Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                 Ficamos conversando sobre tudo e sobre nada e depois tiramos algumas fotos com meu celular. Todas já estavam indo e eu e Cassie fomos andando enquanto ela via as fotos. De repente ela para no meio do caminho e seu rosto não está com uma expressão muito boa.

                 - Que foi? – olhei para ela.

                 - Por que tem uma foto minha com meu pai no seu celular?

                 - O que? – merda.

                 - Aqui... – ela apontou para ela e para o pai.

                 - Essa aqui sou eu... E minha mãe.

                 - Não. – ela olhou séria para mim – Essa é minha mãe. Ela morreu no parto.

                 - Não Cassie. Ela morreu semestre passado.

                 - Você é... – ela disse.

                 - Eu queria te contar antes, mas... Bem, não tem como eu chegar e falar “oi, sou sua irmã.”

                 - Desde quando você sabe?

                 - Desde que minha... Nossa mãe morreu. Ela me deixou uma carta explicando sobre você. E eu nem sabia que eu tinha um outro pai... E que ele estava vivo.

                 - Isso é tão esquisito. Por que meu pai esconderia isso de mim?

                 - Você também é?

                 - Sou o que?

                 - Ér... O que nosso pai é...

                 - De aquário? Não. Sou libra.

                 - Ah sim – sorri.

                 - Eu preciso ligar para o meu pai. Ele me deve explicações...

                 - Você pode me levar junto? – ela hesitou um pouco com a resposta.

                 - Claro...

                 O fim de semana chegou e fomos para a casa dela. Eu estava bem nervosa, não sabia o que esperar dele. A reação. Será que ele tinha se decepcionado quando Cassie não desenvolveu poder nenhum? Será que ele sabe que eu tenho? Por que ele levou ela? Nunca deu noticias? Tantas perguntas...

                 Talvez ele já esperasse que eu fosse aparecer esse fim de semana e tenha decidido não vir. Afinal o sábado todo ficamos em casa esperando. Ela ligou para ele centenas de vezes e não chamava, ia direto para caixa postal. Talvez ele não me quisesse por perto. Pelo menos eu e Cassie nos aproximamos muito agora que sabíamos que éramos irmãs, ou melhor, que ela sabia.

                 Rezam as más línguas de Yale que Cassie e Adam (Nathan) estão saindo, outro negam e dizem que ela esta saindo com Nathaniel. Deve ser algum coisa no DNA com esses dois. Eu não sabia como perguntar, eu visivelmente estava com ciúmes, tanto de um quanto de outro.

                 - Então – sorri enquanto estávamos na cozinha almoçando no domingo.

                 - Então? – ela riu.

                 - Adam ou Nathaniel? – tomei coragem.

                 - Adam não me dá bola. Disse ter namorada. E eu e Nathaniel saímos algumas vezes... – ela olhou preocupada – Tudo bem por você? Se eu sair com ele?

                 - Quê? Claro. Não temos nada além de uma grande amizade.

                 - Ele fala muito de você...

                 - A pior coisa é você sair com alguém e ele falar de outra né? Vou conversar com ele. – rimos e terminamos nosso almoço.

                 Estávamos ajeitando as coisas para voltarmos quando escutamos a porta lá em baixo bater e sons de malas baterem ao chão. Cassie desceu correndo as escadas e fui logo atrás mais devagar.

                 - Pai – ela pulou em seu colo e a felicidade toda acabou quando ele me viu parada no meio da sua sala.

                 - Oi – dei um meio sorriso.

                 - Emanuela? – ele disse e veio em minha direção.

                 - Sim... – Ao dizer isso ele me abraçou tão forte que me esqueci do mundo naquele momento.

                 - Como você está? – ele perguntou olhando para mim.

                 - Estou bem... Eu acho.

                 - Eu sinto muito – ele me abraçou novamente – Vamos sentar, acho que temos muito o que falar.

                 - Vou deixar vocês a sós. – Cassie disse saindo da sala.

                 - Eu sinto muito. Sem que devo explicações, para vocês duas na verdade, mas... Cassie não sabe. Cassie não sabe desse mundo que você conhece. Eu tentei estimular ela a descobrir isso, mas nunca aconteceu. É uma coisa natural, ou você nasce com isso ou não. – eu não conseguia pensar em nada para dizer – Emanuela... Ninguém pode saber que estou vivo. Para quem você contou?

                 - Nathan... E Nathaniel talvez, não lembro.

                 - Nathan é perigoso filha... – ele... me chamou de filha – Muito perigoso.

                 - Ele não é...

                 - Quando o instinto dele começar a predominar ele não vai ligar para os sentimentos que tem por você. Ele já é um caçador há muito tempo. Eu o conheci, ele tentou me matar uma vez, por isso ele se aproximou de você.

                 - Eu entrei na cabeça dele, ele não estava mentindo.

                 - Caçadores sabem como deixar que você veja somente o necessário. Você precisa se afastar dele.

                 - Você aparece na minha vida agora e menos de dez minutos quer que eu me afaste da pessoa que eu mais amo?

                 - Mas – Cassie apareceu na porta – Pensei que Nathan tinha morrido. – ela olhou assustada.

                 - Cassie... – o pai olhou bravo para ela. – O que você ouviu daqui?

                 - O nome do Nathan, ela gritando que você acabou de entrar na vida dela e que ele estava vivo.

                 - Ele não morreu – levantei do sofá olhando para ela – Ele acobertou a morte porque estavam atrás dele. – olhei apreensiva para os dois – Tenho que voltar para Yale. – subi as escadas e peguei minhas coisas.

                 - Você não precisa ir – Alexander estava no pé da escada me olhando.

                 - Ninguém pode saber que você está vivo, nem onde você está. – olhei para ele – Tchau. – ele me abraçou e hesitou em me soltar. – Tchau Cassie – acenei de longe e sai pela porta.

                 Peguei um táxi e fui até Yale, decidida o que iria fazer a seguir. Entrei no quarto peguei minhas malas e joguei todas as minhas coisas, escrevi um bilhete e deixei sobre a mesa. Peguei outra mochila, joguei mais algumas coisas que tinha sobrado e sai pela porta jogando as malas e a mochila no banco de trás do carro e a bolsa no lado do carona.

                 - Onde está indo? – Nathaniel apareceu.

                 - Não sei ainda – olhei para ele ansiosa.