Fanfic:  DNA - Laleuge (Adaptada) | Tema: Lali Esposito, Euge Suarez

Eu previa a briga que teríamos. Digo, eu e meus pais. Parecia que o dia havia demorado para passar, e o final parecia não estar próximo. Olhei no relógio e vi que estava no horário de meu pai chegar. Lali havia cancelado todos os compromissos e acabou ficando em casa. Eu não havia comido nada e quando resolvi descer para comer algo, dei de cara com a última pessoa no mundo que eu queria ver naquele momento. 
Mery: Euge - sorriu ao me ver.
Euge: Mery - sorri forçada - Como está?
Mery: Estou bem. Er... Euge, está tudo bem com a sua mãe?
Euge: Aham. Só aconteceram algumas coisas. Mas não precisa se preocupar.
Mery: Lali está aqui? Ela se recusou a falar dela.
Euge: Está sim. Pode ir no quarto dela, se quiser. Acho que ela está lá, pelo menos. Minha mãe te deixou sozinha aqui? - estranhei, pois não era uma atitude que ela tomava sempre.
Mery: Ela foi a lavanderia. Mas sem problemas, Euge. Já sou da casa - riu.
Euge: Aham. Bom, fica avontade - sorri.
Mery: Aconteceu algo? Você está pálida e parece desanimada.
Euge: Se Lali te contar você saberá, se não, não tem com que se preocupar - abri a geladeira.
Lali: Você não vai chupar limão de novo, Euge. É a quinta vez que eu te vejo descer.
Euge: Não vou - ri - Vou comer mesmo. Já estou com fome.
Lali: Também, né? Oi, meu amor - dando um selinho dela - Que surpresa.
Mery: Boa ou ruim? - Péssima.
Lali: Uma ótima surpresa - abraçando-a.
Mery: Linda - riu - Euge, nós podíamos sair, não é verdade? Aquele dia na praia foi tão legal.
Euge: Não posso dizer o mesmo - disse, baixo demais para que ouvissem.
Lali: O que disse?
Euge: Que seria ótimo. Gastón irá adorar.
Mery: Então está combinado. É só marcar.
Euge: Claro - sorri.
E quando  as vi juntas, senti uma subta vontade de vomitar. E de repente, perdi a fome. 
Lali: Não vai comer?
Euge: Perdi a fome - suspirei.
Lali: Você ainda está enjoada?
Euge: Não - ri - Eu inventei isso pra ficar em casa.
Mery: Parece que você é uma adolescente e não quer ir pra escola.
Euge: Desculpa ai, senhora - pisquei para ela - Vou subir e depois vou sair.
Gime: Você vai ficar aqui - chegou a cozinha.
Lali: Vamos subir, Mery?
Mery: Vamos - se levantou.
Euge: Não posso sair agora? Estou de castigo, é? Me poupe, por favor.
Gime: Você vai ficar - disse, segura.
Euge: Ok, eu saio depois que conversarmos.
Gime: Respeito, Eugenia.
Euge: Você nunca se importou com o respeito que eu tenho por você - peguei um pote de vidro que estava no balcão e joguei no chão -, por que agora que descobriu que eu compro drogas você vai dar uma de mamãe protetora?
Gime: CALE-SE, MARIA EUGENIA. MERY ESTÁ AQUI.
Euge: Ela mesma disse que já é da família, qual é o problema de dizer que ela tem uma cunhada drogada?
Mery: O que ela disse? - olhou para Lali.
Gime: Você está passando dos limites.
Euge: E EU NÃO AGUENTO MAIS ESSA CASA. QUE RAIVA. DÁ PRA ME DEIXAR EM PAZ PELO MENOS UMA VEZ NA VIDA? EU JÁ SOU ADULTA, INFERNO.
Gime: MAS AS SUAS ATITUDES NÃO SÃO DE UM ADULTO.
Euge: ENTÃO ME DEIXA CRESCER SOZINHA.
Nicolas: O que está acontecendo aqui? - entrou na cozinha, estranhando a gritaria.

Lali: É melhor sairmos daqui - disse a Mery.

Mery: Eu já estou indo. É melhor vocês conversarem. Boa noite - sorriu, pegando sua bolsa e saindo da cozinha.
Euge: Ele quer saber o que aconteceu, Gimena. Conte a ele.
Gime: RESPEITO.
Euge: FALA. DIZ LOGO O QUE ACONTECEU.

Gime: Eu estava limpando a casa...
Nicolas: Dá pra um falar de uma vez o que está acontecendo, por favor?
Lali: Eu falo - respirou fundo - Estavámos eu e Euge no quarto dela, minha mãe estava limpando meu quarto, e antes de subir...
Gime: Ela deixou Manuela comendo sozinha, e ela deixou o prato cair e cortou o pulso.
Nicolas: E como ela está? - se assustou.
Gime: Ela está bem. Mas levou três pontos no pulso.
Nicolas: Isso é verdade, Eugenia? - olhou para mim, e eu olhei para Lali, que sibilava para eu concordar.
Euge: Foi - olhei minha mãe, e ela desviou o olhar em seguida.
Nicolas: Então por que estavam gritando uma com a outra?
Gime: Por que ela tem que aprender a ser mais responsável.
Nicolas: Concordo. Bom, vou ver como ela está, daqui a pouco eu desço - saindo da cozinha.
Euge: Por que fez isso?
Gime: Esse assunto morre aqui, Euge. Igualmente para você, Lali.
Euge: Eu quero um por quê.
Gime: Vocês são minhas filhas, e mesmo com o ódio que estou das duas, não deixo de amá-las.
Lali: Não vai dizer nada à ele? - ficou do meu lado.
Gime: Será como se nunca tivesse acontecido. Mas não quero saber mais dessas coisas.

Euge: Eu não uso drogas. Nem Lali, nem eu.
Gime: Não sei em o que acreditar agora, somente não toquem no assunto.
Euge: Obrigada.
Lali: Obrigada - falamos ao mesmo tempo, o que nos fez sorrir.
Euge: Acho que essa vai ser a primeira vez que faço isso.
Gime: Isso o que?
Euge: Isso - cheguei perto dela e a abracei.
No começo, ela estranhou aquilo, mas logo depois retribuiu o mesmo. Senti outra pessoa nos abraçando e olhei para o lado, e era Lali. Sorri, por que era a primeira vez que eu abraçava as duas sem nenhum tipo de interesse, pela primeira vez sinceramente. Respirei fundo quando senti que minha garganta estava com um nó. Não podia voltar a chorar. Nem se quer motivos eu tinha para aquilo. Senti que minha mãe havia me dado um beijo na cabeça, e Lali sussurrou um baixo "Eu te amo". Mas eu queria que aquele "eu te amo" fosse com o mesmo sentimento que eu tinha.