Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                Deixei todos na sala e com muito custo entrei no quarto dos meus pais. Sentei na cama deles e fiquei olhando tudo ao meu redor, pouca coisa tinha mudado um móvel ou outro foram mudados, mas em si era o mesmo. Deitei na cama, o lado em que minha mãe costumava dormir, coloquei a mão por baixo do travesseiro e senti algo ali. Levantei o travesseiro e tinha uma carta com meu nome na caligrafia perfeita da minha mãe.

                "Emanuela, minha filha querida.

                Se esta lendo isso significa que morri. Não a quero triste quero que seja forte. Se morri significa que esta mais do que na hora de saber a verdade, sobre tudo. Seu verdadeiro pai ainda esta vivo. Seu nome é Alexander James Darkweel, ele me manda noticias às vezes, e sabe de você. Ele queria se aproximar de você, mas era muito perigoso.

                Estou enrolando, como sempre. O fato é que se eu morri é porque descobriram sobre você, Filha, tome cuidado, não confie em ninguém. Converse com suas amigas, elas também correm perigo. Não procure por seu pai, somente eu sei que ele esta vivo. Após ler essa carta rasgue, queime e tenha certeza que ninguém vá ler.

                Sei que eles sabem por que percebi pessoas estranhas me vigiando. Fazendo perguntas esquisitas para mim e seu pai, não pensei que chegaria a esse ponto, mas chegou.

                Filha tem mais uma coisa. Não nos odeie, mas você tem uma irmã. Ela tem 18 anos. Seu pai a levou quando ela tinha menos de um ano. O nome dela é Cassie, vai achar tudo que eu sei no cofre. Procure por ela.

                Eu te amo, sempre amarei. E Calvin também."

                Acho que li a carta três vezes, como assim meu pai vivo... Como assim... UMA IRMÃ? Fui até o cofre, coloquei a senha e lá tinha uma arma, um livro, dinheiro e papeis. Peguei a bolsa favorita da minha mãe e coloquei tudo ali dentro. Voltei para meu quarto e escondi tudo entre minhas bolsas no cofre que tinha do meu armário. Sentei na cama e fiquei processando tudo aquilo, até que Nathan entra.

                - Hey. – ele sorriu.

                - Oi – dei um meio sorriso.

                - Melhor?

                - Um pouco, começando aceitar, afinal, a vida não para né?

                - Olha, sei que o momento é complicado, e com Nathaniel aqui, mas aquela noite... – ele deu uma pausa procurando as palavras. – Foi incrível. E você sabe que eu ainda gosto de você, nunca neguei isso.

                - Nath...

                - Sei que não é um bom momento. Só quero que saiba que vou estar aqui para você, nos bons e maus momentos.

                - Obrigada. Significa muito, sério.

                Ele me abraçou e então fomos interrompidos por Nathaniel batendo na porta. Ele sorriu e Nathan saiu nos deixando a sós.

                - Melhor?

                - É... – ele se sentou ao meu lado.

                - Sinto muito Manu, muito mesmo. Eu queria dizer que a dor passa que tudo vai ficar bem, mas não vai. Você apenas se acostuma com tudo isso.

                - Eu sei Nathaniel.

                - Eu... Eu preciso ir. Se souberem onde estou sabe que vai ser pior para você.

                - Ok – tentei sorrir, queria contar, mas não podia. Se eu contasse ele ficaria paranoico, mas isso poderia causar problemas para ele. – Nathe. Você não pode voltar.

                - Quê?

                - Eles sabem...

                - O que está dizendo?

                - Eles sabem que eu existo, eles mataram meus pais. Você não pode voltar, sabem que você mentiu sobre tudo. Vai ser pior para você.

                - Como você sabe disso?

                - Minha mãe deixou uma carta. Eles estavam vigiando ela. Você precisa fugir, se esconder.

                - Não, agora mesmo que vou ficar para te proteger.

                - Posso me proteger sozinha, enquanto não ativar não saberão com certeza que estou aqui. Por favor, te manterei atualizado, mas se esconda.

                - Nunca me escondi e não vou começar agora, vou ficar, terminar o curso e depois resolvemos isso. E você tem que voltar a morar no campus.

                - Não. Gosto de morar lá.

                - Claro, sabia que ia voltar para o Nathan em um piscar de olhos.

                - Deixa de ser idiota Nathaniel. Vai embora agora. – disse furiosa e apontando para a porta.

                - Tchau.

                - Idiota. – joguei um travesseiro na porta.

                Estava de férias, então consegui resolver tudo. Como foi “acidental” eu recebi um seguro bem gordo, além da casa, o carro da minha mãe e a casa de praia. Aparentemente todos sabiam da minha irmã, menos eu. Achei uma foto dentro do livro, era eu e uma menina loira, olhos azuis, o sorriso idêntico o da mamãe. Agora acredito que sou a cara do meu pai, meu verdadeiro pai.

                Decidi passar a ultima semana na casa de praia. Nathan insistiu de ir comigo, assim como todas as meninas e seus namorados e rolos. Não estava muito amigável a casa. Estava Niall, Louis, Zayn, Harry e Liam nos quartos do porão. No primeiro andar estavam Nathan, Thomas, Max e Jay. Eu e as meninas no segundo andar.

                Karlla estava com Tom, mas Louis não se conformava com isso, por isso ele veio. Nathaniel se recusou a vir. Camila e Harry estavam bem, tirando o ciúme dele com relação a Jay, Jay estava dando em cima da Camila descaradamente. Max tinha namorada, então estava tranquilo. Lari e Zayn estavam ótimos, eles nasceram para estar juntos.

                Então tinha eu. Não sei bem o que tenho com Nathan, mas estou aqui na varanda conversando com Niall. Ele é meu melhor amigo agora, o único que não quer que eu fuja, ou acha que é o superpoderoso e tenta me salvar de qualquer poeira que cai do céu.

                O Niall é aquele tipo de garoto que você se apaixona pelo sorriso. Mas minha vida anda tão complicada, cheia de coisas novas que não posso envolver ele nisso tudo. Ele é incrível, o namorado perfeito, mas envolver ele nessa loucura que chamo de vida é... Bem, loucura.