Fanfics Brasil - 237 Toda Sua - Vondy - (adaptada)

Fanfic: Toda Sua - Vondy - (adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: 237

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Mais do que passear ou conversar, simplesmente curtir a presença um do outro.


Enfim descobri como ele e minha mãe tinham se conhecido. Quando o


pneu de seu carrão esportivo furou, ela foi parar na oficina em que ele trabalhava.


Essa história me fez lembrar de  —Uptown Girl —, a música de Billy Joel, e eu


disse isso a ele. Meu pai riu e disse que aquela era uma de suas canções preferidas.


Contou que ainda se lembrava do momento em que a vira aparecer ao


volante de seu brinquedinho de milhares de dólares para virar sua vida de


cabeça para baixo. Segundo ele, minha mãe era a coisa mais linda que ele tinha


visto... até eu nascer.


 —Você tem mágoa dela, pai?


 —Eu tinha. — Ele me abraçou pelo ombro.  —Nunca vou perdoar sua mãe por


não ter posto meu sobrenome em você. Mas agora não me aborreço mais com


essa coisa de dinheiro. Sei que jamais a faria feliz no longo prazo, e ela também


sempre soube disso.


Balancei a cabeça, lamentando por todos nós.


 —E, sendo bem sincero —, ele suspirou e apoiou o rosto na minha cabeça por


um instante,  —por mais que não possa bancar as coisas que o marido dela tem a


oferecer, fico feliz que você desfrute de tudo isso. Não sou orgulhoso a ponto de


não querer admitir que tem uma vida melhor por causa das escolhas que ela fez.


Estou feliz com o que tenho. A vida que levo me satisfaz e tenho uma filha que


me enche de orgulho. Me considero um homem rico, porque não existe nada no


mundo que eu queira e não tenha.


Parei de caminhar para abraçá—lo.  


—Eu te amo, pai. Estou muito feliz que você está aqui.


Ele me envolveu em seus braços e eu senti que no fim tudo ficaria bem.


Tanto meu pai como minha mãe conseguiam viver bem longe da pessoa que


amavam.


Eu também conseguiria.


Entrei em depressão depois que meu pai foi embora. Os dias seguintes se


arrastaram. Precisava repetir para mim mesma o tempo todo que não deveria


esperar nenhum tipo de contato com Christopher, mas quando ia para a cama


chorava sozinha até cair no sono por mais um dia ter se passado sem notícias


dele.


As pessoas mais próximas de mim pareciam preocupadas. Steven e Mark


foram solícitos até demais no nosso almoço de quarta—feira. Fomos ao restaurante mexicano onde Shawna trabalhava, e os três se esforçaram o máximo possível para que eu me divertisse. Deu certo, porque eu adorava sair com eles e não queria vê—los preocupados, mas havia um vazio dentro de mim impossível de preencher, e além de tudo eu estava preocupada com as investigações sobre a morte de Pablo.


Minha mãe ligava todos os dias, perguntando se a polícia havia entrado em


contato comigo de novo — não havia — e me informando dos contatos dela e de


Stanton com os detetives.


Estava preocupada com o fato de eles estarem no pé de Stanton, mas, como sabia que meu padrasto era inocente, tinha certeza de que jamais descobririam nada que pudesse incriminá—lo. Ainda assim... Eu me perguntava se algum dia eles descobririam qualquer coisa que fosse. Obviamente se tratava de um homicídio, caso contrário não estariam investigando. Pablo era novo na


cidade, quem poderia querer matá—lo?


No fundo, o que eu acreditava mesmo era que aquilo só podia ser obra de


Christopher. Isso tornava ainda mais difícil esquecê—lo, já que parte de mim — a garotinha que um dia eu havia sido — desejava a morte de Pablo havia tempos.


Queria que ele sofresse o que me fez sofrer durante anos. Perdi minha inocência


por causa dele, além da virgindade. Perdi a autoestima e o respeito por mim


mesma. E, no fim, ainda perdi um bebê em um aborto terrível quando eu mesma não passava de uma criança.


Passei a encarar cada dia de uma vez, cada minuto de uma vez. Obriguei-me


a ir aos treinos de krav maga com Alfonso, a ver tevê, a sorrir e dar risada


quando possível — principalmente perto de Christian... — e a acordar todas as manhãs pronta para começar tudo de novo. Tentava ignorar o sentimento de luto que havia dentro de mim, mas nada era mais nítido do que a dor que me açoitava como um sofrimento contínuo e prolongado. Comecei a perder peso e, apesar de dormir bastante, sentia—me cansada o tempo todo.


Na quinta—feira, no sexto dia pós—Christopher, versão 2.0, deixei uma


mensagem para a recepcionista do dr. Petersen informando que eu e Christopher não iríamos mais à terapia. Naquela noite, pedi para Clancy me levar até o prédio de Christopher e deixei o anel que tinha me dado e a chave de seu apartamento em um envelope lacrado na recepção. Não deixei um bilhete porque já havia falado tudo o que tinha a dizer.



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Autor(a): xX Paty Xx

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1149



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  • lovejelena Postado em 15/10/2017 - 01:46:11

    finalmente a dulce contou pra sua mãe sobre o casamento secreto dela e do chris. Continua.

  • lovejelena Postado em 23/09/2017 - 17:06:27

    que bom q vc voltou. Posta mais.

  • sahprado_ Postado em 21/09/2017 - 16:58:50

    Obaaa posta mais!

  • lovejelena Postado em 07/08/2017 - 00:43:00

    Continua :(

  • lovejelena Postado em 24/06/2017 - 16:47:47

    que bom que vc voltou

  • sahprado_ Postado em 19/06/2017 - 11:10:42

    Jesus coroado eu não tô bem. Posta maiss!!!

  • lovejelena Postado em 26/05/2017 - 22:51:35

    continua por favor

  • lovejelena Postado em 14/03/2017 - 17:55:31

    cadê você?

  • lovejelena Postado em 11/02/2017 - 17:30:21

    Eita porra. Continua.

  • lovejelena Postado em 29/01/2017 - 18:51:31

    Continua


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