Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                Karlla

                Estávamos no hospital quando a enfermeira estava desesperada dizendo que Manu havia sumido do quarto. É claro que já a conhecíamos e sabíamos onde ela estaria, avisamos e a enfermeira foi até o quarto encontrando ela lá deitada junto com Nathan. A cena mais triste que já tinha visto, talvez se não tivéssemos chegado ela teria conseguido trazer Nathan de volta.

                Nathaniel diz que seria quase impossível e que ela poderia até se matar se conseguisse isso. Ninguém nunca tinha feito isso. Mas ela tinha tanta certeza que faria que não eu tinha duvidas que ela conseguiria.

                Os pais do Nathan voltaram depois de uma longa conversa com o médico. A mãe dele chorava desesperadamente. O medico entrou e logo Manu saiu indo de encontro ao abraço dela. As duas choraram ali desoladas, Dionne estava incontrolável, Camila tentou acalma-la, mas não conseguia.

                Quando percebemos Manu havia saído dos braços da mãe de Nathan e foi até o elevador. Seguimos ela e ninguém falava nada. Nathaniel estava do lado enquanto eu, Cam e Lari ficamos atrás.

                - Será que ela vai ficar bem? – Lari perguntou.

                - Não sei – Camila olhou preocupada.

                - Espero que sim... – mas como? Perdeu os pais, o amor dela...

                Como agir em um momento desses? Camila e Lari pensavam a mesma coisa. Nos ainda tínhamos nossos pais, nossos namorados e Manu perdeu tudo. E além de ter que lidar com a morte deles ainda teria que lidar com o fato de ter ativado sua magia negra. Depois de dez minutos que saímos do St. Vicent’s Immediate Health Care Manu chamou um táxi.

                Apenas Nathaniel entrou e nos três ficamos na rua olhando o táxi ir sem a gente. Voltamos ao hospital e sentamos no banco, Thomas veio ao meu encontro e me abraçou. Ele chorou apenas, ninguém imaginaria que isso iria acontecer. A polícia estava atrás dos “assaltantes”.

                                -

                Estava indo para casa. Queria ir sozinha, mas Nathaniel fez questão de ir comigo. Na porta havia uma faixa da policia olhei ela por um tempo e depois a rasguei abrindo a porta. Olhei para onde na noite seguinte Nathan estava deitado, morrendo e não pude fazer nada. Encarei aquilo, revivendo a noite anterior, desejando voltar no tempo.

                - Manu – Nathaniel tirou de meus pensamentos. – Você precisa pegar suas coisas anda.

                Subi as escadas e virei para meu quarto. A porta do armário ainda estava aberta. Peguei uma mala e joguei o mais importante lá dentro. Peguei outra mala e joguei mais algumas coisas, subi para o quarto do Nathan e peguei algumas blusas e casacos dele. Não queria ir sem levar “ele” comigo. Nathaniel olhou assustado quando voltei com as roupas do Nathan, mas não disse nada.

                Ele pegou as malas e desceu. Por ultimo peguei minha mochila, joguei algumas coisas pequenas e desci. Olhei novamente para o sangue no sofá e me lembrei do Nathan e da sua voz pedindo para deixa-lo ir. Como eu poderia deixa-lo ir...

                - Vamos? – Nathaniel apareceu na porta.

                Sem dizer nada sai e entrei novamente no táxi. Ele dirigia por ruas conhecidas, estávamos voltando para Yale. Parecia que se passaram semanas e tudo que eu queria era Nathan aqui comigo. Eu só queria ter dito tudo para ele, tudo que sentia. Encostei minha cabeça no banco e fiquei olhando a paisagem.

                - Vai fazer voto de silêncio? – Nathaniel me encarava. Não respondi. – Manu. Fala comigo. Quero te ajudar.

                - Me ajudar? – olhei para ele furiosa – Não há nada que possa fazer Nathaniel. Eles levaram tudo que eu mais amo, eles me fizeram ativar essa merda...

                - Você ainda tem suas amigas... Você ainda tem... – ele fez uma pausa me analisando – a mim. Você tem a mim e sempre terá. Uma coisa que não te falei antes, quando você muda a ordem das coisas, coisas ruins acontecem. É tudo ligado, você salva ele hoje, amanhã pode ser pior, ou outro morre no lugar dele. Mas do mesmo jeito afeta a você diretamente. Se você tivesse que escolher salvar ele e matar algum de seus amigos, qualquer que seja, você faria isso? – Faria?

                Olhei de volta para a estrada. Fechei os olhos e pude ver Nathan sorrindo.

                “Eu te amo” ele disse labialmente.

                - Não me deixe – eu disse – Não sei se consigo seguir minha vida sem você.

                - Claro que consegue – ele disse sorrindo.

                - Eu preciso de você – ele colocou a mão em meu rosto e sorriu ternamente.

                - Não precisa. Você é forte.

                - Nathan. – eu começava a chorar – Eu não quero.

                - Manu. Às vezes precisamos deixar as pessoas irem, mesmo que não queiramos isso.

                - Não. – ele me abraçou.

                - Mas...

                - Mas? – olhei para ele.