Fanfic: Escandaloso, mas perfeito aya

Anahí
pestanejou.

- Anahí:
Não entendi.

- Poncho:
Ora, sabe muito bem o que quero dizer. Não corro o risco de você aceitar minha
proposta por causa de motivos sexuais e pessoais. - Fez uma breve pausa então
perguntou: - Estou certo, não?

- Anahí:
Ah... Sim, está.

- Poncho:
Ótimo. É por isso que é a escolha perfeita para me ajudar nessa empreitada.
Como já disse, admiro sua inteligência, sua habilidade nos negócios. Tendo nós
dois como pais, meu filho ou filha terá uma boa herança genética. Sei que você
também tem uma saúde de ferro e que nos últimos dois anos não perdeu sequer um
dia de trabalho, nem mesmo por causa de uma gripe.

- Anahí:
Parece que você está mesmo muito bem informado - ela revidou empertigada.

- Poncho:
Estou - concordou com um leve sorriso que era uma espécie de pedido de
desculpas por sua ousadia. - Mas antes de dizer qualquer coisa, por que não
pensa um pouco a respeito de minha proposta? Tem o final de semana todo para
refletir e poderá me dar a resposta na segunda. Se concordar, entraremos em
contato com o médico que consultei e assim faremos tudo antes de meu
aniversário.

Uma ruga
vincou a testa alva de Anahí.

- Anahí:
Está se referindo a um procedimento clínico?

- Poncho:
Sim, mas pelo que entendi não é tão mal assim - Tony apressou-se em responder.
- Irei à clínica de reprodução, colherei meu esperma e...

A
sobrancelha castanho-escura foi levemente arqueada.

- Anahí:
Colher o esperma? - repetiu.

- Poncho:
Isto mesmo. - As faces de Poncho estavam queimando e ele se sentiu um perfeito
idiota.

- Anahí:
Como exatamente se faz esta coleta, meu caro?

- Poncho:
Este detalhe não vem ao caso. - A resposta foi dada entre os dentes e Anahí
riu. Nunca antes Poncho havia notado que ela também tinha senso de humor, mas
precisava admitir que fosse uma grata surpresa tê-lo descoberto nesse momento
desconfortável por que passava. - Voltando ao procedimento - prosseguiu, após
um longo suspiro. - Assim que tiverem meu esperma eles implantarão em seu útero
por meio de inseminação artificial. É um processo rápido, segundo me
garantiram, e simples.

- Anahí:
Pois para mim parece horrível. - ela retrucou com um muxoxo.

- Poncho:
Reconheço que não é a maneira que a natureza usaria para que uma mulher
engravidasse, mas certamente, é muito mais impessoal o que é importante em
nosso caso.

- Anahí:
Por quê?

A
pergunta simples o confundiu.

- Poncho:
Por que o quê?

- Anahí:
Por que tem de ser impessoal? Por que simplesmente não faz o que é preciso e
pronto?

- Poncho:
Fazer o que é preciso?!

Ela
emitiu um som desgostoso.

- Anahí:
Ora, estou me referindo a você engravidar uma mulher de quem goste, seguindo os
procedimentos normais, meu caro. - explicou impaciente.

Só de
pensar naquela sugestão Poncho sentiu um arrepio na espinha e um calor intenso
nas partes íntimas e erógenas de seu corpo. Ah, desejo, maldito desejo!

- Poncho:
Quero fazer isto de maneira impessoal, como se fosse uma transação de negócios,
Anahí. E ficar nu... - O arrepio tornou-se mais intenso e teve de fechar o blazer para ocultar o delator de seu desejo. Pigarreou levemente. - Como estava
dizendo, ficar nu e fazer amor com uma mulher não é bem uma proposta de
negócios. Aliás, é pessoal demais para meu gosto.

A esta
altura da conversa, Anahí parecia mais relaxada e Poncho desconfiou que ela
tivesse notado seu mal-estar.

- Anahí:
Compreendo. - murmurou sua escolhida, sorrindo-lhe de maneira terna.

- Poncho:
Espero mesmo que sim - disse, dando um longo suspiro.

- Anahí:
Acho que vou seguir seu conselho e pensar melhor sobre o assunto antes de
chegar a uma decisão.

- Poncho:
Fará mesmo isso? - animou-se ele.

- Anahí:
Claro. Acho que até amanhã à noite já terei me decidido. Por que não me liga
por volta das sete e poderemos conversar?

Ele
assentiu com um movimento de cabeça. Apesar de tudo estava satisfeito. Não
tinha sido uma conversa fácil, mas também não fora tão difícil como havia
imaginado. Anahí era muito sensata.

- Anahí:
Agora preciso ir. É tarde e tenho muito que pensar - ela sorriu e começou a se
dirigir para a porta como se tivessem tido a conversa mais natural e
corriqueira do mundo.

- Poncho:
Anahí? - Ele a chamou quando ela já estava girando a maçaneta. - Prometo que
serei um bom pai. - Oh, céus, não havia planejado dizer aquilo, não daquela
maneira, como se estivesse ansioso por provar suas qualidades!

- Anahí:
Nem por um instante duvidei disso, Poncho. - ela murmurou, parecendo um pouco
triste, o que quando fazia o menor sentido. - Ligue amanhã, as sete, e lhe
darei minha resposta.

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