Fanfic: Desejos de Christopher - adaptada | Tema: Vondy

Christopher estremeceu quando a porta bateu e soube que tinha cometido o maior erro de sua vida.

O controle do qual se orgulhava tinha desaparecido. Lidar com a mulher que amava o tinha se debatendo tão mal quanto o próximo.

Ele rezou para que Dulce o amasse, mas havia subestimado a extensão de sua resposta a Royce e King.

Ele estupidamente tinha assumido que ela faria uma de duas coisas. Ou tomaria Royce e King em sua oferta, que o teria quase matado, ou ficaria puta e diria não. Se ela tivesse aceitado, ele saberia que tinha calculado mal e teria que tentar se recuperar dela. Se ela tivesse ficado puta, bem, ele teria adorado a chance de lidar com seu temperamento explosivo.

Mas nada disso havia acontecido.

Ele não tinha imaginado que sua resposta seria pensar que ele a tinha dado à outra pessoa, ou na determinação de seus amigos de levá-la a admitir seus sentimentos.

Ele a havia machucado, e isso o devastava.

Cristo, isso era uma bagunça.

E só tinha a si mesmo para culpar. Royce e King fizeram o que lhes pedira, e ele deveria saber que não parariam até que ela admitisse seus sentimentos. Os dois lhe disseram repetidamente que ela o amava e sabiam que ele não acreditara muito nisso.

A sala de jogos do clube tinha câmaras escondidas por razões de segurança. Ele assistira de seu escritório, as mãos cerradas em punhos o tempo todo. Quando ela começou a chorar, ele correu fora da porta e pelo corredor sem sequer perceber.

De pé lá, perto da porta, congelado no lugar, ele viu King confortá-la, e quis arrancá-la dos braços de seu amigo. Royce o deteve.

“Você queria a verdade.” O lembrete sussurrado de Royce o manteve em silêncio. “Você não ficará satisfeito até que ouça por si mesmo.”

Quando ouviu a porta do banheiro ser aberta, ele endireitou. Dulce apareceu, vestida, os olhos vermelhos e inchados, e ele quis puxá-la em seus braços e abraçá-la. Mas o olhar duro em seus olhos lhe disse que seu toque não seria bem-vindo.

Ela nunca o tinha olhado desse jeito antes, e isso o cortou até a alma. Quando ela começou a passar, ele alcançou e tocou seu braço, estremecendo quando ela puxou longe.

“Dulce, amor, por favor, deixe-me explicar.”

“Luz vermelha. Pronto, satisfeito. Você estava certo. Você finalmente conseguiu me fazer dizê-las. Agora tire suas mãos de cima de mim, porra! Abra a porta.”

Quando Christopher ficou lá, Dulce pensou que ele fosse recusar. Ela precisava ficar longe dele antes que se envergonhasse chorando de novo.

Ela ficou surpresa quando ele concordou.

“Vou acompanhá-la até seu quarto.”

“Não. Estou indo para casa.”

Christopher sacudiu a cabeça. “Não até que Pablo seja preso. Você tem que ficar aqui.”

“Não, eu não quero estar perto de você agora.”

“Se você voltar para seu apartamento, eu vou com você. Se ficar aqui, eu prometo que vou deixá-la sozinha até que esteja pronta para falar comigo.”

Dulce o olhou com cautela. “Não acredito em você.”

“Esta é a melhor oferta que você vai conseguir. Quero que fique aqui onde vai estar segura. Se quiser que a deixe sozinha no momento, eu deixarei.”

“Eu faço.”

“No momento,” ele rosnou. “Depois que você se acomodar, eu e você faremos isso.”

Dulce se forçou a não enfraquecer no olhar abatido em seu rosto ou em como sua linguagem corporal mostrava derrota.

Concordando novamente, ele se moveu para a porta e a abriu.

Dulce ficou em seu quarto no clube, só se aventurando a ir ao trabalho. Sebastian a esperava lá fora para levá-la todos os dias à Indulgences e Alfonso e Christian a levava de volta todas as noites.

Sabia que tinham falado com Christopher, pois nunca o mencionavam, apenas a olhavam com compaixão quando a deixavam. Recusou-se a discutir o assunto com Anahí, e saiu intempestivamente uma vez quando Anahí não o deixava morrer.

Christian a tinha encontrado na lanchonete e a trouxera de volta, e não mencionaram o nome de Christopher novamente.

Royce e King continuaram tentando falar com ela, mas cuidadosamente os evitava.

Não tinha visto ou ouvido falar de Christopher desde que ele a havia levado a seu quarto.

Ela sentia tanto a sua falta que mal podia suportar. Havia perdido peso e tinha olheiras de não dormir.

Ela precisava dele.

Quando o dia do Quatro de Julho de fazer piquenique finalmente chegou, Dulce tomou banho e se vestiu. Falaria com Christopher hoje. Precisava tirar tudo a limpo e deixá-lo lhe dizer por que tinha feito o que fez. Não podia mais suportar esta distância entre eles e queria ouvi-lo se explicar.

Os negócios na cidade fecharam nesse dia. Dulce tinha visto os preparativos durante toda a semana de sua janela.

Olhando pela janela, ela viu Christopher saindo da parte de trás do clube, indo em direção das áreas de piquenique. Ela correu para alcançá-lo.

Desceu as escadas correndo, não querendo esperar o elevador. Lá embaixo, ela se virou, quase atropelando Sebastian em sua correria.

“Aonde vai com tanta pressa?”

Dulce não desacelerou. “Preciso alcançar Christopher.”