Fanfic: Um conto de amor em Verona - Portiñón

- Apenas entre, não seja desobediente, esta ficando mais chata do que eu! – as duas sorriram. Anahí balançou a cabeça negativamente e deu as costas para entrar no castelo – Ah, espera vai! Me da outro abraço. – foi atrás. As duas mais uma vez, se envolveram em um abraço longo, fecharam os olhos e dessa vez apenas sentiram. Separaram-se assim que uma brisa forte as tocou. – Adeus! – falou por fim e esperou até que Anahí entrasse no castelo para ir embora.

No dia seguinte, Anahí despertou com o nascer do sol pois mal pudera dormir com a ansiedade posta em teu corpo noite passada ao saber que conheceria a família de Dulce María, iria finalmente saber um pouco mais da historia dessa mulher tão fechada que a havia encantado dias atras. Ela tomou seu café com um sorriso de orelha a orelha que colocou perguntas nas mentes de seus pais. “Preciso ir ate o armazém, prometo voltar logo!” disse ela logo após olhar pela janela de seu quarto, avistar Dulce no mesmo lugar de noite passada e descer correndo não dando tempo nem para que negassem sua saída

- Esta louca! E se te pegam?
- Ninguém me pega. - piscou um de seus olhos com seu sorriso cafajeste no rosto e ajudou Anahí a subir no cavalo.

Anahí trajava um vestido que se arrastava no chão de tom quase tão branco quanto sua pele, as pontas de seus cabelos louros cacheadas, a franja que cobria apenas as sobrancelhas e os olhos tão azuis quanto o mar a faziam parecer como um bebê do qual Dulce precisava proteger com todas as suas forças. Em Anahí ela enxergava a inocência da qual achava que não pudesse existir.
    O caminho foi longo até o campo, Dulce fazia aquele cavalo correr como um louco e Anahí se agarrava tanto nela que a deixava sem quase sem poder respirar.

 -  Esse é Mateus, meu irmão mais novo. - disse ao vê-lo alimentando os animais - Ele é meio bobão, mas é um bom rapaz. – terminou de amarrar o cavalo à árvore e pegou a mão de Anahí como se não tivesse muita importância, mas na verdade a deixava tremula por dentro. Aquela mulher conseguia acabar com toda sua pose de durona com apenas um sorriso.

  Anahí estava maravilhada com a beleza do campo. Os animais correndo atrás de Matheus poderia ter sido a melhor coisa do dia.

- Olá! Linda moça dos olhos azuis que entra assim em minha casa e me tira o ar sem nem me pedir por favor... - disse ele ao se levantar da mesa onde sentava e curvar-se para a Princesa, logo levando um tapa de Dulce que fez seus cabelos bagunçarem.
- Esse idiota é o Samuel, não da bola pra ele não. - as duas riram e ele voltou a se sentar. A lista de irmãos era longa. Mateus que ainda corria; Samuel, Josh e Matias que agora estavam reunidos sentados à mesa ponderando seus lances de xadrez e John, ele era forte, de ombros largos e braços que poderiam ser maiores que a cintura de Anahí, estava sentado sozinho num canto e era o único que ainda não a cumprimentara até o momento, ele parecia concentrado no que fazia; esculpia flechas, muitas delas. E então ela percebeu que eles eram quem estavam com Dulce no dia m que a conheceu.
- Eu acho... Desculpem-me caso esteja errada, mas você poderia trazer a sua rainha até aqui... Não, shh, não me importa que ela vá ficar desprotegida - disse ao ver Matias abrir a boca para, com certeza, reclamar da posição de sua rainha - É só fazer assim... Uhmmm... Haha. -  mexeu as peças duas ou três vezes. – Xeque-Mate! Ganhei! – ficou toda contente.
- Como?! - expressou surpresa - Para, Anahí! Roubou.
- Não roubei não, Dulce. Não sabes jogar, não julgues a mim. - disse sorridente e beijou a bochecha de Dulce.
- Pois então parabéns, pequena gênio!

   Eles ficaram conversando como se já fossem amigos há muito, a simpatia da princesa era inexplicável.
   Isso até uma névoa negra invisível tomar conta de toda a sala, e uma mulher com os cabelos como os de Dulce de roupas ainda mais pretas que a noite sair da cozinha segurando um prato cheio de peixes fritos.

- O que esta acontecendo aqui? - falou sem ânimo algum, com uma cara de enterro e voz grossa que fizeram com que Anahí sentisse vontade de se esconder debaixo do gibão de couro sem mangas que Dulce sempre usava, foi o que ela fez.
- Essa é Scarllet, minha irmã mais velha... - disse a lançando um olhar que ninguem saberia dizer se era de raiva ou repreenção - Scar, por favor. Esta assustando à todos aqui.
- Eba, peixes. - falou Mateus logo que entrou e viu que o almoço ja estava pronto, sem perceber o quão tensa aquela sala estava.
- Eu? - levantou um pouco a voz - Eu estou assustando vocês? – levantou-a ainda mais enquanto se aproximava e jogou o prato na mesa - Trás a Princesa para cá, para que mande seus homens até nossa casa e cortem nossas cabeças e sou eu quem esta assustando alguém aqui? - ela riu sarcástica - Eu sempre soube que você não é responsável, mas isso é ato de insanidade, Dulce María.
- Cale a boca! - levantou-se de pronto - Ou acabo com você aqui mesmo. - dizia como se estivesse com toda a calma do mundo.
- Pronto!!! - gritou John com uma felicidade quase contagiante ao se levantar num pulo, assim fazendo com que o dessem atenção - Terminei! Dulce, vamos.
- Vamos, e isso vai te servir de prova, Scarllet, de que não há ninguém melhor do que eu neste mundo, não ouse me insultar outra vez. - disse olhando nos olhos de sua irmã que ouvia tudo a encarando, séria, sem medo algum. E sem nenhuma palavra a mais, todos sairam da casa e seguiram Jonathan.
- O que vocês vão fazer? Eu causei problemas? - chochichou no ouvido de Dulce.
- Não! - riu - Acontece que John tem uma mania insuportável por vencer e ser melhor do que qualquer um, então meus irmãos tiveram a mais brilhante das idéias de dizer-lhe que sou a melhor no arco e flecha. E sou mesmo! - disse tudo bem alto para que escutassem - Veja só, Anahí! Assista a derrota de um homem que passou dias esculpindo flechas para perder!
- Cala-te perante nossa Princesa, simples plebéia. Se fostes tu desistiria no momento, agora mesmo, pois o único vitorioso sera eu! - falou como se mandasse em todo o mundo e finalmente chegaram até os alvos. Várias árvores uma ao lado da outra com uma pequena bola vermelha pintada ao alto. – Três de cada um, fique bem longe. Quem acertar mais, ganha. Eu – exaltou - começo. - ele parecia serio, com uma sede de vitória interminável. Se afastou uns 7 metros dali, curvou seu corpo e com muita calma colocou a flecha no arco e atirou, foi assim com todas e ele acertou exatamente as 3 bolas vermelhas - Boa sorte, perdedora. - passou as coisas para ela e sorriu, Dulce revirou os olhos e foi para ainda mais longe, talvez 20 metros, chuto dizer. Ela não queria ganhar e nem nada disso, mas se não o fizesse John iria atormentá-la pelo resto de sua eterna vida. Sem pensar outra vez pegou as flechas e com muita habilidade jogou uma atras da outra o mais rapido de pode e é claro, acertou todas as três, ganhou de John só pela distância e tempo, ele jogou tudo ao chao e saiu gritando que teriam uma revanche, por fim foi esculpir mais flechas.

- Dulce! - riu - Parabéns! - falou Anahí que tanto torceu para ela.
- Obrigada! Minha vitória ja era de se esperar...
- Metida! - soltou a risada mais fofa que Dul ja ouvira - Eu, Princesa Anahí Giovanna, nomeio a tú, Dulce María, a melhor arqueira de Verona e teus arredores! - tocou a cabeca da ruiva com o dedo indicador enquanto a mesma se curvava. As duas riram.
- Giovanna? Hahahaha. Adorei.
- O que tem de mal? Para! – sorriu mordendo o lábio inferior - Chata!
- Sou bem chata! - a agarrou pela cintura enquanto expressava um semblante triste - Poxa, a princesa me chamou de chata...
- Shh... - subiu a mao e comecou a acariciar a bochecha de Dul com seus pequenos dedos. E seus corações dispararam no mesmo instantante em que seus olhos se encontraram. Elas tinham fogo no olhar.