Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                 - Manu – Lari me abraçou.

                 - Ashley? Sério? – Karlla olhou para mim e todas rimos.

                 - Olha, eu sei que vocês querem passar, pegar roupas e tudo mais, mas não temos tempo para isso. Camila, use toda seu poder de dirigir loucamente para San Francisco. Lá pegaremos tudo que preciso.

                 - Você não sabia que a Brandy era má?

                 - Desconfiei assim que embarcamos ontem, mas não tinha como eu fugir mais então deixei levar. O problema é que ela sabe onde eu moro e se não chegarmos lá antes vai ser um grande problema mesmo.

                 - Vamos de avião... – Karlla disse.

                 - Aqui sua bolsa – Lari puxou.

                 - Pensei que tinha deixado ela lá... – sorri. – Camila, aeroporto. – procurei meu celular na bolsa e disquei o número do Jason. – Jason? – todas olharam para mim.

                 - Fala – ele disse.

                 - Eu sinto muito, mas preciso ir correndo para o aeroporto. Seu carro vai estar lá, mandarei a chave por correio.

                 - Eu tenho uma chave extra... – ele riu. – Está tudo bem?

                 - No final vai ficar tudo bem... Tenho que ir. Tchau...

                 Camila estacionou no aeroporto e a caminho joguei a faca na lixeira sem ninguém ver e então fomos para o saguão comprar as passagens, para San Francisco ia demorar então compramos o voo que ia sair em meia hora para Sacramento. Corremos o aeroporto todo e enfim estávamos sentadas. O avião decolou e duas horas depois estávamos aterrissando em Sacramento. Pegamos um taxi e mais uma hora e estávamos em frente à minha casa.

                 - É aqui que mora? – Camila olhou para mim.

                 - Ganho bem onde trabalho, não tirei praticamente nada da herança dos meus pais.

                 - Uau – elas disseram.

                 - Vamos, não temos tempo.

                 Entramos na casa e fui para meu quarto, entreguei umas mochila para cada e abri o closet para elas. Escolhi algumas roupas, peguei o necessário, de novo, e abri o cofre pegando dinheiro.

                 - Você já planeja isso né? – Ka perguntou.

                 - Muito tempo já – sorri. – Coloquem seus celulares na cama. – elas jogaram – Aqui – entreguei um novo para cada uma. – Vocês precisam ir sem mim, é único jeito – Camila abriu a boca para falar algo – Nathan sabe onde estou mesmo distante, ele tem pessoas me vigiando em todo o lado, não podemos correr esse risco. Vamos sempre manter contato, mas não posso ir com vocês. – elas me olhavam assustadas. – Dentro da bolsa tem dinheiro para vocês fugirem.

                 - Estou indo para Europa com Zayn – Lari disse. – Vocês podem ir comigo...

                 - Não falem... Quanto menos eu souber melhor. – olhei para elas – Acho que é isso... Temos que ir antes que ele apareça.

                 Nos despedimos e assim que o taxi saiu entrei, peguei as duas bolsas e sai trancando tudo. Entrei no carro e dei partida, sabendo que não voltaria tão cedo. Peguei a estrada que me levaria para Vancouver. No caminho liguei para Nathaniel e ele me falou o endereço da casa dele. Parei um pouco depois do meio do caminho para descansar e quando acordei continuei até chegar na casa dele.

                 - Você está com uma cara péssima – ele disse quando abriu a porta para mim.

                 - Me sinto péssima. Nathan está surtado. Quase minhas amigas pagam por algo que eu fiz. E eu nem sei direito porque eles me querem morta...

                 - Eu acho que já está na hora de explicar. – Nathe disse.

                 Entrei no apartamento dele e ele fez um chá. Sentamos no sofá e depois de um minuto ele começou a falar. Disse que ele não ia explicar, eu ia ver tudo e então entenderia. Achei que ele estava bêbado e então ele pegou as velas e quando deu seis da tarde já estava escuro. Ele acendeu elas e desligou a luz e se sentou ao meu lado.

                 - Manu. – ele olhou para mim segurando a minha mão. – Você tem que confiar em mim, e tudo que eu disser vai ter que fazer tudo bem?

                 - Tudo bem.

                 - Eu te amo, ok? Não esquece disso. – ele me deu um beijo e com a mais pura verdade eu respondi.

                 - Eu também te amo Nathaniel. – e ele sorriu, mas não parecia um sorriso feliz.

                 Ele segurou forte a minha mão e fechamos os olhos. Ele começou a murmurar um feitiço, várias e várias vezes e então parou. Abri os olhos e estávamos no mesmo lugar.

                 - Acho que não deu certo...

                 - Espere um pouco... – ele disse e nos levantamos.

                 E então em uma fração de segundos tudo mudou a minha volta. Não estávamos mais no quarto. Estávamos em um lugar que eu não conhecia. Olhei em volta e dei um pulo. Estávamos em Londres, o London Eye estava atrás e estávamos andando.

                 - Onde estamos Nathaniel? – olhei assustada.

                 - Manu, Melanie não foi a primeira que se parecia com você... Sabe, reencarnação? Então, na maioria das vezes você veio com a mesma aparência, outras vezes não, mas o que eu sempre reconheço é sua alma.

                 - Você sempre vai atrás de mim? – parei e olhei para ele.

                 - Eu não tenho muita opção. Fui condenado a te amar pelo resto da minha eternidade. E não posso fazer nada contra isso.

                 - Por que não se mata? Ou sei lá. Isso é deprimente Nathaniel. – ele riu.

                 - Manu, tem uma coisa que não te contei. Eu não sou simplesmente um... Bruxo digamos assim. Eu sou muito maior que isso. Eu sou um anjo caído.

                 - O quê? – olhei assustada – Tipo... Tipo a besta?

                 - Sim. – ele abaixou a cabeça.

                 - Fui expulso do céu quando me apaixonei. Me apaixonei por você. E fui condenado a sempre reviver esse amor. – ele voltou a andar e eu o segui. – Você nunca passou dos 19 anos, em nenhuma vida. Essa é a primeira. Talvez por causa dos seus poderes ou...

                 - Ou...?

                 - Ou porque você me escolheu dessa vez...

                 - Como assim?

                 - Em todas as outras vidas você escolhia Nathan. Ele jurou fazer da minha vida um inferno quando eu fui expulso. Erámos irmãos e ele nunca me perdoou, nem a você.

                 - Isso parece mentira Nathaniel. Isso... Isso é surreal, você está se ouvindo?

                 - Manu. Eu queria que isso fosse conto de fadas, mas não é. É real.