Fanfics Brasil - Céu caído Apocalipse - O livro dos mortos

Fanfic: Apocalipse - O livro dos mortos | Tema: The walking Dead


Capítulo: Céu caído

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Acordei com a luz do sol vinda da janela batendo no meu rosto, DJ continuava sentado encostado na parede, aparentando dormir. Caminhei até a janela, as coisas pareciam mais calmas agora, haviam dois corpos no chão ou pelo menos o que sobrou dos corpos, e nenhum sinal daquelas pessoas doentes, ou sei lá o que eram. Me virei novamente pra sala, Dj tinha acordado e caminhava na minha direção.
_Dj você está bem?
Ele continuou vindo em minha direção lentamente, pude notar que seus olhos não eram mais azuis, agora tinham uma coloração amarelada e andava devagar como se tivesse se arrastando. Dei alguns passos pra trás em direção a porta, ele continuou caminhando na minha direção agora com a boca aberta e soltando grunhidos estranhos.
_ DJ? – perguntei já abrindo a porta pra sair...
Ele estava a menos de 1 metro de distancia, estava com medo, não parecia mais aquele garoto gentil que havia praticamente salvado a minha vida na noite anterior, sai correndo pela porta e ele continuou a me seguir pelo corredor, tentei sair pela porta de emergência, mas ao abrir me deparei com mais dois doentes, virei a esquerda e corri pelo corredor da diretoria, agora os 3 andavam atrás de mim, todas as portas que eu tentava abrir estavam trancadas e eu já avistava o fim do corredor, esse seria o meu fim? Não queria morrer, não naquela hora, não daquele jeito. Peguei um extintor que estava preso a parede consegui acertar o que estava mais próximo de mim, e ele caiu, eles eram lentos talvez eu tivesse uma chance. DJ e outro doente que pude reconhecer que era o zelador da escola, continuavam vindo corredor adentro, bati mais uma vez na cabeça do doente que estava próximo dessa vez com tanta força que fiz um buraco no rosto dele, fiquei apavorada soltei o extintor e entrei pela única porta aberta do corredor, a sala da diretoria. Fechei a porta ouvia os dois arranhando tentando entrar. Sai pela janela e corri o mais rápido que eu pude.
As ruas estavam desertas, comecei a andar em direção a minha casa, eram só uns oito quarteirões. Não havia ninguém, apenas alguns corpos dilacerados pelo caminho, parecia que todos haviam fugido as pressas, muitas casas estavam abertas malas e roupas pelo chão.
Um carro com emblemas do exercito estava vindo pela rua, comecei a gritar pedindo por socorro, mas eles passaram por mim sem me dar menor atenção. Pensei meu Deus o que ta acontecendo? Eles não vão me ajudar?
O carro parou uns metros a frente e eu corri na direção deles, acabei pisando num caco de vidro e cortando meu pé pois estava descalça. Um homem negro vestido como um soldado pronto pra ir pra guerra desceu e começou a caminhar na minha direção.
_Qual o seu nome? Perguntou ele, apontando uma arma pra mim.
_Anna, Anna Hankins.
_Você é filha de Harold Hankins certo? Disse ele com a arma ainda em punho.
_ Sim, sou eu ele esta bem? E a minha mãe e o Jimmy?
_ Estamos aqui pra leva-los pra um lugar seguro. Disse ele caminhado na minha direção. Segurou-me no colo e me levou ate o carro.
Havia mais duas mulheres, também vestidas como militares dentro do carro.
Me colocaram no banco de trás com uma delas.
_ Eu sou a tenente Lenna, você foi mordida?- perguntou a loira que estava ao meu lado no carro.
_ Não, eu só cortei o pé com um vidro, o que ta acontecendo? Onde ta minha família?

_ Estamos indo buscar sua mãe e seu irmão, se estiverem vivos nos vamos encontra-los. Disse a tenente Lenna.
_Tenho um amigo na escola, ele foi mordido e esta doente também, ele precisa de ajuda.
_ Seu amigo já está morto menina, essas coisas infectam pela mordida a pessoa morre em questão de horas e acorda como essas coisas ali.- Disse o homem apontando pra uma mulher que caminhava desorientada pelo meio fio.
Finalmente chegamos em frente a minha casa, a mulher e o homem que estavam no banco da frente desceram e mandaram que eu ficasse dentro do carro. Permaneci ali parada, olhando pela janela e rezando pra que eles trouxessem a minha mãe e meu irmão. Minutos depois ouvimos alguns disparos e depois gritos, desci correndo do carro, Lenna saiu atrás de mim mandando que eu voltasse. Entrei pela porta, minha mãe estava debruçada sobre o militar e mordia compulsivamente seu tórax.
_ Mamãe? Mamae?
Ela não respondia ao meu chamado, continuava devorando aquele homem, eu me aproximei dela, e Lenna me puxou pra trás e deu um tiro na cabeça da minha mãe.
_Naooooo!_Gritei e fui ate ela e a segurei nos meus braços, seu corpo estava gelado, pude notar uma mordida no seu pescoço mesmo com todo o sangue, assim como o DJ, aquela não era mais a minha mãe.
Coloquei com cuidado sua cabeça no chão, o tiro havia sido certeiro entrou pela testa e saiu pela nuca, comecei a chorar, Lenna falava algo, mas eu não conseguia entender, na minha cabeça só ecoava a morte da minha mãe, da mulher que me trouxe ao mundo e que me protegia desde antes de eu nascer. O som de outro disparo me trouxe de volta a realidade, era no andar de cima, deixei minha mãe caída no chão da sala e subi atrás de Lenna pelas escadas, no corredor havia outro infectado, era nosso vizinho da frente Ernest. Lenna disparou outro tiro e ele caiu sob seus pés. Continuei seguindo-a, no quarto de meu irmão havia dois infectados devorando alguma coisa, Lenna disparou contra um deles, mas acertou nas costas, eles viraram e vieram na nossa direção, nesse momento vi que era Jimmy, sua barriga estava aberta, e no chão muito sangue, vísceras e carne. Lenna disparou mais dois tiros agora na cabeça e eles caíram, corri para o lado do meu irmão ele ainda respirava fraquinho, eu coloquei a cabeça do meu pequeno Jimmy no colo, acariciei seus cabelos e disse que tudo ficaria bem. Lenna olhava pela janela e dizia que precisávamos ir, os tiros haviam atraído mais infectados e eles caminhavam em direção a casa.
_ Eu não vou, vou ficar aqui com meu irmão e a minha mãe._ Gritei com Lenna e atirei um brinquedo que estava no chão contra ela.
_ Se ficar, vai morrer, ou virar uma dessas coisas é isso que você quer? Disse ela me olhando com fúria.
Nisso a outra militar apareceu na porta, e disse que havia matado mais um no outro quarto.
_ Chegamos tarde demais, os infectados devem ter invadido a casa ontem a noite infectaram a Sra Hankins, o menino devia estar escondido. Disse Lenna
_ Vamos Lenna temos que sair daqui_ disse a militar
_ Ela não quer ir_ disse Lenna olhando pra mim
_ Vem garota, chega de drama temos que sair ou vamos virar almoço. Disse a militar me puxando pelo braço com muita força.
_Jimmy ainda esta vivo, temos que leva-lo com a gente.
Lenna se aproximou, apontou a arma pra cabeça do Jimmy e disparou, foi tão rápido que eu não pude reagir.
_ Ele ta morto agora, vamos embora- disse ela sem demonstrar qualquer comoção.
Num momento de fúria, pulei em cima dela consegui arranhar o seu rosto, mas rapidamente ela me imobilizou e tudo ficou escuro.



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Autor(a): ludias

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