Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                Seguimos para a casa Beta, onde as meninas já estavam lá e os meninos estavam deliciosos. Alguns usavam a blusa da fraternidade e alguns não usavam blusa alguma. O quintal estava lotado de universitários, com seus copos vermelhos na mão enchendo toda hora no barril que estava ao lado da escada. A casa estava cheia também e cumprimentamos algumas pessoas pelo caminho. Chuck estava lá, sentado no sofá conversando com várias meninas, ele era lindo, ninguém podia negar, mas como ainda tinha idiotas que caiam na lábia dele?

                Subimos as escadas e eu avistei Nathan, Karlla o Louis e Camila a cerveja. Nos separamos, Camila foi pegar um copo, ela era o tipo festeira, não ligava se acabasse com uma cara no final da noite, apenas queria se divertir. Karlla foi falar com Louis, ela queria algo para beber que não fosse cerveja e eu fui falar com Nathan. Ele estava divino, com um copo na mão e aquele sorriso no rosto.

                Parei na porta e ele veio ao meu encontro deixando as meninas falando sozinhas, sorriu e me entregou o copo dele. Não era cerveja, era Martini. Discretamente ele piscou e dei um gole.

                - Como consegue algo descente para beber? – estava curiosa.

                - Sou um dos chefes da fraternidade, tenho meus direitos. – ele sorriu e fomos até a cozinha.

                Estávamos comendo batatinhas e conversando e eu já tinha perdido a conta de quantos copos já tinha bebido. Ele falou que ia pegar mais e já voltava. Fiquei ali esperando um bom tempo e cheguei à conclusão que fui abandonada ali, ele estava demorando muito, provavelmente alguém o agarrou no meio do caminho. Sentei sob o balcão ainda comendo as batatinhas e tomei o ultimo gole. Tudo a minha volta rodava e sentada quase cai.

                Estava querendo descer, mas o chão parecia muito longe, inclinei minha cabeça para trás e bati no armário. Gemi de dor e de repente Nathan estava de volta. Com dois copos na mão. Sorri e ele percebeu meu estado.

                - Finalmente te achei – Nathan disse rindo.

                - Estava aqui te esperando – ele se aproximou.

                - Estava? – ele sorriu e roubou uma batata da minha mão.

                - Você disse que ia buscar algo e demorou séculos... O que está bebendo?

                - Jack Daniels. Agora lembrei, trouxe esse copo para você... Mas acho que você já bebeu demais – ele riu.

                - Onde conseguiu? – tentei pegar o copo e ele se afastou.

                - Eu – ele se aproximou e sussurrou – consigo tudo o que eu quero.

                - Você se acha tanto né? – consegui pegar o copo da mão dele e dei um gole.

                - E você está afim de mim – ele tentou pegar o copo da minha mão, mas não conseguiu.

                - Eu? Acho que é o contrario não? “Esqueceu sua caneta!” – eu ri.

                - Quer apostar? – aquele sorriso malicioso quase me fez agarra-lo.

                - O que?

                - Se, você estiver afim de mim, você terá que me beijar. Se eu estiver afim de você, terei que te beijar.

                - Pela sua aposta, acredito que no final acabamos nos beijando, o que me leva a pensar que você está afim de mim, então, você perde a aposta. Isso se tivesse feito à aposta. – Consigo me levantar e saio da cozinha com Jack Daniels na mão. Pisquei e sai pela varanda.

                Esbarrei em Chuck, que agora estava atracado com uma menina no canto. Desci as escadas e estava virando para ir para os fundos e Nathan estava logo atrás. Adorava jogar assim. Pude perceber um sorriso no rosto dele e então me sentei no degrau.

                - Você adora provocar né?

                - Claro, isso prova que você realmente está afim de mim Dr. Nathan. Agora, eu quero fazer uma aposta com você.

                - Diga.

                - Se eu adivinhar quantos dedos você esconde atrás das costas você admite estar afim de mim.

                - Essa eu quero ver. Apostado.

                - Vamos? – ele colocou a mão nas costas e afirmou com a cabeça, depois de um tempo disse – Seis.

                - Como...? Melhor de três... – ah se ele soubesse.

                - Vamos lá então. HM – depois de um tempo – Três.

                - Não é possível... Mais um vai.

                - HM, zero.

                - Como você faz isso?

                - O segredo é saber ler as pessoas, cada musculo do seu corpo me indicava o numero. – eu estava muito bêbada mesmo para falar essas merdas.

                - OK, talvez você tenha chamado minha atenção, e agora mais ainda. Agora, se eu adivinhar a cor da sua calcinha você me beija? – ele sorriu.

                - Quero ver acertar... – depois de um tempo ele respondeu.

                - Vermelha.

                - Errado... – filho da puta acertou, mas vamos fingir que não. – Nenhuma.

                Ao ouvir isso ele entrelaçou os dedos no meu cabelo e me beijou. O clima estava esquentado quando de repente escuto um barulho na floresta que fica atrás da casa. Olhei desconfiada, isso só podia significar uma coisa... No fundo eu sabia o que tinha sido, era a VF, ou o nome todo “vadia fofoqueira”. Esforcei-me para tentar achar algo estranho ali, mas quem quer que fosse já tinha ido.

                Nathan puxou meu queixo com seu indicador e sorriu para mim voltando a me beijar. Há essa hora sua mão já estava na metade da minha coxa e logo ele descobriria que eu estava de calcinha. Foi quando ele chegou a minha nádega direita e continuou subindo até seu dedo tocar no tecido.

                - Mentirosa – ele riu entre o beijo.

                - Quer mesmo discutir isso agora? – brinquei.

                Ele desceu os beijos por meu pescoço e soltei um leve gemido que fez com que ele agarrasse forte minha calcinha. Minhas mãos estavam enroscadas em seu cabelo e do nada ele morde meu pescoço. Viado! Grito mentalmente. Ao puxar o cabelo dele, ele faz o mesmo com o frágil tecido que cede em sua mão.

                - Agora é verdade – ele sussurrou ao pé do meu ouvido, quando ia responder ouço de novo o barulho e dessa vez consigo ouvir uma pequena risada.

                - Acho melhor voltarmos para a festa. – ele afrouxou seus dedos e pude sentir o tecido rasgado.

                - Estava ficando tão bom... – ele mordeu os lábios. – Será que pode esperar um pouco? Não posso voltar para lá assim... – ele riu.

                - Claro que sim. – Voltei a sentar ao lado dele fui obrigada a tirar minha calcinha.

                - Vermelha... – eu tinha acertado.

                - Claro que tinha. Mas não ia dar o braço a torcer.

                - Claro que não ia... – ele riu e envolveu seu braço em mim.

                Ficamos um tempo ali até nossas respirações voltarem ao normal e ele se acalmar um pouco, se é que entende. Estava levantada já quando sinto meu celular vibrando. Como já estava sóbria, quase sóbria, novamente peguei-o e havia umas cinco mensagens. Abri a primeira e era da Lari avisando que estava bem e que mandou um e-mail explicando tudo. A segunda e a terceira estavam em branco e eram da Karlla. A quarta uma foto da Camila dançando na festa sob a mesa da sala e a segunda uma porta, esta tinha escrito “Será Karlla gemendo?”.

                Merda. Tinha que resgatar minhas amigas. Eu e Nathan voltamos para a festa e todos estavam completamente bêbados, dançando no gramado, fazendo competição de quem conseguia beber mais. Tinha uma menina se agarrando com outra na árvore e... Max junto com as duas... Entrando na republica encontramos Camila apenas de sutiã e indo tirar o short.

                - Acabou a brincadeira – Nathan riu e puxou ela que lutou para continuar seu strip.

                - Acorda Camila – dei um tapinha na cara dela e ela começou a rir. – Cadê a Karlla? – perguntei e ela se jogou no sofá em cima de um cara. – Levanta maluca – comecei a rir e Nathan me ajudou. – Conhece essa porta? – mostrei para Nathan a foto.

                - É o quarto do Louis... Eu fico com a Camila aqui, não vou lá em cima.

                Ah, claro. A famosa briga. Subi as escadas e achei a porta, não ouvia mais nada, tentei abrir, mas estava trancada. Bati duas vezes e logo ouvi passos vindo até a porta. Louis abriu apenas de cueca e me senti envergonhada. Estava roxa e ele me olhando com uma interrogação na cara.

                - Karlla ta ai? – acabei dizendo.

                - Ela dormiu... Tentei acordar, mas não consegui e não quis deixa-la aqui sozinha...

                - Claro... – sussurrei – Tudo bem se ela ficar aqui? Não sei se consigo carregar duas para casa – Acabei rindo e ele também.

                - Tudo bem. Ela às vezes resmunga meu nome e me abraça. – ele levantou a sobrancelha e segurei meu riso.

                - Obrigada, quando ela acordar avisa que já fui.

                Ele concordou com a cabeça e tornou a fechar a porta, desci as escadas e encontrei Camila dormindo ao lado do Nathan. Ele conseguiu fazer com que ela coloca-se a blusa, ou ele colocou. Parei ao lado dele e ele me olhou.

                - Ótimo. Como vou carregar bela adormecida para casa?

                - Quer ajuda?

                - Adoraria.

                Ele pegou Camila no colo e saímos dali. A festa já estava vazia, já era noite e os que não desmaiaram pela casa deviam estar nos quartos. Percebi pela expressão dele que ele queria perguntar algo, me esforcei e então ouvi “Se segura Nathan. Não pensa nisso.” E a imagem da minha calcinha apareceu. Comecei a rir, ele estava se controlando para não pensar nisso.

                - Que foi? – tentei parar de rir.

                - Acho que efeito da bebida ainda. Ou o vento que está entrando por baixo do meu vestido – Touché, Camila diria se estivesse acordada.

                Ele corou e tenho certeza que sei o que ele está pensando. Andamos mais um pouco e subi a pequena escada para abrir a porta para ele, acendi as luzes e indiquei a cama dela. Ele a largou ali e se juntou a mim. Estava sentada na varanda e ele sentou ao meu lado no banco.

                - Sabe, temos uma coisa pendente. – ele sorriu.

                - Temos? Não lembro – me fiz de desentendida.

                - Ah temos – ele puxou minha perna colocando sobre a dele.

                - Ah sim! – dei um riso – Sabe... Quanto maior a expectativa melhor à experiência... Ou não... Sei lá. – acabei rindo.

                - Está querendo dizer o que? – ele deixou um beijo perto do meu ouvido descendo pelo meu pescoço.

                - Que você está tirando minha concentração – ele me olhou – Nathan. É melhor eu ir dormir...

                - Posso ficar? – ele fez uma cara irresistível – Meu quarto provavelmente está ocupado...

                - Tudo bem. Mas, vai embora amanhã. Antes que Camila acorde.

                - Sim senhora.

                Ele se levantou e estendeu a mão para mim. Entramos e fui direto para o banheiro trocar de roupa, com pijama fui para o quarto e encontrei Nathan sem camisa na minha cama. Tentador! Ele sorriu, ah, aquele sorriso. Deitei ao seu lado e fiquei encarando ele por um tempo. O que está acontecendo comigo? Estou parecendo uma criança numa loja de doces, e ele é meu doce preferido.

                - O que está pensando? – ele disse baixinho.

                - Coisas... – sorri para ele.

                - Coisas... – ele repetiu e me deu um beijo rápido – Que coisas?

                Sorri e não respondi, apenas dei um beijo nele, sussurrei um “Boa noite” e virei para o lado para dormir. Ele me abraçou, sua respiração em meu pescoço e dormi logo.  Acordei no dia seguinte morrendo de calor porque ele tinha se enroscado em mim. Tentei sair dali, mas ele não se mexia. Chamei seu nome algumas vezes e ele abriu os olhos.