Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                 Eu esperava que ele estivesse com o celular, afinal, agora até meu nome estava diferente. Quando peguei as coisas do cofre minha mãe tinha feito passaportes e identidades falsas para toda a família. Agora eu era Ashley Montgomery, vinda de uma família rica, os pais moravam fora do país. Emanuela só existia como a órfã, dona de bilhões e dona de uma casa de praia. Aos poucos eu ia retirando o dinheiro dos meus pais, o único lugar onde eu era conhecida como Emanuela era no banco.

                 As semanas começaram a se passar, e nenhum sinal de Nathaniel, talvez ele estivesse com medo de atender? Decidi comprar outro número, um temporário, pré-pago e mandei uma mensagem para ele. Pedi para ele atender a ligação. Quando liguei ele atendeu.

                 - Manu – ele disse preocupado do outro lado. – Você está bem?

                 - Eu que te pergunto. Fiquei te esperando, fui ao seu quarto e percebi que você tinha ido embora. O que aconteceu?

                 - Eu tive que fugir. Estão atrás de mim, e de você. Manu. Nathan pirou.

                 - O quê? – eu comecei a tremer.

                 - Ele tentou me matar, ameaçou suas amigas. Elas disseram tudo que sabiam sobre onde você poderia estar. Ele esta te procurando.

                 - Meu pai me falou... Ele estava fingindo o tempo todo. Meu pai conhece ele há muitos anos. Nathaniel, você está mesmo bem?

                 - Estou, estou morando longe de Yale, mudei de nome. Ele não vai me achar. E você?

                 - Achei uns passaportes e identidades que minha mãe tinha mandado fazer. Estou bem. Eu... – hesitei – Quero te ver.

                 - Estou em Vancouver. Quando chegar me avisa.

                 Desliguei o celular, estava mais paranoica do que antes. Fui até em casa, fiz uma pequena mala, tranquei tudo e peguei o carro. Dirigi até lá, cerca de dezesseis horas e estava lá. Era oito da noite já. Liguei o celular e liguei para ele. Segundo toque e ele atendeu.

                 - Você está onde?

                 - Granville Park, bem em frente.

                 - Estou indo.

                 Movimento da rua estava normal, provavelmente pelo horário. Menos de cinco minutos uma BMW, não sei o modelo, mas bem grande, 4x4 estacionou na minha frente. Ninguém saiu do carro e decidi ligar para Nathaniel.

                 - Você está onde? – ele atendeu.

                 - Aqui... – eu disse – Qual é a marca do seu carro?

                 - BMW, branca.

                 - Estou atrás de você. – e então ele saiu do carro. – Oi – sai também e o abracei forte.

                 - Desculpe ter sumido. Nós dois corremos perigo, não podemos mais nos ver, você sabe disso né?

                 - Sei – disse triste – É só que... Eu realmente sinto sua falta – disse olhando para o chão.

                 - Eu também – ele me abraçou. – Vamos para minha casa, amanhã você volta para sua casa.

                 - Eu vou, mas tenho que voltar hoje, eu trabalho amanhã.

                 - É melhor ir então. – ele me deu um beijo rápido na bochecha.

                 Segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos e o encarei por um milésimo de segundo. Aproximei nossos rostos e o beijei. Ele hesitou, mas me beijou de volta.

                 - Desculpe ter demorado a entender tudo isso... Eu estava completamente iludida por ele...

                 - Ei – ele passou a mão no meu rosto – Vamos superar isso. Quando tudo se acertar poderemos ficar juntos. Esperei muito tempo por você e não vou desistir fácil. – ele sorriu. – Agora vai. Boa viagem.

                 - Obrigada. Fica bem ta? – apertei sua mão e dei outro beijo rápido – Te amo – sussurrei.

                 - Eu também te amo. – seu rosto transpareceu, seus olhos brilharam e eu só queria ficar ali com ele para sempre.

                 No minuto seguinte eu estava dentro do carro dirigindo de volta para San Francisco. Lágrimas rolaram pelo meio do caminho, principalmente quando começaram as musicas românticas no som do carro. Comprei energéticos e café pelo meio do caminho para não dormir. Cheguei quase uma hora da tarde em casa e fui direto para o trabalho.

                 - Ash? ASHLEY – Brandy estava sacudindo a mão na minha frente.

                 - Oi – sorri, Ashley, sou eu.

                 - Tudo bem?

                 - To, só não consegui dormir a noite.

                 - Mas passei na sua casa e você não estava lá...

                 - Eu fui encontrar com um amigo... Fiquei meio... Sei lá – sorri sem saber explicar.

                 - Entendi... – ela riu e voltou para seu cubículo.

                 Nunca tinha pensando em trabalhar em um lugar como esse, mas como eu tinha uma nova vida, até graduação minha mãe tinha pensando, ela escolhera administração. Eu honestamente não fazia do que trabalhar e me inscrevi na vaga de uma empresa para atender ligações, fazer ligações, era praticamente uma secretária.

                 Depois do trabalho fui para casa, comi algo e cochilei um pouco. Acordei no meio da madrugada, deitada no sofá, estava completamente encharcada, a ultima coisa que me lembro do sonho era o rosto do Nathan. Ele estava completamente irritado.

                 Durante o tempo que estava lá evitei o máximo de não acessar nada da minha antiga vida. Meu celular tinha numero bloqueado e resolvi ligar para as meninas. Tentei todas e nenhuma atendeu, tentei de novo, começando por Karlla dessa vez.

                 - Alô? – Karlla disse do outro lado da linha.

                 - Não fale meu nome. Você está sozinha?

                 - Oi. Sim, estou bem. – ela estava tensa.

                 - Desculpe ter sumido. Peça desculpa para as outras também. Tenho que ser rápida. Estou com saudades e assim que der eu faço um contato maior.

                 - Não, claro que eu entendo, mas eu não pedi nada disso – Karlla dizia.

                 - Nathan está ai?

                 - Com toda certeza. Sinto muito que tenha perdido seu tempo.

                 - Cuidado. Todas vocês. Amo vocês.

                 - Ah eu também. Obrigada, boa tarde.

                 E então ela desligou. Definitivamente a ligação mais estranha das historias das ligações. Eu tinha que tirar elas de lá, mas não sabia como. Enquanto eu estivesse longe elas estariam mais seguras do que comigo lá.