Fanfic:  DNA - Laleuge (Adaptada) | Tema: Lali Esposito, Euge Suarez

Laleuge♥

Manuela: Euge - chegou a sala.
Euge: Oi? - a mirei.
Manuela: A Lah tá chorando.
Euge: Como é que é? - me levantei em um pulo, indo para a cozinha.
Manuela: Ela tá chorando.
Euge: E por que? - a peguei no colo.
Manuela: Não sei - deu os ombros.
Euge: Tá chorando por que, Lali?
Gime: Seja mais sensível Euge.
Quando ela me olhou, quase soltei Manuela. O Castanho tão bonito, que eu sempre admirei, estava banhado em lágrimas. Senti uma enorme vontade de largar tudo e abraçá-la. Coloquei Manuela com cuidado no chão e me aproximei dela. Peguei uma cadeira e me sentei a sua frente. Engoli seco ao ver que a cada movimento que eu fazia, ela me olhava. 
Euge: O que aconteceu? - coloquei minha mão em cima da dela.
Lali: Nada - puxou a mão.
Euge: Fala o que aconteceu, quem sabe eu possa te ajudar.
Lali: Não adianda Eugenia, o que você fez já tá feito, não adianta mais.
Euge: Do que você está falando? - a mirei, assustada.
Lali: Você sabe do que eu estou falando.
Euge: Eu não sei, por que eu não fiz nada.
Gime: Vocês podem me dizer do que estão falando?
Como ela havia descoberto? Eu não tinha dito nada a ninguém só a Agustín. Será que ela havia me seguido? Ai meu Deus.
Euge: Mas eu não fiz nada.
Lali: Você sabe o que você fez - se levantou.
Euge: Então me diz o que eu fiz.
Me olhou e saiu da cozinha, deixando-me falar sozinha. Olhei para minha mãe e depois para a porta. 
Gime: O que aconteceu?
Euge: É o que eu quero saber. Vou lá falar com ela - me levantei.
Gime: Eugenia...
Euge: Eu não vou brigar com ela, eu só vou conversar - fui em direção a seu quarto - Lali, deixa eu entrar - bati na porta, que estava trancada - Lali, você quer me dizer que diabos eu fiz?
Lali: JÁ DISSE QUE VOCÊ SABE O QUE FEZ.
Euge: SE EU SOUBESSE NÃO ESTARIA PERGUNTANDO, PORRA! - gritei no mesmo tom e ela abriu a porta, me puxando para dentro.
Lali: Você é uma cobra. Uma falsa.
Euge: Ok, isso eu já estou cansada de ouvir. Mas como chegou a essa conclusão?
Lali: Você conquistou a Manuela só para eu me sentir mal, e agora que ela tá te enchendo o saco, você quer jogar ela pra cima de mim de novo, não é?
Euge: Ai... ai - coloquei a mão no peito e senti minhas pernas ficarem bambas - É isso?
Lali: Você quer mais que isso?
Euge: Ela não tá me enchendo o saco, Lali. Eu gosto dela.
Lali: Você não gosta nem de você, Eugenia.
Euge: Eu gosto dela. E gosto de você. Só que a gente... não se entende.
Lali: Eu não quero me entender com você, minha irmã. Se eu tivesse escolha, iria ser ótimo que você não existisse.
Euge: Aham - mordi meu lábio.
Meu coração já não batia mais tão forte, sentia uma batida a cada 15 segundos. Minha garganta estava seca, e eu não tive mais nenhuma reação a não ser sair do quarto.O feitiço estava virando contra o feiticeiro. Eu desejei por anos, com todas as minhas forças que nenhuma das duas existissem, e quando uma delas me dizia a mesma coisa, aquilo me ferira muito.
Ao acordar no dia seguinte, me lembrei que aquele seria o dia. Resolvi dormir mais um pouco, pois seria o tempo que eu levaria para me arrumar. Levantei meia hora depois e desci, ainda de pijama.
Nicolas: Bom dia, Euge. Por que ainda está de pijama?
Euge: Bom dia. Não estou passando bem, estou enjoada.
Gime: Mas você está assim desde ontem, não está? Comeu algo que não deveria?
Euge: Não, mas eu quero comer... nachos - disse a primeira coisa que me veio a mente.
Gime: Nachos? Há essa hora?
Euge: É, nachos. Sei lá, estou com vontade.
Gime: Eugenia - me olhou e em seguida olhou meu pai.
Nicolas: Você anda se cuidando?
Euge: Sim - respondi, óbvio.
Nicolas: Digo, você anda se cuidando com o Gastón?
Euge: O quê? - engasguei com a saliva - Co... Com o Gastón? Claro que sim - comecei a tossir - Aliás, eu tomo anti-concepcional todo mês.
Gime: Espero - colocando o suco na mesa, enquanto eu não parava de tossir.
Euge: Pensando bem, não vou comer nada - fui em direção a geladeira e a abri, procurando meu limão.
Lali: Bom dia, família.
Gime: Bom dia, minha filha. Está melhor?
Lali: Estou - sorriu - Bom, só vim falar bom dia, por que já estou de saída.
Nicolas: Onde vai?
Lali: Tenho que comprar umas coisas.
Gime: Mas está tão cedo, Lali.
Lali: Vou comprar antes de ir trabalhar, tenho que decidir o que quero ainda.
Euge: Perfeito - ri, com o limão na boca e olhando para o nada.
Nicolas: O que disse?
Euge: Pensei alto demais. Vou voltar lá pra cima. Bom dia - ri e sai dali. 
Quando me certifiquei de que todos haviam ido embora, e minha mãe estava ocupada demais com seus afazeres, e Manuela estava dormindo, devido a sua febre costumeira da madrugada, fui até meu quarto e peguei os pacotes. O quarto de Lali era arrumado, acho que conseguia ser mais arrumado do que o meu. Era arrumado mas estava sujo, e eu sabia que logo ela iria limpar aquilo. Abri sua gaveta de roupas e coloquei um dos três pacotes lá. Outro coloquei dentro do guarda-roupas e por fim, o último, coloquei debaixo da cama. Ao sair, fechei a porta como se não tivesse entrado, mas senti que tinha alguém atrás de mim. 
Euge: Eu juro que só fui usar o banheiro - me virei e quase amoleci ao ver quem era - O que está fazendo acordada?
Manuela: Eu estou com fome, Euge.
Euge: Vamos lá embaixo. Eu te dou o que comer - a peguei no colo e fui até a cozinha.
Gime: Está melhor?
Euge: Um pouco. Mas sua filha quer comer, então vou dar algo para ela comer. O que dou?
Gime: Acho que ainda tem algumas panquecas, pode dar pra ela. Eu vou limpar lá em cima.
Euge: Hum... ok. Quer como?
Manuela: Igual a Lah faz.
Euge: E como ela faz?
Manuela: Com mel, Euge - bufou, como se eu fosse obrigada a saber.
Gime: Qualquer coisa estou lá em cima - saindo da cozinha.
Euge: Certo. Você come sozinha, né?
Manuela: Claro que sim, eu tenho quatro anos já.
Euge: Uau. Como você está grande - a mirei, figindo estar espantada.
Manuela: É, eu sei.
Euge: Então tá - dei os ombros. 
De repente olhei para a sala, e me veio uma dor no coração. Eu não poderia fazer aquilo com a Lali. Quem merecia aquilo era eu, não ela. Deixei Manuela na cozinha sozinha, quando cheguei no quarto de Lali, já era tarde demais.
Euge: Mãe... - tentei desfarçar, mas não conseguia.
Gime: O que é isso? - mostrou o pacote que eu havia colocado debaixo da cama.
Euge: Eu... não sei.
Gime: O que minha filha está fazendo com ele? - jogou o pacote em cima da cama, e abriu o guarda-roupas.
Ao ver o outro pacote dentro do guarda-roupas, senti que ela não aguentaria mais. Olhei para cima, tentando fazer com que as lágrimas que viessem, não caissem pelo meu rosto. Ela se sentou na cama e começou a chorar. Engoli seco, e queria naquele momento ter uma máquina do tempo. Mas eu não sabia por que estava naquele estado. Era o que eu queria, e eu havia conseguido. Ouvi passos pela escada, e sua voz surgiu do nada. Me virei e dei de cara com ela, que sorriu para mim e entrou no quarto.