Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                Eu tinha que tentar algo, nem que tivesse que ativar a magia negra, eu não podia o deixar morrer. Eu já quase não sentia sua pulsação. Concentrei todo meu poder, minha força e meu amor e pude sentir romper a barreira. Nunca tinha me sentido assim, senti todo o poder em minhas mãos e então ouvi uma voz.

                - Manu me deixe ir – era Nathan.

                - Não, não. – comecei a chorar mais – Eu não posso.

                - Manu. – Camila abriu a porta e as três correram em minha direção me afastando de Nathan.

                - Não, não. Não posso. – eu chorava.

                - Manu – Karlla me sacudia – Olha para mim. Você precisa esquecer, você tem que fazer igual Nathaniel, sentimos quando ativou sua magia, Manu. Esqueça.

                - Eu estava quase salvando ele. – chorava sem prestar atenção no que Karlla dizia. – Tenho que tentar.

                - Manu – Nathaniel apareceu na porta e correu em minha direção. – Já chamaram a ambulância? – ele olhou para as três que não sabiam o que fazer.

                - Já – Lari respondeu.

                - Nathan – sussurrava agora – Por favor, volta. Nathan – Nathaniel me abraçou.

                Tudo que ouvi depois foi meu soluço, Nathaniel sussurrando algo comigo e a ultima coisa foram as sirenes e depois nada. Acordei com o som do monitor da frequência cardíaca. Levantei e vi Lari vindo em minha direção.

                - O que aconteceu? – perguntei.

                - Você desmaiou... – ela disse apreensiva. – Vou chamar todo mundo... – ela saiu e logo voltou com Nathe, Camila e Karlla.

                - Como está se sentindo? – Camila perguntou na duvida.

                - Cadê Nathan? – houve uma troca de olhares e ninguém falava nada. – Não... – meu coração começou a acelerar e o bipe da maquina aumentava.

                - Manu. – Nathaniel se aproximou. – Preciso que fique calma.

                - Eu podia ter salvo ele. – comecei a chorar e ele me abraçou.

                - Hey. Ninguém poderia.

                - Sim. EU poderia Nathaniel... – a maquina agora fazia um bipe rápido e alto.

                - Vou pedir que saiam do quarto. – a enfermeira apareceu na porta – A paciente precisa descansar. – todos saíram.

                - Ele sofreu?

                - Quem? – ela me olhou com receio.

                - Nathan... – abaixei os olhos.

                - Ele não morreu... Quando chegamos o médico fez de tudo e ele conseguiu pulso. Mas ele ficou muito tempo desmaiado e agora está em coma.

                - Ele está vivo? – meu coração podia saltar pela boca.

                - Está.

                - Preciso vê-lo. Por favor.

                - Assim que o médico autorizar eu deixo você ir.

                - Obrigada. – ela sorriu gentilmente e me deu um copinho com remédios.

                Fingi engolir e quando ela saiu do quarto fui ao banheiro e os joguei no lixo. Peguei minhas roupas e me troquei. Abri a porta calmamente não tinha ninguém no corredor. Tinha lido a mente dela e sabia exatamente aonde ir. Segundo quarto a esquerda no próximo corredor.

                Abri a porta e ele estava ali deitado com aparelhos em volta. Se eu me lembrava bem das minhas aulas ele estava vivo somente por aparelhos. Deitei na cama ao lado dele e podia sentir um leve bater do coração, que provavelmente era origem dos aparelhos. Apenas para mantê-lo vivo. Abracei-o mais forte que pude e dormi. Acordei com a enfermeira me sacudindo.

                - Como você achou? – ela me olhou – Não importa. Os pais dele estão aqui para tomar a decisão.

                - Que decisão? – Não, eu devia ter tentado.

                - Ele não vai acordar, nunca. – ela disse. – Vamos, eles vão vir desligar os aparelhos.

                - Me dê mais cinco minutos – uma lagrima rolou – Só para me despedir.

                - Cinco minutos – ela saiu e fechou a porta.

                - Nathan – deitei novamente em seu peito – Desculpe.

                - Eu desculpo – ele respondeu, estava ficando maluca.

                - Quê? – olhei e ele continuava do jeito que estava. – Devo estar maluca – sussurrei – Eu te amo Nathan. Não quero que você me deixe.

                - Eu também te amo. Você precisa me deixar ir... – OK eu não estava maluca eu ouvi.

                Ao ouvir novamente ele o médico entra no quarto e pede para que eu saia. Ao sair encontro com os pais dele, Nathaniel e minhas amigas. Até Dionne está ali. A mãe dele me abraçou e não consegui mais conter as lágrimas. Minha vontade era de pedir desculpas, a culpa era minha por ele ter morrido. Eu só queria minha mãe aqui, mas ela também foi tirada de mim.

                Assim que ela me soltou sai dali, não conseguiria ficar ali esperando. Apertei o elevador e o tempo que ele demorou Nathaniel e as meninas me alcançaram. Quando a porta abriu todos entraram, seguiu-se um silencio até o saguão onde dei de cara com Max, Thomas, Siva e James. Nathaniel falou algo e eles subiram.

                Continuei meu caminho, para onde não sei. Apenas Nathaniel estava do meu lado. Podia ouvir sussurros atrás, acho que era da Karlla, Camila e Larissa. Não quis olhar, não quis pensar, só queria andar. Um pé depois do outro, sem direção.