O quê houve?

                - Sobre quem eu sou. Descobri um pouco depois de terminarmos.

                - Não estou entendo...

                - Eu sou um caçador...

                - O quê? – tentei não rir.

                - Não ria... Não quis acreditar, mas é verdade. Olhe – ele levantou a camisa e perto do “caminho” agora tinha uma tatuagem, era uma parecida com a do Nathaniel. – É um olho de Hórus...

                - Proteção e poder... – respondi.

                - E coragem... Como sabe?

                - Nathaniel tem também.

                - Ela surgiu, um pouco depois que ele apareceu. Eu ia te contar, mas depois terminamos e você nem olhava para mim.

                - Como assim “apareceu”?

                - Do nada... Logo depois eu sabia o que era e porque eu tinha isso.

                - Por que Nathan?

                - Por causa do Nathaniel. Ele é mal, ou pelo menos era. Quando ele chegou eu senti algo estranho, mas de repente era como se ele não estivesse mais lá. E então percebi, ele tinha te conhecido, ele tinha se apaixonado por você. Você fez dele uma pessoa melhor.

                - Mal... – repeti a palavra.

                - Ele era puro mal, pura magia negra.

                - Eu sei...

                - Sabe?

                - Sim...

                - E sabe por quê?

                - Ele disse que quando perdeu a menina que amava ele ativou a magia negra para nunca mais sentir aquela dor de novo.

                - Não foi bem isso...

                - Não?