Fanfic: Desejos de Christopher - adaptada | Tema: Vondy

Dulce se empurrou acordada com um grito, os braços batendo enquanto subia para o outro lado da cama. Christopher a observou lutar com as cobertas quando suas pernas se enroscaram nelas enquanto lutava para se afastar dele.

“Dulce, amor, sou eu.” Ele manteve o tom suave e calmante enquanto ela lutava.

Ele ficou quieto, não querendo assustá-la ainda mais, e continuou falando na mesma voz baixa, rezando para conseguir alcançá-la.

“Sou eu, Dulce. Calma, amor. É Christopher, querida. Você está bem. Ninguém vai machucá-la.”

Com um último pontapé nas cobertas, ela caiu no chão e rapidamente se colocou de pé, com as mãos estendidas à sua frente, como se afastando de um ataque.

O terror em seus olhos o sacudiu até a alma. Já não via o medo em seus olhos há muito tempo, e tinha esperado nunca vê-lo novamente. Mas, o que tinha visto antes nem se comparava ao que via agora.

Cuidadoso para manter sua fúria escondida, ele continuou a falar com ela tranquilamente, imensamente aliviado quando ela se tornou plenamente ciente do ambiente.

“Você está bem, amor. Você está aqui comigo. Ninguém jamais vai machucá-la de novo.”

Ele se levantou e foi devagar até ela, lutando para manter a voz baixa e estável enquanto se aproximava.

As lágrimas em seu rosto o enfureceram ainda mais. Quando ele finalmente a alcançou e a puxou em seus braços, ele tremia quase tão duro quanto ela.

Christopher não permitiu que a ira assassina que sentia se mostrasse em seu rosto até que a embalou firmemente contra o peito.

Mortificada, Dulce escondeu o rosto contra o peito de Christopher. Já fazia um longo tempo desde que tinha acordado de um sono profundo para se encontrar lutando por sua vida.

Ela deveria saber que dormir com alguém ia eventualmente trazê-lo de volta. As únicas vezes que havia sido tocada enquanto dormia tinha sido quando Pablo a pegava de surpresa e a estuprava.

Com a cabeça pressionada no peito de Christopher, ela ouviu seu coração disparado e só podia imaginar o que ele estava pensando sobre sua reação.

Provavelmente que estava se ligando a uma mulher louca.

Ele acariciou suas costas, o toque acalmando-a. Finalmente percebendo o quão firmemente o agarrava, estremecendo quando pensou em como suas unhas cavavam em suas costas, ela soltou seu aperto.

Ele ergueu seu queixo, olhando-a com ternura.

“Você está bem, amor?”

Ela sentiu-se corar e assentiu.

“Sinto muito, eu…”

“Não faça isso. Não se desculpe por isso. Nunca.”

Seus lábios se sentiram quentes e macios, amorosos, quando ele beijou cada centímetro de seu rosto com lentidão deliberada.

Quando chegou a seus lábios, ela se sentia como se flutuasse, qualquer vestígio de medo desaparecido.

“Eu trouxe seu café da manhã.”

Dulce notou pela primeira vez que Christopher já estava vestido. Então, ele não estava dormido com ela quando ela tinha sido acordada. Ela franziu o cenho.

“Você está vestido.”

Ele colocou-a de volta na cama e trouxe a bandeja para estabelecê-la sobre seu colo. Ela puxou o lençol para se cobrir, dobrando-o sob os braços, feliz por ele não fazer nenhum comentário sobre o que tinha acontecido.

“Sim, dorminhoca. Já estou de pé há um bom tempo. Precisava cuidar de algumas coisas antes de partirmos.”

“O que você está planejando para mim, em nossa lua de mel?” Ela manteve a voz deliberadamente provocante, assim ele continuaria a ignorar o que tinha acontecido.

Ele se inclinou, erguendo seu queixo com um dedo embaixo dele e dando um beijo duro em sua boca. “Se eu lhe disser, você não ficaria surpresa. Você só tem que esperar para ver.”

Dulce corou de prazer e deliberadamente baixou o olhar para a bandeja. Ele trouxe seu café, suco de laranja, uma variedade de frutas frescas fatiadas, torrada, e uma omelete enorme.

“Eu sei que sou gorda, mas não há nenhuma maneira que eu possa comer tudo isso! Espero um pouco seja para você.”

“Mmmm, parece que tenho que adicionar mais um castigo em nossos planos de lua de mel.”

Dulce congelou. “Eu só estava, quero dizer…”

“Eu sei o que você quis dizer. Você já foi advertida, porém. Você é luxuriante e voluptuosa. Pensei que já tinha deixado bem claro o quanto amo suas curvas.” Ele traçou um dedo em cima de seu ombro e o desceu até a curva de seu seio.

“Você fez. Quero dizer, você faz. Eu só…”

“Você apenas decidiu insultar o que é meu. Você foi advertida sobre isso antes e escolheu ignorar meu aviso. Uma ofensa castigável. Agora, tome seu café da manhã. Eu já comi. Não sabia o que você ia querer, ou o quão faminta você estaria depois de ontem à noite, então pedi uma seleção para você. Além disso, você sabe como o pessoal gosta de mimá-la.”

Ele serviu café para os dois enquanto ele falava, fazendo o dela do jeito que ela gostava automaticamente.

Deu uma mordida na omelete, zumbindo em aprovação, quando os sabores dos legumes e queijo estouraram contra sua língua.

“Está delicioso.”

Christopher sorriu indulgentemente. “Você pode dizer ao chef o quanto gostou. Ele já está fazendo um de seus favoritos para o jantar.” Ele levantou a mão antes que ela pudesse perguntar. “Não posso te dizer. Ele quer fazer uma surpresa.”

Dulce sorriu e deu outra mordida.

“Simon a atacou em seu sono?”