Fanfic: Magic | Tema: The Wanted, One Direction

                - Ele parece ser um cara legal – Nathaniel voltou.

                - Ah, ele é. – sorri. – Cadê ele?

                - Ele foi no quarto rápido. – ele se sentou ao meu lado. – Então, vocês namoram?

                - Não exatamente...

                - Como assim?

                - Nos ficamos no sábado, na festa. E ontem e hoje. Mas nada oficial.

                - Entendi. E porque recebi essa mensagem? – ele me mostrou, a mesma que recebi.

                - Se acostume... Andamos recebendo essas mensagens desde sábado.

                - Entendi.

                - Voltei. Vamos Manu? – Nathan apareceu.

                - Vamos... Você vem Nathaniel?

                - Aonde?

                - Vamos para a piscina. – Nathan respondeu tentando parecer simpático.

                - Ah claro. Vamos.

                Nathan esperava por um não. Segurou minha mão, ele estava com raiva. Fomos para a piscina, que estava vazia, exceto, é claro, pelo salva vidas obrigatório. Fui ao banheiro colocar o biquíni e quando voltei Nathan estava na água e Nathaniel estava sentado nos degraus olhando para nos dois.

                - Não vem? – perguntei.

                - Não... Estou bem aqui. – ele sorriu.

                Entrei na água e logo Nathan veio me beijar, ele estava grudento, irritante. Estávamos ali, apenas relaxando e decidi tentar saber o que Nathaniel estava pensando disso tudo. Tentei, tentei o mais forte que consegui, mas simplesmente nada. Estava ficando frustrada e começava a ficar com dor de cabeça. Tentei do salva vidas e consegui, mas a dele, não.

                Ele abriu seu sorriso branco, será que ele sabia o que eu estava fazendo? Isso era impossível, mas ele passou a ser muito interessante para mim agora. Ficamos mais um tempo na água, fizemos uma pequena aposta na natação, claro que Nathan ganhou, sei nadar, mas não muito bem.

                - Manu, qual é a sua com ele?

                - Que? – estávamos na borda da piscina.

                - Você é livre, não temos nada sério.

                - Nathan. – envolvi meus braços em seu pescoço – Larga de ser bobo. Estou com você, só estava sendo legal com ele, mostrando tudo e tal.

                - Entendi...

                - Bobo – sorri e dei um beijo nele.

                - Sempre quis fazer sexo na piscina... – ele disse.

                - Oh! – fiz cara de espantada – Que coincidência – sussurrei – Mas não com salva vida de olho – sorri.

                Saímos da piscina e fui tomar banho para tirar o cloro. Ao terminar sai enrolada na toalha e me olhei no espelho. E por um instante jurei ter visto Nathaniel ali, mas eu estava sozinha. E pensando bem quando sai da piscina ele não estava mais lá. Troquei de roupa e encontrei Nathan me esperando. Ele me levou até a casa onde encontrei as meninas.

                Falando das casas, porque não moramos na casa das Theta. Porque a Theta está cheia e lá não é muito organizado. Por isso eu, as meninas e mais algumas ficamos lá. Enfim, cheguei em casa e elas estavam lá. Karlla contou do seu almoço com Louis e Cam contou do garoto.

                - O nome dele é Harry, ele faz direito, junto com Niall. Ele é lindo Ka. Cabelo enrolado, olhos verdes. AAH – ela suspirou.

                - Manu, como foi seu dia com Nathan? E quem é o menino novo?

                - Foi bom, fomos para piscina. O menino novo é o Nathaniel. Não sei muito dele, ele era líder dos Betas em Stanford, mas pediu transferência para cá. Não sei por que, ele disse que queria mudar, mas é estranho isso.

                - Verdade – Cam disse pensativa.

                - Meninas... Eu... Eu não consegui ler a mente dele...

                - Como assim? – elas perguntaram.

                - Não sei. Tentei muito e... NADA. Eu to frustrada. Vocês podem fazer uma coisa para mim?

                - Claro – Karlla respondeu.

                - Tá... Quero que vocês bloqueiem a mente, vou tentar entrar. Tentem como se a vida de vocês dependesse disso ta? E outra coisa. Se eu conseguir entrar me avisem se sentiram algo, ou melhor, mesmo se eu não conseguir.

                Sentamos no chão e elas fecharam seus olhos se concentrando. Tentaria com Karlla primeiro, ela sempre se distraia mais fácil. Me concentrei e com um pouco mais de esforço consegui. O que era aquilo? Louis. OMG. Tenho sair.

                - Nunca vou tirar essa cena da cabeça – eu disse com a cena de Louis e Karlla no dia da festa.

                - Que cena? – Elas perguntaram.

                - Sua Karlla... – revirei os olhos e ela corou. – Sentiu algo?

                - Nada...

                - OK, Camila. Vamos.

                Com Cam demorei mais, ela estava disposta a não me deixar entrar, mas eu era boa no que fazia, sem querer me gabar. Mas se eu era tão boa porque não conseguia entrar na cabeça do Nathaniel? Camila pensava em Harry, tão sentimental, eu pensei e ela me respondeu, “você entrou?”. QUÊ? Você me ouviu Cam? “Ouvi... Você não está falando?” Não! Estou na sua cabeça. De repente sai e ela me olhou assustada.

                - Isso é demais... – Ela falou.

                - O que? – Karlla estava confusa.

                - Eu e Camila conversamos. Por pensamento. Tem ideia de como isso muda muita coisa?

                - Sério? OMG.

                Ficamos mais um tempo ali conversando e logo fomos dormir. Novamente, elas dormiram eu fiquei encarando o teto. Odiava essa frustração de não conseguir entrar na cabeça do Nathaniel, o que será que ele tinha de diferente. E quando eu estava tentando ele sorriu, como se estivesse sentindo o que eu queria, mas as meninas mesmo não sentiram nada.

                Levantei da cama e procurei o livro da minha família. Cada família tinha seu próprio livro. Estava folheado, sentada na varanda, não queria acordar as meninas. Li que quanto mais próximas formos mais fácil é a comunicação por pensamentos, o que explica o que aconteceu hoje. Li como é perigoso dormir no sonho dos outros, tanto para mim quanto para a pessoa. Devia ter lido isso antes.

                Folheei e nada sobre não conseguir entrar na mente de outro. É claro que eu tinha que ler, só estava passando o olho rápido. Acho que está aqui, no rodapé da página, a letra está pequena e tem pouca luz, mas da para ter uma ideia. “Quando não se consegue entrar na mente de uma pessoa significa duas coisas...”

                - Manu? – Quase gritei ao ouvir meu nome.