Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                 - Bom dia – ele disse beijando meu ombro e subindo pelo meu pescoço.

                 - Bom dia – me virei para encarar seus olhos verdes.

                 - Que historia era aquela que estavam atrás de você? – ele parecia preocupado.

                 - Jason... Sério. Quanto menos souber melhor. Eu... Eu preciso pedir um favor.

                 - Qualquer coisa.

                 - Primeiro. Não pode contar para ninguém que me viu por aqui. É muito perigoso, para mim. Segundo. Eu... Preciso que você vá para Yale ver se Camila, Karlla e Larissa estão bem. Estou preocupada com elas.

                 - Claro... Manu... Sabe que o que precisar pode me falar.

                 - Ashley. Por favor.

                 - Ashley – ele sorriu – Pode ficar aqui se quiser.

                 - Eu tenho minha casa. Falando nisso... E meu carro?

                 - Deve estar lá perto do clube ainda...

                 - Podemos ir lá buscar?

                 Depois do almoço fui buscar meu carro, com multa por ter estacionado ali. Dirigi de volta para a casa do Jason, era sábado e eu não trabalhava. Brandy tinha me mandando mensagens e eu respondi dizendo que estava bem e viva.

                 - Vou pintar meu cabelo – eu disse sentada no sofá com Jason.

                 - Por quê?

                 - Você me reconheceu logo. Eu preciso mudar... – brincava com um fio solto do cobertor. – Tenho que voltar para minha realidade Jason. Quando for para Yale me avisa ok?

                 - Uma pena que tenha que ir. Falo sério, gostei muito de ter te encontrado ontem.

                 - Sabe, talvez você seja a única coisa normal na minha vida no momento. E gosto de pensar nisso, mas realmente preciso te manter longe dessa loucura que é minha vida agora... E eu meio que já tenho alguém me esperando... – pensei em Nathaniel e o quanto ele me irritaria com o que aconteceu noite passada.

                 - Entendo... – Jason disse não tão feliz – Devo ir segunda e te aviso como está tudo por lá.

                 - E?

                 - Nunca te vi por aqui – ele riu. Levantei do sofá e nos despedimos.

                 Segunda chegou logo e fui trabalhar. Brandy me esperava no saguão com um copo de café e um sorriso de “desculpe, sumi o fim de semana e nem te liguei.” Não comentei nada porque estávamos em cima da hora e quando chegamos o elevador estava cheio.

                 - Me conta quem era aquele loiro de morrer que você saiu no sábado?!

                 - Ah, é um amigo... – ri.

                 - Parecia mais que amigo, ele largou os amigos dele para te levar embora.

                 - Nós ficamos um tempo, quando ele era meu professor – percebi então o que tinha acabado de falar e disse que ele era professor de história.

                 - Agora entendo como você já é formada – ela brincou enquanto nossos computadores ligavam.

                 - Carta – o menino gritou jogando três cartas e um pacote sobre minha mesa.

                 Olhei as cartas primeiro, conta, conta e... Canadá. Abri logo a carta, era a letra do Nathaniel, caligrafia impecavelmente perfeita. Tinha só uma linha, mas me deixou vermelha. Estava sorrindo igual uma idiota olhando para aquela carta.

                 - Ganhou na loteria? – Brandy me olhou curiosa.

                 - Quase isso – sorri.

                 - É do professor? – ela já estava do meu lado lendo a carta. – Que rápido ele, já dizendo isso.

                 - Não é dele – olhei uma última vez “Estou com saudades, te amo, mais que tudo no mundo!” – É de um ex...

                 - Que ex esse que não to sabendo?

                 - Ah... Ele teve que se mudar e eu também então acabamos ficando afastados... Vida.

                 - E esse pacote? – ela olhou – Jason. Quanto homem, me apresenta um.

                 - Apresento – dei uma risada.

                 - Abre isso logo, estou curiosa – ela jogou a caixa.

                 Abri e dentro tinha um papel. “Odeio quando trocam de número e esquecem de avisar, você não?” e havia um celular lá dentro. Uma mensagem de voz apitando, a senha estava no final do bilhete. Peguei o celular e coloquei para ouvir a mensagem.

                 - “A pior coisa do mundo é não avisarem o número novo. Você não me entregou a carta para suas amigas, então, comprei o celular. Quando eu chegar lá eu te ligo e você fala com elas. Sei que você disse que tem outro e eu sei o quanto gosta dele, mas quando quiser fugir um pouco dessa sua vida sabe onde me encontrar. E por favor, não coma mais bolinhos enquanto eu não voltar para te resgatar.”

                 - Bolinho? – Brandy olhou para mim.

                 - É. Aquele maldito cupcake que você me deu. Não lembra?

                 - AAAAH – ela corou e se escondeu atrás da parede.

                 Mais ou menos na hora do almoço o celular tocou. Era Jason, me afastei de todos e atendi. Minha mão tremia, na verdade, meu corpo todo.

                 - Oi? – Jason disse do outro lado

                 - Oi – disse com esforço.

                 - Manu – Karlla falava do outro lado.

                 - Você está bem? – Camila perguntou.

                 - Estou... E vocês?

                 - Preocupadas – Lari disse.

                 - Desculpem-me...

                 - Manu, ele surtou quando descobriu que você tinha ido – Ka

                 - E nos surtamos porque você tinha esquecido de mencionar o fato dele estar vivinho – Cam disse.

                 - Eu não podia dizer. Eu pensava que ele corria perigo, não o contrário.

                 - Manu, você não está entendendo. Ele está namorando a Cassie.

                 - O QUÊ? – gritei no meio da rua e todos olharam. – Vocês precisam tirar ela daí. Ele sabe...

                 - Sabe o que Emanuela? – Camila disse preocupada.

                 - Cassie... Cassie é minha irmã.

                 - Eu falei que tinha visto – Camila disse, não para mim, mas para as outras.

                 - Escutem com atenção, tenho que voltar para o trabalho, mas isso é importante. Nathan, fiquei longe, evitem, fujam se necessário. Ele é perigoso, mentiroso. Ele não é um aluno normal de faculdade. Meu pai o conhece.

                 - Como assim?

                 - Caçadores não morrem, Nathan não pode morrer, ele não fica velho, ele é muito poderoso, ele faz com que acreditemos em qualquer coisa. Tomem cuidado tá?

                 - Manu... Onde você está? – Nathan falou ao telefone e congelei de medo.