Fanfic: Escandaloso, mas perfeito aya
Com um
movimento felino, Poncho afastou-se da porta e acendeu um abajur, que conferiu
um ar mais aconchegante ao escritório luxuoso, pouco antes de apagar as luzes
principais. Poderia ser covardia de sua parte, esconder-se atrás das sombras
enquanto lhe fazia sua proposta quase indecente, mas não queria pensar nisso.
Não agora.
- Poncho:
Você já foi casada, Anahí? - perguntou-lhe abruptamente.
Ela ficou
aturdida com a natureza da questão, mas, graças aos céus, não pareceu se sentir
insultada.
- Anahí:
Não, e também não pretendo fazer qualquer associação deste tipo nos próximos
dez anos.
- Poncho:
Associação? - Poncho se descobriu rindo outra vez. Anahí tinha uma maneira
peculiar de ver o mundo, como se tudo fosse um grande negócio.
Dando de
ombros, ela voltou-se para procurar uma cadeira. Sem cerimônias, sentou-se
naquela que havia em frente à escrivaninha.
- Anahí:
Meu trabalho é minha vida e isto me basta. Quero que as coisas continuem assim por
um bom tempo.
Poncho
deu alguns passos e sentou-se em frente a ela, do outro lado de sua mesa.
- Poncho:
Quantos anos você tem?
Ela
pestanejou, mas respondeu logo em seguida.
- Anahí:
Vinte e seis. Para ser franca, tenho uma meta de cinco anos, como você mesmo
disse que começou a ser posta em prática no ano passado. Quando eu fizer trinta
anos, espero ter criado uma cadeia de lojas bastante renomada, e até lá
pretendo abrir, pelo menos, mais três filiais.
- Poncho:
Isto não vai deixar muito espaço para um marido e filhos.
Desta vez
ela franziu o cenho e o encarou com expressão curiosa.
Poncho
sabia que precisava ser cuidadoso, para lhe dar tempo de ir digerindo a idéia
pouco a pouco. O problema era que nunca tinha sido um homem paciente. Quando
queria alguma coisa queria para ontem. E ele queria um filho.
Inclinando-se
para frente, esticou os braços e tentou segurar as mãos de Anahí entre as suas,
mas ela foi mais rápida e evitou o contato íntimo, obviamente embaraçada com a
situação.
- Anahí:
Não entendo, por que está me fazendo perguntas tão pessoais. Sempre achei que
estivesse satisfeito com o acordo de negócios que temos.
- Poncho:
Estou mais do que satisfeito. Você dirige lojas bastante rentáveis e as duas
que abriram em meus hotéis foi um ótimo acordo para a Herrera Rodrigues.
Portanto, não vejo o menor problema em expandi-las.
Anahí
soltou a respiração que estivera prendendo até aquele momento e presenteou-o
com um largo sorriso.
- Anahí:
Obrigada. Confesso que era isso que eu estava esperando ouvir. Ainda assim você
me assustou ao tocar em assuntos pessoais. Sei que é importante entender quais
são os planos de seus associados, para se certificar de que não mudarão de
idéia de uma hora para outra, causando-lhe mil transtornos. Caso seja essa sua
preocupação, posso garantir que...
- Poncho:
Não! - ele a contrariou. - Eu quero ter um filho.
A simples
frase de cinco palavras deixou Anahí boquiaberta.
E era uma
boca linda, macia, carnuda e completamente rosada. Poncho podia ver-lhe a
língua úmida... Ela também tinha dentes brancos e perfeitos que o faziam
desejar beijá-la.
Após
alguns segundos, Anahí pigarreou e deu um risinho nervoso.
- Anahí:
Sinto muito se o que vou dizer irá desapontá-lo, mas existe uma impossibilidade
anatômica para realizar seu desejo - tentou bancar a espirituosa.
- Poncho:
Não se eu encontrar a mulher certa para gerar este bebê.
Anahí
endireitou-se na cadeira, apoiando os braços na lateral e voltando a fita-lo
com ar estupefato.
Foi só
nesse momento que Poncho decidiu que deveria ignorar a maneira como a boca
feminina parecia estar convidando-o para o prazer.
- Poncho:
Ora, Anahí, posso até imaginar o que está pensando. E posso lhe assegurar que
isto não tem nada a ver com os negócios de sua loja com o hotel. Poderá abrir sua
terceira loja quando quiser independentemente de qualquer coisa. Assinarei o
contrato na segunda de manhã e mandarei um courier entregá-lo a você.
- Anahí:
Obrigada. - agradeceu ainda perplexa demais para regozijar-se com a vitória.
- Poncho:
No entanto, gostaria de discutir algo com você.
- Anahí:
O quê?
Ele
sorriu diante do misto de curiosidade e preocupação que se espelhava no fundo
dos olhos azuis.
- Poncho:
Como eu disse - prosseguiu num pausado - quero ter um bebê. Tenho assistentes excelentes
que podem cuidar dos meus negócios e já não preciso passar tantas horas no
trabalho. Posso muito bem me dar ao luxo de criar um bebê com todos os
privilégios do mundo, embora ache que uma criança não deva ser mimada a ponto
de perder o respeito pelos outros e pelo trabalho. Tomarei todo cuidado para
que meu filho ou filha seja educado dentro de todos os preceitos de moral e
bons costumes.
Anahí
inclinou-se na cadeira e tocou-o delicadamente no braço.
Poncho
gostou daquele toque, dava-lhe um frio na barriga ao mesmo tempo em que,
paradoxalmente, incendiava-lhe outras partes do corpo.
- Anahí:
Não tenho dúvida de que você será um ótimo pai - ela comentou, ignorando o rumo
que aquela conversa estava prestes a tomar.
- Poncho:
Obrigado - agradeceu envaidecido pelo elogio.
- Anahí:
Não precisa agradecer. Só que ainda não entendi o que tenho a ver com tudo
isso.
Os olhos cor
de mel foram da mão que estava em seu braço para as faces maquiadas com
discrição.
- Poncho: Acontece que desejo que você seja a mãe dessa
criança, Anahí Portillo. - revelou esperançoso.
No
entanto, ela não teve a reação que Poncho esperava. Cobrindo a boca com uma das
mãos, fitou-o com olhos arregalados e alguns segundos depois um riso histérico
emergiu dos lábios rosados.
Poncho levantou-se,
contornou a escrivaninha, segurou-a pelo antebraço e ajudou-a a ficar em pé.
- Poncho:
Anahí, você está bem? - Perscrutou-a com os sagazes olhos cor de mel.
Ela
meneou a cabeça de um lado para outro, o risinho histérico voltou a ecoar pelo escritório
suntuoso.
- Anahí:
Ora, será que já não deixei claro que minha vida se resume em meu trabalho? Não
posso me casar, Poncho, certamente que não.
- Poncho:
Casar?! Meu Deus, eu não quero me casar com você! - Mal havia terminado de
falar quando percebeu como o comentário tinha sido infeliz. - Só estou pedindo
que vc gerasse o meu bebê. Depois que der a luz será livre para fazer de sua
vida o que quiser. - explicou. - Mas é claro que terá de mudar para qualquer
lugar que deseje, contando que seja bem longe daqui. Não quero nenhuma
interferência na educação da criança e, mais importante, é imperativo que
tentemos evitar um escândalo. Acho que o noroeste dos Estados Unidos serviria
perfeitamente a nossos propósitos.
- Anahí:
Você está dizendo que só deseja que eu...
- Poncho:
Gere o bebê. - ele completou com voz pausada. Ainda a segurava pelo braço e
podia senti-la tensa sob seu toque. Então se forçou a solta-la. - Como você
mesma disse, existe uma impossibilidade anatômica para que eu o faça. Também
não quero que pense que estou sendo atrevido e que tenho segundas intenções ao
lhe propor tal acordo. Afinal, existem vários procedimentos médicos que podem
implantar meu esperma em seu útero sem que precisemos nos tocar. Tudo será...
Anahí deu
um passo atrás como se não pudesse acreditar no que ouvia.
- Poncho:
Ah, estou colocando o carro na frente dos bois, não? - ele correu os dedos por
entre os cabelos escuros, então deu um longo suspiro. - Acredite ou não, esta é
a primeira vez que me atrapalho quando vou fazer uma proposta de negócios. E é
exatamente o que isto significa para mim, Anahí, um acordo de negócios. -
Esperou um pouco, porém, ao vê-la continuar em silêncio, acrescentou: - Bem,
poderia tornar as coisas mais fáceis e dizer alguma coisa, não?
- Anahí:
Eu diria se tivesse a menor idéia sobre o que dizer em uma situação como esta.
Poncho
assentiu e respirou fundo.
- Poncho:
Você precisa de tempo para pensar a respeito. Por que não se senta enquanto lhe
explico as razões que me levaram a escolhê-la para a mãe de meu filho ou filha,
e também todas as vantagens que terá se aceitar minha proposta.
- Anahí:
Este é um assunto muito complicado para se discutir, especialmente se você
levar em conta que já é quase meia-noite. - A voz dela ainda soava trêmula, mas
por alguma misteriosa razão, Anahí obedeceu e reassumiu seu lugar na cadeira
diante da escrivaninha.
Poncho
deixou escapar um suspiro de alívio. Pelo menos Anahí não gritara ou criara uma
cena diante do assunto inédito que ele trouxera à baila. Mas, afinal, Anahí era
uma mulher sensata, e esta havia sido uma das muitas qualidades que o tinham
atraído.
- Poncho:
Primeiro, devo confessar que te admiro muito, minha cara. Não para tê-la como
esposa, é claro, mas como uma possível doadora de óvulos. Sua inteligência e
tino para os negócios me assombram. Isto sem falar no sucesso que fez de sua
vida.
- Anahí:
Desculpe, mas como pode saber o que fiz ou deixei de fazer? - ela o interrompeu
com ar sério.
Poncho
arqueou as sobrancelhas. Percebeu que a tinha aborrecido com o que dissera. Por
um instante, pensou em disfarçar, mas depois acabou desistindo da idéia. A
verdade era sempre melhor do que qualquer mentira, por menor que essa fosse.
- Poncho:
Mandei investigá-la - confessou levemente envergonhado. - Agora, por favor,
ouça o que tenho a dizer e irá entender o quanto isso é importante para mim. -
Esperou e quando ela simplesmente o fitou em silêncio, prosseguiu. -Sei que
seus pais, que levavam uma vida muito simples, morreram num acidente de barco
quando você tinha apenas dezesseis anos. Também descobri que você trabalhou
duro enquanto fazia faculdade para bancar suas despesas, sem obter nenhuma
ajuda de ninguém, pois não têm parentes nem amigos.
Enquanto
ele continuava, a expressão no rosto de Anahí mesclava orgulho por ouvi-lo
falar de suas conquistas e indignação por sua privacidade ter sido violada.
- Poncho:
Também sei que nunca teve um relacionamento sério com um homem e que leva uma
vida modesta e pacata embora tenha uma poupança substancial num dos maiores
bancos do país.
- Anahí:
Parece que fez uma investigação bastante completa, meu caro - ela ironizou.
- Poncho:
Desculpe Anahí, mas tinha de me certificar de que você era a pessoa certa. Por
favor, tente entender. Não queria uma mulher que depois de conceber meu filho
pudesse decidir ficar com o bebê, ou pior, resolvesse formar uma família comigo
e a criança. E tudo que descobri sobre você provou que não tem o menor
interesse em se casar ou ter filhos, pelo menos não num futuro próximo. Era
absolutamente necessário que encontrasse evidências de que não queria um marido
e filhos. E você não quer certo?
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Autor(a): rbdteamo
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- Poncho: Desculpe Anahí, mas tinha de me certificar de que você era a pessoa certa. Por favor, tente entender. Não queria uma mulher que depois de conceber meu filho pudesse decidir ficar com o bebê, ou pior, resolvesse formar uma família comigo e a criança. E tudo que descobri sobre você provou que não tem o menor ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 12
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vitoria10 Postado em 26/02/2009 - 18:18:35
adoreiiii
posta mais!!! -
vitoria10 Postado em 26/02/2009 - 18:18:35
adoreiiii
posta mais!!! -
vitoria10 Postado em 26/02/2009 - 18:18:34
adoreiiii
posta mais!!! -
jucirbd Postado em 25/02/2009 - 18:27:17
POSTA ++++++++++++++++++++++
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vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 19:57:19
AMEIIIIIIIIIIIII
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vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 19:57:19
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vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 19:57:19
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vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 19:57:18
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vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 19:57:18
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bellarbd Postado em 24/02/2009 - 19:30:22
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