Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                 - Mas você é. – ainda olhava perplexa não acreditando no que via.

                 - Nathaniel te contou que não.

                 - Nathan... Eu vi você morrer, fui ao seu enterro. Vi sua mãe chorando, seus pais, seus amigos...

                 - Eu sinto muito por isso. Eu tive que fazer isso. Para a segurança de todos. Quando Nathaniel me contou como você estava eu quis voltar correndo. Mas como explicar que eu não estava morto? Você está chocada, triste, eu nunca te deixei sozinha. Eu sempre me mantive informado.

                 - Deveria ter morrido – sai batendo a porta e descendo as escadas.

                 - Manu – ele veio logo atrás. – Sei que não é isso que você queria que tivesse acontecido.

                 - Certeza Nathan? – o encarei. – Caso não tenham te contado eu superei nossa relação...

                 - Ah me contaram. Ficou com Nathaniel, Keaton, Max... Me esqueci de alguém?

                 - Pode ficar. Só tenha certeza de que ninguém verá você.

                 - Aonde vai?

                 - Voltar para Yale. Amanhã tenho aula. – menti.

                 - Está tarde...

                 - E...?

                 - Não vou deixar você dirigir a essa hora e nesse estado?

                 - Que estado?

                 - Claramente irritada.

                 - Você não manda em mim Nathan.

                 - Diga então, olhando nos meus olhos aquilo e deixo você ir e até saio daqui.

                 - Aquilo o que? – ele se aproximava.

                 - Que preferia que eu estivesse realmente morto. Que você, nem por um segundo quis que eu voltasse, e que você não sente nada, absolutamente nada por mim. – ele me encarava – Diga Manu.

                 - Eu... – comecei a dizer e as palavras não saiam mais.

                 Ele estava muito perto, seus olhos verdes me encaravam. Seu perfume invadia meu nariz e meu coração batia descontroladamente, me senti uma criança indefesa. Como eu diria aquilo para ele? Era tudo mentira, sim, eu queria que ele voltasse correndo e durante esses meses o que eu mais pensei foi em encontrar com ele, mas, ele me abandonou...

                 - Você o quê? – ele ainda sustentava o olhar. – Manu?

                 - Eu preciso ir. – quando sai dei de cara com Carlie.

                 - Manu – ela e Nathan falaram quase ao mesmo tempo e ela se assustou ao vê-lo ali.

                 - Oi Carlie. – sorri e dei um abraço nela. – Esse é meu amigo Nathan...

                 - Ah – ela sorriu – Prazer. – e olhou para mim – Só vim dar um oi mesmo. Depois nos falamos – ela sorriu e foi embora.

                 - Fica? – ele ainda estava atrás de mim.

                 Entrei sem olhar para ele. Ele tinha razão, estava tarde para voltar, e estava de férias... Sentei no sofá olhando para o fogo. Aquela casa me trazia muitas lembranças e eu tinha que bloqueá-las. Ele se sentou ao meu lado e me puxou para um abraço, não consegui negar, era tudo que eu queria nesses meses. Fechei os olhos e apenas aproveitei a troca de calor.

                 Acabei dormindo e acordei na cama do meu quarto com a luz do sol entrando pela janela. Olhei para o lado e dormia sozinha, nenhum sinal de que ele havia dormido ali. Peguei meu celular e olhei a hora. Cedo até para o sol. Levantei e fui ao banheiro.

                 Quando sai desci as escadas e não o encontrei ali, olhei todo o andar de baixo e subi de novo. Nada. Estava sozinha. Será que havia delirado tudo aquilo? Tudo de ontem a noite foi uma completa viagem e mentira? Será? Fiz um chá e olhei pela janela da cozinha que dava para o mar e vi Claire na praia. Troquei de roupa e fui de encontro a ela.

                 - Oi – sorri vestindo a parte de cima do biquíni, short e óculos de sol.

                 - Oii – ela sorriu e me abraçou.

                 - Como está?

                 - Bem e você? – sentamos na areia.

                 - Bem...

                 - Desculpe não ter ido... Soube meses depois...

                 - Ido aonde?

                 - No enterro dos seus pais... Fiquei sabendo quando seu namorado morreu...

                 - Ah... – ele não morreu, ri internamente.

                 - Quem era aquele gato com você ontem à noite? – não havia delirado nada.

                 - Amigo...

                 - Amigo? Sei...

                 Rimos e conversamos mais um pouco até o namorado dela chegar. Voltei para a casa com a intenção de pedir um almoço e voltar para Yale. Entrei e Nathan estava relaxado no sofá, com um violão em mãos. Agora ele tinha tempo livre para praticar o que quisesse. Ele tocava uma melodia conhecida, mas não conseguia me lembrar de qual era.

                 - Tenho que ir... – disse mudando a opinião de ficar para o almoço e arriscar ir para o tédio sem fim, já que todas tinham ido viajar.

                 - Estava treinando uma musica... Quer ouvir? – ele ignorou o que eu havia dito.

                 - Tenho que ir... Sério.

                 - Sei que você está de férias Manu. Só três minutos... – ele largou o violão no sofá e me puxou para cima, no quarto dos meus pais onde havia um piano. – “Aren`t you somethin` to admire, Cause your shine is somethin` like a mirror, And I can`t help but notice. You reflect in this heart of mine. If you ever feel alone and the glare makes me hard to find, Just know that I`m always parallel on the other side. Cause with your hand in my hand and a pocket full of soul. I can tell you there`s no place we couldn`t go. Just put your hand on the glass, I`m here tryin` to pull you through. You just gotta be strong... “

                 - Tenho que ir – disse antes mesmo de começar a musica direito e desci as escadas saindo para a praia e andando sem olhar para trás.

                 Quando a fome deu sinal eu resolvi voltar. Eu tinha mais um mês de férias, sem minhas amigas. Parei em frente à porta, tomei coragem e entrei, não o vi no sofá, o violão continuava lá. Ouvi então o piano no andar de cima. Ele havia ficado esse tempo todo ali? Tocando para si? Subi lentamente os degraus e pude ouvi-lo cantando.

                 - There’s nothing like us, there’s nothing like you and me… Together through the storm…

                 Continuei parada do outro lado da porta enquanto ele terminava a musica. Não conseguia dar um passo, não queria sair dali. Ele acabou a musica e seguiu um silencio seguido de algo quebrando. Abri a porta e o vi de pé, agora encarando a porta. Do outro lado da sala estava uma garrafa de cerveja quebrada, ele a jogou contra a parede.