Fanfic: Desire and Reward
Acordo atrasada e levanto-me e vou à disparada para o banheiro, tomo meu banho e escovo os dentes, posso tomar café pela rua. Saio de meu apartamento e começo a andar rápido até uma lanchonete próxima, compro meu suco e bebo. Volto a caminhar e me vejo ir em direção ao metrô, só tem outro daqui a 20 minutos, volto pelas escadas e começo a correr.
Vejo Logan entrando na agência e Ian aparece na porta, acho que deve estar esperando por alguém, talvez seja Asheley, afasto o maldito pensamento e entro na agência passando por ele, porém, sem encará-lo. Vou até meu escritório e fecho a porta, antes que possa conseguir me sentar em minha cadeira, batem em minha porta. – Inferno.
– Entra!
– Oi Josie.
– Olá Logan, o que devo a honra de sua visita?
– Me deve um uísque! Mas enfim, não estou aqui para você me pagar o uísque que você me deve.
– Está aqui por...
– Sabe quando encontramos as vítimas e elas estavam com as pálpebras dos olhos fechadas após terem sido estranguladas e estupradas? Pois bem, a Natasha me mandou te avisar que já descobrimos a quem pertence àquelas digitais encontradas nas pálpebras das vitimas desde o começo dos assassinados.
– E de quem é?!
– É Michelli Style.
– Mas... Ela está morta há meses!
– É.
– Isso não ajuda em nada, Logan! Pelo contrário, só piora as coisas.
– Não pioram tanto, nós já podemos imaginar ao menos que o assassino é um maníaco que anda por ai cometendo crimes com a mão de uma cadáver.
– Você fala como se ele não soubesse ser discreto! Lembra que ele conseguiu matar o gerente sem nem ao menos ser notado por nós?
– Lembro sim, e acabo de lembrar que nós temos que ver cada nome das pessoas que estavam hospedadas naquele maldito hotel naquele fim de semana. – Ele fala isso levantando uma maleta preta grossa e colocando-a sobre minha mesa e em seguida a abre revelando a quantidade absurda de papéis.
– A gente vai visualizar a vida de cada pessoa que estão nesses papéis?!
– Correção, você e o policial Ian irão visualizar a vida de cada pessoa que estão nesses papéis. – Ele fala isso se retirando rapidamente da sala sem me dar a chance de me revoltar.
Ian não irá se importar se eu demorar um pouco para entregar os papéis em seu escritório, não é mesmo? Me, retiro de meu escritório e começo a caminhar pelos arredores até chegar ao banheiro. Começo a me olhar no espelho e noto que meu cabelo está desarrumado, pego o meu elástico e começo a puxa-lo em um rabo de cavalo, fecho os olhos por curtos segundos e ouço a porta se abrir, reconheço quem é assim que vejo o reflexo de seus fios ruivos no espelho, volto a fechar os olhos e finjo estar pensando em algo. Porém falho e minha curiosidade ataca.
– Você está fazendo o quê aqui Asheley?
– Eu fui convidada a passar essa semana ao lado do policial Ian no trabalho dele, policial Josie.
– Certo, está achando a agência agradável?
– Não seja falsa! – Eu a olho assustada.
– Como é?
– Por favor, você é a pior pessoa no mundo quando tenta fingir que quer puxar algum assunto com alguém.
– Ok.
– A propósito, se você chegar 10 centímetros do Ian, eu faço o impossível para te tirar dessa agência. – Não acredito que estava ouvido isso! Me, aproximo dela aponto dela conseguir sentir minha respiração.
– Eu não me interesso pelo policial Ian, e se você aparecer perto de mim mais uma vez fazendo outra ameaça escrota como essa, eu te faço de faxineira! Está escutando?
– Estou, e não duvide de que sou capaz de...
Me retiro do banheiro antes que ela termine sua frase, mas sou puxada e prensada contra a parede ficando de frente para Asheley.
– Você não me deixou terminar, querida Josie.
– Para você é policial Rosen!
– Que seja.
– Termine sua frase, por favor.
– Não duvide do que sou capaz de fazer com você e sua vidinha de merda! – Eu começo a rir. Desenrosco-me dela e puxo seu braço forçando-o para traz e empurro seu corpo contra a parede.
– Me ameaça de novo agora, porra!
– Ai caralho! – Me aproximo e sussurro em seu ouvido.
– A propósito, os lábios dele são bem macios, só de lembrar, me arrepio.
– Não! Vocês nunca se beijaram! Para de imaginar coisas!
– Verdade, só de imaginar... – Suspiro.
– Cala a boca! Cala a boca! – A solto e ela avança em mim, mas eu me esquivo, ela cai ajoelhada no chão e vou em direção à porta.
– Mal posso esperar para repetir a dose!
Ouço um grito de frustração vindo do banheiro, imediatamente sorrio e vou ao refeitório, de longe vejo Ian se servindo de sua comida, ele me olha e estranha por eu estar sorrindo. Vou até Logan e me sento com ele na mesa. Ele me olha desconfiado, mas volta a se entreter com seu burrito, eu me levanto pego uma maçã e volto até a mesa, Logan já terminou o burrito e começou a beber seu suco. Após uma pausa a curiosidade o domina e ele finalmente me pergunta.
– O que aconteceu Josie?
– Nada demais.
– Eu te conheço praticamente a vida toda, não tem essa de “nada demais”. Me fala.
– Ok apressado. Eu conversei com a Asheley agora apouco.
– Agora apouco? O que ela está fazendo aqui?
– Ian a convidou para passar essa semana com ele no trabalho.
– Espera! Tenho duas perguntas.
– Diga-me quais são, senhor Logan.
– Primeira, por que ele a convidou para passar essa semana com ele no trabalho?
– Não sei, frustração sexual talvez. – Não me agrada muito pensar isso.
– E a segunda, desde quando você parou de chama-lo de Stewart?
– Desde o hotel.
– Por qual motivo? – Instantaneamente fico vermelha.
– Por nada.
– Por Deus, Josie, você transou com ele?
– O quê?! Não!
– Então o que foi?
– Já disse que não foi nada.
– Certo, e eu já disse que odeio quando você se esconde de mim?
– Já. – Suspiro derrotada.
– Vai me falar ou o quê?
– Ele me beijou. – Logan engasga e começa a tossir o suco que estava bebendo, chamando a atenção de todos para nossa mesa.
– Ele o quê?!
– Se você não chamar a atenção dos arredores para nós enquanto conversamos, eu agradeceria por isso.
– Desculpe, mas ele fez o quê?!
– Me beijou.
– Wow.
– Que foi? Foi só um beijo.
– Nossa! Eu saio beijando as pessoas por ai assim do nada e no final eu falo que foi só um beijo agora, Josie!
– Não sei o que pensar... Até depois Logan.
– Até.
Levanto-me e vou até o escritório. Vejo uma sombra por debaixo da porta, dou um passo pra trás, um pouco assustada, e pego minha arma da planta que fica ao lado da mesma. – Sou prevenida. Abro a porta devagar e miro na pessoa que está mexendo nos documentos, atiro, porém ele se abaixa e começa a berrar.
– Caralho, Josie o que você está fazendo?!
- Ian? Que porra! O quê você está fazendo no meu escritório?
– O que você acha que eu estou fazendo? – Ele fala apontando para os documentos, merda, era para eu já ter entregado isso.
– Acho que está invadindo a minha privacidade!
– Errado!
– O que seria então?
– Eu preciso levar esses documentos para o meu escritório e preciso ter uma conversa sobre a Asheley com você lá!
– Que seja! – Saio apressada e Ian também.
Todos nos olham estranhando, talvez por eu estar ao lado de Ian ou por estarmos indo ao escritório dele. De repente somos parados, eu por Logan e ele por Asheley.
– Eu não me conformo com o que você fez, Ian!
– O que eu fiz?!
– Pare de fingir que não sabe!
Ela se revolta e me olha com expressão assassina para mim – faço cara de desentendida. Ela sai de perto, Ian a segue até a saída e finalmente fico a sós com Logan.
– O que eu fiz?
– Ainda não cometeu a maior burrada da sua vida, mas está prestes!
– O quê?! O que você quer dizer? Nós só vamos resolver os assuntos do hospedes do hotel.
Ian volta antes que possamos concluir a conversa e voltamos a andar até seu escritório. Ele abre a porta e entra, pouco antes de eu entrar ele sai e murmura que havia deixado um dos papeis na sala de arquivos. Ambos vamos para a mesma.
Assim que entramos na sala de ambiente abafado com cheiro de mofo eu fecho a porta atrás de mim.
Ele está revirando alguns arquivos dentro do armário de metal e finalmente seleciona um e o puxa para fora, deixando-o exposto sobre o armário. Se virando para mim ele me encara com uma expressão de raiva e fala.
– Me fala!
– Falar o quê?
– O que foi que você disse para a Asheley?
– Como assim?!
– Ela está puta da vida comigo, e eu sei que foi por sua causa!
– Puta ela sempre foi. – Falo isso em um fio de voz que somente eu ouço.
– O quê? Deixe de enrolações e me fala logo o que aconteceu!
– Eu tive uma simples conversa com ela, só isso! – Ele dá uma risada fraca e por fim fala.
– Você, policial Josie, não têm limites.
– Nem você, policial Ian.
Encaro seus lábios bem desenhados e começo a morder os meus. Ele me olha com uma expressão misturada com desejo e confusão. Aos poucos meu olhar se direciona para seu peito coberto com uma camiseta de linho fino e branco. Volto aos seus lábios e sem pensar direito, pego a cola de seu colarinho pela esquerda e pela direita, e o puxo para perto com força selando nossos lábios. No começo percebo que ele estranha, mas logo cede, permitindo que o beijo fique mais intenso. Ele coloca suas mãos em minha cintura e me puxa para perto. Logo minhas mãos estão percorrendo apressadas pelas suas costas indicando que quero aquele pedaço de pano fora de lá. Damos um tempo para ele poder tirar sua camiseta.
– Solte esse cabelo.
- Sempre mandão, policial Ian.
– Eu gosto de estar no controle.
Aos poucos ele se aproxima e começa a puxar meu elástico e libera meus fios que caem em ondas pelos meus ombros ficando na altura da manga de minha camisa, ele me olha com desejo e se aproxima. Me puxa, colocando novamente as mãos em minha cintura, porém elas estão indecisas e ficam subindo e descendo o tempo todo. Minhas mãos estão espalmadas em seu peito e eu estou beijando lentamente a lateral direita de seu pescoço, aos poucos vou subindo até chegar a sua mandíbula e em seguida pousar sobre seus lábios. Ele me afasta por um momento e me encara nos olhos, se aproxima do meu ouvido e sussurra.
– Você é gostosa, policial Josie.
Eu suspiro e ele me empurra contra a porta batendo minhas costas contra a mesma, eu gemo baixo. Dessa vez ele está beijando meu pescoço dando leves chupões e eu mordo meus lábios para não fazermos muito barulho, aponto das pessoas lá fora desconfiarem. Ele começa a abrir os botões de minha camisa, mas eu o impeço de continuar, pois afinal, ele não é o único que controla as coisas.
Alguém bate na porta e nós paramos com o que estávamos fazendo em um pulo – literalmente. Eu começo a abotoar os dois botões abertos de minha camisa desesperada, e ele dá um sorriso de leve e desliza os dedos, indicador e polegar, pelo queixo com a barba pouco rala enquanto faço isso. Ele se agacha para pegar a sua camiseta para fazer o mesmo. Não nos encaramos e eu pego meus papéis colocando-os em uma pasta qualquer e saio sem encarar quem quer que estivesse batendo na porta. Vou em disparada para o banheiro para analisar como estou fisicamente. Assim que entro, confiro se têm alguém nele – ninguém. Coloco a pasta sobre a bancada e começo a me analisar. Cabelos um pouco bagunçados, pele avermelhada e chupões... Destacados?! Filho da puta!
Ian’s Pov
Uma mulher sexy, atrevida, determinada isso definia Josie. O que menos esperamos dela ela faz sem pensar nas consequências. Mas é disso que gosto nela. Sinceramente não consigo entendê-la, mas para que entender? Têm coisas que não precisamos entender. Porque quando menos entendemos, menos queremos arrumá-las para sua perfeição, é sempre bom ter coisas que não imaginamos acontecer.
Aah, pessoal. Espero que continuem gostando da fanfic haha não esqueçam de entrar no grupo https://www.facebook.com/groups/505974666098135/ juro que lá é legal. Anyway, duvidas são bem-vindas.
xoxo Bea
Autor(a): Bea Romero e Lety Pereira
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Capítulo 7 – Bar one “A morte, assim chamada, é algo que faz os homens lamentarem: e ainda assim um terço da vida é passado no sono.” (Coloquei a musica de Leona Lewis – Bleeding Love para carregar, quando for dar play eu te aviso.) Drew’s Pov. Estou sem dormir desde ontem, n&at ...
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