Fanfics Brasil - 116 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 116

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—Eu estou em casa.— Ele me agarrou por trás e enfiou o rosto nos meus cabelos ensopados. —Estou com você.


 Lutei para me libertar, mas estava abalada demais. Fisicamente. Emocionalmente.


As lágrimas começaram a cair em profusão, e não havia como detê-las. Eu odiava chorar quando não estava sozinha.


—Vá embora. Por favor.


 —Eu te amo, Dulce. É claro que sim.


 —Ai, meu Deus.— Eu o chutei e consegui escapar. Seria capaz de qualquer coisa para me afastar de uma pessoa que estava me causando tamanha dor e sofrimento. —Não estou pedindo pra você ter pena de mim. Estou pedindo pra ir embora.


 —Não posso. Você sabe que não posso. Pare de brigar comigo, Dulce. Me escute.


 —Você só está me magoando com essa conversa, Christopher.


 —Não é a palavra certa, Dulce—, ele continuou, teimoso, com os lábios grudados na minha orelha. —É por isso que eu não disse antes. Não é a palavra certa pra você nem pro que eu sinto por você.


 —Chega. Se você gostar de mim um pouquinho que seja, vai calar essa boca e sumir daqui.


 —Já fui amado antes — por Fernanda, por outras mulheres... Mas o que elas sabem sobre mim? Como é que elas podem estar apaixonadas se não sabem nem quem sou? Se o amor é isso, não é nada em comparação ao que sinto por você.


 Fiquei paralisada, tremendo, vendo no espelho meu rosto borrado de rímel e meus cabelos ensopados e desgrenhados ao lado da beleza perturbada de Christopher. Suas feições estavam dominadas pela emoção quando ele me abraçou com força. Nós não parecíamos combinar em nada um com o outro.


 Ainda assim eu compreendia sua alienação por estar cercado de pessoas que não podiam, ou não queriam, entendê-lo. Podia sentir seu autodesprezo, proveniente do fato de ser uma fraude, uma imagem projetada de alguém que ele queria ser, mas não era. Sabia o que era conviver com o medo de que as pessoas que ele amava lhe virassem as costas caso o conhecessem como realmente era.


 —Christopher...


 Ele beijou minha testa.


—Acho que me apaixonei no momento em que vi você. E quando transamos na limusine virou outra coisa. Uma coisa maior.


 —Que seja. Você me deu um chega pra lá naquela noite e foi cuidar de Fernanda. Como é que você pôde fazer uma coisa dessas comigo, Christopher?


 Ele só me largou quando se ajeitou para me pegar no colo e me levar até onde estava meu robe, pendurado em um gancho atrás da porta. Ele me vestiu e depois me sentou na borda da banheira enquanto ia até a pia e pegava meus paninhos de tirar maquiagem da gaveta. Agachado na minha frente, começou a limpar meu rosto.


 —Quando Fernanda me ligou no meio daquele evento, era o momento perfeito pra eu fazer uma idiotice.— A expressão em seu rosto banhado de lágrimas era tranquila e afetuosa.


—Você e eu tínhamos acabado de transar, e eu não estava conseguindo pensar direito. Disse pra ela que estava ocupado, e que estava acompanhado, mas quando percebi que ela estava magoada, achei que precisava acertar os ponteiros com ela pra poder seguir em frente com você.


 —Não entendi nada. Você me deixou de lado por causa dela. É isso que você chama de seguir em frente comigo?


 —Eu pisei na bola com Fernanda, Dulce.— Ele levantou meu queixo para limpar meus olhos borrados. —Nós nos conhecemos no meu primeiro ano de universidade. Ela chamou minha atenção, é claro, toda linda e meiga, incapaz de dizer uma palavra desagradável sobre quem quer que seja. Quando veio atrás de mim, eu me deixei levar e tive minha primeira experiência sexual de comum acordo com ela.


 —Eu a odeio.


 Ele abriu um sorrisinho ao ouvir isso.


 —Não estou brincando, Christopher. Esta conversa está me matando de ciúme.


 —Com ela era só sexo, meu anjo. Com você, por mais violento e selvagem que seja, eu sempre faço amor. Desde a primeira vez. Você é a única pessoa capaz de fazer com que eu me sinta assim.


 Suspirei.


—Está bem. Estou um pouquinho melhor.


 Ele me beijou.


—Acho que dá para dizer que nós namoramos. Só fazíamos sexo um com o outro e íamos a vários lugares juntos. Ainda assim, quando ela disse que me amava, foi uma surpresa. Uma surpresa agradável. Eu gostava dela. Da companhia dela.


 —E pelo jeito ainda gosta—, resmunguei.


 —Me deixe falar.— Ele me castigou batendo com o dedo na ponta do meu nariz.


—Pensei que eu poderia estar apaixonado também, da minha maneira... da única maneira que eu conhecia. Não queria ver Fernanda com outra pessoa. Então aceitei quando ela propôs o casamento.


 Eu me afastei para olhar bem para ele. 


 


—Ela propôs o casamento?


 


 —Não precisava ficar tão surpresa—, ele falou, irônico. —Você está acabando com meu ego.


 


 O alívio tomou conta de mim com tamanha velocidade que fiquei até tonta. Atirei-me sobre ele, abraçando-o com a maior força de que era capaz.


 


 —Ei.— Ele retribuiu o abraço com a mesma avidez. —Está tudo bem?


 


 —Melhorando.— Agarrei seu rosto entre as minhas mãos. —Continue falando.


 


 —Aceitei pelos motivos errados. Estávamos saindo fazia dois anos, e nunca tínhamos nem dormido juntos. Nunca falamos sobre as coisas que eu converso com você. Ela não me conhece, pelo menos não de verdade, mas ainda assim acabei me convencendo de que ser amado bastava. E quem seria capaz de fazer isso melhor que ela?


 


 Christopher passou a concentrar sua atenção em meu outro olho, removendo as manchas pretas.


 


—Acho que ela esperava que o noivado fosse fazer o relacionamento decolar. Que eu fosse me abrir mais. Que dormisse com ela no hotel — que ela considerava muito romântico, aliás — em vez de ir logo pra casa por causa das aulas no dia seguinte... Sei lá.


 


 Tudo isso me mostrou como ele era uma pessoa solitária. Meu pobre Christopher. Tinha passado tanto tempo sozinho. Talvez a vida inteira.


 


 —E de repente ela pode ter terminado tudo um ano depois—, ele continuou, —pra tentar dar uma sacudida nas coisas. Pra me obrigar a fazer um esforço pra ficar com ela. Em vez disso, fiquei aliviado, porque já estava começando a entender que seria impossível pra mim morar sob o mesmo teto que ela. Que desculpa eu teria que arrumar para continuar dormindo sozinho e ter um espaço só pra mim?


 


 —Você nunca pensou em contar pra ela?


 


 —Não.— Ele encolheu os ombros. —Até conhecer você, não encarava meu passado como um problema. Até achava que ele tinha influência na maneira como eu conduzia as coisas, mas tudo tinha seu lugar e eu não me considerava infeliz. Na verdade, achava que levava uma vida confortável e descomplicada.


 


 —Ops.— Franzi o nariz. —Olá, senhor Confortável. Eu sou a senhorita Complicada.


 


 Ele abriu um sorriso.


 


—Com você, nada é previsível ou tedioso.


 



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Autor(a): xX Paty Xx

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Christopher jogou os paninhos sujos de maquiagem no lixo, depois pegou uma toalha pra enxugar a poça que havia se formado sob seus pés. Para meu extremo deleite, ele começou a tirar suas roupas molhadas.  Deliciada com o que estava vendo, comentei:  —Você se sente culpado porque ela ainda é apaixonada por você.   ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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