Fanfic: Desejos de Christopher - adaptada | Tema: Vondy

“Christopher não a teria reivindicado, especialmente na frente de tantas pessoas, se não se importasse com você, Dul.”

“Eu continuo te dizendo, Any, a única razão para Christopher fazer isso foi impedir que Poncho me espancasse. Ele queria me tirar de apuros porque já tinha concordado em me ajudar.”

Dulce não tinha visto Anahí desde sábado, e tinha passado o dia todo respondendo às perguntas de sua melhor amiga sobre Christopher.

“Christopher te ama e você o ama.” Anahí se virou com as mãos nos quadris. “Não posso acreditar que você fez esse acordo estúpido com ele!”

Dulce suspirou. Estava assistido Anahí compassar de um lado para o outro na frente da grande janela dianteira há meia hora e agora sentia uma dor de cabeça chegando. Retomou o reabastecimento das prateleiras e tentou, mais uma vez, fazer sua amiga entender.

“Eu já te disse, Any, eu não tinha certeza se poderia baixar minha guarda o suficiente para fazer sexo de novo. Por causa do meu acordo com Christopher, eu descobri que posso.”

“Oh, mel, isso é maravilhoso! Eu te disse que você só precisava do homem certo.”

Dulce bufou indelicadamente. “Sim, certo. Até uns meses atrás, você me dizia para ter cuidado e não correr riscos.”

Ela observou, divertida, enquanto Anahí ficava vermelha.

“Eu sei. Eu sei.” Ela deu um abraço em Dulce. “É só que quero que você seja tão feliz quanto eu. E já conhecemos Christopher. Christopher e Pablo são tão diferentes quanto à noite e o dia.”

“Eu sei Any.” Dulce deu de ombros. “Mas não acho que Christopher está apaixonado por mim.” Levantou a mão quando Anahí ia interrompê-la. “Eu sei que o amo, mas não estou certa se poderia funcionar. Primeiro, eu não sei se posso ser o que ele quer. Não acho que quero ser o que ele quer. Eu estava preocupada em apenas ser o que ele precisava no quarto, ou sua sala de brinquedos nesse caso, mas depois de falar com ele no sábado à noite, receio que o que ele quer é um fantoche.”

“Um fantoche?”

“Sim,” Dulce suspirou. “Ele quer alguém que o obedeça e faça tudo que ele diz. Ele me disse que quer uma mulher que lhe permita estar no comando e que se renda a ele em todas as coisas. Eu não sou esta mulher, Any. Não quero ser esta mulher. Pablo me fez esta mulher através de estupros e espancamentos, e eu nunca mais quero ser esta mulher de novo.”

Dulce agarrou o braço de Anahí. “Por favor, tente entender. Não tente empurrar Christopher e eu juntos. Tenho que resolver isso do meu próprio jeito. Por causa do acordo que fiz com Christopher, tenho seis semanas para descobrir isso.”

Anahí a considerou firmemente por vários segundos antes de concordar. “Ok. Não vou tentar empurrar você e Christopher juntos e não vou dizer nada a Poncho e Chris. Mas,” ela acrescentou quando Dulce ia se virar, “quero que você pense sobre algo. Não há um homem na cidade que não se sente do mesmo jeito que Christopher. Poncho e Chris me fizeram o mesmo discurso e lutamos sobre isso. Eles sempre tentam conseguir do seu jeito.”

Arremessando os braços acaloradamente, Anahí continuou. “Eddy é do mesmo jeito. Se você falar com qualquer um deles, eles estão no comando, suas mulheres os ouvem, ou vão receber umas palmadas, blá, blá, blá.”

Anahí sorriu maliciosamente. “Você me vê fazendo tudo que Poncho e Chris me dizem para fazer? Eu pareço um fantoche para você? Angelique parece? Sim, eles são duros, eles são mandões. Mas estes homens se importam. Se Angelique está infeliz, Eddy faz tudo que pode para deixá-la feliz novamente. Poncho e Chris são o mesmo. A única vez que eles realmente batem o pé é quando se trata da minha saúde ou segurança.”

Anahí sorriu. “Você já me viu ganhar contra eles repetidas vezes. Você já viu Angelique desafiar Eddy a castigá-la. Você acha que ela faria isso se não gostasse? Eu me pergunto quantas vezes Eddy foi manipulado para colocar Angelique sobre os joelhos.”

Dulce não pôde deixar de sorrir, sabendo que Anahí dizia a verdade. Ela ficou séria. “Mas Christopher e eu não temos uma relação. É apenas sexo e ele quer estar no comando.”

Anahí sacudiu a cabeça. “Estes homens podem dizer o que quiserem sobre estar no comando, mas a linha de fundo é esta. Eles só estão no comando enquanto estamos felizes.”

Dulce a encarou, desolada, seu coração pesado. “Há uma grande diferença, Any. Você e Ange estão com homens que amam vocês.”

Fechando a loja, Dulce cuidadosamente evitou os olhares preocupados de Anahí. Tinha evitado qualquer outra conversa sobre Christopher e não queria nada além de subir para seu apartamento, então não teria mais que ouvir seu nome esta noite.

Dizendo boa noite a Anahí, Derrick, e Katy, ela fez seu caminho para cima e foi direto através de seu apartamento para o pequeno banheiro.

De pé no chuveiro, ela deixou o jato de água quente sobre ela acalmá-la e lavar as lágrimas em seu rosto. Sabendo que não poderia ir além das seis semanas com Christopher, seus movimentos se tornaram lentos e apáticos enquanto se preparava para dormir.

Vestindo uma camisola de algodão simples, Dulce sentiu fresca e confortável enquanto se acomodava na grande cadeira que tinha trazido de seu apartamento em Maryland. Estofada e maior do que uma cadeira comum, ela se tornara sua cadeira de conforto.

Sempre que se sentia magoada ou triste, enrolava-se nela com o xale leve e super-macio que mantinha dobrado sobre o encosto. Nunca deixava de acalmá-la.

Ela o tinha usado inúmeras vezes quando Pablo a machucava, mas desde que se mudara para Desire, nunca tinha precisado do efeito calmante da cadeira, até agora.

Embrulhando o xale macio ao redor dos ombros, enrolou-se nisso. Dobrando as pernas embaixo dela, deitou a cabeça no braço de pelúcia e fechou os olhos. Realmente deveria comer algo, mas até o pensamento de se preparar um sanduíche soava como muito esforço. Não conseguiria comer nada agora, de qualquer maneira.

O toque do telefone a assustou. Ela olhou no visor. Ao ver o número do celular de Christopher, ela gemeu. Realmente não queria atender, mas sabia que se não o fizesse, ele ligaria para alguém vir ver como ela estava. Resignada, ela atendeu a chamada.

“Oi?”

“Oi, amor.” Uma pausa. “Algo está errado?”

Ignorando a preocupação em sua voz, ela fechou os olhos novamente.

“Não. Só estou cansada. Como está indo sua viagem?”

“Não tão produtiva quanto eu gostaria, mas fiz tudo que poderia fazer por agora. Estarei em casa amanhã. Por que você está tão cansado?”

“Nenhuma razão. Só cansada. Tenha uma viagem segura para casa amanhã.”

“Dulce?”

Os olhos de Dulce estalaram abertos no tom afiado.

“Sim?” Ela puxou o xale mais apertado ao redor dela.

“Você tem certeza de que está bem?”

“Estou bem, Christopher, apenas cansada. Já estava quase dormindo quando você ligou. Podemos conversar outra hora?”

“Claro, amor. Durma bem. Vejo você amanhã.”

“Boa noite.” Dulce desligou antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa. Só queria escapar no sono durante algum tempo.

Depois de uma boa noite de sono, ela estaria mais bem equipada para enfrentar Christopher novamente.